Abertas inscrições de cursos para a nova temporada no Puraqué

17 de julho de 2014 por Adriane Gama

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O Coletivo Puraqué abre, neste mês de julho, inscrições para Cursos Digitais em Software Livre. O início das aulas será no dia 14 de agosto e os serviços disponibilizados para a comunidade em geral serão os cursos de Informática Básica, Avançado e de Metareciclagem, para crianças a partir de 12 anos, jovens e adultos, nos horários da manhã e à tarde.

A partir desta quarta edição, além da inscrição gratuita, cada pessoa ao se matricular no projeto ganhará de brinde uma camisa do Puraqué, com a cor conforme o seu curso escolhido.

Ainda com a dinâmica de atividades de cineclube, oficinas de conhecimentos livres e acesso a internet paralelas aos cursos digitais,a novidade para estatemporadafica por conta dos eventos culturais e esportivos: Festival Folclore Puraqueano, Rifas da PuraBeleza e Torneio de Futebol Comunitário, com a finalidade de angariar recursos para a manutenção do espaço e formatura dos alunos.

Formação Digital Puraqueana

A Casa Puraqué localizada no bairro do Amparo, Grande Área do Santarenzinho, está sendo ponto de encontro de mais uma Formação de Competência Digital para Monitores, reunindo novos e veteranos colaboradores intelectuais com oficinas de Metareciclagem, Gerenciamento de aplicativos, Editoração Eletrônica, Blog e Iniciação audiovisual, facilitadas pelos oficineiros Rosinei Lima, Tarcísio Ferreira, Dennie Fabrizio e Adriane Gama.

O objetivo desta formação é apoiar metodologicamente os monitores quanto ao aprimoramento dos seus conhecimentos e se preparar para as próximas experiências sócio-digitais no LabPuraqué baseando-se na utilização segura e crítica das ferramentas tecnológicas.

O Coletivo Puraqué é uma organização não-governamental sem fins lucrativos que atua há 13 anos com alunos_prqcultura digital e cidadania na Amazônia. Um espaço colaborativo, político e ideológico relacionado ao desenvolvimento tecnológico sustentável na região norte. Tem como essência, o ativismo em Software Livre baseado em princípios como a Ética Hacker e a Metareciclagem. Hoje, o Coletivo atua com diversos projetos e atividades, em sua maioria voltadas para o protagonismo juvenil, a transformação social e ambiental e competências para a vida.

Prestação de Serviços Comunitários:

Início das aulas: 15 de agosto

Dias – Segunda e quarta-feira/ terça e quinta-feira

Horários – 8 às 9:30h e 9:30 às 11h e 14 às 15:30h e 15:30 às 17h

Duração: 4 meses (agosto a novembro)

Contribuição mensal: R$ 30,00

Local: Rua Vitória Régia, 223 – Bairro Amparo (entre Paulista e Santa Teresinha, próximo a antiga fábrica de asfalto)

Participe! Vagas limitadas!

Mais informações podem ser obtidas através dos telefones: 9132-7603 e 9136-2772

As dificuldades do Ensino Médio

8 de julho de 2014 por Elis Lucien

Jornal Comunitário Folha de Samaúma, Reportagem: Pedro Nunes

Por: Walter Oliveira

Os alunos da rede Estadual de Ensino ou Ensino Médio que estudam na comunidade de Cametá município de Aveiro, têm muitas dificuldades com relação ao transporte, merenda e principalmente a turma 3º ano que não tem sala de aula adequada, estuda em uma sala improvisada cercada com pedaços de ripas e lonas para evitar a desconcentração dos alunos nas aulas.

Para alguns alunos isso dificulta mais o aprendizado e outros preferem desistir dos seus estudos.

Capa do jornal Folha de Samaúma

Capa do jornal Folha de Samaúma

Para os alunos de Samaúma que estudam na escola Prof.ª Olgarice anexa ao Eduardo Angelim de Aveiro as dificuldades são ainda maiores porque eles tem que tá as 06:00hrs da manhã isso quando o barco vai levar e quando não a dificuldade é ainda maior pois eles tem que comprar gasolina para irem de bajara.

