Doze mil mudas de plantas nativas serão distribuídas no Arapiuns para reflorestamento

29 de janeiro de 2019 por Samela Bonfim

Naturais da região amazônica espécies como açaí e andiroba serão distribuídas pelo Projeto Saúde e Alegria em sete comunidades da região do Arapiuns em Santarém. A entrega começa em 17 de fevereiro e segue até 02 de março na Amazônia

Arquivo PSA

Tendência devido ao aguçado interesse comercial de empresas madeireiras, o desmatamento na região Amazônia tem aumentado nos últimos anos. Pesquisadores do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) chegaram a conclusão que o desmatamento na região citada aumentou 40% em 2018 nos estados do Acre, norte de Mato Grosso, sul do Amazonas, parte de Rondônia e oeste do Pará.

Para reduzir os alarmantes índices e contribuir com o reflorestamento iniciativas sustentáveis são fundamentais. O programa Floresta Ativa Tapajós desenvolvido pelo Projeto Saúde e Alegria com apoio do BNDS/Fundo Amazônia pretende ampliar o verde através da distribuição de mudas para os moradores das comunidades São José 1, Zaire, Aminã, Atody, São Miguel, Arapiranga e Anã, todas no Arapiuns.

Arquivo PSA

Do dia 28 até 31 de janeiro as equipes estarão realizando visitas nessas comunidades para fazer levantamento e cadastro da pré-distribuição das mudas. “Vamos aproveitar para visitar alguns roçados, saber como é que está o andamento dos plantios. Essas visitas são importantes porque a gente vai garantir a distribuição prevista a partir de fevereiro e segue durante duas semanas na região” explicou o coordenador do CEFA – Steve Mcqueen.

O projeto de distribuição de mudas nessas sete comunidades pretende promover o reflorestamento através da participação dos próprios comunitários engajados com a defesa do meio ambiente e interessados em práticas de agricultura sustentável.

A intenção é recuperar áreas degradadas nas proximidades das comunidades, nos quintais e junto aos roçados familiares e oferecer aos produtores os instrumentos necessários para implantação de sistemas agroflorestais, permaculturais, entre outras práticas mais eficientes, eficazes e amigáveis ao meio ambiente. Desta forma, além de contribuir com a manutenção da floresta em pé, os agricultores familiares são incentivados a agregarem valor à sua produção, com a diversificação de espécies com valor de mercado, e a experimentação da venda de créditos de reposição florestal.

Produção de mel

Meliponicultura

Além da reposição florestal, outra importante atividade para o equilíbrio do ecossistema é a criação de abelhas, uma vez que são cruciais para o planeta porque na busca do pólen (refeição), esses insetos polinizam plantações de frutas, legumes e grãos. A polinização é indispensável, pois é através dela que cerca de 80% das plantas se reproduzem.

Neste sentido, outro foco da atividade será com os manejadores de abelha, os comunitários que atuam no pólo floresta Ativa Tapajós. “Vamos tratar sobre padrão de produção, organização da comunidade, como desenvolver atividade com mel nas comunidades, tentar organizar o modelo de meliponário, manejo de colméias, coleta de mel e beneficiamento” – finaliza Alexandre Goudinho, técnico em Meliponicultura do Projeto.

I Happy Hour Amazônico – Um Encontro Ambiental Tapajônico

25 de maio de 2016 por Adriane Gama

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Um happy hour é um evento informal por meio do qual, após um árduo expediente de trabalho, colegas ou amigos se reúnem para comer, beber e descontrair. Assim como nos grandes centros urbanos, aqui em Santarém, no interior do Pará, essas ocasiões acontecem em vários espaços sociais. Embora o happy hour não seja a única maneira de estreitar relações, é uma ótima oportunidade de conhecer pessoas, explorar afinidades e descobrir interesses em comum.

É esta a motivação que levou um grupo de ativistas locais a criar o inédito Happy Hour Amazônico. A inspiração veio do Projeto de Jornalismo Ambiental Media*, idealizado pelo jornalista paulista Thiago Medaglia em parceria com a Rede InfoAmazônia. Trata-se de um movimento que tem, como uma de suas propostas fundamentais, unir profissionais de mídia e pesquisadores. O ponto de encontro virtual para essa comunidade inovadora é um grupo virtual no Facebook (chamado Ambiental Media), criado para conectar cientistas a jornalistas, fotógrafos, designers, programadores, cinegrafistas, ilustradores e outros. No grupo, os membros são os protagonistas e, por iniciativa própria, já organizaram um primeiro Happy Hour Ambiental em São Paulo. Outros eventos do tipo estão a caminho no Rio de Janeiro e em Florianópolis.

