Beiradão de Oportunidades abre seleção para jovens empreendedores

4 de fevereiro de 2019 por Samela Bonfim

Projeto de formação de empreendedores capacitará jovens entre 15 e 29 anos. O Beiradão será realizado no Centro Experimental Floresta Ativa (CEFA), na comunidade do Carão, Resex Tapajós Arapiuns

O Beiradão promovido pelo Projeto Saúde e Alegria acontece este ano nos dias 14, 15 e 16 de fevereiro e é destinado aos jovens moradores da Resex Tapajós, Arapiuns e Floresta Nacional do Tapajós.

Nos três dias, os jovens empreendedores receberão conceitos de negócios sociais e tecnologias, que possam auxiliá-los na geração de ideias inovadoras para buscar alternativas no mundo do trabalho e geração de renda. A proposta é que essas ideias surjam para solucionar problemas que estão inseridos nos próprios contextos em que estão inseridos.

A primeira fase da formação é caraterizada por um grande festival que totaliza 30 horas de atividades, quando eles se deparam com novos conhecimentos e realidades. A expansão do universo de possibilidades do jovem e repertório para análises de problemas também são despertados durante os encontros.

Segundo o coordenador de Empreendedorismo Juvenil do Projeto Saúde & Alegria, Paulo Lima: “O Beiradão de Oportunidades objetiva ampliar o nível de conhecimento dos conceitos de empreendedorismo e negócios sociais nas comunidades para ações coordenadas e em rede, além de realizar atividades que estimulem o jovem/adolescente a pensar no seu futuro, planejá-lo, provocando mudanças de atitude e resgatelar e fortalecer a cultura local através de conteúdos produzidos por comunitários” – explica.

Leia o resto desse post »

Levantamento de sementes marca seminário em Aveiro na Floresta Nacional do Tapajós

29 de novembro de 2018 por Samela Bonfim

De 26 a 28 de novembro moradores da comunidade participaram do evento que incentiva a produção sustentável de diferentes plantas como forma de manter o ecossistema e extrair dele a renda familiar

Tipos de sementes de plantas aromáticas, plantas frutíferas, ervas medicinais e arvores lenhosas (capazes de produzir madeira dos seus caules) foram indicados pelos participantes do seminário que idealizam aumentar as produções com fim ao reflorestamento e aumentar o lucro a partir da produção das espécies.

Andiroba, copaíba, castanha, pupunha e Cumaru foram as sementes mais indicadas para a produção de plantas com alto potencial de fabricação de óleos. Açaí, cacau, tucumã e caju foram apontadas como plantas frutíferas importantes para a comercialização na região. Muiracatiara, louro e tauari se destacaram pela capacidade de uso na produção de móveis. Já na categoria das ervas medicinais são algumas das apostas dos moradores: unha de gato, cidreira, canela e mangarataia.

Entusiasmados com a perspectiva de melhorar a cadeia produtiva, os moradores da comunidade São Francisco das Chagas – Rio Cupari no município de Aveiro/Pá, localizada na Floresta Nacional do Tapajós – FLONA desenharam a estrutura que imaginam para as plantações dentro da comunidade e de que maneira irão organizar a divisão do plantio por espécies.

Os frutos de plantas típicas da região Amazônica como Andiroba e o Cumaru são visados pelas indústrias de cosméticos, setor culinário e artesanal. Porém apesar da grande apreciação do comercio nacional e internacional, é preciso incentivar a plantação das arvores dessas espécies e fomentar a produtividade sustentável.

Os moradores da comunidade conheceram técnicas de coleta para a venda das sementes e tiveram acesso a estratégias de conservação dos recursos da natureza como método de capacitação continua em técnicas e sistemas produtivos mais modernos e eficientes, que ao mesmo tempo preservem a floresta e garantam renda aos extrativistas.

O responsável pela atividade e coordenador do CEFA – Steve Mcqueen enfatizou a proposta do seminário: “Representa o fortalecimento da cadeia de sementes na região do Tapajós onde as comunidades que já desenvolvem o trabalho de extrativismo vão ter a oportunidade de avançar nessa cadeia das sementes. A gente espera poder junto com os parceiros, desenvolver um trabalho de coleta, capacitação, beneficiamento e mercado para chegar ao ponto da comercialização de mudas e óleos” – explica.

