GTA apoia “Carta dos ribeirinhos sobre a saúde nos rios”

2 de maio de 2013 por Paulo Lima

GTA apoia “Carta dos ribeirinhos sobre a saúde nos rios” lançada pelas organizações comunitárias do Tapajós, Arapiuns e Amazonas.

O Grupo de Trabalho Amazônico, sendo uma rede que representa também os ribeirinhos, não poderia deixar de se manifestar a favor desta carta. As populações ribeirinhas têm o direito de receber assistência de saúde, considerando, principalmente, a distância em que essas comunidades vivem. É um direito constitucional!

Apoiamos totalmente o reestabelecimento das atividades do Abaré I e Abaré II para que os serviços de saúde básica voltem a atender cerca de 15 mil ribeirinhos que vivem às margens dos rios Tapajós e Arapiuns. Além disso, reiteramos o pedido de definição sobre a situação do Abaré I e rapidez no credenciamento do Abaré II como Unidade Básica de Saúde Fluvial.

Leia a

Carta dos ribeirinhos sobre a saúde nos rios

Leia o artigo:
ABARÉ: a luta não terminou

Atenciosamente,

Grupo de Trabalho Amazônico – GTA

ABARÉ: a luta não terminou

22 de abril de 2013 por Caetano Scannavino

TAPAJÓS, REFERÊNCIA NACIONAL DA SAÚDE RIBEIRINHA: PORQUE NÃO?

Em apoio à Carta dos Ribeirinhos sobre a Saúde nos Rios, das organizações comunitárias do Tapajós, Arapiuns e Amazonas

Caetano Scannavino – Projeto Saúde e Alegria (PSA)

 “O Navio-hospital Abare estava em vias de ser adquirido em definitivo pelo Ministerio da Saude e repassado a Santarem, quando mudou o Governo. Em 2013, talvez por desconhecimento, a atual gestão municipal fechou acordo de aluguel com os holandeses da TDH, donos do barco, para utilizá-lo somente 10 dias por mês, período abaixo do mínimo exigido por lei (24 dias-campo/mês), além de excluir Belterra e Aveiro dos atendimentos. Com isto, fere a Portaria Ministerial do Tapajos, e pode perder as verbas federais para suas operações  – cerca de R$ 600 mil anuais.  Se mantida a atual situação, corremos o risco de ver dezenas de barcos de saúde operantes pela Amazônia, exceto onde tudo começou.”

Desde que o modelo bem sucedido de atenção básica por meio do Navio-Hospital Abaré I – implantado em 2006 pelo PSA com as Prefeituras e apoio da TDH – foi reconhecido como política publica nacional, o polo Tapajós se tornou referencia em boas práticas de saúde ribeirinha.

Boa notícia para região, comunidades e municípios no enfrentamento do difícil desafio assistencial nas zonas rurais amazônicas, com dimensões do tamanho de países, grandes distancias, populações dispersas, e custos logísticos superiores aos padrões nacionais oferecidos pelo SUS.

Inspirado na experiência do Abaré I, o Ministério da Saúde (MS) lançou a política de Saúde da Família Fluvial por meio da Portaria 2.191 de 03 de agosto de 2010, aprimorada no ano seguinte através da Portaria 2.488 de 21 de outubro de 2011. Ela aprova a nova Politica Nacional de Atenção Básica,  novos arranjos de Equipes de Saúde da Família (ESF) – ESF Ribeirinha e Fluvial  – além de critérios para implantação e financiamento de barcos de atendimento às populações remotas com vistas a apoiar os municípios de toda Amazônia Legal e Pantanal, sua área de abrangência. Uma grande conquista, pois permitiu disseminar o que se semeou no Tapajós para outras regiões necessitadas.

