Musas (e você) constroem Fábrica de Ração

10 de junho de 2014 por Bob Barbosa

Clique na imagem abaixo e assista ao vídeo das Musas:

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=mU3BnQvdtPg[/youtube]As Mulheres Sonhadoras em Ação (MUSA) da Vila do Anã, Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, criam peixes em viveiros e produzem a ração, orgânica e artesanal. Agora, precisam construir uma fábrica mais adequada ao trabalho delas. Em http://goo.gl/3eCWzG você se informa sobre como colaborar!

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Projeto Floresta Ativa mobiliza Resex Tapajós Arapiuns

30 de abril de 2014 por Fábio Pena

IMG_4561.redimensionadoIniciativa oferece novas oportunidades de desenvolvimento sustentável na Reserva Extrativista Tapajós Arapiuns. Com a implantação de um Centro de Tecnologias Socioambientais Apropriadas, comunitários terão espaço para experiências demonstrativas e formação em novas técnicas de manejo dos recursos naturais.

Por Carlos Joseph

No contexto econômico a Amazônia é vista como uma região de grande potencial produtivo, porém suas riquezas, na maioria das vezes, são exploradas por grandes empresas que impõem um modelo econômico com sérios impactos ambientais e também sociais, uma vez que na maioria das vezes deixa as populações tradicionais em segundo plano. Para inverter esta lógica de produção e promover a preservação ambiental são realizadas as ações do Programa Floresta Ativa.

O Floresta Ativa executado na Reserva Extrativista (Resex) Tapajós Arapiuns, localizada no oeste do estado do Pará, e envolve todas as comunidades da área. O programa é fruto de um conjunto de parcerias, lideradas pelo Projeto Saúde e Alegria – PSA, Instituto Chico Mendes – ICMBio, gestor da reserva, e Organização das Associações das Comunidades da Resex – TAPAJOARA, entidade que representa legalmente os moradores da área.

O principal objetivo do Floresta Ativa é incentivar a geração de renda e o desenvolvimento sustentável dos moradores da Resex através do melhor aproveitamento dos recursos naturais. De acordo com o sociólogo Tibério Alloggio, da coordenação do Projeto Saúde e Alegria, a intenção é estabelecer uma nova referência de desenvolvimento sustentável na reserva. “A ideia é mostrar que o potencial econômico da Amazônia não é apenas patrimônio das grandes empresas. É começar a enxergar uma melhora da renda dessas populações potencializando práticas do dia a dia, como o extrativismo sustentável”, explica Tibério.

A Resex Tapajós Arapiuns é uma das maiores unidades de conservação do Brasil. Cerca de 22 mil habitantes vivem em 74 comunidades, originadas em antigas vilas de missões religiosas e aldeias indígenas. A reserva foi criada em 1998 após intensa luta dos moradores contra empresas madeireiras que exploravam de forma predatória a área. Após a conquista fundiária agora o debate se dá em encontrar soluções que promovam o desenvolvimento econômico sustentável das comunidades. Trata-se de um desafio comum a muitas outras unidades de conservação existentes do país, criadas em territórios onde haviam intensas disputas pela ocupação da terra por interesses econômicos diversos que em geral não contemplavam as comunidades que tradicionalmente vivem nessas áreas. Após a conquista do ordenamento territorial, impõem-se o desafio da viabilidade socioeconômica, o que passa pelo fortalecimento do manejo dos recursos existentes de forma economicamente viável e ambientalmente sustentável.

Extrativismo: potencial pouco aproveitado

IMG_1346.redimensionadoEntre as ações propostas pelo Floresta Ativa está o incentivo ao melhor aproveitamento da área para expansão de atividades extrativistas. Uma das formas de se obter isso é através de assistência técnica, que este ano começou a chegar aos comunitários da Resex através do Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural para Extrativistas – ATER Extrativista. O programa do Ministério do Desenvolvimento Agrário é coordenado pelo Incra e na Resex tem apoio do ICMbio e TAPAJOARA. A execução do ATER é feita por entidades selecionadas através de chamada Pública. O Projeto Saúde e Alegria ficará responsável diretamente por dois lotes, que contemplam uma área de 23 comunidades. As outras entidades, responsáveis por um lote cada, são: IPAM, CEAPAC e ECOIDEIAS. A proposta é que as entidades executoras trabalhem de forma articulada umas com as outras para que haja integração do ATER com outras ações do Floresta Ativa.