E aonde está a educação de qualidade, que o governo tanto promete é estudando de baixo de árvores?

Só lembrando, que o barco não é para levar o os alunos do Ensino Médio e sim do Fundamental.

Musas (e você) constroem Fábrica de Ração

10 de junho de 2014 por Bob Barbosa

Clique na imagem abaixo e assista ao vídeo das Musas:

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=mU3BnQvdtPg[/youtube]As Mulheres Sonhadoras em Ação (MUSA) da Vila do Anã, Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, criam peixes em viveiros e produzem a ração, orgânica e artesanal. Agora, precisam construir uma fábrica mais adequada ao trabalho delas. Em http://goo.gl/3eCWzG você se informa sobre como colaborar!

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Santarém realiza I Fórum Comunitário do Selo UNICEF Município Aprovado

26 de maio de 2014 por Adriane Gama
Jovens Agentes Comunitários da Resex Tapajós-Arapiuns

Jovens Agentes Comunitários da Resex Tapajós-Arapiuns

Com o tema “Eu e meu município crescendo juntos!”, a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) em parceria com a Prefeitura Municipal de Santarém realizaram pela manhã do dia 15 de maio, no auditório do IESPES, o I Fórum Comunitário de Santarém – Selo UNICEF Município Aprovado – Edição 2013 – 2016. A finalidade do evento foi levantar um diagnóstico para elaborar um plano de ação municipal com a estratégia de aperfeiçoar políticas públicas que garantem os direitos das crianças, atendendo o cumprimento das metas da Agenda Criança Amazônia, compromisso firmado pelos governadores da Amazônia Legal.

A abertura contou com uma mesa cerimonial formada pela senhora Aparecida Nogueira, presidente da COMDCA (Conselho Municipal dos Direitos das Crianças e Adolescentes), a vice-prefeita Maria José, o prefeito Alexandre Von e a adolescente Tamiris Santa Bárbara, pela Pastoral do Menor. Na plenária estavam presentes diretores das escolas da cidade, de várzea e da região de rios, presidentes de associação de bairro, servidores das secretarias (saúde, juventude, educação, trabalho e assistência social), conselho tutelar, alunos, professores e Projeto Saúde e Alegria (PSA).

A articuladora municipal, professora Gervânia Vasconcelos, explicou a metodologia do encontro dividida em dois momentos: a primeira parte, através de grupos de trabalho, foi realizado o diagnóstico da situação atual dos direitos infanto juvenil no município através das atividades: análise de uma imagem, apontando os direitos garantidos e direitos violados, e do mapeamento de serviços prestados às crianças e adolescentes. Na segunda e última parte, a plenária retornou para o auditório para a votação de uma planilha de sistematização dos objetivos de impactos referentes aos direitos das crianças, construindo um prévio plano de ação a partir do conhecimento dessas garantias.

Para este encontro, o PSA, através do projetos da UNICEF e Petrobrás, teve a oportunidade de convidar seis jovens das comunidades ribeirinhas que atuam diretamente com a mobilização comunitária sobre os direitos das crianças e dos adolescentes: Ingrid Natália e Mônica Andressa, de Anã – Rio Arapiuns, Adaías Vasconcelos e Lizikiara Reis, de Parauá e Dorotéia Vasconcelos e Tássia Cinara, de Suruacá – Rio Tapajós, os quais puderam compartilhar suas conquistas e desafios que enfrentam nesta região. Estavam ainda presentes as diretoras da região dos rios: Cassiana, de Vila de Amorim e Renata Godinho, de Anã, educadoras e grandes incentivadoras de suas comunidades.

Santarém, um dos municípios já aprovados pelo Selo UNICEF, tem como objetivo garantir até o final desta edição, sua aprovação novamente. As crianças agradecem!

*O Selo Unicef é um instrumento para que o Brasil cumpra as metas do Pacto pela Infância e Adolescência visando garantir os direitos, na prática, às políticas públicas conforme a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente, assim reduzir as disparidades regionais e apoiar o Brasil no alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).

