Semana do Bebê em Santarém

9 de outubro de 2013 por Adriane Gama

mamando

É na primeira infância que o ser humano desenvolve suas capacidades cognitivas, motoras, socioafetivas e de linguagem. O investimento nesse período garante à criança, os direitos assegurados por meio de políticas públicas, tendo impacto decisivo nos processos de aprendizagem e de construção de relações sociais, fatores que influenciarão a vida afetiva, profissional e social.

A partir desse fato, uma ação social voltada para a importância da primeira infância, a Semana do Bebê, será realizada em Santarém entre 18 e 22 de novembro de 2013. A Semana tem como objetivo tornar o direito à sobrevivência e ao desenvolvimento de crianças de até 6 anos, prioridade na agenda dos municípios brasileiros. Essa iniciativa é realizada anualmente há 14 anos em Canela (RS) e, em 2010, com o apoio do UNICEF, a experiência foi sistematizada e apresentada na publicação “Como realizar a Semana do Bebê em seu município”, com intuito de disseminar essa metodologia para outras regiões do país.

No pólo de Santarém, o evento conta com o apoio da Prefeitura, através das secretarias municipais de Saúde, Educação e Assistência Social, da Secretaria do Estado de Saúde do Pará (SESPA) e do Projeto Saúde e Alegria. Em encontro realizado no dia 8 de outubro, mediado pela vice-prefeita Maria José, foi montada uma prévia da programação das atividades, baseada nos Direitos das Crianças e dos Adolescentes. A data marcada para a abertura da Seman, será nos dias 18 e 19 de novembro, no Parque Municipal, com várias ações sócio-educativas e de saúde, envolvendo principalmente, as mamães grávidas e crianças de 0 a 6 anos.

Redução da mortalidade e desnutrição infantil, incentivo ao aleitamento materno, ao pré-natal, a vacinação e ao registro de nascimento serão temas abordados na forma de palestras, oficinas, cursos, atividades artísticas e culturais, além de consultas médicas direcionadas para esse público. Durante toda a semana, as ações irão se estender aos espaços das instituições organizadoras, priorizando o acompanhamento e crescimento da primeira infância.

Como parceiro da Semana do Bebê, o Projeto Saúde e Alegria (PSA), com sua abordagem lúdica, realizará atividades de arte-educação e prevenção. Através da Rede Mocoronga de Comunicação, o PSA também promoverá, nos dias que antecedem ao evento, um concurso de conteúdos sobre os direitos das crianças, voltado para as comunidades ribeirinhas. Os produtos enviados pelas comunidades, como vinhetas de rádio, músicas, poesias, fotografias, radionovelas e vídeos serão apresentados durante a Semana.

Fiquem ligado nessa campanha colaborativa e vamos cuidar com carinho dessa nova geração!

Conselho Municipal de Meio Ambiente

6 de setembro de 2013 por Elis Lucien

Magnólio de Olliveira, sr. Prefeiro Alexandre Von, Maurício Santamaria-ICMbio, Tibério Allogio.

O meio Ambiente é o quintal de nossa casa, o planeta Terra. Com o aumento da população e consequentemente o uso de seus recursos naturais alavancando  uma série de problemas ambientais. Vários seguimentos da sociedade visando trabalhar para a sensibilização dessas situações, foi criado o Conselho Municipal de Meio Ambiente que segundo o CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente), este Conselho cria...“mecanismos para aumentar a consciência e promover a mudança de hábitos e de comportamentos. Cada vez mais a população, juntamente com o Poder Público, tem sido chamada a participar da gestão do meio ambiente”.

Visando um trabalho efetivo e sensibilizador temos em Santarém, Pará a posse dos novos Conselheiros na defesa do meio ambiente. Onde o Projeto Saúde e Alegria têm uma cadeira nas representações institucionais e dos segmentos da comunidade: com o sr. Tibério Alloggio  o titular e  o sr. Paulo Roberto Sposito de Oliveira, o “Magnólio” como seu suplente.

Segue a lista oficial:

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Campo do conhecimento

2 de agosto de 2013 por Elis Lucien

Desenho retirado do jornal Aminã Hoje, 5ª ed.

