Grupo de estudantes australianos visitam o CEFA

29 de junho de 2018 por Ana Costa

Um grupo de dezenove (19) estudantes da Universidade Royal Melbourne Institute of Technology (RMIT) na Austrália esteve visitando o Centro Experimental Floresta Ativa (CEFA).

Foto: Daniel Gutierrez

O grupo coordenado pelas professoras Melissa Neave, australiana, e Mirela Gavidia, brasileira, veio para Amazônia vivenciar o dia-a-dia das famílias agroextrativistas, principalmente, comunidades tradicionais em desenvolvimento. A escolha de vir para o Oeste do Pará se deu por conta da cultura paraense e pela relação de proximidade com o Meio Ambiente.

No CEFA, eles puderam conhecer mais sobre as unidades demonstrativas, o funcionamento do Biodigestor, as unidade de energia fotovoltaica, a meliponicultura, a criação de galinhas caipiras. Visitaram também a Aldeia de Vista Alegre do Capixauã, onde puderam experienciar a passagem do Barco Hospital Abaré. Na comunidade Carão, estiveram na residência do Sr. Dilson, acompanhando a produção de farinha. Além dessas atividades, os estudantes australianos conheceram o Carimbó, as fogueiras tradicionais do mês junino e tomaram banho de igarapé. Para Mirela “é muito importante para os alunos conhecerem a realidade daqui, até para poder participar das iniciativas e trazer um pouco mais de justiça social e sustentabilidade.”

A Expedição MELBOURNE ficou na Amazônia por duas semanas e permaneceu no CEFA por três dias, acompanhados pelo técnico em agropecuária do Projeto Saúde e Alegria Alexandre Godinho.

Reportagem: Walter Oliveira

Vem aí o III Mocoroscar

6 de outubro de 2015 por Lilian Campelo

Concurso Multimídia Projeto Saúde & Alegria

Bitmap em FOLDER MOCOROSCA_sem fundoTema: “A vez e a voz das crianças e jovens da Amazônia”

O Projeto Saúde & Alegria promove a campanha e o concurso educativo de materiais de comunicação produzido pelas comunidades com os temas sobre os Direitos das Crianças, Adolescentes e Jovens da Amazônia (ECA e Estatuto da Juventude).

REGULAMENTO DO CONCURSO CULTURAL

1- Modalidades/linguagens:

As comunidades poderão participar nas seguintes categorias: fotonovela, música (composição própria), esquete circense (até 5min), melhor reportagem impressa/jornal, programa de rádio (vinheta, entrevista ou reportagem), vídeo de até 02 minutos.

2- Inscrições:

As inscrições são gratuitas e estão abertas a partir do dia do lançamento deste edital e vão até 30 de novembro.

3- Critérios de avaliação:

Um comitê de jurados independentes será construído para avaliar os melhores trabalhos inscritos, a partir de quatro critérios básicos:

Mensagem educativa

Roteiro

Criatividade

Desempenho dos atores

Qualidade

Ser Comunicativo

5- Premiação:

Serão selecionados e premiados os melhores trabalhos por categoria e os prêmios serão definidos em breve. A premiação ocorrerá durante o III Mocoroscar em local a ser definido.

Para mais informações:

Basta ligar para sede do Projeto Saúde & Alegria (93) 3067.8000 ou 91475104

Ou ir até o escritório do PSA que fica na Av. Mendonça Furtado, 3979, Bairro da Liberdade, Santarém-PA.

Veja o link: Mocoroscar (You Tube)

14º Edição da Teia Cabocla começa hoje

25 de março de 2015 por Lilian Campelo
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Foto de divulgação

Com o intuito de promover o encontro de várias iniciativas que estão sendo realizadas nas comunidades ribeirinhas pelos jovens com o apoio do Saúde e Alegria, de hoje até sábado ocorre a 14ª edição da Teia Cabocla. O evento será realizado na Chácara A&C no Mararú, na cidade de Santarém.