O seminário incentiva a cadeia produtiva sustentável e promove geração de renda por meio do manejo de óleos e sementes, através do Projeto Saúde e Alegria com o apoio do Fundo Amazônia na região. Os projetos já são realizados nas comunidades que precisam consolidar cada vez mais estratégias para aumentar a renda familiar de maneira organizada e sustentável.

As reservas são compostas principalmente por agricultores e extrativistas que desenvolvem ações dentro de cadeias produtivas não-madeireiras, que possuem enorme potencial para ampliar processos econômicos de desenvolvimento local.

Extrativistas participam de seminário: ‘Iniciativas e desenvolvimento dos óleos na floresta’

24 de outubro de 2018 por Samela Bonfim

Promover iniciativas promissoras de extração do óleo na floresta, aproximar os povos tradicionais que sobrevivem da atividade sustentável de empresários e disseminar o conhecimento cientifico para os extrativistas são objetivos da oficina realizada na comunidade Carão, em Santarém

As atividades aconteceram no Centro Experimental Floresta Ativa (Cefa) instalado na comunidade Carão, Oeste do Pará. No espaço representantes de dezoito comunidades da Resex, Floresta Nacional do Tapajós e Lago Grande participaram da oficina que visa incentivar e melhorar a geração de renda e desenvolvimento sustentável dos moradores, com ênfase no aproveitamento econômico dos produtos extrativistas produzidos pelos comunitários.
A primeira edição do seminário destacou o potencial econômico dos óleos e sementes na região e de que maneira os extrativistas podem melhorar a produtividade sem esquecer o respeito ao meio ambiente.

Participantes trocaram experiência com os convidados que contribuíram para que a atividade atinja os objetivos propostos: Professor da Universidade Federal do Oeste do Pará – Dr. Lauro Barata, Arimar Feitosa da Cooperativa Mista da Flona Tapajós e Jose Neto da Natura.

O responsável pela atividade e coordenador do CEFA Steve Mcqueen enfatizou a proposta do primeiro seminário que será realizado anualmente: “Mostrar as iniciativas promissoras do óleo na floresta, aproximar empresas, difundir as pesquisas da universidade para o desenvolvimento sócio ambiental das comunidades que desenvolvem a pratica da extração de óleo na medicina, parte alimentar e cosmético. Com a nossa experiência percebemos que é necessário aproximar as empresas, institutos de pesquisa para construir meios de melhorar produção, beneficiamento e venda desses produtos” – finaliza.

 

Evento organizado pelo Projeto Saúde & Alegria (PSA) com apoio da Fundação Konrad Adenauer (KAS) propõe capacitação continua aos moradores em técnicas e sistemas produtivos mais modernos e eficientes, que ao mesmo tempo preservem a floresta e garantam renda aos extrativistas.

 

Vagas para trabalhar no Projeto Saúde e Alegria

6 de setembro de 2018 por Fábio Pena

O Projeto Saúde e Alegria está contratando profissionais para atuar em seu novo projeto Floresta Ativa, que será apoiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, com recursos do Fundo Amazônia.

São três vagas:

1 Coordenador (a) do Programa Floresta Ativa;

1 Gestor (a) do Centro Experimental Floresta Ativa – CEFA;

1 Gestor (a) Executivo (a) do Programa Floresta Ativa

Veja os editais nos links abaixo:

Seleção Coordenador FA 2018

Seleção Gestor do CEFA 2018

Seleção Gestor Executivo floresta ativa 2018 (1)

 

Santarém e Belterra implantam rede piloto de monitoramento de qualidade da água

2 de outubro de 2015 por Adriane Gama
Desenvolvido pelo Rede InfoAmazonia. http://infoamazonia.org

Desenvolvido pelo Rede InfoAmazonia. http://infoamazonia.org

 

Entre os dias 16 e 31 de outubro, o Projeto Rede InfoAmazonia iniciará a implantação de uma rede piloto de monitoramento de qualidade da água para consumo humano na regiões paraenses de Santarém, Belterra, Floresta Nacional (FLONA) Tapajós e Reserva Extrativista (Resex) Tapajós-Arapiuns.