No caso do Encontro Tapajônico, queremos envolver protagonistas engajados em contribuir com a difusão do conhecimento ambiental livre e consciente na região amazônica. Uma feliz hora de reunir organizações sociais e ambientais, coletivos culturais e digitais, universidades e comunicadores, experimentando um espaço interativo e livre, bem ao lado do encontro dos Rios Tapajós e Amazonas, que dialoga tecnologia, ciência, jornalismo, mídia e cultura. Enfim, um convite para debater sobre os desafios atuais e futuros da Amazônia.

E esse evento vai muito além de um encontro casual e animado entre os protagonistas locais. Do Happy Santarém pode surgir alternativas criativas de rede de comunicação comunitária ou mesmo juntar-se ao próprio grupo da Ambiental Media no Facebook, interagindo com pessoas que estão fazendo a diferença em outros territórios do planeta e por aqui mesmo na Amazônia.

Para isso o evento trará a participação on line, de Thiago, Fundador da Ambiental para apresentar o seu case jornalístico e suas percepções sobre como podemos potencializar nossas ações socioambientais e digitais em redes colaborativas. “Acredito que as redes sociais são um poderoso motor para gerar impacto socioambiental por meio do jornalismo e da difusão do conhecimento”, afirma Thiago.

Este especial encontro ainda terá outros momentos marcantes com intervenções sociais de parceiros e participantes, apresentação de fotografias amazônicas, boa música ambiente e regional, e finalizando com apresentações musicais de talentosos artistas ativistas genuinamente paraense: Priscila Caetano, Nato Aguiar, Cristina Caetano e Livaldo Sarmento. Este evento coletivo tem o apoio colaborativo da Secretaria Municipal de Cultura, do Projeto Saude e Alegria e do Coletivo Puraqué.

O Coletivo EcoLógicas, coordenado pelas ativistas ambientais: Adriane Gama, Elis Lucien e Leila Verçosa, organizadoras locais desse encontro amazônico juntamente com colaboradores engajados, em estado de entusiasmo e compromisso, fica muito feliz em contribuir com essa ponte de conexões de midiativismo ambiental e aproveita para convidar as pessoas a participarem desse descontraído Happy, aberto ao público!

Estamos com uma página de evento no Facebook, onde lá já começa as interações entre os ativistas, e logo serão convidados a responder a nossa pergunta chave, a nossa hastag: Afinal de contas, qual é #atuanaamazonia

Programação do Happy Hour Amazônico

18h – Abertura

  • Intervenções sociais e exposições de fotografia da Amazônia e Djs.

  • Fala on line do jornalista Thiago Medaglia (Ambiental Media)

20:30h – Apresentações de cantores ativistas: Priscila Castro, Nato Aguiar, Cristina Caetano e Livaldo Sarmento.

Local: Praça do Mirante

Data: 30 de maio (segunda-feira)

Confirme sua presença no evento Happy Hour Amazônico: https://www.facebook.com/

Vamos! Aguardamos por todos vocês! Um abraço e até lá!

*”O Ambiental Media, idealizado pelo jornalista Thiago Medagllia, é um espaço onde jornalistas, programadores, fotógrafos e pesquisadores podem encontrar interesses em comum e discutir tendências em tecnologia, jornalismo e difusão do conhecimento. A ideia é explorar ao máximo os pontos convergentes: ferramentas de mídia para os pesquisadores e fontes consistentes de conteúdo para jornalistas e entusiastas.” https://www.facebook.com/

Mais sobre o projeto Ambiental Media aqui (em inglês): https://medium.com/journalism-innovation/we-created-a-facebook-group-and-that-is-generating-news-4bd9a39aa709#.wq3skxor7

Encontro Juvenil de Midiativismo da Rede Mocoronga

29 de fevereiro de 2016 por Adriane Gama

Um Encontro Local de Midiativismo realizado na sede do Projeto Saúde e Alegria – PSA, contou com a presença, na maioria, de jovens comunicadores da Rede Mocoronga, da Reserva Extrativista Tapajós Arapiuns: Carão, Pedra Branca, Suruacá, Aldeia de Muratuba, Vila do Amorim, Tucumatuba, Parauá, Vila de Boim – Rádio Integração, São Pedro e Prainha I, da FLONA. O evento promovido pela Educom/PSA, no dia 22 de fevereiro, mediado pela ativista social Márcia Gama, teve ainda a participação do coordenador do Greenpeace, Danicley de Aguiar, com intuito de dialogar acerca dos impactos do complexo hidrelétrico na Bacia do Tapajós.