O extrativismo sustentável, proposto pelo Floresta Ativa, é uma alternativa viável de desenvolvimento da Resex. Entre os produtos que podem ser explorados estão óleos naturais, sementes, folhas, cascas de árvores e muitos outros que despertam interesse até mesmo de grandes indústrias farmacêuticas e de cosméticos. “Tem muitas espécies da floresta que podem sem exploradas pelos comunitários, tucumã, inajá, babaçu e etc. E tem mercado para esses produtos. Então a partir do momento que você tem uma política de organização comunitária e sabe como coletar isso você terá uma renda bem melhor”, afirma Carlos Dombroski, técnico em organização comunitária que faz parte da coordenação do Floresta Ativa. Leia o resto desse post »

Quem está quase com a mão na taça da Copa Floresta Ativa

23 de abril de 2014 por Maickson Bhoim

09Mosaico-Selecoes.redimensionadoA Copa Floresta Ativa está com a bola toda na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns. A primeira semi-final foi realizada no dia 05 de abril de 2014 com sede na comunidade de Anumã, Rio Tapajós, da qual participaram nove seleções masculinas: Anumã, Maripá, Carão, Vila Franca, Solimões, Santi, Suruacá, Capixauã e Pedra Branca e três seleções femininas: Suruacá, Maripá e Anumã.

Vejam como foram os jogos:

Jogo 01 – Carão X Pedra Branca (Masculino)

Começou por volta das onze e meia da manhã. O primeiro jogo terminou empatado sem gols nos tempos de vinte minutos da partida (dez minutos em cada tempo). A seleção de Pedra Branca foi a vencedora da partida nos pênaltis.

Jogo 02 – Maripá X Anumã (Feminino)

As duas seleções se enfrentaram no segundo jogo do dia e também terminaram empatadas sem gols, decidindo nos pênaltis. As cinco cobranças da seleção de Anumã foram defendidas pela goleira Claudenice da seleção de Maripá. Dessa forma, a seleção de Maripá venceu o confronto.

Jogo 03 – Maripá X Anumã (Masculino)

O terceiro jogo do dia seguiu também para os pênaltis. Assim como no confronto anterior entre as seleções femininas, a seleção de Maripá passou para a próxima fase vencendo a seleção de Anumã.

Jogo 04 – Vila Franca X Santi (Masculino)

O quarto jogo do dia, ao contrário dos demais, foi decidido no tempo normal da partida. A seleção de Vila Franca se sobressaiu em campo, vencendo a partida por 4 a 0. Já nos primeiros dez minutos marcou três gols. O primeiro gol (inclusive o primeiro da Copa Floresta Ativa no tempo corrido) foi feito pelo astuto jovem Pedro Juan. Outro gol saiu dos pés do jogador Antônio Jefferson. O artilheiro da partida e também da Copa, até o momento, é o craque Estevão que fez os outros dois gols da partida. Um dos gols do artilheiro foi um belo chute de fora da grande área.

Jogo 05 – Capixauã X Suruacá (Masculino)

O último jogo antes do intervalo para o almoço das equipes. As seleções se confrontaram avivadamente, com muita garra, mas a seleção de Suruacá em uma jogada de sorte marcou o gol da partida que representava sua classificação para a próxima fase. O gol foi do jovem jogador Athirson.

Jogo 06 – Suruacá X Solimões (Masculino)

A Seleção de Suruacá que encerara a primeira etapa do torneio antes do intervalo de almoço agora iniciava a segunda etapa às quinze horas da tarde enfrentando a seleção de Solimões (seleção esta que faria no sexto jogo do dia a sua estreia na Copa Floresta Ativa). Logo nos primeiros dois minutos da partida em uma cobrança de falta o habilidoso Pedro Amorim (vulgo Júnior) fez o gol. A equipe de Suruacá sofreu durante o restando do jogo muita pressão do time adversário mas acabou vencendo mais uma.

Jogo 07 – Suruacá X Anumã ( Feminino)

O jogo foi bastante acirrado. Caso a seleção de Anumã perdesse o confronto estaria eliminada da Copa Floresta Ativa pois já tinha perdido o primeiro jogo. O jogo acabou sendo decidido nos pênaltis. Nas cobranças também houve uma disputa intensa, resultando na vitória da seleção de Suruacá.

Jogo 08 – Pedra Branca X Maripá (Masculino)

Jogo valendo classificação para a final da Copa Floresta Ativa que será realizada em agosto desse ano. As partidas entraram em campo sabendo da importância de vencer, além de ser um clássico na região. Com o apoio da torcida (inclusive a torcida de Maripá uma das mais aguerridas e intensa do torneio) os times saíram do tempo normal em empate sem gols. Nos pênaltis a seleção de Pedra Branca venceu o confronto sendo a primeira seleção classificada para a final da Copa Floresta Ativa.

Jogo 09 – Suruacá X Vila Franca (Masculino)

O outro jogo valendo vaga para a final da Copa Floresta Ativa. A seleção de Vila Franca que na primeira fase tinha vencido de goleada, viu na seleção de Suruacá uma equipe forte e com um bom goleiro, que para os repórteres e comentaristas da Rede Mocoronga foi o “bola cheia” do jogo. O jogo terminou em empate sem gols. Nos pênaltis a equipe de Suruacá garantiu o passaporte para a final da Copa Floresta Ativa vencendo o jogo.

