Novo Cronograma do curso Jovens Empreendedores do Tapajós

6 de abril de 2015 por Lilian Campelo

lampada

Para realizar as atividades da Plataforma de Desenvolvimento de Empreendedores dentro do no de 2015 o Projeto Saúde & Alegria e a Fundação Telefônica organizaram um novo cronograma de atividades. As inscrições agora serão feitas durante um grande evento temático sobre Empreendedorismo, o Beiradão de Oportunidades que será realizado em Santarém. Aos jovens que já enviaram os formulários se candidatando a vaga, essas inscrições continuam válidas.

A proposta do Beiradão de Oportunidades é que os jovens possam conhecer melhor sobre o curso, sua metodologia e os temas que serão apresentados e seus objetivos. Estarão presentes ex-alunos para relatar as experiências que tiveram durante todo o curso de empreendedorismo que teve início em 2013.

Aqui pelo blog da Rede Mocoronga, pelas redes sociais e pelo programa na Rádio Rural de Santarém, aos sábados, as 10 horas, manteremos você atualizado.

14º Edição da Teia Cabocla começa hoje

25 de março de 2015 por Lilian Campelo
11079650_10204244400046960_5082330166494850544_n

Foto de divulgação

Com o intuito de promover o encontro de várias iniciativas que estão sendo realizadas nas comunidades ribeirinhas pelos jovens com o apoio do Saúde e Alegria, de hoje até sábado ocorre a 14ª edição da Teia Cabocla. O evento será realizado na Chácara A&C no Mararú, na cidade de Santarém.

O Festival de Iniciativas Jovens da Floresta, assim denominado o tema deste ano, reunirá lideranças juvenis da Flona do Tapajós e Resex Tapajós-Arapiuns. A expectativa é que cerca de 80 jovens de 44 comunidades estejam participando da Teia.

O evento irá agregar jovens que estão envolvidos nas diversas iniciativas empreendidas pelo Saúde e Alegria, além de grupos já existentes nas comunidades como os grupos de jovens e rádios comunitárias.

A proposta da Teia Cabocla, desde a primeira edição, é fortalecer os jovens das comunidades a partir do intercâmbio das experiências e o reconhecimento do seu território.

Jovens da Resex Tapajós Arapiuns participam do curso sobre empreendedorismo

11 de agosto de 2014 por Paulo Lima

Foto Elis Lucien

Foto Elis Lucien

Por Lílian Campelo

Inovar e buscar soluções criativas são algumas das características do empreendedor, e para aguçar o olhar para novas oportunidades 25 jovens da Comunidade da Reserva Extrativista (Resex) Tapajós-Arapinus participaram no dia 7 da primeira aula do curso sobre empreendedorismo realizado pelo Projeto Saúde Alegria (PSA).

O curso faz parte do Projeto ‘Jovens Empreendedores no Tapajós’ em parceria com a Fundação Telefônica. Serão seis meses de duração divididos em dez módulos com carga horária de 20hs semanais que irão ocorrer de quinta a sexta-feira de 8hs às 12hs e aos sábados de 9hs às 12hs. Por mês serão ofertados até dois módulos.

Ao final os jovens irão elaborar propostas de negócio e defende-la diante de uma banca composta por especialistas. Paulo Lima, coordenador do projeto, explica que as ideias apresentadas pelos alunos deverão atender alguns critérios: caráter inclusivo, socialmente justo e ético, além de possibilitar o envolvimento de outras pessoas da comunidade onde será desenvolvido o negócio.

Algumas propostas poderão receber um prêmio em forma de apoio financeiro do Fundo Semente, doado pela Fundação Telefônica ao projeto e cuja gestão é feita pelo PSA. O apoio é uma forma de incentivar os alunos durante o curso. As ideias selecionadas serão acompanhadas até a sua implementação.

