Jovens valorizam cultura tradicional de tecelagem de paneiros e tipitis

22 de novembro de 2018 por Samela Bonfim

Você conhece o paneiro? E o tipiti? Em oficina realizada na comunidade Urucureá, Rio Arapiuns nos dias 19 a 21 deste mês, jovens valorizaram estes dois artesanatos típicos das comunidades tradicionais da Amazônia, produzidos como utensílios usados no processo de fabricação da farinha da mandioca e também decorativos. Fazem parte do rico repertório cultural das comunidades da região, mas com o passar do tempo, vão ficando esquecidos e em algumas comunidades pouca gente sabe fazer.

Preocupados com isso, jovens da comunidade de Urucureá, planejaram um projeto que visa valorizar essa cultura, em parceria com a escola da comunidade. Assim foi criado o projeto juvenil Areia Branca de valorização cultural, que recebe apoio da Rede Juventude Floresta Ativa, por meio do edital de apoio à iniciativas juvenis Magnolio de Oliveira, um programa realizado pelo Projeto Saúde e Alegria com apoio da Cáritas.

A ação juvenil tem várias atividades, uma das principais foi a oficina de tecelagem de paneiros e tipitisna qual convidaram os mestres da comunidade que ainda dominam as técnicas do artesanato, para ensinar para as crianças e adolescentes na escola da comunidade.  Fábio Pena, coordenador do programa, lembra que a atividade combinou com o conceito propagado pelo educador Magnólio que dá nome ao edital de apoio aos jovens, “é o saber comunitário dando sabor à escola”.

Foram três dias de diálogos e aprendizagens práticas. Os mais velhos explicaram para os mais novos como é feito o artesanato, de onde se tira os materiais utilizados, e a importância deles para a comunidade. Em urucureá, boa parte dos moradores trabalha com a produção artesanal de cestos feitos da palha de tucumã, uma palmeira típica do seu território. A atividade é uma importante fonte de renda para a comunidade.

O tipiti é uma espécie de prensa ou espremedor de palha trançada usado para escorrer e secar raízes, normalmente mandioca. O objeto é utilizado principalmente por índios brasileiros e ribeirinhos da região amazônica. Já os Paneiros são cestos produzidos a partir dos trançados de palha, usados para guardar e transportar pão, farinha e tantos outros produtos regionais.

São feitos de produtos naturais, encontrados na própria natureza. Uma das discussões levantadas na oficina, foi a importância de proteger o meio ambiente e cuidar melhor do lixo na comunidade, onde foram elaboradas propostas para a destinação adequada do lixo.

O artesão Valdemar Ferreira falou sobre a produção feita durante a oficina: “o tipiti é um artesanato que foi criado pelos índios e que serviu para que os caboclos trabalhem com a farinha. É um artesanato muito importante e é feito da palha da bacabeira” – explica.

O jovem Raimundo Rodrigues Coordenador do projeto reforçou o intuito do coletivo: “objetivo é fazer com que as pessoas saibam tecer o paneiro e tipiti para que os jovens possam conhecer e ganhar dinheiro”..

PROTAGONISMO JUVENIL

Como parte da oficina, os jovens e as lideranças comunitárias também tiveram a oportunidade de debater no primeiro dia, temáticas voltadas à compreensão dos territórios e os conflitos socioambientais. Conduzida pelo jovem Walter Oliveira, membro do coletivo jovem tapajõnico, a proposta foi envolver os comunitários em debates para que tenham melhor entendimento que sua comunidade faz parte de um território maior, que sofre pressões e ameaças aos seus recursos naturais, e que todos devem se envolver na luta pela proteção ambiental e contra a violão de direitos das comunidades.

O educonunicador do projeto Saúde e Alegria e padrinho do Coletivo Areia Branca – Walter Oliveira destacou a necessidade da realização de projetos dessa natureza: “é importante estamos apoiando esses coletivos jovens que buscam desenvolver atividades propostas pelos mesmo fortalecendo com isso o protagonismo juvenil e quebrando o conceito de que o jovem não quer saber de nada, e a importância da confiança que esses jovens passam a tomar quando eles mesmos planejam suas atividades” – finaliza.

SOBRE O COLETIVO

O projeto coletivo Areia Branca foi provado durante o Festival Teia Cabocla 2018, como parte do Projeto Rede Juventude Floresta Ativa, realizado no Centro Experimental Floresta Ativa. Na Teia de Ideias concorreu com 30 projetos de diferentes comunidades. Desde 2003 a Teia possibilita espaço para que jovens apresentem suas propostas de projetos como resposta ao Edital Magnólio de Oliveira. As melhores ideias recebem apoio do PSA, para serem desenvolvidas. O nome do edital é uma homenagem ao querido Palhaço Magnólio que tanto animou a juventude das comunidades. Na comunidade Urucureá a iniciativa tem apoio da Escola e Tucumart, cooperativa de turismo e artesanato.

Escola Dom Pedro I, Participa de Exposição de Artesanatos Natalinos em Santarém.

