MPF quer pressa para solução de conflito no rio Arapiuns

11 de novembro de 2009 por Fábio Pena

Fonte: MPF

Lideranças indígenas e ribeirinhas na praia de São Pedro durante a reunião com MPF

Ontem, após nova reunião para debater o assunto, comunidade incendiou duas balsas com madeira que estavam bloqueadas há mais de um mês. Moradores apontam atividade madeireira irregular e MPF pede intervenção mais eficaz de autoridades.

O conflito que se arrasta há quase um mês entre madeireiros e populações tradicionais do rio Arapiuns, em Santarém, oeste do Pará, teve mais um momento de tensão hoje. Os moradores incendiaram as duas balsas carregadas de madeira que estavam bloqueadas desde o dia 17 de outubro no rio.

O episódio aconteceu após reunião em que estiveram presentes representantes do Ministério Público Federal, do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará e da Prefeitura de Santarém. O MPF considera necessária uma intervenção mais eficaz dos órgãos públicos para mediar o conflito. Entre as medidas que já solicitou, recomendou à Funai que apresse a demarcação da Terra Indígena Maró e pediu a extensão da operação Arco do Fogo para o território que está em disputa.

O estudo de identificação e delimitação da Terra Maró foi concluído em julho, mas até agora não foi apreciado pela presidência da Funai. – A lei estabelece prazo de 15 dias para que a Fundação Nacional do Índio aprecie o relatório de identificação, diz a recomendação do MPF. O prazo já se esgotou, mas a recomendação concede outros 15 dias para que seja resolvido o problema.

Para a procuradora da República Nayana Fadul, que assina a recomendação, a demora potencializa a tensão na região. – Índios das etnias Borari e Arapium e empresários madereiros estão em conflito, gerado, entre outros fatores, pelas permutas realizadas pelo Estado do Pará, sendo que parte da Gleba Nova Olinda I, que é estadual, invade território ocupado tradicionalmente pelos indígenas.

Os moradores acusam a Secretaria de Meio Ambiente do Pará de permitir manejo irregular no território que reivindicam como posse das comunidades tradicionais. Para o MPF, há evidências de extração irregular e a fiscalização é necessária.

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Conservar e Preservar a natureza

26 de outubro de 2009 por Raquel Fernandes

A 5ª edição do Jornal Comunitário Capixaba, da comunidade de Capixauã, aborda o tema sobre o meio Ambiente.

A preocupação dos moradores em relação as queimadas. No momento em que forem queimar seus roçados, lembrem-se de fazer o aceiro, pois é uma forma de prevenir a natureza.

Nós seres humanos somos os únicos responsáveis pela preservação de nossa floresta nativa, então devemos lutar pela sua conservação.

Visando manter a beleza e a preservação do meio ambiente, o grupo de jovens ALCJ- A Luz em Cristo Jesus, dessa localidade reuniram e fizeram um multirão realizando a campanha do lixo, coletando lixo jogado no centro e ruas da comunidade.

O grupo orienta os comunitaŕios a materem sempre o ambiente limpo. Não sujando as praias, não poluindo as águas e principalmente tendo consciência de que nós é quem devemos cuidar da natureza.

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Comunitários do Arapiuns manifestam contra a exploração madeireira na Gleba Nova Olinda

24 de outubro de 2009 por Fabienne Simenel

Manifestantes prenderam balsas de madeira exigindo maior fiscalização e regularização da terra

Fotos: Timo Santala

Manifestantes marchando na praia em frente de São Pedro

Dia 22 de outubro, nove horas da manhã. Depois de uma viagem de voadeira de quatro horas chegamos na ponta de areia em frente à comunidade de São Pedro, no rio Arapiuns. A praia, decorada com bandeiras brancas, hospeda cerca de 300 pessoas vindas de 27 comunidades da Reserva Extrativista Tapajós/Arapiuns, do PEAEX Lago Grande e da Gleba Nova Olinda. Os ribeirinhos entram no décimo-primeiro dia de manifestação. Vieram de canoa, rabeta e barco comunitário para protestar contra a exploração ilegal de madeira na área e para exigir do Governo Estadual do Pará uma maior fiscalização da madeira e a regularização fundiária da Gleba Nova Olinda. Os manifestantes contam com o apoio de entidades como o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santarém (STTR), a Federação das Associações do Lago Grande (FEAGLE) e a Tapajoara-RESEX. Atrás da ponta de praia, estão duas balsas com madeira e duas balsas vazias, prendidas pelos próprios comunitários. Depois de muitos anos de negociação pelos direitos à terra, e de ver de cinco até dez balsas de madeira saírem da região por semana, chegou o limite para o povo do Arapiuns. Danilson, liderança do povo Borari da Aldeia Novo Lugar, resume o sentido da manifestação: “O governo atual é que nem mocotó. Só vai sob pressão”.
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IV Encontro Butantan Amazônia

