VIII Mostra de Educação Ambiental

14 de dezembro de 2010 por Elis Lucien

Demonstrar os processos de Educação Ambiental das escolas de Rios, a partir de uma visão de gestão escolar integrada, baseada em suas vivências e experiências de manejo sustentável dos recursos naturais é objetivo geral da VIII Mostra de Educação Ambiental das Escolas de Várzea que será realizada nos dias 16 e 17 de Dezembro de 2010, no Salão Tapajós, no parque da cidade de Santarém/Pará. Com o tema Cultura e Biodiversidade da Amazônia as comunidades de Aritapera, Ituqui, Tapará, Urucurituba, Curuaí (Lago Grande), e Surucuá (Tapajós), irão demonstrar através de stands, apresentações culturais todo o trabalho desenvolvido no ambiente escolar durante o ano de 2010.   Segundo a Fernanda Pimentel, Assessora de Rios SEMED.  “Essa iniciativa de Mostra de Educação Ambiental, construídas inicialmente na Várzea do Ituqui e posteriormente expandida para as regiões do Tapará, Urucurituba, Aritapera, com apoio do IPAM, em sua trajetória histórica vem envolvendo anualmente cerca de 200 professores e mais de 10 mil alunos, através do enfoque de temas geradores relacionados à ecologia de Várzea, que buscam uma ligação de aprendizado e transformação, a partir da realidade local”.

Encontro de Turismo de Base Comunitária

6 de dezembro de 2010 por Elis Lucien

O turismo de base comunitária é uma  realidade para: Atodí, Arimum, Anã e Vila Amazonas comunidades da região do rio Arapiuns no município de Santarém, Pará.  É uma alternativa com base na economia solidária, valorizando a cultura local e  práticas sustentáveis dos recursos naturais. O Encontro de Turismo de Base Comunitária acontece nos dias 06 e 07 de Dezembro, na sede do Projeto Saúde e Alegria com objetivo de avaliar esses dois anos de trabalho nessas comunidades e apresentar o programa para uma possível ampliação para outras comunidades da região.

Esse turismo aproxima o visitante de uma realidade bastante peculiar de uma determinada comunidade. O turista têm a oportunidade de navegar em embarcações típicas da região amazônica e desfrutar de um um pôr do Sol nas margens do rio Arapiuns, seguindo o roteiro o visitante desce na comunidade e vivencia a vida comunitária no seu dia de trabalho como:  pescar, ir para roça, participar de reuniões comunitárias, estudar, tomar banho de rio e descançar em uma rede depois de muito trabalho.

Para maiores informações:

http://www.saudeealegria.org.br/portal/index.php/home/conteudo/24

Ecoturismo de base comunitária em vídeo

29 de novembro de 2010 por Fábio Pena

O Projeto Saúde e Alegria com o apoio do Ministério do Turismo produziu um novo vídeo para a divulgação do seu programa de Ecoturismo de Base comunitária. É só conferir:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=PVeLvMbrQHY&feature=player_embedded#![/youtube]

Outras fontes de energia são possíveis

29 de novembro de 2010 por Fábio Pena

Outras fontes de energia são possíveis. O modelo energético brasileiro e o potencial da Amazônia para as fontes renováveis. Esse foi o tema de um seminário promovido no dia 26/11 pela Rede FAOR – Fórum da Amazônia Oriental, durante o Fórum Social Pan-Amazônico.

Uma das principais críticas ao modelo energético brasileiro, é de que as grandes hidroelétricas são construídas para abastecer a demanda do mercado e das grandes empresas, especialmente aquelas que exploram os recursos naturais da região, seja no campo da mineração, como em outras áreas. E  de que a energia gerada não serve ao  povo da Amazônia, que sofre diretamente os impactos dessas grandes obras, mas não se beneficia delas. Além dos impactos ambientais que afetam a vida da floresta e o modo de vida tradicional dos povos.

Por outro lado, está claro o potencial da Amazônia para a produção de energia, não apenas no modelo proposta atualmente com as grandes obras, mas principalmente em fontes alternativas. Entre essas alternativas, o biodiesel tem sido proposto amplamente pelo governo como alternativa para que o Brasil possa se tornar um grande produtor de um combustível menos poluente.

No entanto, entra em questão o modelo de produção dos óleos vegetais que podem ser usados na fabricação, como no caso do coco babaçu. No seminário, por exemplo, a Sra. Nazira Pereira da Silva, da coordenação interestadual do Movimento das Quebradeiras de Coco Babaçu, trouxe um sério problema que suas companheiras vêm enfrentado.

Com a chegada da proposta do biodiesel, as quebradeiras de côco que há dezenas de anos manejam, de forma sustentável, áreas com predominância do babaçu, estão sendo pressionadas por empresas interessadas em explorar esse recurso. Há denúncias de ameaças para a expulsão das áreas, pressão  para a compra dos territórios historicamente manejados, o que gera conflitos e prejuízos aos direitos dessas populações tradicionais. É urgente a necessidade de uma ampla discussão sobre esse modelo, em que ponto ele se torna também mais uma ameaça às comunidades amazônicas.