A escola São Jorge da Aldeia do Aminã continua em atividade. Os funcionarios da escola e do projeto Mais Educação estão sempre juntos para execução de trabalhos à exemplo o  Canteiro Sustentável que há pimentões amarelos, verdes e tomate todos já em ponto de colheita e serem apreciados na merenda escolar.

Enquanto que o campo do conhecimento e arte literatura os alunos estão animados. pois conseguem ver a natureza de perto através dos binóculos, microscópios e realizam várias atividades de acordo com os materiais propostos. Já no esporte e lazer o futsal e os alunos estão e vão com tudo. Brincam e ficam animados e assim participam de todas as modalidades.

#ABARÉPARASEMPRE

13 de maio de 2013 por Fábio Pena

 

 

 

Nas águas ou nas nuvens

11 de janeiro de 2013 por Elis Lucien

Comunicação na ponta nas nuvens!Epa!Essa expressão não tá soando um pouco estranho, não seria na ponta do lápis ou na ponta da língua. É isso mesmo, mas precisamente nas nuvens uma tecnologia de ponta utilizada à quatro anos no Brasil e que só agora chega com um nome could computing (computação em nuvens) decolando nas empresas. Que diz: “*a partir de qualquer computador e em qualquer lugar, pode-se ter acesso a informações, arquivos e programas num sistema único, independente de plataforma”.

Mas isso, nossas vós já diziam: “Esse menino parece que tá andando nas nuvens”, mal ela sabia que era um pensamento à frente de seu tempo. Hoje, “nossos meninos” vivem conectados nas redes sociais e um pouco “nas nuvens” também, num contexto de saber tudo e de todos ao mesmo tempo.

Olha já!!Nesses lados da Amazônia temos uma ramificação de uma tecnologia que funciona perfeitamente “In the waters of the amazon” (nas águas da Amazônia), através de uma ferramenta em grande abundancia: os barcos motores conhecidos como B/M. Fazendo a comunicação fluir sem nenhuma interferência brusca ou falha. Levando e trazendo nossos recados e todas as informações necessárias para o cotidiano amazônico. A could computing está chegando, mas irá fazer umas paradas.

Então, não despreze nosso meio de comunicação amazônico, os barcos.

Círculos de histórias juvenis da Amazônia

26 de setembro de 2012 por Elis Lucien

Sabe aquela lembrança que volta e meia não sai da sua cabeça e te traz alegria em lembrar e você sente até saudade?!? E que as vezes sente vontade de contar, pois acha muito importante dividir com o mundo. Foi pensando nisso que o Museu da pessoa em parceria com o Projeto Saúde & Alegria realizou a oficina Círculo de Histórias.

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Escola de Anã na Olimpíada de Língua Portuguesa

28 de agosto de 2012 por Elis Lucien

Por: Cibele Gomide

No dia 21 de Agosto foi realizada na Escola Nossa Senhora de Fátima, na comunidade de Anã, a seleção de textos para a participação das Olimpíadas de Língua Portuguesa: Escrevendo o Futuro.

Uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC) e da Fundação Itaú Social, com coordenação técnica do Cenpec — Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária,  a Olimpíada de Língua Portuguesa realiza um concurso de produção de textos que irá premiar as melhores produções de alunos de escolas públicas de todo o país. Na 3ª edição nesse ano de 2012, participam professores e alunos do 5º ano do Ensino Fundamental (EF) ao 3º ano do Ensino Médio (EM), nas categorias: Poema no 5º e 6º anos (EF); Memórias no 7º e 8º anos (EF); Crônica no 9º ano (EF).

O tema dessa edição é : “O lugar onde vivo”. A professora de língua portuguesa da Escola Nossa Senhora de Fátima, Eliane Amorim Goudinho, coordenou a participação dos alunos da escola na Olimpíada, e juntamente com a diretora Renata Alves Godinho, convidaram para formar parte da comissão julgadora escolar: a também professora da escola Ruti Rico Rodrigues, Alexandre Godinho, da Associação Tapajoara e Cibele Gomide, da equipe do Projeto Saúde e Alegria.

O grupo se reuniu as 20:30hs na Escola Nossa Senhora de Fátima e de acordo com os critérios sugeridos pela coordenação das Olimpíadas, avaliaram e selecionaram 1 texto de cada categoria: Crônica, Memórias literárias e Poema.