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Ribeirinhos pedem retorno da saúde nos Rios

22 de abril de 2013 por Paulo Lima

As populações ribeirinhas do Rio Tapajós, da Floresta Nacional do Tapajós e da Reserva Extrativista Tapajós – Arapiuns, cerca de 15 mil pessoas, estão reivindicando a retomada do acesso ao seu direito à saúde.  As principais entidades representativas se manifestaram em Carta às autoridades responsáveis  pedindo esclarecimentos sobre a manutenção dos serviços das unidades fluviais de saúde Abaré I e Abaré II que asseguravam o atendimento dessa população.  Leia a íntegra da carta abaixo:

CARTA DOS RIBEIRINHOS SOBRE A SAÚDE NOS RIOS

Pedido de esclarecimentos e providencias para retomada dos atendimentos regulares de saúde nos rios Tapajós e Arapiuns

 Aos Exmo.(a)

 Sr. ALEXANDRE VON – Prefeito de Santarém

Sra. DILMA SERRÃO – Prefeita de Belterra

Sr. OLINALDO BARBOSA – Prefeito de Aveiro

 Cc: Conselhos Municipais de Saúde de Santarém, Belterra e Aveiro

Departamento de Atenção Básica (DAB) – Ministério da Saúde

 Nós, lideranças representativas das comunidades dos rios Tapajós e Arapiuns, beneficiárias da política de SAÚDE DA FAMÍLIA FLUVIAL em vigor desde agosto de 2010, vimos solicitar esclarecimentos e providencias para o restabelecimento imediato dos serviços assistenciais regulares junto aos cidadãos ribeirinhos – um direito constitucional nosso – por meio dos barcos de atendimento ABARÉs I (Tapajós) e II (Arapiuns).

 CONSIDERANDO a interrupção desde 2013 das rodadas regulares de atendimento do barco ABARÉ I nas duas margens do rio Tapajós, na Flona Tapajós e Resex Tapajós-Arapiuns, prejudicando cerca de 15 mil ribeirinhos das zonas rurais de Santarém, Belterra e Aveiro;

 CONSIDERANDO as condições financeiras favoráveis através da Portaria 2.191 do Ministério da Saúde (MS) , com repasses anuais desde 2011 da ordem de R$ 600 mil (seiscentos mil reais) ou R$ 50 mil (cinquenta mil reais) mensais para a SEMSA de Santarém/PA, município proponente, que continuam sendo depositados para uso exclusivo nas operações do Abaré I com vistas aos serviços assistenciais aos ribeirinhos do Tapajós;

CONSIDERANDO o interesse do Ministério da Saúde na compra (em ultimo caso, desapropriação) do ABARÉ I para em seguida ser repassado a SEMSA de Santarém, assim como os recursos financeiros federais assegurados neste sentido e as negociações e tramites burocráticos que vinham avançando até o final do ano passado;

 CONSIDERANDO que o interesse do Governo Federal na compra do ABARÉ I visa a governança plena da saúde pública pelos entes públicos, bem como a permanência definitiva desta embarcação a serviço dos ribeirinhos do Tapajós, garantindo a perpetuação segura e estável dos atendimentos, sobretudo após ameaças de sua retirada da região pela organização estrangeira Terre Des Hommes;

 CONSIDERANDO a aquisição pelo Projeto Saúde e Alegria (PSA) de uma segunda embarcação – o ABARÉ II – repassado na forma de comodato a SEMSA/Santarém com o compromisso de atender de forma regular as comunidades da bacia do rio Arapiuns e afluentes, nos moldes do que o ABARÉ I faz no Tapajós;

CONSIDERANDO que por meio da Portaria 2.191 do MS, estão previstos outros R$ 600 mil (seiscentos mil reais) anuais para uso exclusivo nas operações desta segunda embarcação, o ABARÉ II, com vistas aos serviços assistenciais aos ribeirinhos do Arapiuns;

CONSIDERANDO a existência de duas embarcações de saúde em plenas condições de operação, assim como verbas federais para aquisição do ABARÉ I, para o seu custeio (vigentes) e para o custeio do Abaré II (de direito, através da política pública de Saúde da Família Fluvial / Portaria 2.191);

Vimos solicitar o cumprimento do nosso direito à saúde – já que somos tão cidadãos como qualquer outro que vive nas cidades – pedindo uma vez mais o restabelecimento imediato e regular dos atendimentos, sugerindo ainda a retomada do diálogo com o Ministério da Saúde em prol de uma solução definitiva para o Abaré I e agilidade no credenciamento do Abaré II como Unidade Básica de Saúde Fluvial para viabilizar os serviços assistenciais regulares no Arapiuns.