Fábio Pena, coordenador pedagógico do PSA apresentou o objetivo da oficina e falou da importância dos jovens tornarem-se formadores de opinião em suas comunidades, buscando informações reais com base técnica, científica e jurídica, como no caso do projeto Complexo Hidrelétrico do Tapajós (São Lúís/PA) e seus esclarecimentos quanto ao EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental/ Relatório de Impacto Ambiental). A oficina teve como ferramentas de pesquisa, a revista do Greenpeace lançada sobre o tema, A Luta pelo Rio da Vida, além de outras mídias jornalísticas.

Pela tarde, as atividades foram conduzidas pelas educomunicadores do PSA, Elis Lucien, Leila Verçosa e Adriane Gama. A metodologia utilizada foi uma apreciação crítica de vídeos com diversos pareceres em torno do tema das Hidrelétricas no Tapajós. Após a verificação midiática, os jovens defenderam suas opiniões e lançaram vários questionamentos sobre o assunto. O debate mais enfático foi sobre o posicionamento dos jovens das Unidades de Conservações situadas no Rio Tapajós como atingidas pelo complexo, mesmo estando localizadas no baixo Tapajós, e não no médio e alto Tapajós, como as outras comunidades mais próximas ao Complexo Hidrelétrico de São Luís. A conscientização da causa e busca de assessorias idôneas foi uma das pautas do encontro.

Por fim, uma atividade foi desenvolvida pelos jovens em trabalho de grupos para realizarem propostas de produtos criativos de midiativismo com matérias para suas rádios comunitárias ou jornal formativo local. A ideia do encontro foi buscar a acessibilidade e democratização de informações sobre temas relevantes da região, a fim de pesquisar por mais informações para maior esclarecimento das causas e replicá-las em suas comunidades e em entorno.

Para o jovem Benezildo Costa, da comunidade de São Pedro, ressaltou que “o encontro foi além de um grande esclarecimento, uma formação para nós jovens na disseminação de conhecimentos sobre o empreendimento, assim como compreender a força dos atores sociais e suas lutas da causa.

III CHAMADO DA FLORESTA na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns/Santarém

6 de outubro de 2015 por Lilian Campelo

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As populações extrativistas brasileiras que, por dependerem dos recursos naturais para manter seus modos de vida, prestam ao país um serviço inestimável: protegem os ecossistemas e a biodiversidade, contribuem com o equilíbrio climático e promovem novas bases de governanças para o desenvolvimento sustentável do país.

Vivem hoje em 106 Reservas Extrativistas e Reservas de Desenvolvimento Sustentável nas florestas da Amazônia, da Mata Atlântica, no Cerrado, na Caatinga e nas Zonas costeiras e Marinha, protegendo mais de 25 milhões de hectares, que representam cerca de 6% do território brasileiro, com uma estimativa populacional de três milhões de famílias. São populações que nasceram e cresceram em florestas, lagos, beiras de rios, manguezais, campos e praias e que aprenderam com seus antepassados como usar estes recursos sem degradar e sem desmatar, muito antes da proteção ao meio ambiente se tornar uma preocupação da sociedade.

Apesar dos avanços nas ultimas décadas, ainda existe grandes dificuldade de evidenciar suas especificidades aos formuladores de políticas públicas. Assim, o movimento social dessas populações adotou a estratégia de convidar governos para dentro das comunidades, invertendo a lógica de ir para Brasília para pautar suas demandas por políticas para estes territórios – 0 CHAMADO DA FLORESTA.

Foram organizados dois Chamados da Floresta (2011 e 2013) para apresentar proposta de desenvolvimento ao governo.

Temas centrais da plataforma de diálogo com governos são organizados em quatro eixos estruturantes da realidade desses territórios:

  • conquista e regularização dos territórios;
  • políticas econômicas para o desenvolvimento;
  • programas sociais para a qualidade de vida, e
  • gestão participativa dos recursos naturais e dos territórios.