O diferencial

O Coordenador ainda explica que o curso visa despertar o interesse do jovem a partir da busca por soluções aos problemas e desafios que são postos as comunidades. Este é o diferencial do curso, incentivar os jovens agir localmente criando possibilidades empreendedoras socioeconômicas e ambientais de maneira justa e solidária utilizando as tecnologias para o desenvolvimento comunitário por meio de propostas voltado ao negócio social.

De acordo com as ‘Diretrizes estratégicas para a atuação do sistema Sebrae no mercado de negócios sociais’, atualmente há uma discussão sobre o conceito, pois o modelo ainda está em evolução. Contudo, um dos pontos em comum sobre a definição é a busca por soluções a questões sociais e/ou ambientais e que possam contribuir para transformar a realidade local, ou seja, no mesmo projeto de negócios deve conter viabilidade econômica e a preocupação social e ambiental.

O segmento contribui no desenvolvimento socioeconômico, geração de renda e inclusão social produtiva para a base da pirâmide. Porém, não basta apenas oferecer serviços para os grupos de baixa renda e sim fazê-los integrante nas diferentes partes da cadeia produtiva, sejam como proprietários, sócios, parceiros, funcionários e/ou fornecedores, tendo a possibilidade de ampliar o negócio para outros mercados.

Ideias são sonhos

Foi sob essa perceptiva que Carlos Daniel da Comunidade de Parauá vem elaborando sua proposta de negócio, implantar o ecoturismo em sua comunidade. O rapaz de 17 anos conta sobre o projeto com a voz cheia de entusiasmo, próprio da juventude. “O projeto tem tudo para dar certo, temos o Lago do Jacaré, a praia grande e algumas trilhas, o que falta é estrutura para receber o turista. Também penso em utilizamos os recursos naturais como as sementes para confeccionar artesanato para gerar renda. Desta forma as pessoas poderão levar uma lembrança da nossa comunidade”.

Assim como Daniel, Bruno Vasconcelos, 19 anos, também ainda acredita no seu negócio, mesmo não tendo sido selecionado pela banca na primeira turma do curso piloto realizado em 2013. “Quero me formar em turismo e ainda vou montar minha agência e colocar em prática meu projeto”. A proposta era montar uma agência de turismo na sua Comunidade, e motivado conta que a ideia seria algo pioneiro na região.

Atualmente Bruno trabalha como Trainee dando suporte ao curso de empreendedorismo no Projeto Saúde & Alegria e com a mesma garra em que acredita no seu futuro ele deixa um recado para os novos alunos do segundo ano do curso. “Que eles nunca desistam de seus sonhos. Eu levo uma frase de empreendedor: Um bom sonhador é aquele que busca seus sonhos, que luta pelos seus projetos para que sejam implantados, mesmo que outras pessoas digam a ele que é impossível”.

JOVENS EMPREENDEDORES DE TAPAJÓS 2014

30 de junho de 2014 por adrianadalbert

   A equipe Saúde e Alegria junto com a Fundação Telefônica vem desenvolvendo o projeto “Jovens Empreendedores no Tapajós”, o qual visa despertar a atenção dos jovens das comunidades, da Reserva Extrativista Tapajós | Arapiuns – RESEX, para um olhar protagonista, na resolução dos problemas da sua comunidade através do fortalecimento de suas capacidades e atitudes empreendedoras sócio econômicas e ambientais, ajudando-os a encontrar soluções e alternativas econômicas para eles mesmos e também suas comunidades, a partir do aproveitamento sustentável das potencialidades naturais e culturais da região associadas às novas tecnologias para o desenvolvimento local.

 10307384_888232257869111_3671505433266421803_n

Para alcançar este objetivo estamos publicando o Edital de Seleção para o Curso Jovens Empreendedores do Tapajós 2014.