 Na certeza do apoio, abaixo assinamos:

 Santarém, 16 de abril de 2013

FEDERAÇÃO DAS COMUNIDADES DA FLONA TAPAJÓS

TAPAJOARA – ORGANIZAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES DA RESEX TAPAJÓS-ARAPIUNS

FEAGLE – FEDERAÇÃO DO ASSENTAMENTO AGROEXTRATIVISTA LAGO GRANDE

STTR – SINDICATO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS DE SANTARÉM/PA

STR – SINDICATO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS DE BELTERRA/PA

CNS – CONSELHO NACIONAL DAS POPULAÇÕES EXTRATIVISTA

Baixe a íntegra desse documento: Carta dos Ribeirinhos sobre a Saúde nos Rios

FICA ABARÉ NO TAPAJÓS

17 de fevereiro de 2012 por Djalma Lima

Há muito tempo tivemos sonhos com um barco móvel que circulasse em nossa região do Rio  Tapajós  que fica  no município de Santarém, Pará.  Até que um dia a ONG  Projeto Saúde e Alegria começou suas atividades  nas área ribeirinhas. Isso foi em 1987 e o povo começou a ter esperanças sobre a saúde melhorar,  pois a ONG trabalhou com várias coisas e uma delas foi a saúde.  Com a necessidade  de mostrar para a sociedade e o povo que tinha condição de fazer saúde, e ai surgiu a necessidade e uma nova ideia do povo junto com a ONG P.S.A  e começamos a discutir o projeto Abaré.

Depois de muita luta, conversa e parceiros, foi  feito em Manaus o barco móvel, e até que enfim foi apresentado às comunidades ribeirinhas, em  Suruacá, trabalhando junto com o agente comunitário de saúde  Djalma Lima e auxiliar de enfermagem do posto. O trabalho era realizado a cada 40 dias onde  7 a 8 visitas ribeirinhas aconteciam no ano. Foram feitos vários atendimentos de PCCU, ODONTOLOGIA, CONSULTAS MÉDICAS, VACINAS PARA POVO, VACINAS PARA CACHORROS, EMERGÊNCIAS,  e trabalhado em torno de 20 dias em cima do Rio Tapajós.  Isso facilitava para as pessoas, que não viajavam para Santarém, fora os medicamentos que eram doados quando os pacientes precisavam.  Tinha também programas educativos, que era trazido pelo barco ABARÉ.

Hoje com todos esses benefícios, estão querendo tirar o barco de nossa área e isso para nós  é um tormento muito grande e uma decepção pelo tamanho deste projeto.  Enfim, a TERRA DOS HOMENS quer fazer isso, mas ainda acreditamos no bom diálogo entre  PSA e Prefeitura de Santarém que também tem mostrado que quer a parceria.

Suruacá faz uma solicitação a Terra dos Homens pense em nós aqui na AMAZÔNIA que precisamos deste BARCO ABARÉ!

Informa: Djalma Moreira Lima, morador da comunidade de Suruacá

 

O Ministro @padilhando

2 de maio de 2011 por Fábio Pena

Entrevista exclusiva à Rede Mocoronga

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, é um adepto das redes sociais, sabe da importância da comunicação para a promoção da saúde, e, pode-se dizer, é um fã da nossa Rede Mocoronga.

Quando chegou para visitar o Abaré, no último sábado, 30/04, em meio a dezenas de repórteres e equipes de TV, o Ministro brincou: “só dou entrevista para a Rede Mocoronga!”. E nos concedeu uma exclusiva que já já vai estar aqui no vídeo.