O III CHAMADO DA FLORESTA será realizado este ano nos dias 28 e 29 de outubro dentro da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, no município de Santarém, Estado do Pará.

Participe!!

Texto enviado pelo Conselho Nacional das Populações Tradicionais – CNS

Final da Copa Floresta Ativa debateu os desafios da juventude na Resex Tapajós-Arapiuns

27 de agosto de 2014 por Lilian Campelo

 

Final da Copa Floresta Ativa em Anã

Final da Copa Floresta Ativa em Anã

 

Dois dias e o evento mobilizou cerca de mil pessoas. Os jovens deram seu recado no seminário com propostas nas áreas de educação, comunicação, organização, cultura, trabalho e renda, estes foram os temas debatidos nas atividades educativas.

“A juventude de hoje ainda precisa de muito apoio, começando dentro da sua própria casa, mas também precisamos ser olhados pelas pessoas de fora, pelas autoridades. É isso que precisamos, nos sentir valorizados”. A fala é da jovem Regina Melo, da Vila do Amorim durante a abertura do seminário ‘Comunidades da Amazônia pelos direitos das crianças e jovens da floresta’ no evento da final da Copa Floresta Ativa.

Foram dois dias de intensas atividades. O evento ocorreu na Comunidade de Anã entre os dias 22 e 23. A abertura começou com o seminário. Representes da Tapajoara (Associação das Comunidades da Reserva Extrativista Tapajós- Arapiuns), Ceapac (Centro de Apoio a Projetos de Ação Comunitária), Projeto Saúde e Alegria (PSA), ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e a diretora da Escola da Comunidade de Anã compuseram a mesa de abertura.

Representantes da juventude na mesa de abertura

 

Regina Melo tem 22 anos e desde os 8 participa de ações junta a sua comunidade. Atualmente é coordenadora do Grupo de Jovens Unidos em Cristo (JUC) e conta que os desafios são grandes quando o assunto é envolver o jovem na discussão dos problemas da Resex. Ela esclarece que o afastamento em muitos casos se deve a desmotivação do jovem em reuniões por vezes longas e cansativas, e é necessário criar meios e formas de diálogos utilizando uma linguagem que o jovem entenda e se sinta atraído e valorizado.

Rivelino de Sousa Viana, 41 anos, da comunidade de São Pedro também fez parte da mesa representando a juventude. Assim como muitas lideranças ele começou na Pastoral da Juventude e representou naquele momento a lembrança de que todos passaram pela fase das espinhas no rosto. Rivelino diz que é na família a base para que o jovem se sinta seguro e relata. “Eu tenho uma filha de 15 anos e sempre a incentivei a participar das atividades da minha comunidade. O que impede a participação da juventude em muitos casos são a timidez e o medo de errar, então a família deve apoiá-los e serem os primeiros a acreditar na sua capacidade”.

GTs da juventude apontam caminhos

Foram cinco GTs apresentados durante o seminário

Foram cinco GTs apresentados durante o seminário

Após a abertura os jovens presentes se reunirão em Grupos de Trabalhos-GTs para discutir e propor novas ideias para os problemas já mapeados na Resex pelo PSA. A pesquisa foi realizada em 35 comunidades. O resultado gerou cinco diagnósticos, cada um contendo os problemas apontados pelos adolescentes. No item ‘Organização e Mobilização’ foram apontados cinco problemas dentre eles, ‘Os jovens não se sentem valorizados pelas lideranças e não têm voz lá fora’; ‘Os grupos de jovens precisam de apoio e orientação sobre o que fazer’. Os outros quatro tratam sobre ‘Educação Comunitária e Comunicação’; ‘Educação’; ‘Trabalho e Renda’ e ‘Cultura e Talentos’.

Uma chuva de ideias e propostas foi apresentada pelos GTs aos membros da Tapajoara e convidados como a criação de uma Casa Familiar Rural; reativação das Rádios comunitárias; resgate e revitalização de danças culturais; reuniões mais dinâmicas; criação de cooperativas que possam fortalecer a agricultura familiar e participar de políticas públicas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e uma secretária da juventude na Tapajoara, a jovem que expôs argumenta. “Já participei da reunião da associação e lá quando há reunião todos os representantes falam, então porque não ter um representante do jovem na associação?”. Neste momento a exaltação encheu o barracão com o espirito da juventude, lembrando as características inerentes dessa fase, determinação e coragem.