Enfim, quem está quase com a mão na taça da Copa Floresta Ativa, classificadas para a grande Final:

Masculino – Pedra Branca e Suruacá.

Feminino – Suruacá e Maripá.

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Conhecimentos Livres de Metareciclagem na Casa Puraqué

20 de fevereiro de 2014 por Adriane Gama

ofic_metarecO Coletivo Puraqué realiza neste próximo sábado, dia 22 de fevereiro, uma Oficina de Conhecimentos Livres de Metareciclagem com o apoio da Secretaria Nacional da Juventude, pelo ambiente virtual interativo – O participatório – Observatório Participativo da Juventude, voltado para a produção de conhecimento e experiências colaborativas da juventude brasileira.

A maloca do Puraqué (espaço cultural comunitário) será o palco desse encontro de cultura digital que contará com a participação de alunos e colaboradores da terceira turma dos Cursos de Informática do Puraqué, estudantes da Escola Municipal Santa Luzia, no bairro do Amparo e moradores da Grande Área do Santarenzinho e do Maracanã.

O objetivo do evento é promover uma intervenção de apropriação cidadã da tecnologia, através das atividades da Metareciclagem, uma metodologia que estimula o fazer em equipe, através da construção colaborativa do conhecimento, usando como material didático, computadores obsoletos para dismistificar a sua “caixa preta”. A ideia é sensibilizar a comunidade sobre a importância da consciência ambiental e trocar experiências em busca de soluções criativas para uma transformação social em sua realidade. Leia o resto desse post »

Assistência Técnica e Extensão Rural chega na Resex Tapajós-Arapiuns

12 de fevereiro de 2014 por Fábio Pena

viveiroO Projeto Saúde e Alegria iniciou em janeiro de 2014 um desafiador projeto de Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER para comunidades da Reserva Extrativista (Resex) Tapajós – Arapiuns, por meio de um contrato com o Ministério do Desenvolvimento Agrário através do INCRA para oferecer assistência adequada às comunidades no melhor aproveitamento do potencial produtivo da Resex. O serviço busca fortalecer a produção, a gestão e a comercialização de produtos da agricultura familiar e do extrativismo, com o uso racional dos recursos naturais, visando a melhoria da renda e a inclusão social da população.  É a primeira vez que o Governo Federal destina recursos de assistência técnica específico para a realidade dos agroextrativistas.

O primeiro mês de 2014 trouxe esta boa notícia para as comunidades da Resex Tapajós-Arapiuns.  Organizações que vão atuam no Programa de ATER percorreram as 74 comunidades que compõe o território anunciando o início do projeto. O Saúde e Alegria, uma das organizações contratadas pelo INCRA para realizar este serviço, realizou 09 Oficinas apresentando o Plano de trabalho que será executado. Na oportunidade, os comunitários puderam entender o que é ATER e conhecer a equipe que vai atuar em suas comunidades, como engenheiros agrônomos e florestais, técnicos agrícolas e profissionais da ciências humanas. Foi um momento considerado por muitas lideranças como histórico para a Resex, e por isso, também festivo, como um passo importante para demonstrar a viabilidade econômica, social e ambiental deste território diante da necessidade do desenvolvimento sustentável e a melhoria de vida dos moradores.

Por Carlos Joseph

Despertar para novas oportunidades na Resex Tapajós Arapiunspovofestivo

Fornecer assistência técnica é um dos caminhos para incentivar atividades produtivas. Em todo o Brasil diversos programas foram criados com este objetivo, porém a realidade de comunidades extrativistas nunca havia sido contemplada. A falta de assistência especifica para esta atividade resultou no esquecimento ou subutilização de produtos que explorados racionalmente, pode melhorar a condição socioeconômica de populações tradicionais, principalmente em Reservas Extrativistas.

Foi a partir da análise desta situação que o Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), como resultado do Encontro “Chamado dos Povos da Floresta”, realizado em 2011, apresentou ao Governo Federal como uma de suas maiores prioridades, uma assistência técnica adequada para a realidade dos extrativistas. A partir daí o Governo Federal, através de uma ação interministerial coordenado pelo Programa Brasil sem Miséria, lançou o Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) Extrativista. O programa beneficiará 26 mil famílias que vivem em Unidades de Conservação, entre elas a Resex Tapajós Arapiuns no Oeste do Pará.