O Festival de Iniciativas Jovens da Floresta, assim denominado o tema deste ano, reunirá lideranças juvenis da Flona do Tapajós e Resex Tapajós-Arapiuns. A expectativa é que cerca de 80 jovens de 44 comunidades estejam participando da Teia.

O evento irá agregar jovens que estão envolvidos nas diversas iniciativas empreendidas pelo Saúde e Alegria, além de grupos já existentes nas comunidades como os grupos de jovens e rádios comunitárias.

A proposta da Teia Cabocla, desde a primeira edição, é fortalecer os jovens das comunidades a partir do intercâmbio das experiências e o reconhecimento do seu território.

E o palhaço, o que é?

18 de março de 2015 por Adriane Gama
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Esio Magalhães e as artes-educadoras do PSA.

Ser palhaço vai além do riso”! Esio Magalhães

Neste último final de semana, 14 e 15 de março, na Casa de Cultura aconteceu a oficina “O palhaço o que que é”, facilitada pelo artista circense mineiro Esio Magalhães (Palhaço Zabobrim). O público participante foi veteranos na área cultural e iniciantes que queriam conhecer um pouco da linguagem e da arte de como ser um palhaço.

A proposta central da oficina foi trabalhar com o poder, no sentido de atrair o público. Esio ressalta que “palhaço não é um personagem. Não faz teatro. Ele só vive quando tem pessoas”. As aulas abordaram o encontro da arte com o público, do prazer e do risco do jogo do palhaço, destacando os quatro pontos fundamentais de um palhaço: apresentar, convidar, transformar e despedir-se.

O artista ressaltou que: “você não acorda, não nasce palhaço, tem que ter um esforço para se chegar lá, é claro que tem um lado importante de ver o mundo de maneira risonha, mas ao mesmo tempo é trabalhar para fazer o outro rir. Por exemplo, vamos apresentar um espetáculo em abril, então a gente precisa ensaiar a semana toda, quatro horas por dia, além de executar outras demandas de produção, enfim mas do que tudo é um trabalho que exige empenho e precisa de dedicação”.

Durante esses dois dias, o foco, o interesse e a ação foram pontos determinantes nas práticas com exercícios, jogos e demonstrações, sempre conduzidas para um formato vivencial. Assim, a ideia era propor aos participantes que entrasse em contato com o seu ridículo através da relação com o desejo e o poder.

Ser palhaço é colocar o meu ridículo a serviço do riso das pessoas. De certa maneira, fazendo isso, acho que consigo dizer para pessoas que não tem jeito certo de ser. Ser palhaço é o antagônico do heroísmo, ou seja, é dizer que o pequeno, feio, o baixinho, o fraco também tem sua importância. Porque o herói sempre é uma figura inatingível, o palhaço não, é o menor de todos, mas é importante, pois o que importa para gente é que ele traz o riso”, reforça o artista. “Através do olhar para o pequeno, para desajustado, o palhaço tem a possibilidade de falar sobre as questões sociais importantes da humanidade”, conclui Esio.

As arte-educadoras da Educom do Projeto Saúde e Alegria, Elis Lucien, Leila Verçosa e Adriane Gama, também marcaram presença nestas aulas com intuito de somar esses conhecimentos com as atividades de arte-educação do Circo Mocorongo desenvolvidas pelo PSA, uma vez que o trabalho de Esio é reconhecido em âmbito nacional, além de aproveitar a oportunidade de participar de uma formação gratuita e praticar artes circenses.

A temporada de espetáculos do Palhaço Zabobrim, iniciou-se no final de fevereiro, na Praça Barão de Santarém, com a apresentação do “Circo do Só Êu!”, e em março, na Praça do Sairé em Alter do Chão até chegar nas comunidades ribeirinhas como: São Pedro, no Rio Arapiuns, em Maguari, na Flona e em Nazaré, Vila de Boim e Suruacá, no Rio Tapajós.