Edital para iniciativas juvenis

O PSA lança Chamada de Apoio a Iniciativas Juvenis

 

Depois das apresentações foi anunciando durante o seminário a abertura da Chamada de Apoio a Iniciativas Juvenis Comunitárias pelos Direitos das Crianças e Jovens da Amazônia. Fábio Pena, um dos coordenadores do PSA apresentou o edital.

Está é uma oportunidade para que o jovem e a sua comunidade possam por em prática as ideias sugeridas através da chamada de apoio. Ele explicou como irá funcionar a chamada e os projetos podem ser conduzidos pelos jovens e seus apoiadores como professores, educadores populares e lideranças comunitárias.

O lançamento da chamada não poderia ser em melhor momento. A Copa Floresta Ativa não está vinculado somente ao esporte, mas acima de tudo a parte educativa, este é o foco que cumpre o papel do PSA juntamente com os parceiros.

O edital foi escrito de forma bem didática, direcionada para os jovens. O PSA e parceiros irão selecionar as melhores ideais e ajudarão com capacitação, apoio técnico e material. O objetivo da chamada é incentivar os jovens a buscarem soluções para os problemas comunitários, principalmente relacionados às crianças e adolescentes. As iniciativas podem ser de cunho social, educativo, ambiental, econômico e cultural.

 

Créditos das Fotos: Rafael Serique

Abertas inscrições de cursos para a nova temporada no Puraqué

17 de julho de 2014 por Adriane Gama

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O Coletivo Puraqué abre, neste mês de julho, inscrições para Cursos Digitais em Software Livre. O início das aulas será no dia 14 de agosto e os serviços disponibilizados para a comunidade em geral serão os cursos de Informática Básica, Avançado e de Metareciclagem, para crianças a partir de 12 anos, jovens e adultos, nos horários da manhã e à tarde.

A partir desta quarta edição, além da inscrição gratuita, cada pessoa ao se matricular no projeto ganhará de brinde uma camisa do Puraqué, com a cor conforme o seu curso escolhido.

Ainda com a dinâmica de atividades de cineclube, oficinas de conhecimentos livres e acesso a internet paralelas aos cursos digitais,a novidade para estatemporadafica por conta dos eventos culturais e esportivos: Festival Folclore Puraqueano, Rifas da PuraBeleza e Torneio de Futebol Comunitário, com a finalidade de angariar recursos para a manutenção do espaço e formatura dos alunos.

Formação Digital Puraqueana

A Casa Puraqué localizada no bairro do Amparo, Grande Área do Santarenzinho, está sendo ponto de encontro de mais uma Formação de Competência Digital para Monitores, reunindo novos e veteranos colaboradores intelectuais com oficinas de Metareciclagem, Gerenciamento de aplicativos, Editoração Eletrônica, Blog e Iniciação audiovisual, facilitadas pelos oficineiros Rosinei Lima, Tarcísio Ferreira, Dennie Fabrizio e Adriane Gama.

O objetivo desta formação é apoiar metodologicamente os monitores quanto ao aprimoramento dos seus conhecimentos e se preparar para as próximas experiências sócio-digitais no LabPuraqué baseando-se na utilização segura e crítica das ferramentas tecnológicas.

O Coletivo Puraqué é uma organização não-governamental sem fins lucrativos que atua há 13 anos com alunos_prqcultura digital e cidadania na Amazônia. Um espaço colaborativo, político e ideológico relacionado ao desenvolvimento tecnológico sustentável na região norte. Tem como essência, o ativismo em Software Livre baseado em princípios como a Ética Hacker e a Metareciclagem. Hoje, o Coletivo atua com diversos projetos e atividades, em sua maioria voltadas para o protagonismo juvenil, a transformação social e ambiental e competências para a vida.

Prestação de Serviços Comunitários:

Início das aulas: 15 de agosto

Dias – Segunda e quarta-feira/ terça e quinta-feira

Horários – 8 às 9:30h e 9:30 às 11h e 14 às 15:30h e 15:30 às 17h

Duração: 4 meses (agosto a novembro)

Contribuição mensal: R$ 30,00

Local: Rua Vitória Régia, 223 – Bairro Amparo (entre Paulista e Santa Teresinha, próximo a antiga fábrica de asfalto)

Participe! Vagas limitadas!

