Um Gole de Consciência

11 de julho de 2012 por Bob Barbosa

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=9tFVPyzf-uo[/youtube]

A Vila de Boim, na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, produziu, a partir de reflexão sobre problemas causados pelo abuso de álcool, um vídeo celular fictício e com muita verdade.

A filmagem, assim como o processo pedagógico, rolou em três dias, durante a Caravana de Educomunicação do Projeto Saúde e Alegria.

Estimulada, orientada e provocada pela equipe da Caravana, a comunidade se mobilizou, juntou figurinos, distribuiu personagens, cedeu bicicletas, utensílios e casas, e criou uma narrativa cinematográfica com muito humor e lirismo.

Além da Oficina de Vídeo Celular, conduzida por Bob Barbosa e Betania Barbosa, a Caravana do Projeto Saúde e Alegria ainda contou com Jucelino Filho (Tinho) conduzindo Oficina de Capacitação de Rádio, e com Gabriel Abreu e Elis Lucien conduzindo Oficina de Informática Básica.

Nessas oficinas participaram comunitários e comunitárias de Pau da Letra, Rosário, Serraria, Samaúma, São Tomé, Tucumatuba e claro, da Vila de Boim – todas essas, comunidades das margens do Rio Tapajós.

Com apoio da Vivo / Fundação Telefônica, a Caravana de Educomunicação do Projeto Saúde e Alegria na Vila de Boim foi realizada entre 02 e 04 de julho.

Os adolescentes Ingrid Braz, Maurílio Ribeiro, Wanessa Batista e Zaine Jayne gravaram todas as cenas em duas câmeras celulares.

Na edição Joares Miranda e Maickson Boim, junto com Bob Barbosa, selecionaram e cortaram as cenas gravadas durante uma única manhã de sol quente.

No elenco estão Alessandro Farias, Carlos Júnior, Edson Carlos, Lucenildo “Patauí”, Maickson Boim, Oziane Serrão, Rosy Dayana e Sabrina Eliane.

Se eu soubesse que tu vinhas, de Chico Malta, com arranjos de Fábio Cavalcante, é a música tema do filme.

Agora assista esse filme e compartilhe!!!

Jonathan Baillie: “Apenas uma grande catástrofe nos forçará a mudar”

20 de junho de 2012 por Paulo Lima

Jonathan Baillie

Rio de Janeiro, Brasil, 18/6/2012 (TerraViva) Não é mais novidade que o estado ambiental da Terra é catastrófico. Contudo, entender alguns números que descrevem esta catástrofe ainda provoca um choque – por exemplo, que 30% da biodiversidade desapareceu desde 1970, e que 60% desse declínio ocorreu nas áreas tropicais do planeta.

Jonathan Baillie, um biólogo britânico, membro da Sociedade Zoológica de Londres, e chefe do programa Edge para a conservação das espécies, tem esses números alarmantes na ponta da língua. Baillie, que está no Rio de Janeiro como consultor científico para a organização Globe de legisladores ambientais, disse ao TerraViva que esses números servem como indicador do estado dramático da situação ambiental do mundo.

P: Você pinta um quadro bastante sombrio do ambiente global.

R: A humanidade está se movendo na direção absolutamente errada. Nosso modelo de produção e consumo é insustentável, e a Terra não pode mais lidar com ele. Hoje é preciso um ano e meio para que a Terra absorva o dióxido de carbono produzido e regenere os recursos renováveis que as pessoas usam em um ano. Se continuarmos a consumir os recursos do planeta nessa mesma taxa global, em 2030 vamos precisar de dois planetas para sustentar a população mundial.

P: Que soluções o senhor vê para lidar com esta insustentabilidade?

R: Tenho medo de que apenas uma grande catástrofe, que afetasse diretamente e em massa a vida das pessoas, nos obrigaria a fazer as mudanças necessárias para acabar com este declínio. O que precisamos é ter em conta o capital natural nos sistemas nacionais de contabilidade e a utilização de tecnologias limpas, para transformar comportamentos e padrões de produção e consumo.