Esta ação faz parte do projeto denominado “Ri beirando o rio”, contemplado em 2013, pelo Prêmio Funarte Caixa Carequinha de Estímulo ao Circo. A oficina foi apoiada localmente pelo Grupo de Teatro Las Cabaças e Associação de Teatro de Santarém (Atas).

* Esio Magalhães – Ator, diretor e palhaço Zabobrim, indicado ao premiou Shell como melhor ator em 2007 e 2008. Foi Integrante dos Doutores da Alegria e é sócio fundador do Barracão Teatro em Campinas. Foi considerado o melhor palhaço de todos os tempos por sua mãe.

Projeto Territórios de Aprendizagem lança Guia Pedagógico

27 de fevereiro de 2015 por Fábio Pena

fotoFoi lançado hoje, 27/02, na Escola do Parque da Cidade em Santarém, o Guia Pedagógico do Projeto Territórios de Aprendizagem, que busca valorizar os saberes e conhecimentos das comunidades tradicionais no currículo escolar visando melhorar a qualidade do ensino.

O Projeto Territórios de Aprendizagem é fruto da parceria entre o Projeto Saúde e Alegria – PSA e a Secretaria Municipal de Educação de Santarém com apoio do Programa Norte de Saberes da Fundação Carlos Chagas e Fundo Vale. Surgiu em 2012 com o intuito de trazer referências pedagógicas que possam contribuir com a melhoria da qualidade da educação no contexto amazônico. O programa compreende a escola a partir do conceito de território – espaço marcado não apenas pelas características geográficas, como também pelas relações humanas – auxiliando os sujeitos na compreensão de sua realidade, para que se tornem cidadãos mais críticos e reflexivos e que possam assim agir sobre ela.

O projeto se propôs a ajudar no fortalecimento da função social das escolas especialmente no território da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns (Resex), o qual demanda processos educativos capazes de fortalecer o senso de territorialidade de sua população, especialmente das novas gerações.

Em seu primeiro ciclo de atuação, foram selecionadas quatro escolas na Resex, e um núcleo no planalto Santareno, para uma experiência piloto: no Eixo Forte, a Escola municipal de tempo integral Irmã Dorothi, da comunidade do Caranazal; e na Resex – Escola Nossa Senhora de Fátima, da comunidade do Anã; a Escola João Franco Sarmento, da comunidade Suruacá; a Escola São Pedro, da comunidade São Pedro; a Escola St. Ingnácio de Loyola, da comunidade de Boim.

Adotou-se como principal objetivo colaborar para a redução do espaço entre o ensino formal e a realidade sociocultural e ambiental dos alunos, possibilitando a construção de uma aprendizagem significativa que resulte na melhoria dos indicadores de sucesso escolar.
Os professores e gestores destas escolas participaram de diversas oficinas, nas quais tiveram contato com novas referências conceituais sobre educação do campo, educação ambiental, territorialidade, e sobre metodologias a serem utilizadas nas escolas.

O saber comunitário dando sabor à escola

As escolas participantes mobilizaram as comunidades num processo de mapeamento participativo de seu território, e dos conhecimentos e saberes tradicionais da população local.  Deste forma, os alunos com apoio de professores e pedagogos do projeto, percorreram as comunidades identificando elementos expressivos, levantando o perfil social, econômico e ambiental a partir de sua própria sua visão infanto-juvenil.

IMG_2224Os mapas elaborados contemplaram aspectos como a cartografia da comunidade em si – com as especificações territoriais, geográficas; a biodiversidade – identificando a fauna, flora, pesca, coleta, extrativismo.  Os alunos foram motivados também a pesquisarem sobre o conhecimento tradicional, os saberes populares, os mitos e lendas, a história local e regional, a culinária local, manifestações culturais coletivas, brincadeiras infantis, além de valorizar os talentos locais, como músicos, poetas, artesãos. O trabalho realizado construiu-se num rico banco de conhecimentos amazônicos que foram sistematizados e que agora estão disponíveis no Guia de Apoio Pedagógico do Projeto.