Mais informações podem ser obtidas através dos telefones: 9132-7603 e 9136-2772

Encontro reúne PSA com o Conselhos Infanto-Juvenis de Belterra

8 de julho de 2014 por Adriane Gama

cons_tutelar_beltPela manhã do dia 25 de junho, em Belterra, município vizinho de Santarém, aconteceu uma reunião entre o Projeto Saúde e Alegria – PSA, Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente – CMDCA e Conselho Tutelar. Estiveram ainda presentes, representantes do Conselho Municipal de Assistência Social – CMAS, Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, Prefeitura de Belterra e Associação Comunitária de Aramanaí – ASCA.

O objetivo do encontro foi articular uma parceria intermunicipal entre a região de Santarém e Belterra, visando ativar o programa Projeto Adolescentes Comunicadores pela Cidadania na Amazônia do PSA, com apoio da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), baseado nas competências da vida como: auto estima, valorização da sua identidade e do seu corpo, aprender a conviver em grupo, conhecer seus próprios direitos, formando assim, grupos coletivos de jovens educadores populares, com planos de ação voltados para escolas e comunidades.

O coordenador de educação Fábio Pena e sua equipe de arte-educadoras do PSA, Adriane Gama e Elis Lucien apresentaram este trabalho ligado às causas infanto juvenil e ressaltaram tratar-se de um trabalho de educomunicação que acontecerá na sede de Belterra e em três comunidades rurais ribeirinhas, utilizando como metodologia, oficinas de educação e comunicação comunitária com práticas de uso de ferramentas tecnológicas multimidiáticas direcionadas para adolescentes e jovens.

Durante este período, acontecerão quatro ciclos de oficinas de educomunicação integradas à campanhas e conteúdos educativos, com apoio da Prefeitura, incentivando e valorizando o perfil de liderança juvenil local, sendo que as iniciativas sócio-educativas juvenis terão apoio logístico, alimentação e material didático. Por sua vez, o CMDCA de Belterra convidou o PSA a participar da elaboração do plano de ações dos Conselhos, sendo que estas propostas do Projeto poderiam fazer parte deste documento.

Na ocasião, Silmara Rodrigues, do gabinete da Prefeitura e articuladora do SELO Unicef em Belterra, aproveitou o momento para informar sobre a realização do I Fórum Comunitário, compromisso firmado pelos governos da Amazônia. A finalidade do evento é levantar um diagnóstico municipal que envolva toda a sociedade belterrense com debates coletivos sobre políticas públicas e indicadores sociais que garantem os direitos das crianças.

Os encaminhamentos finais ficaram para os conselhos mobilizarem a participação juvenil e indicarem como propostas de trabalho, temas ligados às situações problemas mais enfrentados no município, como: violência contra as crianças, abusos e drogas ilícitas (consumo).

Encontros de arte-educação mobilizam crianças ribeirinhas

20 de fevereiro de 2014 por Adriane Gama

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Criança da roça que está com a razão, com direito à saúde e à educação…”

Ao ritmo contagiante do tema da sessão “As Aventuras do Teca e Zeca, do programa de rádio da Rede Mocoronga, vamos apresentar o balanço geral das primeiras atividades sócio-educativas do Projeto Saúde e Alegria realizadas nos meses de janeiro e fevereiro, em conjunto com as Oficinas de Apresentação do ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural) – Incra.

Ao total, estas atividades foram realizadas em 9 comunidades-pólos do Lote 10 e 11(Parauá, Surucuá, Vila do Amorim, Cabeceira do Amorim, Suruacá, Ukena, Capixauã, Pedra Branca e Maripá), os quais estão sob responsabilidade do PSA. Com uma metodologia participativa e lúdica, aconteceram várias dinâmicas e jogos interativos e é claro, as apresentações a parte das crianças no Circo Mocoronga. Tudo de forma bem divertida para se conhecer melhor os direitos fundamentais das crianças e dos adolescentes.

E por falar nelas, tivemos a participação, nestes encontros, de quase 400 crianças ribeirinhas. Conseguimos mobilizar 40 educadores sociais, entre jovens e professores das comunidades, e além do apoio de parceiros da hora, como podemos destacar a arte educadora Marisa Correa, Júlio César (Parauá), Léo Celli – SP e Bruna Thainá, do Coletivo Puraqué.

Aproveitamos esse momento, para agradecer a todas as comunidades ribeirinhas participantes, pelo carinho e atenção com suas crianças e adolescentes. E convidar mais educadores comunitários, os famosos agentes multiplicadores do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), para fortalecer essa rede de proteção especial aos meninos e meninas ribeirinhas. Até os próximos encontros!