A ATER Extrativista concentra investimentos dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário e do Ministério do Meio Ambiente. As ações são coordenadas pelo INCRA e serão executadas em dois anos e meio por entidades selecionadas através de chamada pública. “O INCRA tem a responsabilidade de prestar assistência técnica aos beneficiários da reforma agrária, mas não tem condições de fazer com a equipe que tem, por isso, contrata organizações e empresas que possam executar esse serviço”, explica Rubens Françoise. As entidades executoras na organização social, visando fortalecer o associativismo e o cooperativismo, no acompanhamento técnico para implantação de atividades produtivas, e nas estratégias de comercialização dos produtos. Uma cadeia de ações, que visa o incremento da renda e segurança alimentar e a inclusão social de famílias agroextrativistas. Trata-se também de uma das estratégias para diminuir a dependência dos programas de transferência de renda.

As entidades prestadoras foram selecionadas de acordo com lotes. Na Resex Tapajós Arapiuns são cinco lotes, sendo que em dois deles (abrangendo 26 comunidades e 1254 famílias, de Vila Franca a Surucuá) os trabalhos são conduzidos pelo Projeto Saúde Alegria. Os demais serão executados pelo CEAPAC, IPAM e ECOIDEIAS. Na Resex o programa tem apoio do Instituto Chico Mendes – ICMBIO e da Organização das Associações da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns – TAPAJOARA.

A TAPAJOARA representa legalmente os moradores e é responsável por promover a gestão participativa da reserva. Segundo Leônidas Farias, presidente da organização, a ATER Extrativista  representa uma resposta a um anseio antigo dos comunitários. “Todas as famílias buscam obter renda de alguma forma e nós sempre lutamos para melhorar a condição econômica das comunidades. Porém, uma das principais dificuldades enfrentadas era a falta de assistência técnica nas propriedades. Este programa vem preencher esta lacuna e a expectativa é que as coisas realmente melhorem para todos”, declara Leonidas.

A expectativa do presidente da TAPAJOARA também é compartilhada por outros moradores da Resex. Seu Laurimar Lopes, 51 anos, morador da Comunidade Carão, é um dos que serão beneficiados com a assistência e não consegue esconder a empolgação. A família dele planta mandioca, mas conhece o potencial existente nas atividades extrativistas. “Por muito tempo a gente esperava essa assistência técnica. Eu acredito que agora vai ter uma melhora, pois estamos nos mobilizando pra ter melhores condições de vida no nosso manejo”, declara Laurimar. Leia o resto desse post »

XIII Teia Cabocla: Desafios do território, como enfrentá-los?

8 de dezembro de 2013 por Paulo Lima

desafiosteia.redimensionado Ultimo dia da Teia Cabocla define metas e estratégias para superar desafios

Por Carlos Joseph

No último dia (07/12/2013) da XII Teia Cabocla foram finalizados os trabalhos de discussão sobre o desenvolvimento territorial e desafios da juventude na Reserva Extrativista (Resex) Tapajós – Arapiuns. As atividades nos três dias foram desenvolvidas a partir da seguinte trajetória: relembrar as lutas sociais pela conquista do território, avaliar os atuais desafios e como o jovem lida com eles e por último estimular a sugestão de estratégias concretas para superar os desafios identificados durante o encontro.

Tais estratégias concretas tem relação direta com ativismo e para auxiliar na elaboração dos planos, os participantes da Teia Cabocla tiveram um bate papo com Marcelo Marquezine da Escola de Ativismo. A Escola de Ativismo é uma organização que dá suporte a diversos movimentos sociais em todo o Brasil e o ativismo é a prática da luta por um bem comum. Marquezine deixa claro porém, que essa luta não pode ser confundida com violência. “Temos que saber o limite do que fazer para não chegar à violência. Por mais justo que a causa possa parecer é preciso sempre evitar a violência”, explica Marcelo.

Um bom exemplo de ativismo foram as manifestações de julho deste ano no Brasil, onde um movimento, pela redução da passagem de ônibus em São Paulo, desencadeou diversos outros manifestos que mobilizaram, segundo o IBOPE, 12 milhões de pessoas em todo Brasil. Marcelo usou este exemplo para explicar que a prática do ativismo demanda um bom planejamento e é necessário evitar manifestações motivadas apenas por empolgação. “Vamos ser ativistas, mas não no ‘oba oba’. Tem que ter tática, estratégia. É preciso saber se é a hora certa daquela ação e nunca entrar de peito aberto, se necessário procure um advogado antes.”, enfatiza.

O ativista ressaltou ainda que em qualquer ação é necessário pensar em comunicação, chamar atenção para a causa. É importante que os objetivos e reivindicações sejam claros e definidos. Hoje em dia o ativismo está muito ligado à internet pela facilidade que a rede proporciona em desenvolver esta comunicação necessária, além de compartilhar informações e criar conexões.