CapaGuiaO Guia resume o passo a passo percorrido pelo projeto até o momento, com suas metodologias e atividades para que outras escolas possam experimentar, e também apresenta dicas pedagógicas sobre como unir esses saberes aos conteúdos escolares, do 1o ao 6o ano do ensino fundamental. “Partimos da idéia de que a criança pode aprender melhor quando o ensino contempla suas formas de viver na comunidade, quando o professor passa a utilizar elementos simbólicos e materiais que a criança domina para que o conteúdo das disciplinas ganhe significados para a criança”, explica Fábio Pena, coordenador do projeto.

No evento de lançamento do Guia, os professores e diretores das escolas participantes comemoraram mais um passo alcançado. “Esse Guia será de grande importância para o enriquecimento do nosso conteúdo programático. Nossa escola dá muita importância para os conhecimentos locais mas ainda hoje os livros que são oferecidos para nossas escolas,  retratam realidades distantes da nossa, então isso dificulta o entendimento da criança. Com esse guia pedagógico, que é feito de dentro dessa nossa realidade, vai facilitar bastante trazendo mais motivação para a aprendizagem”, comenta a Diretora da Escola Nossa Senhora de Fátima, da comunidade do Anã, Renata Godinho.

A professora Eliana Amorim que leciona língua portuguesa aos alunos do 5o ano do Ensino Fundamental na mesma escola, também acredita que o Guia “só vai somar ao que a gente já vinha desenvolvendo com as primeiras experiência do projeto na escola. Buscamos sempre introduzir a pesquisa como parte  do processo pedagógico, levando os alunos a conhecerem mais a fundo a comunidade. E com esse guia vamos aprimorar mais o nosso trabalho e fazer com que os alunos tenham um maior desenvolvimento nos estudos”.

Já o coordenador das escolas da região de rios, da SEMED, João Magalhães, disse que “trata-se de um material muito bom que vai motivar os professores e alunos, principalmente por ele ter sido construído pelas próprias comunidades, retratando a vivência, a cultura dessas comunidades”, avalia.

No evento de lançamento também foram anunciados os próximos passos do projeto. “Após este lançamento é que temos um longo trabalho pela frente. Vamos incentivar o uso do material nas escolas e avaliar os resultados para ir cada vez mais melhorando a proposta pedagógica”, explicou Davirley Sampaio, coordenador de Educação Ambiental da SEMED.

“Nosso interesse é contribuir com experiências como essa para ajudar as políticas públicas no grande desafio que é promover a melhoria da educação nas comunidade rurais. Esperamos que esta se torne uma experiência consolidada para que depois possa ser expandida para mais escolas pela rede de ensino” , afirmou o coordenador do PSA, Caetano Scannavino.

A melhor Copa é a da Amazônia!

15 de abril de 2014 por Caetano Scannavino

Estádios prontos, que ficam no entorno de infraestruturas e serviços básicos implantados bem antes, como a água encanada, assistência em saúde da família fluvial, polos de acesso à internet para inclusão digital, projetos produtivos para geração de renda…

Uma Copa que tem como principais objetivos a educação e o meio ambiente. Que aproveita toda mobilização esportiva para fortalecer o exercício da cidadania por meio de eventos paralelos como seminários e oficinas, debatendo com a população caminhos para um futuro melhor.

Um grande evento que segue a tradição local, onde a competição esportiva se paga através dos próprios participantes, com a venda de inscrições, alimentação, bingo, ingressos para bailes dançantes,… tendo seu lucro revertido para uso em novas melhorias para população, essenciais porque ainda falta muito, apesar dos avanços.

É a Copa Floresta Ativa de Saúde & Alegria, que acontece na região do Baixo e Médio Amazonas, oeste paraense, envolvendo as 74 comunidades da Reserva Extrativista (Resex) Tapajós-Arapiuns, área rural dos municípios de Santarém e Aveiro.