22 de outubro de 2009 por Elis Lucien

Biodiversidade e Pesquisa de Animais Peçonhentos na Amazônia é o tema do IV Encontro Butantan Amazônia que esta sendo realizado desde do dia 20 e vai até o dia 30 de Outubro de 2009 em Santarém e Belterra / PA.

Abertura oficial contou com a palestra magna: “Universidade de Integração da Amazônia e seu Significado para Pesquisa, Ensino e Extensão na Região” com o Dr. José Seixas Lourenço da UNIAM Comissão de Implantação da Universidade de Integração Amazônica).
O primeiro simpósio será: Biodiversidade e Pesquisa de Animais Peçonhentos na Amazônia. Auditório da Faculdade Integradas do Tapajós
O segundo simpósio: Acidentes por Animais Peçonhentos no Oeste do Pará. Universidade Estadual do Pará.
E o terceiro simpósio: Aspectos Gerais de Microbiologia Médica e aplicada. Universidade Estadual do Pará.
PROGRAMAÇÃO
21 a 24/10/09 (Auditorio da FIT)
25 a 27/10/09 (Belterra)
28 a 30/10/09 (Auditório da FIT)
21,22,23 e 26/10/09 (Laboratório da UEPA)

Para maiores imformações:
www.butantan.gov.br

Embaixadores da União Européia visitam Santarém

22 de outubro de 2009 por Fábio Pena

Recepção com atração cultural apresentada por crianças na Escola da Floresta

Hoje (22/10) pela manhã chegou em Santarém uma comitiva integrada por embaixadores da Áustria, Bélgica, Bulgária, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Holanda, Polônia, Eslováquia, Reino Unido, países que compõem a União Européia. A delegação que chegou ontem ao Pará, em Marabá, com objetivo de conhecer a realidade socioeconômica e o setor produtivo do estado, participou nesta manhã em Alter do Chão de uma programação organizada pela Prefeitura Municipal de Santarém. Visitaram a Escola da Floresta, depois seguiram para as comunidades de Urucureá e Maripá.

Segundo a Prefeita Maria do Carmo, que recepcionou a delegação, “a visita é para ver como é a vida do povo da amazônia e os desafios que a Prefeitura tem para implementar políticas públicas principalmente para a população ribeirinha”. A delegação visitou três projetos exemplares. Um deles foi a Escola da Floresta em Alter do Chão, como modelo de educação ambiental. Outro exemplo econômico e ambiental com base na produção do artesanato em Urucureá. E na comunidade de Maripá, o Barco Hospital Abaré. Neste dois últimos casos, projetos feitos pelo PSA em parceria com a Prefeitura de Santarém. Queremos sensibilizá-los para mostrar que com parceria é possível desenvolver um modelo de desenvolvimento econômico e social pensado a partir da comunidade”, completou a Prefeita.

Coordenando a delegação, estava o Embaixador da Comissão Européia no Brasil, Sr. João Pacheco, que já esteve antes visitando as iniciativas do Projeto Saúde & Alegria na região, uma vez que a CE apóia o programa de inclusão digital do PSA. Para ele, a visita dos demais embaixadores pode gerar futuras parcerias e apoios, “pois cada embaixada tem seus programas de ajuda a esses tipos de ações que desenvolvem as populações mais carentes e ajudam na proteção do meio ambiente”.

O coordenador do PSA, Caetano Scannavino acompanhou a delegação na visita aos projetos.

Z 20

13 de outubro de 2009 por Elis Lucien

Jornal Cabocla, 3ª edição

Repórter: Rosilane

A Z 20 é um Conselho que monitora a pesca para que a mesma seja desenvolvida de maneira que não prejudique o sistema de reprodução dos peixes, devendo ser observado no período do defeso das espécies.

Na comunidade a pesca comercial é proibida durante o defeso. E fora deste período, deverão ser observados os limites de pesca para não causar danos às espécies pequenas evitando o desaparecimento das mesmas.