Durante o seminário. o coordenador de desenvolvimento territorial do Projeto Saúde e Alegria, Tibério Allogio, apresentou a experiência realizada na comunidade de Cachoeira do Aruã, no rio Arapiuns, através da implantação de uma mini-central hidroelétrica. O empreendimento foi ousado ao estabelecer as condições para que a própria comunidade pudesse se organizar e torna-se uma produtora independente de energia, por meio da criação de uma associação, a AMOPE, que gerencia a mini-hidroelétrica.

Instalada usando a queda d’água da bonita cachoeira ao lado da comunidade, o empreendimento gerou impacto ambiental praticamente zero, e beneficia diretamente as mais de 50 famílias que moram na comunidade, melhorando sua qualidade de vida e possibilitando incrementar a economia local, especialmente a voltada para o turismo comunitário.

“É claro que estamos falando de uma experiência piloto que não resolve o grande problema da geração de energia em grande escala para o desenvolvimento regional. Mas aqui está demonstrado na prática como é possível gerar energia de forma sustentável se o objetivo é beneficiar diretamente as comunidades locais”.

O modelo implantado em Cachoeira do Aruã, também teve inovações do ponto de vista tecnológico, a partir de experiência de uma empresa local, a ENDALMA, que já havia testado em outra localidade e pôde consolidar a experiência, que em seguida foi adotada por outros projetos, a exemplo das mini-hidroelétricas implantadas pelo INCRA em assentamento da reforma agrária na região.

Cenas do Fórum: índios em ritual pela proteção da mãe terra

26 de novembro de 2010 por Fábio Pena

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=82NaMxgXW8k[/youtube]

Caminhada Ecológica

6 de outubro de 2010 por Carpeggeane Pantoja

Juventude de Maguari na Samaúma


Foi realizada no dia 1º de outubro do corrente ano, uma caminhada ecológica na trilha de Maguari, denominada “trilha da Samaúma”.  Participaram os Professores e alunos da Escola Munincipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. A caminhada contou com ajuda de dois condutores da própria comunidade e teve por interesse  conhecer uma das maiores árvores da Floresta Amazônica e também o aluno, consegue ótimos resultados, melhorando seu desempenho físico e mental, ganhando um novo ânimo para vida.
Com um percurso de 1 hora e 45 minutos até a mesma, enfrentando subidas e descidas na mata; mas valeu a pena, só em vê-la o cansaço desapareceu, onde a beleza e o trabalho da natureza é belíssimo.Foi feita uma corrente de mãos dadas para abraçar a mesma,que por sua vez existe há mais de 700 anos, relatou um dos condutores. Logo em seguida teve um piquenique, e depois retornaram à escola, na chegada foi oferecido uma feijoada para repor as energias!!!

Empreendedora Social de Santa Catarina visita Saúde e Alegria

26 de agosto de 2010 por Fábio Pena

No último 21 e 22 de agosto, as comunidades de Capixauã, Suruacá (Tapajós), Anã e Arimum (Arapiuns) receberam uma equipe de produção do documentário “A Saga dos Transformadores”, que está sendo elaborado pela Rede Ashoka de Empreendedores Socais e a Natura Cosméticos. A viagem teve o propósito de documentar o trabalho do Projeto Saúde e Alegria nas comunidades ribeirinhas, através de um intercâmbio em que uma representante de outro projeto social nos visitou: Thaise Guzzatti, fundadora do Projeto Acolhida na Colônia.

A Acolhida na Colônia foi criada em 1998 com a proposta de valorizar o modo de vida no campo através do agroturismo ecológico. Os agricultores familiares de Santa Catarina abrem suas casas para que turistas possam conviver no dia-a-dia do campo, gerando renda e valorizando a cultura local. São oferecidas hospedagens simples e aconchegantes com direito a conversas na beira do fogão a lenha, a tradicional fartura das mesas catarinenses e passeios pelo campo.
Foi com esse olhar para o turismo que Thaise conheceu as comunidades da amazônia e como é feito o trabalho do Saúde e Alegria. Em seu último dia nas terras mocorongas, Thaise concedeu esta entrevista para a Rede Mocoronga:

Fábio Pena: Como foi sua experiência de visitar as comunidades de uma região tão distante do seu estado?

Thaise: Foi uma experiência única, é uma realidade diferente e maravilhosa. Eu sei que tem uma série de dificuldades, mas quem está visitando não vê isso como mais importante. Nosso olho é para ver a maravilha que é, não só em termos de meio ambiente, mas especialmente as pessoas, o acolhimento, essa recepção calorosa. Realmente eu tô indo embora encantada e pensando como vou fazer pra voltar, porque realmente foi uma experiência única.

Fábio Pena: Thaise, conta pra gente como é feito seu projeto Acolhida na Colônia?