Ações concretas propostas na Teia Cabocla

A partir das dicas de ativismo os participantes do evento se reuniram em cinco grupos de trabalho para traçar metas específicas de ação sobre os temas: participação juvenil, educação (ensino médio de qualidade), trabalho e renda e acesso à informação/direito à comunicação. Esta última etapa do evento se justifica pelo princípio de que não basta apenas levantar e reconhecer os problemas existentes, mas também é necessário partir para ação almejando alcançar as mudanças necessárias.

Temas discutidos na última atividade da Teia Cabocla:

gruposteia.redimensionadoOrganização e mobilização juvenil:

Este tema é relacionado ao fato de muito jovens não se interessarem pelos movimentos sociais, reuniões de sindicatos e outros grupos de mobilização. Durante o encontro de gerações da Teia Cabocla, que reuniu antigos e novas lideranças em uma mesa redonda, o jovem João Paulo citou esta problemática. “Falta engajamento de muita gente e recebemos muitas críticas por conta desses jovens que não se interessam na defesa do território. Temos muitas dificuldades de fazer as pessoas entenderem que é preciso lutar pelo bem comum”, ressalta a jovem liderança.

Nos grupos de trabalho os jovens identificaram que o problema ocorre, principalmente devido a falta de apoio dos pais, que não incentivam a participação dos filhos e também pelas reuniões não atraírem as atenções dos jovens. Como solução foi proposta que haja reuniões específicas para a juventude que envolva música, dança e outras atividades que atraiam os jovens. Os próprios jovens tomarão à frente para que as mudanças ocorram.

Trabalho e renda:

A dificuldade no acesso à educação de qualidade e a falta de capacitação técnica dificultam a busca por alternativa de geração de renda nas comunidades da Resex. Os participantes destacaram que é preciso estimular o espírito empreendedor do jovem para aproveitar o que pode ser feito com recursos disponíveis na comunidade para gerar renda, mas que é também preciso ter acesso a mais cursos de qualificação em empreendedorismo para inclusão produtiva. O grupo que trabalhou o tema propôs ainda a formação de uma cooperativa mista, dentro do Programa Floresta Ativa do PSA. Esta cooperativa proporcionaria mais renda através do trabalho coletivo e utilizaria de forma sustentável os recursos disponíveis na Resex.

Meio Ambiente:

O principal objetivo da Resex é garantir a conservação dos recursos tradicionalmente utilizados pela população extrativista da área, por isso a preservação do meio ambiente deve sempre ser discutida. A grande problemática relacionada ao tema é que certos fatos, que vão de encontro com o objetivo da Resex, estão passando despercebido pelos moradores das comunidades. Podem ser citados exemplo como a aproximação de madeireiras que invadem os limites da reserva e a construção de hidrelétricas no alto Tapajós.

O grupo que conduziu o tema questionou que este fatos, apesar da importância, não são contextualizados nos jornais e rádios das comunidades e sugeriu criar uma rede de comunicação do meio ambiente para que haja um fluxo de informações entre as comunidades.

Educação:

A dificuldade no acesso ao ensino médio faz com que muitos jovens deixem suas comunidades e migrem para Santarém com a intenção de concluir o ensino básico. Já nas comunidades onde existe acesso ao ensino médio este é ofertado na modalidade modular. De acordo com os jovens da Resex o ensino modular, apesar de ser uma alternativa para concluir o ensino básico, não é adequado.

É necessário que o jovem lute por uma educação de qualidade. O grupo que se aprofundou no tema propôs as seguintes ações para iniciar um movimento por uma educação melhor: Expor a realidade educacional para as comunidades, pautar o assunto em movimentos sociais, nas entidades representativas e organizações sindicais e criar um grupo de estudo e pesquisa sobre o tema. O objetivo desta última proposta é ter um embasamento científico que comprove o problema e identifique o real cenário da educação nas comunidades. Além disso devem lutar por um modelo de ensino médio voltado para os potenciais produtivos da Resex, mais focada, por exemplo,  na profissionalização do jovens para o manejo dos recursos naturais.

Para se avançar nas metas seriam utilizadas as redes sociais para expor a situação e criar espaços de discussão com o tema a “escola que queremos”.

Acesso à informação e direito à comunicação

O acesso à comunicação hoje é uma das formas mais eficientes de se fortalecer as lutas sociais em busca do bem comum. Como enfatizou Marcelo Marquesine da Escola de Ativismo, em qualquer ação é necessário pensar em comunicação.