O sistema de monitoramento será implementado em articulação com o Projeto Saúde e Alegria, e as Secretarias de Meio Ambiente de Belterra e Santarém e as comunidades. Os resultados das análises serão apresentados em tempo real na plataforma InfoAmazonia. Além das informações publicadas no site, serão enviados alertas à autoridades, organizações e população através de mensagens SMS.

A definição dos vinte pontos onde serão instalados os dispositivos para o monitoramento será feita em um ciclo de oficinas com a população local, onde também serão formadas as equipes locais e haverá treinamentos e discussões sobre a relação entre meio ambiente, cidadania, comunicação e tecnologia. O ciclo de oficinas é destinado às pessoas que participaram do primeiro ciclo de oficinas do projeto em março de 2015.

Sobre o sistema de monitoramento

O sistema irá utilizar como ferramenta de monitoramento um hardware batizado como “Mãe d’Água”, que pode detectar possíveis alterações de características da água como acidez, temperatura, condutividade elétrica, potencial de redução da oxidação e pressão barométrica. A modificação destes atributos podem ser provenientes do despejo inadequado de resíduos domésticos, industriais e metais pesados, e com o “Mãe d’Água” é possível distinguir a água potável da água contaminada. O dispositivo usado pelo Rede InfoAmazonia pode ser instalado em águas superficiais de mananciais menores, em caixas d´água e cisternas.

O desenvolvimento dos sensores é realizado em parceria com a rede norte-americana de ciência cidadã Public Lab e a start-up Dev Tecnologia, empresa incubada na Universidade de São Paulo.

Atividade aberta ao público

Como parte do ciclo de atividades, acontecerá a oficina de Jornalismo Cidadão focado na área ambiental, realizada pelo jornalista Gustavo Faleiros. A atividade é aberta ao público, e acontecerá na UFOPA nos dias 23 de outubro (14 às 17h30) e 24 de outubro (8h30 às 12h). As inscrições serão realizadas com o Projeto Saúde e Alegria. A oficina e visa discutir a produção de conteúdo informativo a partir de questões das próprias comunidades, a construção da pauta, coberturas e levantamento de informação com dispositivos móveis, alimentação jornalística de redes sociais, produção e edição de conteúdo multimídia (vídeos, áudios, fotos, mapas e transmissões ao vivo) e publicação para web.

Mais informações sobre o projeto Rede InfoAmazonia:

http://infoamazonia.org/pt/projects/infoamazonia-network/

Prestação de serviços InfoAmazônia em Santarém:

16 de outubro – Oficina Mãe d´Água (Flona, Belterra e Santarém). Ufopa (Boulevard)

23 de outubro – Oficina de Jornalismo Cidadão (14 às 17h30) e 24 de outubro (8h30 às 12h). Local: Ufopa (Boulevard)

Gina Leite

Assessora executiva

Projeto Infoamazonia

gina@memelab.com.br

Skype: Geijineana

(71) 8836 5112 (Vivo / Whatsapp)

Jovens ribeirinhos produzem radionovela em oficina

15 de junho de 2015 por Lilian Campelo
IMG_20150610_094106384

Segunda parte da oficina – Edição

Deco e Deca são filhos da Dona Magali e seu Cebola, agricultores rurais e que resolveram matricular seus filhos na escola… Essa história foi criada pelos jovens que fazem parte do Coletivo AMA – Adolescentes Mobilizados pela Amazônia – e que moram na comunidade de Maguari, localizada da Floresta Nacional do Tapajós (Flona).

O enredo foi criado a partir de uma oficina sobre radionovela realizada nos dias 09 e 10 de junho, e forneceu ao coletivo conhecimento técnico de como elaborar um roteiro, gravação e edição. O intuito da oficina foi para que eles, os jovens, possam produzir pequenas narrativas em áudio envolvendo as crianças da comunidade. A atividade, que será realizada pelo AMA, faz parte do projeto Microfone Juvenil e recebe apoio do Saúde e Alegria.