Thaise: Então, a gente trabalha com pequenos agricultores, agricultores familiares, que desenvolvem seu cultivo, sua plantação para o consumo próprio e vendem o excedente. Essas famílias tem uma série de dificuldades para terem uma renda extra para continuar nas suas terras. Então, agente desenvolveu um projeto onde o agricultor recebe pessoas dentro da sua propriedade nos finais de semana, nas férias. E convivendo com as famílias, o turista dorme na casa, come a comida que os agricultores oferecem com os produtos que eles mesmo produzem. Passeiam no mato, em trilhas, nos rios. Fazem todas as atividades que são típicas e estão relacionadas à vida do agricultor familiar.

Leia o resto desse post »

Trilha na Selva do Curupira

24 de agosto de 2010 por Elis Lucien

A trilha na selva do Curupira fica localizada na comunidade de São Domingos na flona Tapajós. Segundo a Lei SNUC (Sistema Nacional de Unidade  de Conservação da Natureza), sendo “uma área com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas”. Portanto, todos os recursos devem ser utilizados de forma sustentável, ecológicos e de forma justa contribuindo para o bem estar das famílias e futuras gerações.

Leia o resto desse post »

A ferida aberta da Cargill

15 de julho de 2010 por Fábio Pena

Artigo do sociólogo Tibério Alloggio

Cumpriu-se ontem (14) mais um capitulo da novela Porto da Cargill que há mais de uma década está em exibição no município de Santarém e seus entornos.

Em discussão, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) sobre os impactos de suas atividades, que, por obrigação judicial, a multinacional americana foi obrigada apresentar à sociedade.

É importante frisar que a multinacional se instalou “ilegalmente” em Santarém, driblando as obrigações constitucionais (EIA-RIMA) com “licenciamentos fictícios”, oferecidos pela cumplicidade dos governos demo-tucanos que governaram Santarém e o Pará no inicio da década.

Foi somente depois de uma batalha jurídica iniciada em 2000, que a justiça – obrigou em definitivo – a Cargill, a apresentar o EIA-RIMA. Um Estudo que deveria ter sido prévio, antes de iniciar as atividades, mas que foi empurrado pela barriga graça à liminares obtidas na justiça, durante uma década.

Agora, o licenciamento da Cargill depende diretamente da aprovação ou não do Estudo, e nesse processo uma mega audiência pública, “orquestrada” pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado, tomou conta do Iate Clube, com direito as torcidas dos pró (mais organizada) e dos contra (menos organizada).

Ruralistas de toda a região, organizados pelo Sirsan e liderados pelo demo-deputado Lira Maia, tomaram conta do Iate Clube (durante a madrugada), deixando aos agricultores e ambientalistas apenas as laterais do clube, que já havia se tornado pequeno para tamanha participação.

O roteiro foi o de sempre: MPF e MPE questionando um EIA- RIMA falho e os ruralistas apoiando seus patrões e vaiando todos os questionamentos.

Mas quem vai decidir (de fato) será a Secretaria do Meio Ambiente do Estado, cuja “isenção” no processo é no mínimo questionável, pois são mais que conhecidas as mágicas do secretário Aníbal Picanço em licenciar qualquer coisa que possa gerar lucro.

A implantação do porto da Cargill talvez tinha sido o acontecimento que mais caracterizou Santarém durante toda essa década.

A sua instalação, no finalzinho dos anos 90, foi o pivô do processo que permitiu o avanço da fronteira agrícola na região, promovendo um ciclo de ocupação e exploração predatória na área de influencia da BR163, que gerou passivo ambiental, violência e conflitos no campo e grilagem de terras.

A resistência dos movimentos sociais e ambientais ao avanço predatório do agronegócio começou a ter resultados efetivos somente a partir de 2005, ano em que foi registrado o segundo maior índice de desmatamento dos últimos 20 anos.

Leia o resto desse post »

Inquérito vai apurar veracidade de dados do EIA-Rima do terminal da Cargill em Santarém/PA

15 de julho de 2010 por Fábio Pena

Promotores de Justiça e procuradores da República suspeitam da utilização de dados falsos

Fonte: ASCOM/ Ministério Público Federal do Pará

O Ministério Público do Estado do Pará (MPE) informou ao Ministério Público Federal (MPF) nesta quarta-feira, 14 de julho, que vai determinar a abertura de inquérito policial para investigar a veracidade dos dados do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) do terminal de grãos da Cargill, em Santarém. Promotores de Justiça e procuradores da República que participaram hoje da audiência pública realizada no município para discutir o documento têm fortes suspeitas de que informações contidas nos estudos não são verdadeiras.

Caso confirmada a falsidade dos dados, o inquérito policial vai apurar as responsabilidades da Cargill e da empresa que realizou os estudos. Durante a audiência pública, integrantes do MPF e do MPE relataram a representantes da Secretaria estadual de Meio Ambiente (Sema) as irregularidades encontradas e agora aguardam um posicionamento da secretaria sobre o caso.

Para o MPF, se realmente houve manipulação dos dados não deve ser concedida qualquer licença ao projeto da Cargill. Procuradores da República que participaram da audiência pública em Santarém também anunciaram que consideram necessária a realização de novas audiências públicas sobre o tema.