10363685_888232784535725_1166164336524733558_n

Se você acredita nas suas ideias, tem espirito empreendedor e muita vontade de aprender e inovar, você pode apresentar sua candidatura preenchendo este formulário. Clique no link abaixo:

https://docs.google.com/forms/d/1Z77EbmqZzlhL0X4vkquphhzlzw5mz-HaSKeQQZeUH5w/viewform?usp=send_form

 

Serão selecionados 25 jovens para participar de um curso sobre empreendedorismo com tecnologias de informação e comunicação na cidade de Santarém, na Sede do Projeto Saúde e Alegria. Os selecionados receberão, no período do curso, reembolso de passagens e alimentação. Os negócios apresentados, ao final do Curso, concorrerão a um apoio financeiro “SEMENTE” para viabilizar o início das atividades de seu empreendimento.

 10377245_888232974535706_7281115445507386887_n

PERGUNTAS FREQUENTES:

1. Quem pode participar?

RES.: Jovens oriundos das comunidades que fazem parte da Reserva Extrativista Tapajós – Arapiuns que tenham entre 15 a 29 anos.

2. Tenho que ter uma ideia de negócio para participar?

RES.: É interessante ter, mas se não tiver pode desenvolver durante o curso.

2. Os participantes selecionados vão ganhar bolsa de estudo?

RES.: Não, O Projeto Saúde e Alegria fará ressarcimento das passagens de barco e alimentação durante o período do curso. OBS: A hospedagem fica por conta dos participantes selecionados.  

3. Quanto tempo dura o curso?

RES.: O Curso tem a duração de 6 (Seis) meses, dividido em 10 (dez) módulos de 20h cada um. Os módulos serão semanais, ocorrerão quinta e sexta-feira dia todo (das 8h às 12h e 14h às 18h) e sábado 9h às 12h. Só serão oferecidos até dois módulos por mês.

4. Quando inicia o curso?

RES.: O curso está previsto para começar dia 07 de Agosto e finalizar com as apresentações de PITCH em Janeiro de 2015.

 

Musas (e você) constroem Fábrica de Ração

10 de junho de 2014 por Bob Barbosa

Clique na imagem abaixo e assista ao vídeo das Musas:

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=mU3BnQvdtPg[/youtube]As Mulheres Sonhadoras em Ação (MUSA) da Vila do Anã, Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, criam peixes em viveiros e produzem a ração, orgânica e artesanal. Agora, precisam construir uma fábrica mais adequada ao trabalho delas. Em http://goo.gl/3eCWzG você se informa sobre como colaborar!

comunidade_de_ana_012

Projeto Floresta Ativa mobiliza Resex Tapajós Arapiuns

30 de abril de 2014 por Fábio Pena

IMG_4561.redimensionadoIniciativa oferece novas oportunidades de desenvolvimento sustentável na Reserva Extrativista Tapajós Arapiuns. Com a implantação de um Centro de Tecnologias Socioambientais Apropriadas, comunitários terão espaço para experiências demonstrativas e formação em novas técnicas de manejo dos recursos naturais.

Por Carlos Joseph

No contexto econômico a Amazônia é vista como uma região de grande potencial produtivo, porém suas riquezas, na maioria das vezes, são exploradas por grandes empresas que impõem um modelo econômico com sérios impactos ambientais e também sociais, uma vez que na maioria das vezes deixa as populações tradicionais em segundo plano. Para inverter esta lógica de produção e promover a preservação ambiental são realizadas as ações do Programa Floresta Ativa.

O Floresta Ativa executado na Reserva Extrativista (Resex) Tapajós Arapiuns, localizada no oeste do estado do Pará, e envolve todas as comunidades da área. O programa é fruto de um conjunto de parcerias, lideradas pelo Projeto Saúde e Alegria – PSA, Instituto Chico Mendes – ICMBio, gestor da reserva, e Organização das Associações das Comunidades da Resex – TAPAJOARA, entidade que representa legalmente os moradores da área.

O principal objetivo do Floresta Ativa é incentivar a geração de renda e o desenvolvimento sustentável dos moradores da Resex através do melhor aproveitamento dos recursos naturais. De acordo com o sociólogo Tibério Alloggio, da coordenação do Projeto Saúde e Alegria, a intenção é estabelecer uma nova referência de desenvolvimento sustentável na reserva. “A ideia é mostrar que o potencial econômico da Amazônia não é apenas patrimônio das grandes empresas. É começar a enxergar uma melhora da renda dessas populações potencializando práticas do dia a dia, como o extrativismo sustentável”, explica Tibério.