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Informação e sensibilização ambiental

6 de junho de 2012 por Elis Lucien

Foram esses os principais focos da Semana do Meio Ambiente 2012, em Santarém. Com ações ambientais nas diversas Instituições parceiras que abraçarm essa causa. A semana foi uma realização do Préa-Tapajós ( é uma comissão executiva que congrega instituições públicas e sociedade civil) e Secretaria Municipal do Meio Ambiente, com apoio da Prefeitura Municipal de Santarém. Visando fortalecer e implementar ações de Educação Ambiental no município.

Santarém pensando no futuro. Água, saúde e meio ambiente foi o tema contextualizado nas várias atividades desde gincanas ambientais, blitz, jornada ecológica, oficina durante toda semana do evento.

A programação encerrou no dia 05 de Junho, com palestras e mesas redondas na Faculdades Integradas do Tapajós (FIT)  e no  Instituto Esperança de Ensino Superior (IESPES), que na oportunidade lançou o Guia Ambiental (Mapeamento dos estabelecimentos comerciais da  área urbana que compram materiais recicláveis no município.

 

O Campeonato do Tapajós vai chegando ao fim

31 de maio de 2012 por Djalma Lima

Em primeiro lugar pedimos desculpa por não termos divulgado as noticias dos 3 jogos do Campeonato do Tapajós. O Telecentro de Suruacá está com o seu modem danificado e ainda não chegou o equipamento para substituí-lo.

Nestes três jogos o NORTE BRASIL  perdeu dois na sua casa e um em outro lugar. Agora, ao término do Campeonato o Norte Brasil está na terceira colocação. Está na frente o Guarani do Paricatuba, próximo está o Esporte do Surucuá e ainda vão decidir quem vai ser o campeão.

O Norte Brasil sofreu muito com as arbitragem que eram do mesmo time ou da própria comunidade e isso foi muito desgastante. As despesas foram bastante caras  ainda hoje devemos dinheiro, o presidente Jerffeson C. Lima agradece o apoio dos amigos

Obrigado amigos,   até a próxima leitura.

Djalma Moreira Lima – Réporter

Especialistas listam 13 motivos para Dilma vetar integralmente o Código Florestal

25 de maio de 2012 por Fábio Pena

Imagem: projeto Amazônia Brasil

Texto reflete exame minucioso do Projeto de Lei 1876/99, revisado pela Câmara dos Deputados na semana passada, à luz dos compromissos da Presidenta Dilma Rousseff assumidos em sua campanha nas eleições de 2010.

por André Lima, Raul Valle e Tasso Azevedo*

Para cumprir seu compromisso de campanha e não permitir incentivos a mais desmatamentos, redução de área de preservação e anistia a crimes ambientais, a Presidenta Dilma terá que reverter ou recuperar, no mínimo, os dispositivos identificados abaixo. No entanto, a maioria dos dispositivos são irreversíveis ou irrecuperáveis por meio de veto parcial.

A hipótese de vetos pontuais a alguns ou mesmo a todos os dispositivos aqui comentados, além de não resolver os problemas centrais colocados por cada dispositivo (aprovado ou rejeitado), terá como efeito a entrada em vigor de uma legislação despida de clareza, de objetivos, de razoabilidade, de proporcionalidade e de justiça social. Vulnerável, pois, ao provável questionamento de sua constitucionalidade. Além disso, deixará um vazio de proteção em temas sensíveis como as veredas na região de cerrado e os mangues.Para preencher os vazios fala-se da alternativa de uma Medida Provisória concomitante com a mensagem de veto parcial. Porém esta não é uma solução, pois devolve à bancada ruralista e à base rebelde na Câmara dos Deputados o poder final de decidir novamente sobre a mesma matéria.  A Câmara dos Deputados infelizmente já demonstrou por duas vezes – em menos de um ano – não ter compromisso e responsabilidade para com o código florestal. Partidos da base do governo como o PSD, PR, PP, PTB, PDT capitaneados pelo PMDB, elegeram o código florestal como a “questão de honra” para derrotar politicamente o governo por razões exóticas à matéria.