As radionovelas educativas irão abordar sobre os direitos das crianças e dos adolescentes. A formação que o Saúde e Alegria realizou faz parte do acompanhamento que está sendo realizado com os projetos juvenis nas comunidades ribeirinhas e que foram aprovados por meio da Chamada de Apoio às Iniciativas Juvenis.

Ao todo são 16 projetos socioeducativos que estão sendo realizados pelos jovens nas comunidades onde moram, mas recebendo orientação pedagógica, apoio material, técnico e formativo do Saúde e Alegria.

A proposta da Chamada é fazer com que os jovens conheçam o processo de um projeto social, envolvendo-os desde a administração, orçamento, compra de materiais e mobilização. Dessa forma se quer incentivar o protagonismo juvenil, e, sobretudo, que esse jovem desenvolva um perfil de liderança, comprometimento social e olhar crítico da realidade em que vive.

Quer saber como é o fim da história de Deco e Deca? Convido você a ouvir a radionovela produzida pelos meninos e meninas da comunidade de Maguari (Flona do Tapajós).

Jovens de Prainha ensinam crianças e adolescentes da comunidade noções de informática

15 de junho de 2015 por Lilian Campelo
20150610_121543

Jovens apresentaram para a comunidade as atividades que irão realizar

Em Prainha, comunidade localizada na Flona do Tapajós, apresentou no dia 9 o projeto Mojop na era digital para a comunidade com aula inaugural. O grupo de jovens também apresentaram a prestação de contas do projeto e um cronograma de atividades que serão realizadas no Telecentro.

Cerca de 30 pessoas entre pais, professores e lideranças, além de jovens e crianças estiveram presentes e assistiram a apresentação do projeto.

Primeira aula dada pelos jovens de Prainha às crianças e adolescentes da comunidade

Na segunda, dia 15, os jovens colocaram em prática a primeira etapa do cronograma das oficinas iniciando com aulas práticas em letramento digital e informática básica. As próximas serão sobre digitação e noções sobre internet.

Em muitas comunidades da região ainda são excluídas da Tecnologia da Informação e Comunicação – TIC. Para que um jovem possa fazer um curso de informática ele precisa se deslocar para a cidade mais próxima, o que para muitos acaba sendo inviável.

Com o apoio do Saúde e Alegria foi produzindo um material de apoio didático para auxiliar os jovens durante as oficinas. O curso pretende atender crianças e adolescentes da comunidade.

Psa realiza oficinas de apoio para os projetos socioeducativos

3 de junho de 2015 por Lilian Campelo
DSC03636

Em Maripá reunião com jovens da comunidade para implementar ações do projeto.

Desde abril o Saúde e Alegria vem realizando formações com os jovens que tiveram os projetos aprovados na Chamada de Apoio às Iniciativas Juvenis.

O apoio dado através das oficinas é uma forma de empoderar esses jovens para que possam realizar as atividades dos projetos nas comunidades onde moram junto com o público atendido, que são crianças e adolescentes.

Esse mês de junho as atividades do PSA estão bem intensas. Nos dias 9 e 10 será realizada uma oficina sobre radionovela com o grupo AMA – Adolescentes Mobilizados pela Amazônia da comunidade de Maguari, localizado na Floresta Nacional do Tapajós. O grupo está realizando o projeto denominado Microfone Juvenil que tem como objetivo produzir radionovelas com crianças e adolescentes da comunidade e irá abordar os direitos das Crianças e dos Adolescentes. Todos os 16 projetos aprovados na chamada visam empoderar jovens das comunidades para trabalhar com essa temática.

Da Flona pra Resex. Nos dias 12 e 13 a Aldeia de Solimões recebe a formação sobre cineclube. E dando continuidade na oficina sobre edição de vídeo documentário, irá ocorrer amanhã, dia 5, na sede do PSA, a segunda etapa da oficina com Benezildo Costa, um dos membros do projeto Doc. São Pedro. A oficina ainda continua no sábado e na segunda, nos dias 6 e 8, com Leila Verçosa ministrando a formação.