*http://www.unicef.org.br/

Boim sede da eliminatória da Copa Floresta Ativa

21 de maio de 2014 por Maickson Bhoim

Texto do Jornal Informativo A Notícia    Por: Natalina Oliveira e Maickson Boim

A Copa Floresta Ativa reúne 72 comunidades da Resex Tapajós Arapiuns localizadas nos municípios de Santarém e Aveiro com futebol, cultura e educação comunitária. Tem como objetivo promover a inclusão social através do futebol.PSA_Copa da Floresta Ativa_Logo

A Copa é uma realização do Saúde & Alegria, Tapajoara e ICMBio. Já aconteceram três eliminatórias, sendo uma em Anumã no início de abril, outra na comunidade de Surucuá, no final de abril e a terceira em São Pedro, no início de maio.

A vila de Boim sediará a última eliminatória da Copa Floresta Ativa nos dias 30 e 31 de maio. Na sexta 30, o dia será de debates sobre educação comunitária, renda familiar, reposição florestal, protagonismo, desafios e perspectivas que os moradores de cerca das dez comunidades participantes  enfrentam no cotidiano. À noite, ainda na sexta, é realizado o Festival de Artes e Educação Comunitária, com apresentação de músicas, paródias, mascote, vídeos e cartazes educativos dentro do tema “Juventude e Comunidades juntas pela Floresta Ativa”.

No sábado, o dia é exclusivo para futebol. Cada comunidade pode ser representada com uma seleção masculina e feminina. Em cada sede, duas seleções masculinas e duas femininas se classificam para a final da Copa Floresta Ativa que será no mês de agosto .

Também são escolhidos representantes de cada sede para a Final em cada categoria (vídeo, cartazes, música, paródia, mascote) do Festival de Artes e Educação Comunitária.

Na noite do sábado a alegria será conduzida pela Banda Revelação, genuína de Nuquini no Tapajós, em uma super festa dançante.

Em Boim, desde o mês de março os comunitários vem se preparando para apresentar e ser palco de uma das melhores eliminatórias da Copa. O Conselho Comunitário vem realizando trabalhos de limpeza e adequação do campo de futebol Frei Pedro, arborizando mais, às proximidades do logradouro.

As famílias também estão disponibilizando espaços e casas para abrigar os visitantes de outras localidades.

A cobertura da Copa Floresta Ativa está sob responsabilidade da Rádio Integração (105,9). Toda a equipe da Integração já vestiu a “camisa” da copa, e está fazendo o convite para o evento. No dia 31 cobrirá todos os detalhes, mostrando as curiosidades das seleções, os melhores lances das partidas, veiculando vinhetas educativas e os bastidores da Copa Floresta Ativa.

Projeto Floresta Ativa mobiliza Resex Tapajós Arapiuns

30 de abril de 2014 por Fábio Pena

IMG_4561.redimensionadoIniciativa oferece novas oportunidades de desenvolvimento sustentável na Reserva Extrativista Tapajós Arapiuns. Com a implantação de um Centro de Tecnologias Socioambientais Apropriadas, comunitários terão espaço para experiências demonstrativas e formação em novas técnicas de manejo dos recursos naturais.

Por Carlos Joseph

No contexto econômico a Amazônia é vista como uma região de grande potencial produtivo, porém suas riquezas, na maioria das vezes, são exploradas por grandes empresas que impõem um modelo econômico com sérios impactos ambientais e também sociais, uma vez que na maioria das vezes deixa as populações tradicionais em segundo plano. Para inverter esta lógica de produção e promover a preservação ambiental são realizadas as ações do Programa Floresta Ativa.

O Floresta Ativa executado na Reserva Extrativista (Resex) Tapajós Arapiuns, localizada no oeste do estado do Pará, e envolve todas as comunidades da área. O programa é fruto de um conjunto de parcerias, lideradas pelo Projeto Saúde e Alegria – PSA, Instituto Chico Mendes – ICMBio, gestor da reserva, e Organização das Associações das Comunidades da Resex – TAPAJOARA, entidade que representa legalmente os moradores da área.