Copas que associam esporte com educação e cultura é uma tradição do Projeto Saúde e Alegria / PSA (www.saudeealegria.org.br), ONG que atua há quase 30 anos na Amazônia. Esta é a quinta edição, sempre com um tema central. Desta vez, a campanha é pelas florestas.

Realizada pelo PSA em parceria com o ICMBio (gestor das Unidades de Conservação no País) e a Tapajoara (Federação intercomunitária que representa os moradores da Reserva), esta aliança está a frente de um programa maior – o Floresta Ativa, que dá nome a Copa – com o desafio de promover a inclusão social a partir da produção sustentável, um passo seguinte e que vai além de programas como o Bolsa-Família.

Para isso, diversas ações vem sendo implementadas, como  uma rede viveiros para reposição florestal e SAF’s; unidades para extração de óleos vegetais e essenciais; ecoturismo de base; artesanatos; Centro Experimental de Permacultura; entre outras medidas que ajudem na renda, na alimentação e na conservação do meio ambiente a partir dos próprios moradores da Reserva.

 Floresta Ativa e a Resex Tapajós-Arapiuns, onde vivem em torno de 22 mil pessoas.

A juventude ribeirinha tem papel fundamental. São oportunidades de empreendimentos que se abrem, a integração com outros projetos pedagógicos voltados para os direitos das crianças e adolescentes; e o encontro de gerações, onde lideranças antigas começam a preparar os mais novos para condução do futuro do Território.

Oficinas de Geração entre Gerações: lideranças mais antigas e jovens na criação de produtos educativos para as campanhas.

Aproveitando o ano esportivo e o jeito “saúde e alegria de ser”, a Copa Floresta Ativa está organizada em duas competições simultâneas e integradas: uma é o torneio de futebol (masculino e feminino), e a outra é o Festival de Artes, Cultura, Educação e Comunidades, com modalidades que incluem, por exemplo, os melhores produtos locais de teatro, música, paródia, cartaz, mascote, foto, vídeo e reportagem, inspirados no lema “Juventude e Comunidades juntas pela Floresta Ativa!”

 Abertura da Copa : hino nacional tocado em vitrola movida a corda (Anumã: 4-5/abr/14).

Entre abril e maio, ocorre a “Fase de Grupos”. São 4 eventos sub-regionais, um em cada comunidade-sede, onde participam as localidades do entorno que compõem a chave.

Disputas entre as comunidades do Grupo-sede Anumã, ocorrida dias 4 e 5 de abril. Próximas etapas: Surucuá  (25-26/Abr); São Pedro (9-10/Mai) e Boim (30-31/Mai). Finais em agosto.

Acontecem sempre nos finais de semana, iniciando nas sextas-feiras com seminários e oficinas, onde as atividades do Programa Floresta Ativa são avaliadas, os próximos passos são planejados, assim como são promovidos debates sobre o território, o acesso à politicas publicas, a luta dos povos tradicionais e caminhos para fortalecer suas Organizações.

Seminário “Floresta Ativa e o Desenvolvimento Territorial” (Anumã: 4-5/abr/14).

Os sábados são reservados para as competições, esportivas e educativas, com toda cobertura feita pelos repórteres e locutores esportivos da Rede Mocoronga(www.redemocoronga.org.br), uma plataforma intercomunitária de Educomunicação (radio, vídeo, blogs e impressos) implantada pelo PSA com os jovens ribeirinhos.

No inicio da noite, hora do Gran Circo Mocorongo de Saúde & Alegria, onde esquetes educativas e culturais são apresentadas, incluindo também as premiações dos classificados do Grupo (dois por modalidade). E depois, uma grande festa dançante animada pelas bandas locais madrugada adentro, que só termina quando acaba.

Circo Mocorongo: premiação das melhores paródias, músicas, cartazes e outros produtos educativos com os temas da Floresta Ativa  (Anumã: 4-5/abr/14).

Os classificados nas modalidades esportivas e educativas durante estes 4 eventos sub-regionais, além de troféus e medalhas,  ganham o passaporte para a grande final, prevista para agosto, durante o Encontro Geral de todas as comunidades de Resex.