Os acordos de pesca da nossa região são aprovados pelas comunidades e órgãos responsáveis. As pessoas só poderão pescar nos lagos com a permissão da comunidade sendo que a quantidade de pescado será limitada pela mesma de acordo com a época do ano. E o estoque pesqueiros e direitos das comunidades de acompanhar e fiscalizar a pescar.

Aqui na comunidade definimos dentro de cada área quais os lagos e igarapés que deve ser destinado a pescar.

Para o uso da pesca de subsistência dos moradores e permitindo o uso dos apetrechos da pesca tradicional.

Viva o verão com responsabilidade!

5 de outubro de 2009 por Raquel Fernandes

Essa matéria foi produzida no Jornal comunitário Arte Vida, da comunidade de Muratuba. E mostra a preocupação com as queimadas.

Evite fazer queimadas, pois é muito perigoso. Ás vezes, uma simples brincadeira como colocar fogo no capim seco à beira da estrada ou nas praias e ainda quando alguém vai queimar seu roçado ou lixo e não faz nada para evitar que o fogo fuja do controle, pode com isso provocar um grande incêndio.

É importante lembrarmos que qualquer pessoa seja ela adulto ou criança que utiliza fogo sem cuidado ou por brincadeira, é responsável pelo prejuízo que venha a causar.

Portanto, tenha muita atenção, assim você saberá como evitar um incêndio e poderá ensinar seus colegas e familiares.

Mostre que você é responsável e inteligente. Um futuro ecologicamente melhor está em suas mãos.

pense nas consequências:

* O fogo mata os animais, plantas e até uma pessoa;

* A fumaça das queimadas polui o ar e prejudica o próprio ser humano;

* Não pense só em você. Por uns todos pagam, até a própria natureza;

* Grande parte do que se queima, pode voltar, mas não do jeito que era antes.

Pense nisso!

Repórteres: Fabrício Almeida do Carmo e Risonaldo Fernandes dos Anjos.

Urumari: Quem te ama, te preserva

25 de setembro de 2009 por Elis Lucien

Urumari é um igarapé localizado na cidade de Santarém no Pará, que têm sofrido com acúmulo de vestígios de atividades humanas. Antes, o igarapé era localizado afastado da cidade. Hoje encontra-se dentro da área urbana e conseqüentemente muitas famílias dependem de alguma forma desse recurso natural.

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A onça e as piranhas

18 de setembro de 2009 por Elis Lucien

Era uma vez um caçador jovem que andava na companhia do seu querido pai. Certo dia, quando acordou seu pai lhe disse:

– Filho, hoje vamos andar para o rio Preto e daqui até lá é uns 26 KM. Ao chegar lá o pai disse que era preciso atravessar o rio Preto, então pegou seu machado e começou a cortar burutí para servir de ponte.

Quando já estava a mais ou menos 100m o filho seguiu atrás dele com um caniço pescando piranha preta que era o peixe do rio. Derepente, ouviu um barulho para trás, ao virar viu uma enorme onça que vinha lhe seguindo, quando ela parou o rabo dela, triscou na água do rio, então a piranha mordeu, a onça deu um sacolejo para a boca dela, as piranhas. O rapaz parou para conferir as piranhas que a onça comia, pois para encher um animal daquele tamanho foi preciso 64 piranhas, ela parou porque já estava com vontade de vômitar.

Jornal Bela Vista 2ª Ed.

Repórter: Bianor Belchior

Por: Bianor Belchior

Arte em mãos comunitárias

3 de setembro de 2009 por Elis Lucien

Tecer em cipó, palha, tala e tantos outros é uma arte para poucos. Trabalho bonito e árduo. Primeiro tem que tirar a palha, na maioria das vezes o local fica distante com mata fechada em algumas partes. Carregar palha é leve mas não é fácil não, algumas têm espinhos que precisam ser retirados antes de levar até o local de trabalho, precisam secar, cortar as tiras, tingir e esperar um tempo para poder começar a tecer a peça escolhida. É o lado do trabalho artesanal que fica escondido nos trançados feitos por mãos fortes e delicadas do artesanato local.

E para valorizar todo esse trabalho realizou-se um encontro de avaliação e planejamento das atividades desenvolvidas nos últimos dois anos de parceria entre as comunidades de Vila Amazonas, Urucureá, Arimum, Vila Brasil, São Miguel e Vila Gorethe e o núcleo de Economia da Floresta do Projeto Saúde e Alegria foi realizado no Centro de Treinamento Chico Roque no período de 30 de Agosto à 02 de  Setembro.