O principal objetivo do Floresta Ativa é incentivar a geração de renda e o desenvolvimento sustentável dos moradores da Resex através do melhor aproveitamento dos recursos naturais. De acordo com o sociólogo Tibério Alloggio, da coordenação do Projeto Saúde e Alegria, a intenção é estabelecer uma nova referência de desenvolvimento sustentável na reserva. “A ideia é mostrar que o potencial econômico da Amazônia não é apenas patrimônio das grandes empresas. É começar a enxergar uma melhora da renda dessas populações potencializando práticas do dia a dia, como o extrativismo sustentável”, explica Tibério.

A Resex Tapajós Arapiuns é uma das maiores unidades de conservação do Brasil. Cerca de 22 mil habitantes vivem em 74 comunidades, originadas em antigas vilas de missões religiosas e aldeias indígenas. A reserva foi criada em 1998 após intensa luta dos moradores contra empresas madeireiras que exploravam de forma predatória a área. Após a conquista fundiária agora o debate se dá em encontrar soluções que promovam o desenvolvimento econômico sustentável das comunidades. Trata-se de um desafio comum a muitas outras unidades de conservação existentes do país, criadas em territórios onde haviam intensas disputas pela ocupação da terra por interesses econômicos diversos que em geral não contemplavam as comunidades que tradicionalmente vivem nessas áreas. Após a conquista do ordenamento territorial, impõem-se o desafio da viabilidade socioeconômica, o que passa pelo fortalecimento do manejo dos recursos existentes de forma economicamente viável e ambientalmente sustentável.

Extrativismo: potencial pouco aproveitado

IMG_1346.redimensionadoEntre as ações propostas pelo Floresta Ativa está o incentivo ao melhor aproveitamento da área para expansão de atividades extrativistas. Uma das formas de se obter isso é através de assistência técnica, que este ano começou a chegar aos comunitários da Resex através do Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural para Extrativistas – ATER Extrativista. O programa do Ministério do Desenvolvimento Agrário é coordenado pelo Incra e na Resex tem apoio do ICMbio e TAPAJOARA. A execução do ATER é feita por entidades selecionadas através de chamada Pública. O Projeto Saúde e Alegria ficará responsável diretamente por dois lotes, que contemplam uma área de 23 comunidades. As outras entidades, responsáveis por um lote cada, são: IPAM, CEAPAC e ECOIDEIAS. A proposta é que as entidades executoras trabalhem de forma articulada umas com as outras para que haja integração do ATER com outras ações do Floresta Ativa.

O extrativismo sustentável, proposto pelo Floresta Ativa, é uma alternativa viável de desenvolvimento da Resex. Entre os produtos que podem ser explorados estão óleos naturais, sementes, folhas, cascas de árvores e muitos outros que despertam interesse até mesmo de grandes indústrias farmacêuticas e de cosméticos. “Tem muitas espécies da floresta que podem sem exploradas pelos comunitários, tucumã, inajá, babaçu e etc. E tem mercado para esses produtos. Então a partir do momento que você tem uma política de organização comunitária e sabe como coletar isso você terá uma renda bem melhor”, afirma Carlos Dombroski, técnico em organização comunitária que faz parte da coordenação do Floresta Ativa. Leia o resto desse post »

Quem está quase com a mão na taça da Copa Floresta Ativa

23 de abril de 2014 por Maickson Bhoim

09Mosaico-Selecoes.redimensionadoA Copa Floresta Ativa está com a bola toda na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns. A primeira semi-final foi realizada no dia 05 de abril de 2014 com sede na comunidade de Anumã, Rio Tapajós, da qual participaram nove seleções masculinas: Anumã, Maripá, Carão, Vila Franca, Solimões, Santi, Suruacá, Capixauã e Pedra Branca e três seleções femininas: Suruacá, Maripá e Anumã.

Vejam como foram os jogos:

Jogo 01 – Carão X Pedra Branca (Masculino)

Começou por volta das onze e meia da manhã. O primeiro jogo terminou empatado sem gols nos tempos de vinte minutos da partida (dez minutos em cada tempo). A seleção de Pedra Branca foi a vencedora da partida nos pênaltis.