Nos últimos anos houve avanços significativos neste sentido dentro da Resex com a instalação de telecentros e ampliação da cobertura telefônica. Porém, ainda há muito o que se conquistar. Nesta perspectiva se propôs intensificar a cobrança pela agilidade na instalação de novos telecentros. Uma forma de pressionar por esta agilidade é expor os problemas na imprensa local e denunciar através de vídeos e postagem nas redes sociais

Outra proposta é se organizar para que se conquiste a concessão de sinais de rádios comunitárias, transformando rádios postes em FM. Outro bandeira de luta é cobrar a ampliação do Programa Luz Para Todos para facilitar a utilização de aparelhos eletrônicos de comunicação. Chama a atenção o atraso da implementação do Programa Telecentros.BR que já entregou equipamentos e mobiliários para vários Telecentros Comunitários mas entraves burocráticos impedem a instalação desses espaços de acesso à informação, cultura, educação e comunicação. Como proposta os jovens indicaram a organização de uma campanha nas redes sociais e abaixo assinado para dar visibilidade ao problema.

Protagonismo juvenil

A grande lição deixada pela XII Teia da Comunicação é de que o futuro da Resex está nas mãos dos jovens. As decisões tomadas hoje, bem como as atitudes adotadas, influenciarão diretamente no desenvolvimento territorial da reserva.

O jovem tem a força, audácia e motivação para superar os desafios e mostrou, que ao contrário do que se pensa, está disposto participar ativamente da luta pelo bem comum.

 

XIII Teia Cabocla: Desafios e oportunidades para os jovens

7 de dezembro de 2013 por Paulo Lima

desafios

Por Carlos Eduardo Joseph

Até 1998, quando a Resex foi criada, a principal bandeira de luta das comunidades era a conquista do território. E hoje? Em meio à tantas problemáticas quais bandeiras de luta devem ser encaradas como prioridades? São inúmeros os desafios enfrentados no dia a dia da Reserva Extrativista (Resex) Tapajós – Arapiuns. Tais desafios, na maioria das vezes, tomam proporções maiores entre os jovens, principalmente pelas projeções e expectativa de futuro. Os 52 jovens que participam da XIII Teia Cabocla puderam dar sua opinião sobre o assunto em uma das atividades do encontro.

Através de quatro grupos de trabalho foi promovido um debate intenso sobre os desafios e oportunidades dentro da Resex. Diversas temáticas foram citadas, entre elas a melhoria no acesso à saúde, destinação adequada do lixo domiciliar produzido nas comunidades, melhoria no acesso à comunicação entre outras. Porém as que mais receberam ênfase foram os desafios para implantação do ensino médio regular e a falta de mecanismo que proporcionem a geração de emprego e renda. Interessante observar que os dois desafios mais citados são complementares uma vez que o desenvolvimento econômico, verdadeiro e sustentável, passa necessariamente pela melhoria da educação formal.

A dificuldade no acesso ao ensino médio faz com que muitos jovens deixem suas comunidades e migrem para Santarém com a intenção de concluir o ensino básico. Este fluxo migratório desencadeia diversos problemas característico do êxodo rural como inchaço urbano e pessoas vivendo em condições sociais precárias em bairros periféricos. Em outras comunidades da Resex existe acesso ao ensino médio porém na modalidade modular.

O ensino modular faz parte de um programa da Secretaria Estadual de Educação e é uma alternativa de Ensino Médio Regular em comunidades do interior que não possuem escolas estaduais. A metodologia é diferenciada do ensino regular e as disciplinas são oferecidas por módulos. De acordo com os jovens da Resex o ensino modular, apesar de ser uma alternativa para concluir o ensino básico, não é adequado.

Entre as diversas situações relatadas está a demora para os professores chegarem às comunidades, seja por falta de sala de aula ou de alojamento. Algumas vezes a demora de um módulo para o outro desestimula os estudantes e muitos acabam desistindo da escola. Outro fato é a baixa qualidade do ensino. Ivana Oliveira de Cachoeira do Aruã conta que o ensino médio inadequado acaba tirando o sonho de entrar em uma universidade. “Entrar em uma faculdade estudando português por 15 dias não dá”, desabafa a jovem.

Sobre a dificuldade em geração de emprego e renda muitos foram os fatores e também as alternativas apontadas. A mais evidente retorna à problemática anterior da dificuldade no acesso à educação de qualidade. Os jovens da Resex esperam melhorias na educação através de acesso a cursos superiores e também de capacitação técnica. Entre as alternativas apontadas está a implantação de polos universitários e de escolas técnicas, para que não seja necessário abandonar a comunidade em busca de qualificação. “Hoje quem não tem capacitação está perdido”, enfatiza Natalina Oliveira da Comunidade Boim.

Também foi defendido que haja capacitação para estimular o espírito empreendedor nos jovens, partindo da exploração sustentáveis dos recursos da Resex. Uma das experiências de empreendedorismo, compartilhadas nos grupos de trabalho, foi a do jovem José Chaves da Comunidade Surucuá. José conta que investiu, através de financiamento bancário para microempreendedores, na construção de uma casa de farinha e hoje tem uma fonte de renda própria. “Há muitas alternativas para geração de renda dentro da Resex, basta a gente saber o que fazer”, ressalta José.