No sábado, dia 6, será a vez das comunidades de Cabeceira e Vila do Amorim. Elis Lucien e Adriana Gama estarão fazendo uma visita nas comunidades para acompanhar os projetos: Criança Saudável é Criança Feliz e A felicidade é uma escolha, das comunidades acima, respectivamente.

 

E o palhaço, o que é?

18 de março de 2015 por Adriane Gama
quarteto_clow

Esio Magalhães e as artes-educadoras do PSA.

Ser palhaço vai além do riso”! Esio Magalhães

Neste último final de semana, 14 e 15 de março, na Casa de Cultura aconteceu a oficina “O palhaço o que que é”, facilitada pelo artista circense mineiro Esio Magalhães (Palhaço Zabobrim). O público participante foi veteranos na área cultural e iniciantes que queriam conhecer um pouco da linguagem e da arte de como ser um palhaço.

A proposta central da oficina foi trabalhar com o poder, no sentido de atrair o público. Esio ressalta que “palhaço não é um personagem. Não faz teatro. Ele só vive quando tem pessoas”. As aulas abordaram o encontro da arte com o público, do prazer e do risco do jogo do palhaço, destacando os quatro pontos fundamentais de um palhaço: apresentar, convidar, transformar e despedir-se.

O artista ressaltou que: “você não acorda, não nasce palhaço, tem que ter um esforço para se chegar lá, é claro que tem um lado importante de ver o mundo de maneira risonha, mas ao mesmo tempo é trabalhar para fazer o outro rir. Por exemplo, vamos apresentar um espetáculo em abril, então a gente precisa ensaiar a semana toda, quatro horas por dia, além de executar outras demandas de produção, enfim mas do que tudo é um trabalho que exige empenho e precisa de dedicação”.

Durante esses dois dias, o foco, o interesse e a ação foram pontos determinantes nas práticas com exercícios, jogos e demonstrações, sempre conduzidas para um formato vivencial. Assim, a ideia era propor aos participantes que entrasse em contato com o seu ridículo através da relação com o desejo e o poder.

Ser palhaço é colocar o meu ridículo a serviço do riso das pessoas. De certa maneira, fazendo isso, acho que consigo dizer para pessoas que não tem jeito certo de ser. Ser palhaço é o antagônico do heroísmo, ou seja, é dizer que o pequeno, feio, o baixinho, o fraco também tem sua importância. Porque o herói sempre é uma figura inatingível, o palhaço não, é o menor de todos, mas é importante, pois o que importa para gente é que ele traz o riso”, reforça o artista. “Através do olhar para o pequeno, para desajustado, o palhaço tem a possibilidade de falar sobre as questões sociais importantes da humanidade”, conclui Esio.

As arte-educadoras da Educom do Projeto Saúde e Alegria, Elis Lucien, Leila Verçosa e Adriane Gama, também marcaram presença nestas aulas com intuito de somar esses conhecimentos com as atividades de arte-educação do Circo Mocorongo desenvolvidas pelo PSA, uma vez que o trabalho de Esio é reconhecido em âmbito nacional, além de aproveitar a oportunidade de participar de uma formação gratuita e praticar artes circenses.

A temporada de espetáculos do Palhaço Zabobrim, iniciou-se no final de fevereiro, na Praça Barão de Santarém, com a apresentação do “Circo do Só Êu!”, e em março, na Praça do Sairé em Alter do Chão até chegar nas comunidades ribeirinhas como: São Pedro, no Rio Arapiuns, em Maguari, na Flona e em Nazaré, Vila de Boim e Suruacá, no Rio Tapajós.

Esta ação faz parte do projeto denominado “Ri beirando o rio”, contemplado em 2013, pelo Prêmio Funarte Caixa Carequinha de Estímulo ao Circo. A oficina foi apoiada localmente pelo Grupo de Teatro Las Cabaças e Associação de Teatro de Santarém (Atas).