Jogo 02 – Maripá X Anumã (Feminino)

As duas seleções se enfrentaram no segundo jogo do dia e também terminaram empatadas sem gols, decidindo nos pênaltis. As cinco cobranças da seleção de Anumã foram defendidas pela goleira Claudenice da seleção de Maripá. Dessa forma, a seleção de Maripá venceu o confronto.

Jogo 03 – Maripá X Anumã (Masculino)

O terceiro jogo do dia seguiu também para os pênaltis. Assim como no confronto anterior entre as seleções femininas, a seleção de Maripá passou para a próxima fase vencendo a seleção de Anumã.

Jogo 04 – Vila Franca X Santi (Masculino)

O quarto jogo do dia, ao contrário dos demais, foi decidido no tempo normal da partida. A seleção de Vila Franca se sobressaiu em campo, vencendo a partida por 4 a 0. Já nos primeiros dez minutos marcou três gols. O primeiro gol (inclusive o primeiro da Copa Floresta Ativa no tempo corrido) foi feito pelo astuto jovem Pedro Juan. Outro gol saiu dos pés do jogador Antônio Jefferson. O artilheiro da partida e também da Copa, até o momento, é o craque Estevão que fez os outros dois gols da partida. Um dos gols do artilheiro foi um belo chute de fora da grande área.

Jogo 05 – Capixauã X Suruacá (Masculino)

O último jogo antes do intervalo para o almoço das equipes. As seleções se confrontaram avivadamente, com muita garra, mas a seleção de Suruacá em uma jogada de sorte marcou o gol da partida que representava sua classificação para a próxima fase. O gol foi do jovem jogador Athirson.

Jogo 06 – Suruacá X Solimões (Masculino)

A Seleção de Suruacá que encerara a primeira etapa do torneio antes do intervalo de almoço agora iniciava a segunda etapa às quinze horas da tarde enfrentando a seleção de Solimões (seleção esta que faria no sexto jogo do dia a sua estreia na Copa Floresta Ativa). Logo nos primeiros dois minutos da partida em uma cobrança de falta o habilidoso Pedro Amorim (vulgo Júnior) fez o gol. A equipe de Suruacá sofreu durante o restando do jogo muita pressão do time adversário mas acabou vencendo mais uma.

Jogo 07 – Suruacá X Anumã ( Feminino)

O jogo foi bastante acirrado. Caso a seleção de Anumã perdesse o confronto estaria eliminada da Copa Floresta Ativa pois já tinha perdido o primeiro jogo. O jogo acabou sendo decidido nos pênaltis. Nas cobranças também houve uma disputa intensa, resultando na vitória da seleção de Suruacá.

Jogo 08 – Pedra Branca X Maripá (Masculino)

Jogo valendo classificação para a final da Copa Floresta Ativa que será realizada em agosto desse ano. As partidas entraram em campo sabendo da importância de vencer, além de ser um clássico na região. Com o apoio da torcida (inclusive a torcida de Maripá uma das mais aguerridas e intensa do torneio) os times saíram do tempo normal em empate sem gols. Nos pênaltis a seleção de Pedra Branca venceu o confronto sendo a primeira seleção classificada para a final da Copa Floresta Ativa.

Jogo 09 – Suruacá X Vila Franca (Masculino)

O outro jogo valendo vaga para a final da Copa Floresta Ativa. A seleção de Vila Franca que na primeira fase tinha vencido de goleada, viu na seleção de Suruacá uma equipe forte e com um bom goleiro, que para os repórteres e comentaristas da Rede Mocoronga foi o “bola cheia” do jogo. O jogo terminou em empate sem gols. Nos pênaltis a equipe de Suruacá garantiu o passaporte para a final da Copa Floresta Ativa vencendo o jogo.

Enfim, quem está quase com a mão na taça da Copa Floresta Ativa, classificadas para a grande Final:

Masculino – Pedra Branca e Suruacá.

Feminino – Suruacá e Maripá.

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A melhor Copa é a da Amazônia!