Apesar de serem muitos os desafios todos acreditam que é possível superá-los com a união e espírito comunitário. “Temos muitos desafios e eles só podem ser superados pelos jovens”, enfatiza Ivana de Cachoeira do Aruã. Novas conquistas passam necessariamente pelo protagonismo juvenil nas ações que buscam o bem comum e na conquista do espaço pelos jovens nas associações e grupos comunitários.

Encontro de gerações na XIII Teia Cabocla

6 de dezembro de 2013 por Paulo Lima

Foto Ellen Acioli

Por Carlos Eduardo Joseph

Olhar para o futuro se espelhando no passado e cuidando do presente. Nesta perspectiva foi conduzido o Diálogo entre gerações nos territórios, uma das atividades da XIII Teia Cabocla. Através de uma mesa redonda foram colocados lado a lado lideranças comunitárias, da antiga e nova geração. No centro do debate estavam os desafios enfrentados na Reserva Extrativista (Resex) Tapajós – Arapiuns.

O que almeja um jovem que vive em uma das comunidades da Resex? Quais as suas perspectivas e como ele se integra na luta pela preservação do território? E como líderes que participaram ativamente da luta pela criação da Resex observam o papel dos jovens agora com a reserva consolidada? São questionamentos que levam a uma reflexão profunda sobre o papel social de todos no contexto de preservação cultural e ambiental.

Entre os participantes da mesa redonda estavam Livaldo Sarmento de 55 anos e Antônio Oliveira, mais conhecido como Seu Mucura, de 75 anos. Ambos são lideranças que participaram ativamente da luta pela criação da Resex. Os outros participantes eram os jovens Julio César e João Paulo de 19 anos e Ingride Natália de 17 anos, todos dando os primeiros passos nas lutas sociais. Com todos sentados à mesa era interessante o impacto visual provocado pela diferença de idade, porém, mais interessante ainda foi observar que apesar de pertencerem a gerações diferentes todos compartilham os mesmos ideais de conquistas através da união comunitária.

Na Resex Tapajós – Arapiuns moram cerca de 22 mil pessoas em 74 comunidades. A reserva foi criada em 1998, após muita luta contra a exploração madeireira intensiva, que ameaçava comunidades tradicionais com modo de vida baseado no extrativismo e agricultura de subsistência. “Chegou um momento que tivemos que unir todas as comunidades e lutar para garantir que essas terras continuassem sendo nossas e de nossos filhos e netos”, lembra Livaldo Sarmento.

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Após 15 anos a consolidação da Reserva Extrativista, como um ambiente ideal para a vida harmoniosa do homem com o meio ambiente, passa necessariamente pela ampliação de serviços essenciais como saúde e educação. Além disso é importante criar mecanismos de capacitação comunitária para melhor aproveitamento dos recursos naturais disponíveis. Tais benefícios só podem ser conquistados a partir da união das comunidades para cobrar melhorias do poder público. Neste caso o papel do jovem é fundamental.

Seu Antônio Oliveira afirma que vê com muito entusiasmo a participação do jovem nas lutas comunitárias. “No meu tempo conseguimos criar muitos grupos de apoios, associações, sindicatos e outras formas de organização comunitária, e eu percebo que o jovem de hoje é muito parecido com o daquele tempo”, declara Antônio. Ingride Natália esclarece que o engajamento de muitos jovens é fruto do exemplo tomado com antigas lideranças. “Eu cresci vendo a luta dos meus pais e outros comunitários e me tornei uma pessoa comprometida com o bem comum. E tudo isso me faz ter vontade de me engajar em sindicatos, associações e até no conselho deliberativo da Resex e outros projetos”, enfatiza a jovem.

A dupla de líderes mais antigas, Livaldo e Antônio, observam uma vida melhor nas comunidades após a criação da Resex. “Hoje nós já temos mais escolas, casas de alvenaria e outros projetos conquistados com organização e muita luta”, esclarece Livaldo. Todos enfatizam ainda que hoje há facilidades de mobilização e comunicação, uma vez que em muitas comunidades já funcionam celulares e Internet, além de haver mais embarcações que fazem o transporte comunitário. “Minha mãe conta que antes para participar de reuniões de sindicatos em Santarém uma viagem demorava até uma semana, por conta do barco ser pequeno. Hoje em dia a viagem é muito mais rápida”, lembra Ingride Natália.

Mesmo com o quadro otimista, apontado pelos comunitários, há motivos para preocupação. João Paulo afirma que da mesma forma que há um número considerado de jovens comprometidos com as lutas sociais, também é grande os que não se preocupam com as causas da reserva. “Falta engajamento de muita gente e recebemos muitas críticas por conta desses jovens que não se interessam na defesa do território. Temos muitas dificuldades de fazer as pessoas entenderem que é preciso lutar pelo bem comum”, ressalta a jovem liderança.

