III CHAMADO DA FLORESTA na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns/Santarém

6 de outubro de 2015 por Lilian Campelo

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As populações extrativistas brasileiras que, por dependerem dos recursos naturais para manter seus modos de vida, prestam ao país um serviço inestimável: protegem os ecossistemas e a biodiversidade, contribuem com o equilíbrio climático e promovem novas bases de governanças para o desenvolvimento sustentável do país.

Vivem hoje em 106 Reservas Extrativistas e Reservas de Desenvolvimento Sustentável nas florestas da Amazônia, da Mata Atlântica, no Cerrado, na Caatinga e nas Zonas costeiras e Marinha, protegendo mais de 25 milhões de hectares, que representam cerca de 6% do território brasileiro, com uma estimativa populacional de três milhões de famílias. São populações que nasceram e cresceram em florestas, lagos, beiras de rios, manguezais, campos e praias e que aprenderam com seus antepassados como usar estes recursos sem degradar e sem desmatar, muito antes da proteção ao meio ambiente se tornar uma preocupação da sociedade.

Apesar dos avanços nas ultimas décadas, ainda existe grandes dificuldade de evidenciar suas especificidades aos formuladores de políticas públicas. Assim, o movimento social dessas populações adotou a estratégia de convidar governos para dentro das comunidades, invertendo a lógica de ir para Brasília para pautar suas demandas por políticas para estes territórios – 0 CHAMADO DA FLORESTA.

Foram organizados dois Chamados da Floresta (2011 e 2013) para apresentar proposta de desenvolvimento ao governo.

Temas centrais da plataforma de diálogo com governos são organizados em quatro eixos estruturantes da realidade desses territórios:

  • conquista e regularização dos territórios;
  • políticas econômicas para o desenvolvimento;
  • programas sociais para a qualidade de vida, e
  • gestão participativa dos recursos naturais e dos territórios.

O III CHAMADO DA FLORESTA será realizado este ano nos dias 28 e 29 de outubro dentro da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, no município de Santarém, Estado do Pará.

Participe!!

Texto enviado pelo Conselho Nacional das Populações Tradicionais – CNS