Veja os selecionados:
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A Amazônia, segundo um morto e um fugitivo

9 de fevereiro de 2012 por Fábio Pena
Dois homens denunciaram a quatro órgãos federais e dois estaduais uma milionária operação criminosa que rouba ipê de dentro de áreas de preservação da floresta amazônica, no Pará. Depois da denúncia, um foi assassinado – e o outro foge pelo Brasil com a família, sem nenhuma proteção do governo. A partir do relato desses dois homens, é possível unir a Amazônia dos bárbaros à floresta dos nobres

ELIANE BRUM

João Chupel Primo é o morto. Junior José Guerra é o que luta para se manter vivo, depois de pedir e não receber proteção das autoridades. Eles denunciaram o que pode ser uma das maiores operações criminosas de roubo de madeira na Amazônia. Segundo testemunhas, as quadrilhas chegaram a transportar, em um único dia, cerca de 3.500 metros cúbicos – o equivalente a 140 caminhões carregados de toras e 3, 5 milhões de dólares brutos no destino final. A maior parte da produção é ipê, hoje a madeira mais valorizada pelo crime organizado pelo potencial de exportação para o mercado internacional. Toda a operação passa por uma única rua de terra de um projeto de assentamento do Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra), controlado por madeireiros: o Areia, localizado entre os municípios de Trairão e Itaituba, no oeste do Pará. Pelo menos 15 assassinatos foram cometidos na região nos últimos dois anos por conflitos pela posse da terra e controle da madeira. Este é o começo da explicação de por que João Chupel Primo morreu – e Junior José Guerra precisa fugir para não ter o mesmo destino.

Os dois denunciaram a operação criminosa de extração de madeira no mosaico de unidades de conservação da região da BR-163 e da Terra do Meio para os seguintes órgãos federais: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Polícia Federal e Secretaria Geral da Presidência da República. Também fizeram denúncias ao Ministério Público Federal e também ao Estadual, além da Polícia Civil do Pará. Pouco aconteceu, além da execução de Chupel.

Na tarde de 20 de outubro de 2011, João Chupel Primo detalhou o esquema em uma reunião com o procurador Cláudio Terre do Amaral, que durou 1 hora e 20 minutos, na sede do Ministério Público Federal em Altamira. Participaram dessa reunião várias pessoas, entre elas uma representante da Secretaria Geral da Presidência da República. Na reunião, Chupel afirmou que decidiu procurar o Ministério Público Federal de Altamira porque já denunciara a outros órgãos e nada havia acontecido. Nos dias 6 e 8 de setembro, por exemplo, ele e Junior haviam dado um depoimento, em Itaituba, à Polícia Federal e ao ICMBio, autarquia do governo federal responsável por fiscalizar e proteger as unidades de conservação. Depois de fazer mais uma vez a mesma denúncia, Chupel afirmou: “Daqui, eu só tenho um caminho”. Fez uma pausa antes de continuar: “Pro céu”.

Menos de dois dias depois, em 22 de outubro, João Chupel Primo foi executado com um tiro na cabeça, dentro de sua oficina mecânica, em Itaituba, à beira da Transamazônica. Junior trancou-se com a mulher e os dois filhos, de 12 e 14 anos, dentro da sua casa, no município de Trairão, nas proximidades da BR-163, e postou-se com uma espingarda na mão. Às 6h da manhã seguinte, uma viatura da Polícia Rodoviária Federal finalmente alcançou a porta de sua casa. Ao ouvir as portas do carro batendo, Junior empunhou a espingarda. Sua mulher chorava: “Você acha que vai conseguir nos defender com uma espingarda? Você nunca deveria ter denunciado”. Ao perceber que quem estava ali era a PRF, Junior jogou a espingarda embaixo da cama. Ele e a família foram levados a Santarém e, de lá, Junior foi a Brasília, para, mais uma vez, fazer as mesmas denúncias.