14 de dezembro de 2013 por Rosemara Tapajós

Nesta tarde de terça 10/12 aconteceu na escola Dom Pedro I, a grande exposição e concurso de artesanatos natalinos confeccionados pelos alunos do Pré ao 9º ano do Ensino Fundamental. A proposta que veio da SEMED, foi bem disputada na escola e essa disputa levou aos seguintes colocados as turmas : Pré I e Pré II , 1º Lugar; 2º Lugar : Programa Mais Educação;3º Lugar: 4º Ano.Todos os artesanatos foram confeccionados com materiais naturais e alguns materiais foram reciclados, o 1º lugar,  a árvore natal, confeccionado com palha de tucumã; 2º lugar presépio, confeccionado com junco e barro usado para fazer os animais, Maria , José e o Menino Jesus e o 3º Lugar, árvore de natal , confeccionado com papelão, detalhes de garrafa pet, tento e palha de tucumã.Esses artesanatos classificados serão  expostos nesta sexta  13/12 , em uma outra grande exposição e concurso que acontecerá em Santarém  na SEMED.

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Tucumarte confecciona peças para loja em Manaus

25 de novembro de 2013 por Rosemara Tapajós

As artesãs do grupo TucumArte, nessa semana concluíram e enviaram mais uma encomenda para serem expostas na galeria amazônica de Manaus, nessa encomenda foram confeccionados belíssimos Sousplat  Amazônico e Descansos de Panela.  O grupo adquiriu essa tradição de seus antepassados, uma cultura que foi sendo repassada de geração a geração e que hoje ainda continua, as peças são confeccionadas da guia do Tucumãzeiro, uma planta nativa da Amazônia. As peças são todas feitas e coloridas com pigmentos da própria natureza, um diferencial no trabalho que elas realizam na comunidade.

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Ribeirinhos no Esquenta, neste domingo dia 8!

26 de agosto de 2013 por Álvaro Rodrigues Tapajós

Alô galera da Rede Mocoronga!

Estou aqui para contar como foi a minha participação, juntamente com Eugenio Scannavino, Fabio Pena e Elise Mayara, no programa Esquenta, da Globo.

A gravação foi no Projac, Rio de Janeiro, em 07 de agosto de 2013.  Mostramos no Programa Esquenta como é que nós fazemos comunicação através das rádios comunitarias nas nossas comunidades.

O Fabio, que é coordenador da Rede Mocoronga, falou por que quem nasce aqui em Santarém é considerado mocorongo.

O Eugenio falou sobre o começo do Projeto Saúde e Alegria nos três rios: Tapajos, Arapiuns e Amazonas.  Falou também sobre a atuação do barco hospital Abaré que atende as pessoas das comunidades ribeirinhas.

Quero convidar então todas as comunidades ribeirinhas para assistirem o programa Esquenta neste domingo 8 de setembro às 14:15.

Vejo vocês do outro lado da tela.

Álvaro Tapajós, comunitário de Urucureá.

XII Teia Cabocla

18 de dezembro de 2012 por Rosemara Tapajós

Aconteceu no período de 10, 11 e 12 de Dezembro a XII Teia Cabocla com o tema: Juventude Território e Meio Ambiente, foi um encontro que reuniu  jovens dos três rios Tapajós, Arapiuns e Amazonas, e também contou com a presença de jovens de Santarém e Juruti. O encontro foi realizado em Santarém no Centro de Formação Emaús,  estiveram presentes também os conselheiros da TAPAJOARA, a associação das comunidades da Reserva Extrativista Tapajós/ Arapiuns. No encontro foi realizado o lançamento da cartilha PRAZER EM CONHECER, que demostra as várias características das comunidades ribeirinhas

No encontro as comunidades foram premiadas nas categorias de Rádio, Jornal, Arte mural e Blog. Essa premiação foi uma das propostas  da Teia Cabocla que aconteceu em Setembro em Vila Franca, cada comunidade tinha que levar uma produção relacionados a cultura local nessas categorias, os vencedores seriam premiados e tudo isso aconteceu como estava previsto as comunidades produziram seus  vídeos, reportagens e desenhos, criaram músicas e foram avaliadas por categoria e premiadas, essa premiação foi uma forma de incentivar as comunidades a continuarem a desenvolver os trabalho nas comunidades.

Também foram discutidos nesse encontro o que queremos? Como continuar balançando a nossa rede mocoronga,  e todos os grupos falaram sua visão de futuro para que a rede mocoronga possa continuar fortalecida.Tivemos também o circo mocorongo, que contou com a apresentação de pessoas das próprias comunidade mostrando suas músicas, teatro, e para finalizar no dia 11 depois da grande premiação das comunidades vencedoras do concurso tivemos o Baile de comemoração em que todos se divertiram bastante e comemoraram a premiação.