15 de abril de 2014 por Caetano Scannavino

Estádios prontos, que ficam no entorno de infraestruturas e serviços básicos implantados bem antes, como a água encanada, assistência em saúde da família fluvial, polos de acesso à internet para inclusão digital, projetos produtivos para geração de renda…

Uma Copa que tem como principais objetivos a educação e o meio ambiente. Que aproveita toda mobilização esportiva para fortalecer o exercício da cidadania por meio de eventos paralelos como seminários e oficinas, debatendo com a população caminhos para um futuro melhor.

Um grande evento que segue a tradição local, onde a competição esportiva se paga através dos próprios participantes, com a venda de inscrições, alimentação, bingo, ingressos para bailes dançantes,… tendo seu lucro revertido para uso em novas melhorias para população, essenciais porque ainda falta muito, apesar dos avanços.

É a Copa Floresta Ativa de Saúde & Alegria, que acontece na região do Baixo e Médio Amazonas, oeste paraense, envolvendo as 74 comunidades da Reserva Extrativista (Resex) Tapajós-Arapiuns, área rural dos municípios de Santarém e Aveiro.

Copas que associam esporte com educação e cultura é uma tradição do Projeto Saúde e Alegria / PSA (www.saudeealegria.org.br), ONG que atua há quase 30 anos na Amazônia. Esta é a quinta edição, sempre com um tema central. Desta vez, a campanha é pelas florestas.

Realizada pelo PSA em parceria com o ICMBio (gestor das Unidades de Conservação no País) e a Tapajoara (Federação intercomunitária que representa os moradores da Reserva), esta aliança está a frente de um programa maior – o Floresta Ativa, que dá nome a Copa – com o desafio de promover a inclusão social a partir da produção sustentável, um passo seguinte e que vai além de programas como o Bolsa-Família.

Para isso, diversas ações vem sendo implementadas, como  uma rede viveiros para reposição florestal e SAF’s; unidades para extração de óleos vegetais e essenciais; ecoturismo de base; artesanatos; Centro Experimental de Permacultura; entre outras medidas que ajudem na renda, na alimentação e na conservação do meio ambiente a partir dos próprios moradores da Reserva.

 Floresta Ativa e a Resex Tapajós-Arapiuns, onde vivem em torno de 22 mil pessoas.

A juventude ribeirinha tem papel fundamental. São oportunidades de empreendimentos que se abrem, a integração com outros projetos pedagógicos voltados para os direitos das crianças e adolescentes; e o encontro de gerações, onde lideranças antigas começam a preparar os mais novos para condução do futuro do Território.

Oficinas de Geração entre Gerações: lideranças mais antigas e jovens na criação de produtos educativos para as campanhas.

Aproveitando o ano esportivo e o jeito “saúde e alegria de ser”, a Copa Floresta Ativa está organizada em duas competições simultâneas e integradas: uma é o torneio de futebol (masculino e feminino), e a outra é o Festival de Artes, Cultura, Educação e Comunidades, com modalidades que incluem, por exemplo, os melhores produtos locais de teatro, música, paródia, cartaz, mascote, foto, vídeo e reportagem, inspirados no lema “Juventude e Comunidades juntas pela Floresta Ativa!”

 Abertura da Copa : hino nacional tocado em vitrola movida a corda (Anumã: 4-5/abr/14).

Entre abril e maio, ocorre a “Fase de Grupos”. São 4 eventos sub-regionais, um em cada comunidade-sede, onde participam as localidades do entorno que compõem a chave.

Disputas entre as comunidades do Grupo-sede Anumã, ocorrida dias 4 e 5 de abril. Próximas etapas: Surucuá  (25-26/Abr); São Pedro (9-10/Mai) e Boim (30-31/Mai). Finais em agosto.

Acontecem sempre nos finais de semana, iniciando nas sextas-feiras com seminários e oficinas, onde as atividades do Programa Floresta Ativa são avaliadas, os próximos passos são planejados, assim como são promovidos debates sobre o território, o acesso à politicas publicas, a luta dos povos tradicionais e caminhos para fortalecer suas Organizações.

Seminário “Floresta Ativa e o Desenvolvimento Territorial” (Anumã: 4-5/abr/14).