À esquerda, as quatro seleções do Grupo Anumã classificadas para as finais: duas masculinas e duas femininas.

Enfim, uma grande mobilização das comunidades pela floresta em pé!

#TemCopaNaFloresta!

Caetano Scannavino – Projeto Saúde e Alegria

Fotos: Caetano Scannavino, Fabio Pena, Gabriel Abreu e Palestina

Vai começar a Copa Floresta Ativa!

1 de abril de 2014 por Bob Barbosa

A Copa Floresta Ativa, de futebol, cultura e educação comunitária, começa nesta sexta e sábado, 04 e 05 de abril, na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns.  A competição reúne 72 comunidades localizadas nos municípios de Santarém e Aveiro e objetiva promover a inclusão social através do esporte, numa realização do Projeto Saúde & Alegria, Tapajoara (Associação das Comunidades da RESEX Tapajós-Arapiuns) e ICMBio.

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A primeira das quatro fases classificatórias, em suas modalidades esportivas e educativas, será em Anumã, margem esquerda do Tapajós, dias 04 e 05 de abril. As outras fases classificatórias, no final do mês e em maio, ocorrerão em Surucuá, São Pedro do Arapiuns e Vila de Boim.  A grande final será no mês de agosto, em comunidade a ser definida dentre as que estão se candidatando.

Uma tradição é recuperada: entre a década de 1990 e 2001 foram realizadas quatro edições da “Copa Três Rios” – referência aos três grandes da região: Amazonas, Tapajós e Arapiuns.  Em 2014, o Projeto Saúde & Alegria junta-se à Associação Tapajoara para promover a quinta edição dessa copa ribeirinha da Amazônia, voltada para as comunidades da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns.

O nome da Copa indica o tema deste ano: é o Programa Floresta Ativa, que agrega à esta RESEX diversos projetos que contribuem com a viabilidade econômica, social e ambiental das suas 74 comunidades, onde vivem 20 mil pessoas.  Através do programa estão sendo implantados o CEFA- Centro Experimental Floresta Ativa, os Viveiros Comunitários para reposição florestal e também a assistência técnica (ATER) voltada ao agroextravismo, visando melhorar produção e renda famíliar. Outras iniciativas, como programas pedagógicos em defesa dos direitos das crianças e jovens da RESEX, também estão sendo implantadas pelo Projeto Saúde & Alegria e parceiros.

Em todas as etapas, a Copa Floresta Ativa contempla duas competições simultâneas, integradas e voltadas para as comunidades da RESEX: uma é o torneio de futebol (masculino e feminino) e a outra é o Festival de Artes e Educação Comunitária, com exibição de vídeos, músicas, campanhas educativas, jornais e peças de rádio produzidas pelas comunidades, inspiradas no lema “Juventude e Comunidades juntas pela Floresta Ativa!”

Ao final de cada uma das etapas, o Gran Circo Mocorongo, conduzido pelo palhaço Magnólio, celebrará as 74 comunidades e suas seleções, vitoriosas principalmente por estarem se mobilizando pelo desenvolvimento, socialmente justo e ambientalmente sustentável, do território comum a todas elas: a Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns.

Mais informações sobre a Copa, ligue: Projeto Saúde & Alegria (93) 30678000, Paulo Lima (93) 9149-4801, Fábio Pena (93) 9152-9662 ou Tapajoara, através dos diretores Alexandre Imbiriba (93) 9209-8039 e Leônidas Farias (93) 9136-6797.

Encontro da Teia Cabocla encerra com a alegria do Circo Mocorongo

9 de dezembro de 2013 por Fábio Pena

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Após dois dias de intensos debates entre os 60 jovens que participaram o XIII Encontro da Teia Cabocla de Lideranças Juvenis, promovido pelo Projeto Saúde e Alegria, o evento teve seu encerramento com festa e muita alegria.