Jogos Olímpicos da Escola Dom Pedro I

18 de dezembro de 2012 por Rosemara Tapajós


A Escola Dom Pedro I, para finalizar em grande estilo suas atividades do ano letivo de 2012, iniciou hoje os jogos interno da escola, com a participação dos alunos do ensino fundamental e médio, os jogos vão contar com diversas modalidades como: Futebol, corrida, cabo de guerra, voleibol, serão três dias de competição, segunda,  terça e, na quarta-feira a grande final, onde conheceremos as turmas vencedoras.Temos as equipes do fundamental, Branca, Laranja, Lilás, Azul, Verde  e do médio Preta, Rosa, Amarela. Cada equipe participará de todas as modalidades de acordo com o sorteio feito, e no sábado, todos estão convidados para a colação de grau da turma do 9º ano de 2012.

 

 

 

 

História da comunidade de Urucureá

8 de dezembro de 2012 por Álvaro Rodrigues Tapajós

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PALMEIRA QUE É RETIRADO A GUIA PARA FAZER ARTESANATO     

Para fazer o retrato da nossa comunidade e mostrar a História de Urucureá entrevistamos dois moradores mais antigos da nossa comunidade que foram:  Alvina Ferreira de 88 anos e o professor Valdemar de 55 anos de idade e juntando as entrevistas conseguirmos chegar ao historico da comunidade que dis assim:

HISTÓRICO DA COMUNIDADE DE URUCUREÁ

Ocupação Indígena

Em meados do século XIX, habitava em uma área da atual comunidade, uma tribo indígena denominado Patachós que trabalhava plantação e colheita de urucum, de milho e mandiocas. Alimentavam-se da própria agricultura, da caça e da pesca que praticavam nos rios Arapiuns e no rio Amazonas, tendo como ponto de referencia no Arapiuns uma cabeceira onde havia um igapó, lugar adequado para abrigar botes, caniços arcos e flechas. No rio Amazonas, o ponto referencial fora a enseada que os índios deram o nome de “Patacho” que também servira de abrigo para os apetrechos da pesca e da caça.

Após várias décadas residindo nesse lugar os indígenas abandonaram a área de trabalho e emigraram para outras regiões em busca de algo melhor por exemplo: terra abundantes e férteis que oferecessem boas colheitas. A habitação dos nativos foram comprovadas através da observação de pessoas que chegaram mais tarde a comunidade com intuito de fixar residencias. Os novos habitantes encontraram vestígios de muitos artefatos fabricados pelos retirantes nativos, a essa área habitada pelos índios, os novos residentes deram o nome da terra preta por ser terra fértil e própria para a agricultura. Vale salientar que a nova habitação ocorreu aproximadamente nas últimas décadas do século XIX.

História de ocupação

As primeiras famílias a chegarem à comunidade foram: da senhora Ami, Maria, Aninha, Delu, Didi, Oliveira e José Francisco Nordestino. Com o passar dos tempos as famílias observaram que existiam coisas admiráveis por exemplo: um grande igapó com grande diversidade de peixes, pássaros, mamíferos e insetos.

Origem do nome

Entre essas espécies havia um tipo de pássaro que os habitantes chamaram “Urucureá”, por serem de porte avantajados e seu canto muito forte que parecia um coral sinfônico, bem organizado. Era uma espécie de Coruja. A partir de então, o nome da comunidade passou a se chamar “URUCUREÁ” baseando se nessa origem, foi que o cantor e compositor da comunidade, Antônio Ferreira Rodrigues desenvolver com muita propriedade em uma de suas músicas sobre a célebre história de URUCUREÁ assim:

“Será de coruja ?

Ou de urucum. Seilá !

Eu só sei que o nome do meu paraíso é Urucureá”

dessa forma foi possível compreender que com a contribuição dos indígenas, as primeiras famílias e as demais tornou-se viável resgatar o memorial de nossa comunidade.

Boas notícias para os Telecentros da Rede Mocoronga

22 de maio de 2011 por Paulo Lima

Os Telecentros Culturais de Rede Mocoronga conquistaram um grande avanço neste primeiro semestre de 2011.  Apresentados numa seleção pública do Edital do Banco Itaú, programa Ecomudança, receberam o reconhecimento de sua importância comunitária e, nos próximos meses, terão renovados seus estoques de baterias estacionárias.  Sete dos doze telecentros da Rede Mocoronga serão beneficiados, são eles Suruacá, Muratuba, Urucureá, Nuquini, Vila de Boim e São Pedro no município de Santarém e Prainha, no município de Belterra.  Esses Telecentros receberão uma revisão técnica da instalação elétrica, 12 baterias estacionárias de 200 ampéres e capacitação para a gestão do sistema de geração de energia limpa.

Os recursos do Programa Ecomudança serão utilizados para recuperar os sistemas fotovoltaicos de sete telecentros nas comunidades dos rios Tapajós e Arapiuns comprando e instalando novas baterias. Cada telecentro tem um sistema fotovoltaico com placas solares, controladores de carga e inversores, mas as baterias estão vencidas e já não armazenam energia. Por isto as comunidades estão usando os geradores à gasolina, combustível que chega a atingir o preço de R$ 5,00 por litro em comunidades da região. Entre os benefícios deste projeto estão: a manutenção de um projeto de comunicação e inclusão social com tecnologias limpas e a redução das emissões de gases de efeito estufa pela substituição do uso de combustível fóssil.