Os sábados são reservados para as competições, esportivas e educativas, com toda cobertura feita pelos repórteres e locutores esportivos da Rede Mocoronga(www.redemocoronga.org.br), uma plataforma intercomunitária de Educomunicação (radio, vídeo, blogs e impressos) implantada pelo PSA com os jovens ribeirinhos.

No inicio da noite, hora do Gran Circo Mocorongo de Saúde & Alegria, onde esquetes educativas e culturais são apresentadas, incluindo também as premiações dos classificados do Grupo (dois por modalidade). E depois, uma grande festa dançante animada pelas bandas locais madrugada adentro, que só termina quando acaba.

Circo Mocorongo: premiação das melhores paródias, músicas, cartazes e outros produtos educativos com os temas da Floresta Ativa  (Anumã: 4-5/abr/14).

Os classificados nas modalidades esportivas e educativas durante estes 4 eventos sub-regionais, além de troféus e medalhas,  ganham o passaporte para a grande final, prevista para agosto, durante o Encontro Geral de todas as comunidades de Resex.

À esquerda, as quatro seleções do Grupo Anumã classificadas para as finais: duas masculinas e duas femininas.

Enfim, uma grande mobilização das comunidades pela floresta em pé!

#TemCopaNaFloresta!

Caetano Scannavino – Projeto Saúde e Alegria

Fotos: Caetano Scannavino, Fabio Pena, Gabriel Abreu e Palestina

Vai começar a Copa Floresta Ativa!

1 de abril de 2014 por Bob Barbosa

A Copa Floresta Ativa, de futebol, cultura e educação comunitária, começa nesta sexta e sábado, 04 e 05 de abril, na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns.  A competição reúne 72 comunidades localizadas nos municípios de Santarém e Aveiro e objetiva promover a inclusão social através do esporte, numa realização do Projeto Saúde & Alegria, Tapajoara (Associação das Comunidades da RESEX Tapajós-Arapiuns) e ICMBio.

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A primeira das quatro fases classificatórias, em suas modalidades esportivas e educativas, será em Anumã, margem esquerda do Tapajós, dias 04 e 05 de abril. As outras fases classificatórias, no final do mês e em maio, ocorrerão em Surucuá, São Pedro do Arapiuns e Vila de Boim.  A grande final será no mês de agosto, em comunidade a ser definida dentre as que estão se candidatando.

Uma tradição é recuperada: entre a década de 1990 e 2001 foram realizadas quatro edições da “Copa Três Rios” – referência aos três grandes da região: Amazonas, Tapajós e Arapiuns.  Em 2014, o Projeto Saúde & Alegria junta-se à Associação Tapajoara para promover a quinta edição dessa copa ribeirinha da Amazônia, voltada para as comunidades da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns.

O nome da Copa indica o tema deste ano: é o Programa Floresta Ativa, que agrega à esta RESEX diversos projetos que contribuem com a viabilidade econômica, social e ambiental das suas 74 comunidades, onde vivem 20 mil pessoas.  Através do programa estão sendo implantados o CEFA- Centro Experimental Floresta Ativa, os Viveiros Comunitários para reposição florestal e também a assistência técnica (ATER) voltada ao agroextravismo, visando melhorar produção e renda famíliar. Outras iniciativas, como programas pedagógicos em defesa dos direitos das crianças e jovens da RESEX, também estão sendo implantadas pelo Projeto Saúde & Alegria e parceiros.

Em todas as etapas, a Copa Floresta Ativa contempla duas competições simultâneas, integradas e voltadas para as comunidades da RESEX: uma é o torneio de futebol (masculino e feminino) e a outra é o Festival de Artes e Educação Comunitária, com exibição de vídeos, músicas, campanhas educativas, jornais e peças de rádio produzidas pelas comunidades, inspiradas no lema “Juventude e Comunidades juntas pela Floresta Ativa!”

Ao final de cada uma das etapas, o Gran Circo Mocorongo, conduzido pelo palhaço Magnólio, celebrará as 74 comunidades e suas seleções, vitoriosas principalmente por estarem se mobilizando pelo desenvolvimento, socialmente justo e ambientalmente sustentável, do território comum a todas elas: a Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns.