A Resex Tapajós Arapiuns é uma das maiores unidades de conservação do Brasil. Cerca de 22 mil habitantes vivem em 74 comunidades, originadas em antigas vilas de missões religiosas e aldeias indígenas. A reserva foi criada em 1998 após intensa luta dos moradores contra empresas madeireiras que exploravam de forma predatória a área. Após a conquista fundiária agora o debate se dá em encontrar soluções que promovam o desenvolvimento econômico sustentável das comunidades. Trata-se de um desafio comum a muitas outras unidades de conservação existentes do país, criadas em territórios onde haviam intensas disputas pela ocupação da terra por interesses econômicos diversos que em geral não contemplavam as comunidades que tradicionalmente vivem nessas áreas. Após a conquista do ordenamento territorial, impõem-se o desafio da viabilidade socioeconômica, o que passa pelo fortalecimento do manejo dos recursos existentes de forma economicamente viável e ambientalmente sustentável.

Extrativismo: potencial pouco aproveitado

IMG_1346.redimensionadoEntre as ações propostas pelo Floresta Ativa está o incentivo ao melhor aproveitamento da área para expansão de atividades extrativistas. Uma das formas de se obter isso é através de assistência técnica, que este ano começou a chegar aos comunitários da Resex através do Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural para Extrativistas – ATER Extrativista. O programa do Ministério do Desenvolvimento Agrário é coordenado pelo Incra e na Resex tem apoio do ICMbio e TAPAJOARA. A execução do ATER é feita por entidades selecionadas através de chamada Pública. O Projeto Saúde e Alegria ficará responsável diretamente por dois lotes, que contemplam uma área de 23 comunidades. As outras entidades, responsáveis por um lote cada, são: IPAM, CEAPAC e ECOIDEIAS. A proposta é que as entidades executoras trabalhem de forma articulada umas com as outras para que haja integração do ATER com outras ações do Floresta Ativa.

O extrativismo sustentável, proposto pelo Floresta Ativa, é uma alternativa viável de desenvolvimento da Resex. Entre os produtos que podem ser explorados estão óleos naturais, sementes, folhas, cascas de árvores e muitos outros que despertam interesse até mesmo de grandes indústrias farmacêuticas e de cosméticos. “Tem muitas espécies da floresta que podem sem exploradas pelos comunitários, tucumã, inajá, babaçu e etc. E tem mercado para esses produtos. Então a partir do momento que você tem uma política de organização comunitária e sabe como coletar isso você terá uma renda bem melhor”, afirma Carlos Dombroski, técnico em organização comunitária que faz parte da coordenação do Floresta Ativa. Leia o resto desse post »

A irracionalidade do ICMS em um exemplo na Amazônia

20 de março de 2014 por Caetano Scannavino

Andiroba, murumuru, buriti, cupuaçu, babaçu, ucuuba, pracaxi, patauá, castanha, açaí, cacau são alguns dos chamados produtos da sociobiodiversidade*. Formam junto com outras espécies os pés que mantém a floresta em pé.

Tem alta demanda de mercado, principalmente pelas industrias cosméticas para produção de sabonetes, cremes, shampoos e perfumes. E não são exclusividade dos grandes, já que fazem parte dos itens produzidos também pelos povos tradicionais e agricultores familiares da Amazônia, muitos deles organizados em cooperativas comunitárias.

Diante de todo esse potencial da economia da floresta, temos apoiado as comunidades da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns (oeste do Pará) através do Programa FLORESTA ATIVA, que prevê diversas ações (Saf’s, reposição florestal, etc), entre elas a montagem de unidades de beneficiamento para agregar valor a produção (óleos vegetais e essenciais, polpas e derivados), sempre melhor do que a venda “in natura”. O desafio é promover a inclusão social a partir da produção sustentável, um passo seguinte e que vai além de programas como o Bolsa-Família.