A qualidade e a seriedade dos debates sobre os desafios enfrentados hoje pelos jovens da floresta foi destacado como um dos principais pontos positivos deste encontro. Mas, como diz o educador Magnólio de Oliveira, um dos idealizadores da Teia Cabocla, “a alegria não tira nossa seriedade”.

E a alegria esteve presente em todos os momentos do evento, mas foi na noite de sábado, 07/12, que ela mais se destacou, com a apresentação do Circo Mocorongo de Saúde e Alegria. Os jovens foram desafiados a prepararem apresentações criativas traduzindo de forma bem-humorada os temas que foram discutidos.

Um jovem que precisa continuar os estudos, mas enfrenta o dilema de ficar ou ir para a cidade porque em sua comunidade não tem o ensino médio. Outro jovem que pensa em ficar na comunidade, mas não tem alterativas de se sustentar e ter uma renda melhor do que seus pais tiveram. Foram algumas das esquetes apresentadas de forma bastante divertidas, entremeadas pela participação dos palhaços da equipe do Saúde e Alegria.

Quando a última música do circo tocou, era hora de despedida, e aquela sensação de ter vivido um mês em três dias, veio à tona. Era hora de arrumar a bagagem para voltar às comunidades. E a bagagem é muito além do material, mas de responsabilidade comum de lutar para transformar os planos construídos em realidade. Bagagem de ter aumentado a qualidade social, a qualidade cultural e cidadã, de que o futuro somos nós que construímos agora. E a constatação objetiva de que apostar na energia criativa da juventude é a chave para a mudança da realidade.

Teia Cabocla vai discutir desenvolvimento territorial e desafios da juventude

4 de dezembro de 2013 por Paulo Lima

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Vindos de mais de 30 comunidades ribeirinhas atendidas pelo Projeto Saúde e Alegria, cerca de 100 jovens irão se reunir nos dias 05, 06 e 07/12/2013 em Santarém, para discutir os desafios da juventude na perspectiva dos territórios onde vivem, na bacia dos Rios Tapajós e Arapiuns, como a Reserva Extrativista Tapajós Arapiuns, a Floresta Nacional do Tapajós e Assentamentos onde estão localizadas suas comunidades. É o XIII Encontro Teia Cabocla, evento tem apoio da Fundação Telefônica / Vivo, Fundação Konrad Adenauer e Fundo Vale.

Os Encontros da Teia Cabocla são eventos anuais realizados pelo Projeto Saúde e Alegria reunindo todos os grupos de jovens que participam de projetos desenvolvidos pela organização, principalmente a Rede Mocoronga de Comunicação Popular, promovendo a inclusão digital das comunidades e onde os adolescentes protagonizam a prática da comunicação comunitária disseminando campanhas educativas de saúde, direitos da criança, educação ambiental e valorização da cultura local.

Entendendo a juventude com um momento importante do desenvolvimento humano, o Projeto Saúde e Alegria sempre se preocupou em criar oportunidades para que possa desenvolver seus potenciais como pessoas, cidadãos e trabalhadores. Desta forma, surgiram outras iniciativas além da comunicação e da promoção da inclusão digital, como a criação de cursos de empreendedorismo visando qualificar a juventude em novas formas de inserção no mundo do trabalho, por meio da inovação, do uso das tecnologias e da economia criativa. Exemplo disso é o curso Jovens Empreendedores do Tapajós, com apoio da Fundação Telefônica / Vivo, que está em sua fase experimental quase finalizando.

Embora estas ações venham contribuindo para elevar as oportunidades de inclusão social da juventude ribeirinha, existem outros desafios que precisam ser compreendidos e levados em conta dentro de uma visão integral do que é estar sendo jovem na região do Tapajós e Arapiuns. Desafios ligados ao passado, ao presente e ao futuro dos territórios em que vivem. No caso da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, por exemplo, onde lutas históricas foram travadas pelas comunidades pela proteção de seu território tradicional, hoje a população tem amparo legal para nela viver e produzir, mas agora enfrentam o desafio de gerir o território e aproveitar seu potencial para desenvolver alternativas econômicas sustentáveis e melhorar as condições de vida de seus moradores. É nas novas gerações que esses desafios mais repercutem.  “O que será da Resex Tapajós/ Arapiuns no futuro se a maioria dos seus jovens saem para morar na cidade em busca de oportunidades? Se as opções de trabalho e renda são bastante restritos e o acesso ao ensino médio, por exemplo, é bastante precário? ”, questiona Paulo Lima, um dos coordenadores do evento.