Mais informações sobre a Copa, ligue: Projeto Saúde & Alegria (93) 30678000, Paulo Lima (93) 9149-4801, Fábio Pena (93) 9152-9662 ou Tapajoara, através dos diretores Alexandre Imbiriba (93) 9209-8039 e Leônidas Farias (93) 9136-6797.

A irracionalidade do ICMS em um exemplo na Amazônia

20 de março de 2014 por Caetano Scannavino

Andiroba, murumuru, buriti, cupuaçu, babaçu, ucuuba, pracaxi, patauá, castanha, açaí, cacau são alguns dos chamados produtos da sociobiodiversidade*. Formam junto com outras espécies os pés que mantém a floresta em pé.

Tem alta demanda de mercado, principalmente pelas industrias cosméticas para produção de sabonetes, cremes, shampoos e perfumes. E não são exclusividade dos grandes, já que fazem parte dos itens produzidos também pelos povos tradicionais e agricultores familiares da Amazônia, muitos deles organizados em cooperativas comunitárias.

Diante de todo esse potencial da economia da floresta, temos apoiado as comunidades da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns (oeste do Pará) através do Programa FLORESTA ATIVA, que prevê diversas ações (Saf’s, reposição florestal, etc), entre elas a montagem de unidades de beneficiamento para agregar valor a produção (óleos vegetais e essenciais, polpas e derivados), sempre melhor do que a venda “in natura”. O desafio é promover a inclusão social a partir da produção sustentável, um passo seguinte e que vai além de programas como o Bolsa-Família.

Para isso, começamos a fazer alguns levantamentos preliminares, e nos deparamos com a seguinte situação no Pará: em função  das diferentes alíquotas do ICMS (imposto de competência estadual sobre a circulação de mercadorias), em alguns casos SAI MAIS EM CONTA ENCAMINHAR PRODUTOS DA NOSSA SOCIOBIODIVERSIDADE PARA PROCESSAMENTO EM SÃO PAULO DO QUE ENVIÁ-LOS PARA AS INDÚSTRIAS PARAENSES.

Esta distorção fica clara, tomando como exemplo o óleo de andiroba da zona produtora de Tomé-Açu/PA, apenas 200 km de Belém, com custos de entrega (transportes + impostos) de R$ 22,78/kg para capital paraense, frente aos R$ 21,91/kg para São Paulo, um trajeto de quase 2.800 km.Ao estimular o processamento das matérias-primas vegetais lá fora, quem mais perde é o Pará, a começar pelas oportunidades de desenvolvimento local, de verticalização das cadeias produtivas, empregos, qualificação de mão-de-obra, inclusão da populações de baixa renda, enfim, de VALORIZAÇÃO DA ECONOMIA DA FLORESTA EM PÉ, a vocação da Amazônia, diferentemente dos campos de soja ou pastos.

Guerras fiscais a parte, a solução ideal para o País seria a tão prometida reforma tributária, de preferencia justa e redistributiva. Mas enquanto não acontece, é importante que nossos tomadores de decisão implementem medidas que sejam mais amplas do que incentivos pontuais para alguns poucos produtos (castanha, açaí, cacau). Nem sempre com estímulos para sua verticalização. No caso do cacau, por exemplo, a isenção do ICMS é sobre o produto in natura (amêndoa), não para a manteiga, também produzida pelas cooperativas comunitárias.

É preciso de estratégias que alavanquem como um todo o mercado de Não-Madeireiros “MADE IN PARÁ”, com atenção também às cadeias produtivas de interesse dos povos tradicionais e agricultores familiares, por sinal os que mais precisam de Governo, apoio e assistência técnica.

Caetano Scannavino / Projeto Saúde e Alegria

(*) Produtos da Sociobiodiversidade: “Bens e serviços (produtos finais, matérias primas ou benefícios) gerados a partir de recursos da biodiversidade, voltados à formação de cadeias produtivas de interesse de povos e comunidades tradicionais e de agricultores familiares, que promovam a manutenção e valorização de suas práticas e saberes, e assegurem os direitos decorrentes, gerando renda e promovendo a melhoria de sua qualidade de vida e do ambiente em que vivem” (PNPSB – MDA/MMA/MDS)