Seja por não atender ao interesse público nacional por uma legislação que salvaguarde o equilíbrio ecológico, o uso sustentável dos recursos naturais e a justiça social, seja por ferir frontalmente os princípios do desenvolvimento sustentável, da função social da propriedade rural, da precaução, do interesse público, da razoabilidade e proporcionalidade, da isonomia e da proibição de retrocesso em matéria de direitos sociais, o texto aprovado na Câmara dos Deputados merece ser vetado na íntegra pela Presidenta da República.

Ato contínuo deve ser constituído uma força tarefa para elaborar uma proposta de Política Florestal ampla para o Brasil a ser apresentada no Senado Federal e que substitua o atual código florestal elevando o grau de conservação das florestas e ampliando de forma decisiva as oportunidades para aqueles que desejam fazer prosperar no Brasil uma atividade rural sustentável que nos dê orgulho não só do que produzimos, mas da forma como produzimos.
Enquanto esta nova lei é criada, é plenamente possível por meio da legislação vigente e de regulamentos (decretos e resoluções do CONAMA) o estabelecimento de mecanismos de viabilizem a regularização ambiental e a atividade agropecuária, principalmente dos pequenos produtores rurais.

13 razões para o Veto Total

1. Supressão do artigo primeiro do texto aprovado pelo Senado que estabelecia os princípios jurídicos de interpretação da lei que lhe garantia a essência ambiental no caso de controvérsias judiciais ou administrativas. Sem esse dispositivo, e considerando-se todos os demais problemas abaixo elencado neste texto, fica explícito que o propósito da lei é simplesmente consolidar atividades agropecuárias ilegais em áreas ambientalmente sensíveis, ou seja, uma lei de anistia florestal.  Não há como sanar a supressão desses princípios pelo veto.

2. Utilização de conceito incerto e genérico de pousio e supressão do conceito de áreas abandonadas e subutilizadas. Ao definir pousio como período de não cultivo (em tese para descanso do solo) sem limite de tempo (Art. 3 inciso XI), o projeto permitirá novos desmatamentos em áreas de preservação (encostas, nascentes etc.) sob a alegação de que uma floresta em regeneração (por vezes há 10 anos ou mais) é, na verdade, uma área agrícola “em descanso”. Associado ao fato de que o conceito de áreas abandonadas ou subutilizadas, previsto tanto na legislação hoje em vigor como no texto do Senado, foi deliberadamente suprimido, teremos um duro golpe na democratização do acesso e da terra, pois áreas mal-utilizadas, possuídas apenas para fins especulativos, serão do dia para a noite terras “produtivas em descanso”. Essa brecha enorme para novos desmatamentos não pode ser resolvida com veto.

3. Dispensa de proteção de 50 metros no entorno de veredas (inciso XI do ART. 4º ART). Isso significa a consolidação de ocupações ilegalmente feitas nessas áreas como também novos desmatamentos no entorno das veredas hoje protegidas.  Pelo texto aprovado, embora as veredas continuem sendo consideradas área de preservação, elas estarão na prática desprotegidas, pois seu entorno imediato estará sujeito a desmatamento, assoreamento e possivelmente a contaminação com agroquímicos. Sendo as veredas uma das principais fontes de água do Cerrado, o prejuízo é enorme, e não é sanável pelo veto presidencial.

4. Desproteção às áreas úmidas brasileiras. Com a mudança na forma de cálculo das áreas de preservação ao longo dos rios (art.4o), o projeto deixa desprotegidos, segundo cálculos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), 400 mil km2 de várzeas e igapós. Isso permitirá que esses ecossistemas riquíssimos possam ser ocupados por atividades agropecuárias intensivas, afetando não só a biodiversidade como a sobrevivência de centenas de milhares de famílias que delas fazem uso sustentável.