Ao voltar da capital federal, Junior viajou a Itaituba para recolher provas e documentos na casa de João Chupel Primo. Lá, foi perseguido por um pistoleiro conhecido como “Catarino”. Conseguiu escapar. Mesmo assim, Junior não foi aceito no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos. Neste programa, pessoas ameaçadas de morte vivem sob escolta, mas continuam atuando em suas comunidades. Para Junior foi oferecido ingressar no Provita – um programa em que testemunhas com risco de morte trocam de identidade, rompem todos os laços e passam a viver em outra região do país, sem contato com a vida anterior. Junior recusou. “Eu quero proteção para voltar lá no Areia e ajudar a criar uma estrutura em que a comunidade tenha condições de trabalhar na legalidade e viver em paz”, afirma. “Por que eu tenho de me esconder e perder tudo o que eu construí na minha vida, e os bandidos continuam lá? O governo quer me esconder para continuar não fazendo nada.”

É difícil compreender por que Junior José Guerra foi entregue à própria sorte. Se não fosse por razões humanitárias, pelo menos deveria contar o serviço que prestou ao Brasil. Segundo Ubiratan Cazetta, procurador-chefe do Ministério Público do Pará: “As denúncias são as mais detalhadas e concretas já feitas sobre aquela região”. Segundo Rômulo Mello, presidente do ICMBio: “Essa foi uma denúncia qualificada, que nos permitiu chegar a dados importantes”. A partir das informações de Chupel e Junior, o ICMBio fez duas operações na região. Na segunda, apreendeu 5 mil metros cúbicos de madeira – 90% deles ipê – e seis tratores, além de aplicar multas no total de R$ 6,4 milhões. Segundo André Villas-Bôas, secretário-executivo do Instituto Socioambiental, organização não governamental com maior atuação na Terra do Meio: “O ISA trabalha diretamente com a Reserva Extrativista Riozinho do Anfrísio e acompanha a agonia dos moradores em ver os recursos naturais serem saqueados, ano após ano, sem ter informações que explicitem esses esquemas. As denúncias permitiram que isso acontecesse. Junior Guerra apresentou informações muito qualificadas e seria absurdo não proteger essa testemunha, sujeitando-a ao assassinato”.

Júnior José Guerra: marcado para morrer, ele foge com a família pelo Brasil (Foto: Arquivo pessoal)

Dias antes do Natal, fui procurada por Junior José Guerra por meio de uma pessoa em comum. Ele pegaria o primeiro dos muitos ônibus de uma nova rota de fuga quando conversamos pela primeira vez. Ponderei que seria perigoso ele expor sua identidade em uma reportagem. Junior manteve-se irredutível. “Quem quer me matar conhece muito bem a minha cara e tem fotos minhas. Já fiz denúncias em todos os lugares e, mesmo assim, ninguém está preso. Minha única chance de permanecer vivo é fazendo com que o Brasil conheça a minha história”.

Antes de empreender uma viagem da qual não sabia se desembarcaria vivo, Junior me repassou os documentos que entregara a órgãos do governo e ao Ministério Público Federal, gravações feitas por João Chupel Primo e também suas fotos para publicar na reportagem. Tudo o que está dito aqui é de conhecimento das autoridades, há meses, desde o tempo em que Chupel ainda respirava. Neste exato momento, o que está em jogo é a vida de Junior José Guerra. E o que está em suspenso é a capacidade do governo de proteger a floresta e os brasileiros que vivem nela.

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Santarém inaugura a mostra Sementes da Mudança

31 de janeiro de 2012 por Fábio Pena

E o Projeto Saúde & Alegria será destacado na premiada exposição que terá abertura na próxima quinta, dia 2.

Respeito e cuidado com a comunidade da vida; integridade ecológica; justiça social e econômica; democracia, não-violência e paz. Estes são os quatro princípios gerais defendidos na Carta da Terra e serviram como base para a organização da mostra Sementes da Mudança: a Carta da Terra e o Potencial Humano que será inaugurada na próxima terça, dia 2 de fevereiro em Santarém-PA. Idealizada pela Soka Gakkai Internacional (SGI) e pela Earth Charter International, a primeira montagem ocorreu em 2002 na Conferência Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, em Joanesburgo, na África do Sul.