Crianças ribeirinhas fazendo arte comunitária

29 de janeiro de 2014 por Adriane Gama

crianca_circoIniciaram-se nos dias 17 a 19 de janeiro, as atividades do ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural) do Incra realizadas pelo Projeto Saúde e Alegria nas comunidades ribeirinhas da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns. Nesta viagem, três comunidades pólos do Lote 11 sediaram este evento com a participação das comunidades do entorno, como Capixauã (Vista Alegre e Novo Progresso), Pedra Branca (Solimões) e Maripá (Vila Franca, Santi, Campo Grande, Carão, Curipatá). Paralelo às oficinas de apresentações, uma equipe de arte-educadoras estiveram acompanhando esta primeira ação com um trabalho direcionado para o público infanto-juvenil.

Enquanto os adultos estavam atentos às informações sobre o ATER, as arte-educadoras Adriane Gama e Elis Lucien conduziram a criançada para as áreas livres das escolas, com a participação de 120 crianças ribeirinhas, entre 3 a 16 anos, com o apoio dos diretores, colaboradores e lideranças locais.

Nos três encontros intercomunitários, as atividades sócio-educativas aconteceram durante o dia, com várias dinâmicas interativas e metodologia participativa e lúdica com o intuito de estimular a percepção e pertencimento local da criança. Na Sessão Desenho Livre com o tema gerador Meio ambiente, por exemplo, após a roda de conversa sobre este assunto, cada participante desenhava sua comunidade, com um olhar voltado para o seu território e elementos baseados no contexto da sua realidade social e familiar.

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Bebês ganham semana especial em Santarém

18 de novembro de 2013 por Adriane Gama

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Com um show cultural infantil na orla da cidade, começou neste domingo, 17 de novembro, a Semana do Bebê, que tem por tema “O bebê e o mundo que o cerca”. A partir da manhã desta segunda, dia 18, as atividades sociais paralelas deste evento se concentram no Parque Municipal de Santarém, seguindo até o dia 22.

Baseado na cartilha “Como realizar a semana do bebê em seu município”, construído pela UNICEF, criou-se uma comissão organizadora com intuito de realizar a Semana do Bebê na cidade. Santarém aderiu a essa grande festa colaborativa, seguindo o exemplo da cidade piloto, Canela – RS, a qual originou este evento.

A Semana do Bebê é promovida pelo Governo do Estado e UNICEF, em parceria com a Prefeitura de Santarém, Secretarias Municipais de Saúde, Educação e Assistência Social, universidades locais, Projeto Saúde e Alegria, Secretaria Estadual de Saúde do Pará e Conselho Municipal da Criança e do Adolescente.

O objetivo desta semana é realizar ações sociais e comunitárias sobre a importância de se investir na primeira infância, mobilizando toda sociedade a apoiar as gestantes, promover o vínculo mãe-bebê, aumentar a cobertura do Programa de Saúde Familiar, incentivar o aleitamento materno exclusivo até o 6 meses, garantir acesso ao pré-natal, reduzir gravidez na adolescência e morte materna-infantil.

No Parque da Cidade haverá atendimentos especializados de saúde, como palestras, vacinação, consultas de ginecologista, nutricionista, exames de preventivo, teste do pezinho e da orelhinha, e de serviços de utilidade pública, como emissão de RG e de carteira de trabalho, além da entrega de kits de enxoval para gestantes, corte de cabelo e brinquedoteca. Durante toda a semana, haverá também atendimento nas unidades básicas de saúde e educação em saúde nas escolas.

O Projeto Saúde e Alegria foi convidado, como parceiro social, para participar da Semana do Bebê, com uma especial apresentação do Circo Mocorongo, no dia 22 de novembro (sexta-feira), às 10h, no parque.

 Convidamos todos a prestigiarem nosso espetáculo e a participar desta campanha colaborativa de proteção às nossas crianças. Contamos com vocês!!

Dica ECA: No Brasil, apesar de termos uma Lei que assegura os direitos das crianças e do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), considerado um dos documentos mais avançados do mundo na efetivação da proteção integral infanto-juvenil, a realidade ainda não reflete essa consciência sobre esses direitos. Ao investir na primeira infância, tarefa em conjunto assumida pelo Estado e sociedade, assegura-se às crianças o direito à proteção, à saúde e à educação de qualidade, promovendo a redução de desigualdades.