5. Aumento das possibilidades legais de novos desmatamentos em APP – O novo texto (no §6º do Art4o) autoriza novos desmatamentos indiscriminadamente em APP para implantação de projetos de aquicultura em propriedades com até 15 módulos fiscais (na Amazônia, propriedades com até 1500ha – na Mata Atlântica propriedades com mais de mil hectares) e altera a definição das áreas de topo de morro reduzindo significativamente a sua área de aplicação (art.4º, IX). Em nenhum dos dois casos o Veto pode reverter o estrago que a nova Lei irá causar, ampliando as áreas de desmatamento em áreas sensíveis.

6. Ampliação de forma ampla e indiscriminada do desmatamento e ocupação nos manguezais ao separar os Apicuns e Salgados do conceito de manguezal e ao delegar o poder de ampliar e legalizar ocupações nesses espaços aos Zoneamentos Estaduais, sem qualquer restrição objetiva (§§ 5º e 6º do art. 12).  Os estados terão amplos poderes para legalizar e liberar novas ocupações nessas áreas. Resultado – enorme risco de significativa perda de área de manguezais que são cruciais para conservação da biodiversiadade e produção marinha na zona costeira. Não tem com resgatar pelo Veto as condições objetivas para ocupação parcial desses espaços tão pouco o conceito de manguezal que inclui apicuns e salgados.

7. Permite que a reserva legal na Amazônia seja diminuída mesmo para desmatamentos futuros, ao não estabelecer, no art. 14, um limite temporal para que o Zoneamento Ecológico Econômico autorize a redução de 80% para 50% do imóvel. A lei atual já traz essa deficiência, que incentiva que desmatamentos ilegais sejam feitos na expectativa de que zoneamentos futuros venham legaliza-los, e o projeto não resolve o problema.

8. Dispensa de recomposição de APPs. O texto revisado pela Câmara ressuscita a emenda 164 (aprovada na primeira votação na Câmara dos Deputados, contra a orientação do governo) que consolida todas as ocupações agropecuárias existentes às margens dos rios, algo que a ciência brasileira vem reiteradamente dizendo ser um equívoco gigantesco. Apesar de prever a obrigatoriedade de recomposição mínima de 15 metros para rios inferiores a 10 metros de largura, fica em aberto a obrigatoriedade de recomposição de APPs de rios maiores, o que gera não só um possível paradoxo (só partes dos rios seriam protegidas), como abre uma lacuna jurídica imensa, a qual só poderá ser resolvida por via judicial, aumentando a tão indesejada insegurança jurídica. O fim da obrigação de recuperação do dano ambiental promovida pelo projeto condenará mais de 70% das bacias hidrográficas da Mata Atlântica, as quais já tem mais de 85% de sua vegetação nativa desmatada. Ademais, embora a alegação seja legalizar áreas que já estavam “em produção” antes de supostas mudanças nos limites legais, o projeto anistia todos os desmatamentos feitos até 2008, quando a última modificação legal foi em 1986. Mistura-se, portanto, os que agiram de acordo com a lei da época com os que deliberadamente desmataram áreas protegidas apostando na impunidade (que o projeto visa garantir). Cria-se, assim, uma situação anti-isonômica, tanto por não fazer qualquer distinção entre pequenos e grandes proprietários em situação irregular, como por beneficiar aqueles que desmataram ilegalmente em detrimento dos proprietários que o fizeram de forma legal ou mantiveram suas APPs conservadas.  É flagrante, portanto, a falta de razoabilidade e proporcionalidade da norma contida no artigo 62, e um retrocesso monumental na proteção de nossas fontes de água.

9. Consolidação de pecuária improdutiva em encostas, bordas de chapadas, topos de morros e áreas em altitude acima de 1800 metros (art. 64) o que representa um grave problema ambiental principalmente na região sudeste do País pela instabilidade das áreas (áreas de risco), inadequação e improdutividade dessas atividades nesses espaços. No entanto, o veto pontual a esse dispositivo inviabilizará atividades menos impactantes com espécies arbóreas perenes (café, maçã dentre outras) em pequenas propriedades rurais, hipóteses em que houve algum consenso no debate no Senado. O Veto parcial resolve o problema ambiental das encostas no entanto não resolve o problema
dos pequenos produtores.