“Acreditamos ser fundamental o engajamento da juventude nos debates sobre o futuro de seus territórios, não somente porque são eles que vão gerir essas regiões no futuro, mas também porque a energia criativa da juventude pode inspirar novas iniciativas que possam promover mudanças que superem os desafios hoje existentes”, complementa Fábio Pena, educador do Projeto Saúde e Alegria.

Diálogo de gerações

Entre os principais momentos da programação está o “diálogo de gerações”, em que lideranças antigas da Resex Tapajós/ Arapiuns, que participaram ativamente da luta pela sua criação, vão dialogar com os jovens e lideranças atuais, demonstrando suas percepções sobre o que foram as lutas do passado, em que estágio estão agora, e o que pensam sobre o futuro.

Um dos objetivos da atividade é reavivar na memória das novas gerações as lutas históricas do seu povo, como também promover seu engajamento nas lutas atuais numa perspectiva coletiva atual.

Ativismo para defender direitos da juventude ribeirinha

Outro momento importante da programação será quando os jovens vão realizar um diagnóstico da situação atual, através de trabalhos em grupos, apontando quais suas principais demandas e oportunidades existentes. Os debates vão girar em torno de temas como trabalho e renda; educação formal; identidade cultural e o papel do jovem da floresta para a Amazônia e o mundo; participação e ativismo do jovem na comunidade, no território e nos espaços de cidadania; acesso e direito à comunicação e difusão do conhecimento e da educação comunitária; território e meio ambiente.

Em plenária serão eleitas as principais questões a serem trabalhadas no próximo ano pelo coletivo de jovens da Teia Cabocla. As prioridades serão apontadas pelos próprios jovens, mas os coordenadores já adiantam alguns assuntos que poderão ganhar maior relevância. “Demandas como o acesso ao ensino médio de qualidade, o direito à comunicação, a necessidade de oportunidades de renda para a juventude e questões ambientais como os grandes empreendimentos no Tapajós devem aparecer com mais destaque”, argumenta Fábio Pena.

O encontro vai contar com a presença do coordenador da Escola de Ativismo, Marcelo Marquesini, que falará aos jovens sobre experiências de ativismo para defender causas comuns, ideias ou promover mobilizações na sociedade. “Nossa proposta é trazer elementos para que os jovens possam utilizar melhor os instrumentos que as comunidades já tem acesso, como os telecentros, os blogs, as rádios, as redes sociais para ter uma voz mais ativa sobre questões mais regionais e não apenas localizadas, afinal, os problemas da juventude numa comunidade são bastante comuns nas demais de uma mesma região”, afirma Paulo Lima.

Como resultado do encontro espera-se que os jovens elaborem planos de ação em forma de campanhas para que possam ter um papel mais ativo na defesa de seus próprios direitos.

 

Tucumarte confecciona peças para loja em Manaus

25 de novembro de 2013 por Rosemara Tapajós

As artesãs do grupo TucumArte, nessa semana concluíram e enviaram mais uma encomenda para serem expostas na galeria amazônica de Manaus, nessa encomenda foram confeccionados belíssimos Sousplat  Amazônico e Descansos de Panela.  O grupo adquiriu essa tradição de seus antepassados, uma cultura que foi sendo repassada de geração a geração e que hoje ainda continua, as peças são confeccionadas da guia do Tucumãzeiro, uma planta nativa da Amazônia. As peças são todas feitas e coloridas com pigmentos da própria natureza, um diferencial no trabalho que elas realizam na comunidade.

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