Para isso, começamos a fazer alguns levantamentos preliminares, e nos deparamos com a seguinte situação no Pará: em função  das diferentes alíquotas do ICMS (imposto de competência estadual sobre a circulação de mercadorias), em alguns casos SAI MAIS EM CONTA ENCAMINHAR PRODUTOS DA NOSSA SOCIOBIODIVERSIDADE PARA PROCESSAMENTO EM SÃO PAULO DO QUE ENVIÁ-LOS PARA AS INDÚSTRIAS PARAENSES.

Esta distorção fica clara, tomando como exemplo o óleo de andiroba da zona produtora de Tomé-Açu/PA, apenas 200 km de Belém, com custos de entrega (transportes + impostos) de R$ 22,78/kg para capital paraense, frente aos R$ 21,91/kg para São Paulo, um trajeto de quase 2.800 km.Ao estimular o processamento das matérias-primas vegetais lá fora, quem mais perde é o Pará, a começar pelas oportunidades de desenvolvimento local, de verticalização das cadeias produtivas, empregos, qualificação de mão-de-obra, inclusão da populações de baixa renda, enfim, de VALORIZAÇÃO DA ECONOMIA DA FLORESTA EM PÉ, a vocação da Amazônia, diferentemente dos campos de soja ou pastos.

Guerras fiscais a parte, a solução ideal para o País seria a tão prometida reforma tributária, de preferencia justa e redistributiva. Mas enquanto não acontece, é importante que nossos tomadores de decisão implementem medidas que sejam mais amplas do que incentivos pontuais para alguns poucos produtos (castanha, açaí, cacau). Nem sempre com estímulos para sua verticalização. No caso do cacau, por exemplo, a isenção do ICMS é sobre o produto in natura (amêndoa), não para a manteiga, também produzida pelas cooperativas comunitárias.

É preciso de estratégias que alavanquem como um todo o mercado de Não-Madeireiros “MADE IN PARÁ”, com atenção também às cadeias produtivas de interesse dos povos tradicionais e agricultores familiares, por sinal os que mais precisam de Governo, apoio e assistência técnica.

Caetano Scannavino / Projeto Saúde e Alegria

(*) Produtos da Sociobiodiversidade: “Bens e serviços (produtos finais, matérias primas ou benefícios) gerados a partir de recursos da biodiversidade, voltados à formação de cadeias produtivas de interesse de povos e comunidades tradicionais e de agricultores familiares, que promovam a manutenção e valorização de suas práticas e saberes, e assegurem os direitos decorrentes, gerando renda e promovendo a melhoria de sua qualidade de vida e do ambiente em que vivem” (PNPSB – MDA/MMA/MDS)

PSA realiza primeiro PITCH para jovens empreendedores sociais

14 de fevereiro de 2014 por Adriane Gama

dinam_mapa_neg

O Projeto Saúde e Alegria realiza durante o dia 17, nesta próxima segunda-feira, a apresentação do PITCH da primeira turma de Jovens Empreendedores do Tapajós, do projeto Conexão Amazônia, em parceria com a Fundação Telefônica/Vivo.

Pitch é uma apresentação de três a cinco minutos com objetivo de conquistar o interesse de um investidor ou cliente pelo seu negócio. Uma nova metodologia que surgiu para facilitar a comunicação e entendimento entre quem tem algo a oferecer e as pessoas que querem investir.

Até chegar nesta etapa final, foram seis meses de cursos preparatórios, em que 22 jovens passaram por várias oficinas, como por exemplo aulas de língua portuguesa, comunicação audivisual e aplicativos para celulares. Na Oficina de Plano de Negócios, foram utilizados exercícios e práticas para que cada jovem pudesse apresentar suas propostas com segurança e desenvoltura no Pitch.