10. Ausência de mecanismos que induzam a regularização ambiental e privilegiem o produtor que preserva em relação ao que degrada os recursos naturais. O projeto revisado pela Câmara suprimiu o art. 78 do Senado, que vedava o acesso ao crédito rural aos proprietários de imóveis rurais não inscritos no Cadastro Ambiental Rural – CAR após 5 anos da publicação da Lei. Retirou também a regra que vedava o direcionamento de subsídios econômicos a produtores que tenham efetuado desmatamentos ilegais posteriores a julho de 2008. Com isso, não só não haverá instrumentos que induzam a adesão aos Programas de Regularização Ambiental, como fica institucionalizado o incentivo perverso, que premia quem descumpre deliberadamente a lei. Propriedades com novos desmatamentos ilegais poderão aderir ao CAR e demandar incentivos para recomposição futura. Somando-se ao fato de que foi retirada a obrigatoriedade de publicidade dos dados do CAR, este perde muito de seu sentido. Um dos únicos aspectos positivos de todo projeto foi mutilado. Essa lacuna não é sanável pelo veto. A lei perde um dos poucos ganhos potenciais para a governança ambiental.

11. Permite que imóveis de até 4 módulos fiscais não precisem recuperar sua reserva legal (art.68), abrindo brechas para uma isenção quase generalizada. Embora os defensores do projeto argumentem que esse dispositivo é para permitir a sobrevivência de pequenos agricultores, que não poderiam abrir mão de áreas produtivas para manter a reserva, o texto não traz essa flexibilização apenas aos agricultores familiares, como seria lógico e foi defendido ao longo do processo legislativo por organizações socioambientalistas e camponesas. Com isso, permite que mesmo proprietários que tenham vários imóveis menores de 4 MF –  e, portanto, tenham terra mais que suficiente para sua sobrevivência – possam se isentar da recuperação da RL. Ademais, abre brechas para que imóveis maiores do que esse tamanho, mas com matrículas desmembradas, se beneficiem dessa isenção. Essa isenção fará com que mais de 90% dos imóveis do país sejam dispensados de recuperar suas reservas legais e jogaria uma pá de cal no objetivo de recuperação da Mata Atlântica, pois, segundo dados do Ipea, 67% do passivo de reserva legal está em áreas com até 4 módulos.

12. Cria abertura para discussões judiciais infindáveis sobre a necessidade de recuperação da RL (art.69). A pretexto de deixar claro que aqueles que respeitaram a área de reserva legal de acordo com as regras vigentes à época estão regulares, ou seja, não precisam recuperar áreas caso ela tenha sido aumentada posteriormente (como ocorreu em áreas de floresta na Amazônia, em 1996), o projeto diz simplesmente que não será necessário nenhuma recuperação, e permite que a comprovação da legalidade da ocupação sejam com “descrição de fatos históricos de ocupação da região, registros de comercialização, dados agropecuários da atividade”. Ou seja, com simples declarações o proprietário poderá se ver livre da RL, sem ter que comprovar com autorizações emitidas ou imagens de satélite que a área efetivamente havia sido legalmente desmatada.

13. Desmonte do sistema de controle da exploração de florestas nativas e transporte de madeira no País. O texto do PL aprovado permite manejo da reserva legal para exploração florestal sem aprovação de plano de manejo (que equivale ao licenciamento obrigatório para áreas que não estão em reserva legal), desmonta o sistema de controle de origem de produtos florestais (DOF – Documento de Origem Florestal) ao permitir que vários sistemas coexistam sem integração. A Câmara rejeitou o parágrafo 5º do art. 36 do Senado o que significa a dispensa de obrigação de integração dos sistemas estaduais com o sistema federal (DOF). Como a competência por autorização para exploração florestal é dos estados (no caso de propriedades privadas rurais e unidades de conservação estaduais) o governo federal perde completamente a governança sobre o tráfico de madeira extraída ilegalmente (inclusive dentro de Unidades de conservação federais e terras indígenas) e de outros produtos florestais no País. Essa lacuna não é sanável pelo veto presidencial.