Os 30 painéis que compõem a mostra apresentam: a situação mundial do meio ambiente; os conceitos de sustentabilidade; a Carta da Terra; a educação ambiental transformadora; propostas elaboradas pelo dr. Daisaku Ikeda para as questões ambientais; apresentação de iniciativas locais, como as de Wangari Maathai que visa coibir o desmatamento em seu país, o Quênia; as de Rajendra Singh que construiu um johad (pequeno açude) para armazenar a água da chuva, no Rajastão, Índia, assolado pela seca; e as de Elizabeth Ramirez que ajudou a abrir centros educacionais nas comunidades rurais da Costa Rica, para a proteção ambiental e promoção do desenvolvimento da mulher.

A Exposição conta ainda com uma ala brasileira: “Ambiências Urbanas: Sujeitos e Ambientes Em Constante Transformação”. A versão de Santarém, contará com a participação do Projeto Saúde & Alegria como exemplo de promoção do desenvolvimento sustentável das comunidades amazônicas.

Durante a exposição, será exibido o documentário “Uma Revolução Silenciosa”, projeto realizado a partir da parceria da Soka Gakkai Internacional (SGI), UNEP (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), UNDP (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e Conselho da Terra.

Serviço
Local: Paraíso Shopping Center – Avenida Mendonça Furtado, 3551 (entre as Ruas Agripino de Matos e Luiz Barbosa)
Período: 2 a 12 de fevereiro
Horário: seg. a sab. Das 10h às 22h / dom. 16h às 22h

Movimentos Sociais da Amazônia vão ao Planalto reivindicar cumprimento de metas do Plano da BR-163 Sustentável

23 de janeiro de 2012 por Fábio Pena

Lideranças apresentam Avaliação do Plano BR-163 Sustentável a Johannes Eck, da Casa Civil, Paulo Roberto Martins Maldos, da Secretário Nacional de Articulação Social da Secretaria Geral da Presidência da República e Avelino Ganzer, Assessor da Secretaria Nacional de Articulação Social da Presidência da República

Fonte: www.gta.org.br

Representantes dos movimentos sociais de 58 municípios da área de abrangência da BR-163 (Cuiabá-Santarém) se reuniram na última quinta-feira (19), em Brasília, com representantes da Secretária-geral e da Casa Civil da Presidência da República, reivindicando o cumprimento das metas do Plano BR-163 Sustentável.

Na avalição das lideranças dos movimentos sociais o governo não cumpriu os acordos prometidos, publicados no Plano BR-163 Sustentável, em 2006. Questões como licenciamento ambiental, regularização fundiária, inclusão social e geração de renda local ficaram somente no papel.

“Além da baixa execução do plano, percebemos que a atual gestão não manteve o diálogo com os movimentos sociais da Amazônia”, afirmou Rubens Gomes, presidente do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), organização que congrega 602 entidades dos movimentos sociais da Amazônia Legal.

“Estamos aqui para restabelecer esse diálogo com o governo, principalmente agora em que a Amazônia se torna o principal foco de investimentos”, declarou.

Durante a reunião as lideranças apresentaram uma avaliação completa da execução das metas do plano da BR-163. O documento mostra que as ações estruturantes evoluíram, mas os compromissos sociais foram esquecidos.

O Secretário Nacional de Articulação Social da Secretária-geral da Presidência da República, Paulo Roberto Martins Maldos, admitiu que não conhecia o Plano da BR-163 Sustentável e que percebeu a ausência de diálogo com os movimentos sociais da região. “Mas iremos organizar uma reunião entre os representantes do Governo Federal responsáveis pelas ações pautadas no Plano BR-163 Sustentável para retomar o diálogo as comunidades da região”, afirmou Maldos.

No final da audiência ficou acertado um novo encontro, marcado para a primeira semana de março, para repactuar as metas e prazos com a participação de Ministros de Estado das áreas sociais.

Rubens Gomes considerou positivo o resultado da reunião e concordou, assim com os demais presentes, que a próxima audiência também seja em Brasília, “assim garantimos a presença dos ministros, que de fato tomam as decisões”, finalizou.

Para o texto completo da avaliação preliminar de execução das ações estratégicas previstas no Plano da BR-163 Sustentável clique aqui.

Para mais informações sobre a Carta de Santarém clique aqui.