Os cursos foram oferecidos através de parcerias com instituições (UFOPA), empresas (EditaCuja – SP) e profissionais da área do empreendedorismo social (Gustavo Fonseca – SP).

Para esse Pitch, do dia 17 de fevereiro, estão previstas a apresentação de 12 planos de negócios produzidos por jovens de comunidades ribeirinhas e da cidade de Santarém. A banca examinadora será formada por especialistas indicados pela Fundação Telefônica/Vivo e por representante da UFOPA, com a presença especial, inclusive da Presidente da Fundação, Gabriela Bighetti.

Programação do evento:

Local: Auditório do PSA

Data: 17 de dezembro de 2014

Início: A partir das 9h

Maiores informações com Adriane Gama (93) 9152-4461 ou Bob Barbosa (93) 9158-7729.

Teia Cabocla vai discutir desenvolvimento territorial e desafios da juventude

4 de dezembro de 2013 por Paulo Lima

teiacabocla.redimensionado

Vindos de mais de 30 comunidades ribeirinhas atendidas pelo Projeto Saúde e Alegria, cerca de 100 jovens irão se reunir nos dias 05, 06 e 07/12/2013 em Santarém, para discutir os desafios da juventude na perspectiva dos territórios onde vivem, na bacia dos Rios Tapajós e Arapiuns, como a Reserva Extrativista Tapajós Arapiuns, a Floresta Nacional do Tapajós e Assentamentos onde estão localizadas suas comunidades. É o XIII Encontro Teia Cabocla, evento tem apoio da Fundação Telefônica / Vivo, Fundação Konrad Adenauer e Fundo Vale.

Os Encontros da Teia Cabocla são eventos anuais realizados pelo Projeto Saúde e Alegria reunindo todos os grupos de jovens que participam de projetos desenvolvidos pela organização, principalmente a Rede Mocoronga de Comunicação Popular, promovendo a inclusão digital das comunidades e onde os adolescentes protagonizam a prática da comunicação comunitária disseminando campanhas educativas de saúde, direitos da criança, educação ambiental e valorização da cultura local.

Entendendo a juventude com um momento importante do desenvolvimento humano, o Projeto Saúde e Alegria sempre se preocupou em criar oportunidades para que possa desenvolver seus potenciais como pessoas, cidadãos e trabalhadores. Desta forma, surgiram outras iniciativas além da comunicação e da promoção da inclusão digital, como a criação de cursos de empreendedorismo visando qualificar a juventude em novas formas de inserção no mundo do trabalho, por meio da inovação, do uso das tecnologias e da economia criativa. Exemplo disso é o curso Jovens Empreendedores do Tapajós, com apoio da Fundação Telefônica / Vivo, que está em sua fase experimental quase finalizando.

Embora estas ações venham contribuindo para elevar as oportunidades de inclusão social da juventude ribeirinha, existem outros desafios que precisam ser compreendidos e levados em conta dentro de uma visão integral do que é estar sendo jovem na região do Tapajós e Arapiuns. Desafios ligados ao passado, ao presente e ao futuro dos territórios em que vivem. No caso da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, por exemplo, onde lutas históricas foram travadas pelas comunidades pela proteção de seu território tradicional, hoje a população tem amparo legal para nela viver e produzir, mas agora enfrentam o desafio de gerir o território e aproveitar seu potencial para desenvolver alternativas econômicas sustentáveis e melhorar as condições de vida de seus moradores. É nas novas gerações que esses desafios mais repercutem.  “O que será da Resex Tapajós/ Arapiuns no futuro se a maioria dos seus jovens saem para morar na cidade em busca de oportunidades? Se as opções de trabalho e renda são bastante restritos e o acesso ao ensino médio, por exemplo, é bastante precário? ”, questiona Paulo Lima, um dos coordenadores do evento.

“Acreditamos ser fundamental o engajamento da juventude nos debates sobre o futuro de seus territórios, não somente porque são eles que vão gerir essas regiões no futuro, mas também porque a energia criativa da juventude pode inspirar novas iniciativas que possam promover mudanças que superem os desafios hoje existentes”, complementa Fábio Pena, educador do Projeto Saúde e Alegria.