* Esio Magalhães – Ator, diretor e palhaço Zabobrim, indicado ao premiou Shell como melhor ator em 2007 e 2008. Foi Integrante dos Doutores da Alegria e é sócio fundador do Barracão Teatro em Campinas. Foi considerado o melhor palhaço de todos os tempos por sua mãe.

Jovens ribeirinhos participam de oficina de Jornalismo Cidadão em Santarém

13 de março de 2015 por Adriane Gama

ofic_midiativismo

As oficinas de Jornalismo Cidadão e Tecnologias Livres para jovens e lideranças das comunidades ribeirinhas da Reserva Extrativista Tapajós Arapiuns (Resex) e Floresta Nacional (Flona) têm como ojetivo fomar monitores para acompanhar a qualidade da água nestas localidades.

A primeira dessas oficinas foi realizada na Escola do Parque, no último dia 05, e faz parte de uma série que acontecerá em Santarém, na Resex e em Belterra. Realizada pela InfoAmazônia, em parceria com o Projeto Saúde e Alegria e Secretarias Municipais de Meio Ambiente, as oficinas visam implantar uma ação piloto de monitoramento da qualidade da água, prevista para acontecer em julho, e assim identificar pessoas que estejam interessadas em representar suas comunidades.

A oficina, mediada pelo jornalista Giovanny Veras e pelo pesquisador Ricardo Guimarães, ambos do InfoAmazônia, teve suas atividades divididas em duas partes.

Pela manhã, houveram diálogos sobre produções independentes de conteúdos jornalísticos. Midiativismo, tecnologias livres eofic_infoamazonia jornalismo cidadão foram temas convergentes para estimular a participação de cidadãos comuns, sem formação jornalística, do processo de coleta à veiculação das reportagens, produzindo assim, conteúdos em seus próprios blogs.

De acordo com Giovanny, o jornalismo digital pode ser uma das ferramentas que estimula e permite que moradores, jornalistas, pesquisadores, ongs e universidades possam gerar narrativas e compartilhar análises de dados. Assim, “cria-se mais conhecimento sobre os problemas e soluções na Amazônia”, ressalta o jornalista.

À tarde, o pesquisador Ricardo Guimarães apresentou a ideia central do projeto: aplicar um sistema de monitoramento da qualidade da água nas comunidades, onde cada sensor medirá oito parâmetros, como pH, temperatura e turbidez. Os jovens irão aprender a metodologia do trabalho desde a instalação dos kits das caixas módulos em reservatórios para medição, até como enviar dados e enfrentar desafios em casos de impossiblidades de conexão.

O técnico ainda ressalta que no final desse processo, um servidor da InfoAmazônia, após o recebimento desses dados em tempo real, irá conferi-los, gerando um índice sobre a característica da água. Caso algum sensor apontar uma situação potencial de contaminação, uma análise laboratorial será feita detalhadamente.

pratica_analise_aguaNa parte prática da oficina, a turma testou o parâmetro do pH de algumas amostras de água, utilizando o protótipo do sensor. No final do evento, os participantes receberam certificados e ficaram responsáveis de enviar notícias comunitárias para começar a alimentar as informações no site da InfoAmazônia e sites parceiros.

Para o participante Mauro Duarte, da comunidade de Maguari – Flona, esse projeto levanta a bandeira coletiva de luta pela mesma causa para chegar à uma mudança, e “através da conexão entre água e jornalismo, coloca os direitos e problemas relativos à qualidade da água, em evidência”.

A jovem Natalina Oliveira, da Vila de Boim, lembrou que “nós, da comunidade, temos medo de represália se fomos fazer denúncias, mas com esse projeto podemos ter mais segurança de repassar nossas noticias, corretas e verdadeiras, com uso de recursos de multimídia.”

*O projeto Rede InfoAmazonia é uma plataforma digital que agrega jornalismo e dados geográficos, produzindo mapas interativos e gráficos através de tecnologias livres com objetivo de difundir informações locais da Amazônia.

Fotos: Elis Lucien