As preocupações evidenciam a importância da união para as conquistas sociais. “Meus pais dizem que é nossa missão valorizar a cultura local, lutar pelo território. Podemos fazer isso utilizando os recursos que nós temos”, enfatiza Júlio César. Livaldo lembra que os jovens com 15 anos hoje não viram a luta pela criação da Resex e que cabe aos adultos sempre dar apoio aos mais jovens e lembrar dos desafios, porém cabe aos mais novos tomar à frente das associações e bandeiras de luta. “O futuro da Resex está no que esta geração decidir”, enfatiza o comunitário.

Uma boa fórmula, para que a Resex cumpra seu papel de garantir a exploração autossustentável dos recursos naturais, é mesclar a experiência de quem já enfrentou muitos desafios na luta comunitária e a motivação, audácia e força dos jovens.

Mostra Comunitária paralela no Festival de Vídeo

21 de novembro de 2013 por Adriane Gama

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Foi realizado na noite de 18 de novembro, na Praça do Mirante (centro), um especial encontro cineclubista amazônico através da Mostra Paralela de Vídeos Urbanos e Rurais do Tapajós, realizado pelo Projeto Saúde e Alegria e Coletivo Puraqué, no I Festival de Vídeo da Faculdade Integrada do Tapajós (FIT).

Foram apresentadas 16 curtas produzidas coletivamente por crianças, jovens e lideranças das comunidades ribeirinhas e bairros periféricos da cidade com enfoque voltado para as questões socioambientais e sociodigitais retratando de forma lúdica, a realidade da região. Logo após a exibição dos filmes houve uma conversa livre com os realizadores e com o público presente, conduzido pelos facilitadores Magnólio Sposito e Adriane Gama.

O Festival de Vídeo FIT segue até o dia 22 de novembro com a grande noite de entrega dos prêmios aos vencendores. O evento propõe incentivar e mobilizar estudantes e mercado, consumidores e cidadãos para a produção e compartilhamento de pequenos vídeos.

Raimunda Monteiro, nova reitora da UFOPA, fala sobre desenvolvimento regional sustentável

19 de novembro de 2013 por Fábio Pena

raimundinhaRaimunda Nonata Monteiro acaba de ser eleita neste dia 18/11/2013 como a primeira reitora escolhida democraticamente na Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA, que neste mês completou quatro anos de implantação. Ela é graduada em Comunicação Social (1990) e doutora em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido pela Universidade Federal do Pará – UFPA (2003).

Conheça um pouco de sua trajetória de vida e o que ela pensa sobre o desenvolvimento regional, dando enfoque para as questões ambientais e econômicas. “Eu vejo avanços em relação ao ordenamento territorial, em sistemas de gestão, mas em relação à economia ainda vemos se reproduzir um modelo tradicional, atrasado e reducionista em relação às potencialidades econômicas da região”. Sobre o papel da UFOPA nesse contexto “tem potencialmente muita contribuição a dar, mas depende da estratégia como a universidade vai dialogar com a realidade regional… precisa produzir conhecimentos para influenciar nas bases produtivas, influenciar na forma como os recursos naturais são geridos, com ampla participação da sociedade”, são algumas das opiniões da futura reitora universitária.

Entrevistada por Fábio Pena* para o livro Jornalismo Científico e Pesquisa na Amazônia organizado pelos Professores Manuel Dutra e Samuel Lima.

Como o Brasil vem tratando o tema das mudanças climáticas? Esta é a questão central abordada num estudo produzido por Raimunda Nonata Monteiro, doutora em Ciências Socioambientais e professora do Instituto de Ciências da Sociedade, da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).

A pesquisadora se somou ao meteorologista João Feitosa, também professor da UFOPA, na elaboração do estudo intitulado Debate Nacional de Mudanças Climáticas e Sustentabilidade, que aborda a percepção brasileira sobre fenômenos atribuídos às mudanças climáticas no âmbito d governo, da sociedade e dos meios acadêmicos. Nascida em Santarém, no Pará, Raimunda Monteiro  tem um olhar especial sobre a Amazônia, dando um enfoque sobre o papel desta região nesse debate.

Nesta entrevista, feita no final de janeiro de 2013, em Santarém, a pesquisadora fala das principais questões de suas pesquisas, refletindo sobre os avanços e retrocessos da questão ambiental que, segundo ela, por um lado ganhou em marco regulatório, mas, por outro, é pressionada pela imposição de outros temas na agenda pública, como a crise econômica internacional e o momento de desenvolvimento do Brasil. A pesquisadora alerta ainda para uma possível perda de protagonismo da Amazônia nos debates ambientais. Aponta ainda a necessidade de um novo modelo econômico baseado nas vocações sustentáveis da região.

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