Já sabemos disso desde que por volta de 2002, o então médico Padilha participou com nossa equipe da realização da IV Copa Três Rios de Saúde e Alegria, que utiliza o potencial mobilizar do esporte e das artes para promover a educação em saúde. Com participação de mais de 3 mil comunitários, padilha foi um dos repórteres e comentaristas da Rádio Mocoronga na transmissão dos jogos. Estamos caçando nos nossos arquivos VHS estas imagens.

O Ministro também destacou a importância das tecnologias que encurtam distâncias e podem ajudar a salvar vidas. “Por exemplo, com essa Rede Mocoronga de internet, o comunitário já pode se comunicar na comunidade, o profissional da saúde à bordo já pode receber orientação à distância”.  Disse Padilha se referindo aos telecentros implantados pelo Saúde e Alegria, e aos pontos de telefonia celular e conexão 3G que conectam as comunidades ao Abaré, com o apoio da Vivo.

“Hoje o MS já tem mil equipes de saúde da família que tem contato diretamente via internet, pra tirar dúvida num diagnóstico com um profissional que está num centro mais especializado, ou seja, são essas iniciativas que incentivam os profissionais médicos a melhorar seu trabalho e para que estejam mais no interior do país”, complementou o Ministro.

E para quem quer mandar uma mensagem ou acompanhar o que faz o Ministro, é só segui-lo no Twitter, no endereço @padilhando

Veja o que ele postou durante sua visita a Santarém:

VII Conferência Municipal de Saúde de Belterra

28 de abril de 2011 por Elis Lucien

A descentralização do SUS e fortalecimento do Controle Social é o tema da  VII Conferência Municipal de Saúde de Belterra. Com objetivos de: Discutir e avaliar a situação da saúde da população e propor as diretrizes para a formulação da política da saúde do Município; Analisar o resultado das ações e serviços prestados pela Secretaria de Saúde; Aprovar diretrizes para as políticas de saúde e Eleger as entidades que irão compor o Conselho Municipal de Saúde de Belterra, para o biênio 2011 e 2012.  A VII Conferência Municipal de Saúde  é uma realização do Conselho Municipal de Saúde com apoio da: Secretaria Municipal de Saúde e Prefeitura Municipal de Belterra em parceria com Projeto Saúde e Alegria. A Conferência visa buscar soluções oriundas das propostas debatidas nas comunidades e trazidas pelos Delegados que foram escolhidos nessas Pré-Conferências realizadas dentro das comunidades do município e que durante os dias 28 e 29 de Abril, os Delegados escolhidos debatem, analisam e aprovam as propostas aprovadas em plenária.

No dia 28, a solenidade contou com a presença do Prefeito de Belterra Geraldo Pastana na composição da mesa. A  Sra. Mary Glaucy Neves da 9ª CRS/SESPA  ministrou a palestra “Descentralização do SUS” e o Dr. Fábio Tozzi do Projeto Saúde e Alegria esclareceu a transformação no atendimento das comunidades ribeirinhas atendidas pelo navio Abaré. A sra. Elizelma Macedo, Secretária de Saúde de Belterra fechou a Conferência falando do Financiamento e Ações da Secretaria de Saúde do Município.

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Suplementação de ferro nas comunidades

11 de março de 2011 por Elis Lucien

A suplementação de ferro foi adotada no Brasil em 1999, com a Portaria nº 710/GM, de 10 de Junho do referido ano através da Política Nacional de Alimentação e Nutrição e no Compromisso Social para a redução da Anemia. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), anemia é definida como a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal como resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais.

A Unidade de Saúde da Família Fluvial navio Abaré realiza este programa em comunidades pólos e dentro da Unidade através do acompanhamento e monitoramento de familias ribeirinhas que fazem parte desse programa. O público atingido são:  crianças de 6 a 18 meses, gestantes a partir da 20ª semana e mulheres até o 3º mês pós-parto. Segundo a enfermeira Marcela Brasil, “Infelizmente não podemos inscrever todas as crianças de nossa área de atuação mas, quando há novas inscrições avisamos o Agente Comunitário de Saúde e ele avisa as comunidades incluídas”.