Diálogo de gerações

Entre os principais momentos da programação está o “diálogo de gerações”, em que lideranças antigas da Resex Tapajós/ Arapiuns, que participaram ativamente da luta pela sua criação, vão dialogar com os jovens e lideranças atuais, demonstrando suas percepções sobre o que foram as lutas do passado, em que estágio estão agora, e o que pensam sobre o futuro.

Um dos objetivos da atividade é reavivar na memória das novas gerações as lutas históricas do seu povo, como também promover seu engajamento nas lutas atuais numa perspectiva coletiva atual.

Ativismo para defender direitos da juventude ribeirinha

Outro momento importante da programação será quando os jovens vão realizar um diagnóstico da situação atual, através de trabalhos em grupos, apontando quais suas principais demandas e oportunidades existentes. Os debates vão girar em torno de temas como trabalho e renda; educação formal; identidade cultural e o papel do jovem da floresta para a Amazônia e o mundo; participação e ativismo do jovem na comunidade, no território e nos espaços de cidadania; acesso e direito à comunicação e difusão do conhecimento e da educação comunitária; território e meio ambiente.

Em plenária serão eleitas as principais questões a serem trabalhadas no próximo ano pelo coletivo de jovens da Teia Cabocla. As prioridades serão apontadas pelos próprios jovens, mas os coordenadores já adiantam alguns assuntos que poderão ganhar maior relevância. “Demandas como o acesso ao ensino médio de qualidade, o direito à comunicação, a necessidade de oportunidades de renda para a juventude e questões ambientais como os grandes empreendimentos no Tapajós devem aparecer com mais destaque”, argumenta Fábio Pena.

O encontro vai contar com a presença do coordenador da Escola de Ativismo, Marcelo Marquesini, que falará aos jovens sobre experiências de ativismo para defender causas comuns, ideias ou promover mobilizações na sociedade. “Nossa proposta é trazer elementos para que os jovens possam utilizar melhor os instrumentos que as comunidades já tem acesso, como os telecentros, os blogs, as rádios, as redes sociais para ter uma voz mais ativa sobre questões mais regionais e não apenas localizadas, afinal, os problemas da juventude numa comunidade são bastante comuns nas demais de uma mesma região”, afirma Paulo Lima.

Como resultado do encontro espera-se que os jovens elaborem planos de ação em forma de campanhas para que possam ter um papel mais ativo na defesa de seus próprios direitos.

 

IV Encontro dos Jovens Empreendedores do Tapajós

28 de novembro de 2013 por Adriane Gama

jovem_mapa

Começou no auditório do Projeto Saúde e Alegria, o IV Encontro dos Jovens Empreendedores do Tapajós, com o apoio da Telefônica/Vivo, seguindo até dia 30 de novembro. A oficina da vez é sobre Desenvolvimento do Plano de Negócio facilitado pelo consultor de empreendedorismo e negócios, Gustavo Torres Fonseca.

Conteúdos como competências e habilidades de um empreendedor, ferramentas e métodos de planos e simulações de ambientes de negócios são pontos principais desse evento. No início da manhã, o coordenador de inclusão digital do PSA, Paulo Lima abriu o encontro com informes e agendamento para os últimos encontros do curso.

Na ocasião, Lu Scuarcialupi, coordenadora do projeto Conexão Amazônia – Telefônica/Vivo também participa dessa oficina, dialogando com 22 jovens moradores da área urbana da cidade e das comunidades ribeirinhas.

O objetivo da oficina é preparar estrategicamente os planos de negócio dos jovens e por conseguinte, orientá-los na avaliação de pitch (uma apresentação de 3 a 5 minutos com objetivo de despertar o interesse de um investidor ou cliente pelo negócio), utilizando recursos presentes, através de exercícios e práticas de apresentação dos empreendimentos.