Há ainda outros pontos problemáticos no texto aprovado confirmado pela Câmara cujo veto é fundamental e que demonstram a inconsistência do texto legal, que se não for vetado por completo resultará numa colcha de retalhos.

A todos estes pontos se somam os vícios de origem insanáveis deste PL como é o caso da definição injustificável da data de 22 de julho de 2008 como marco zero para consolidação e anistia de todas irregularidades cometidas contra o código florestal em vigor desde 1965.

Mesmo que fosse levado em conta a última alteração em regras de proteção do código florestal esta data não poderia ser posterior a 2001, isso sendo muito generoso, pois a última alteração em regras de APP foi realizada em 1989.

Por essas razões não vemos alternativa sensata à Presidente da República se não o Veto integral ao PL 1876/99.

* Em 02 de maio de 2012,

por André Lima – Advogado, mestre em Política e Gestão Ambiental pela UnB, Assessor de Políticas Públicas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), Consultor Jurídico da Fundação SOS Mata Atlântica e Sócio-fundador do Instituto Democracia e Sustentabilidade, Raul Valle – Advogado, mestre em Direito Econômico pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e Coordenador Adjunto do Instituto Socioambiental e Tasso Azevedo – Eng. Florestal, Consultor e Empreendedor Sociambiental, Ex-Diretor Geral do Serviço Florestal Brasileiro.

Circo Cinco Estrelas

18 de maio de 2012 por Elis Lucien

Hoje tem espetáculo? Tem sim senhor!

No Circo Cinco Estrelas em Suruacá fechando uma programação comunitária. Tudo isso, na responsabilidade do Djalma Lima que em 2011, apresentou na décima Teia Cabocla encontro de lideranças juvenis que fazem parte da Rede Mocoronga do Projeto Saúde e Alegria a Trupe do Cinco Estrela que foi um sucesso com: Luiza, Joane, Jucinalva e a Cintia artistas da Companhia. Essas crianças ensaiam no circo de quintal do Djalma (tem umas árvores de carambola no quintal e arma-se o circo com corda bamba, trapézio e rola rola). Com apresentação de contorcionismo, equilibrismo no rola rola e na corda bamba e palhaçada com toda turma do Projeto com o Djalma naquele momento, palhaço Formiga.

“O Circo Cinco Estrelas surgiu de cinco amigos em Suruacá, que viam na metodologia do projeto Saúde e Alegria em 1987, e dentro da programação que fazia tinha a equipe de palhaço e isso mexeu comigo e os meus amigos entre eles: Neivo, Rafa, Adailson e outro que não me lembro e eu”.

A arte circense potencializa que o indivíduo possa trabalhar a capacidade de transformar o seu mundo e aqueles que dele se aproprie.

Parabéns!Cinco Estrelas.

De volta aos velhos tempos

9 de maio de 2012 por marivaldo

Nos  anos  80,   uma  das  atividades econômicas  mais  desenvolvida  em Solimões  era  a  extração  da  borracha. Devido  a  desvalorização  do  produto  essa  atividade  foi  extinta  na  comunidade, este ano  essa  atividade  ganhou  força  novamente    com  a  melhora  no  preço  do  produto  os  comunitários  estão  animados  e   já  começaram  a  produzir  novamente  a borracha  como  nos  velhos  tempos,  os  seringueiros  etão  entusiasmados, pois  além  de terem  a  borracha  valorizada  o produto  agora  é  comercializado  na    comunidade  evitando  assim  que  eles  se  desloquem  para  Santarém  como  era  no  passado,  agora  a  maior  dificuldade  é  ensinar  aos  mais  jovem  como  extrair  o  látex  pois  devido  o  longo  período que  essa  atividade  esteve  ausente  na  comunidade  eles  não  tiveram  a  oportunidade  de  aprender  com  os  mais velhos  que  hoje  matam  a  saudade  dos  velhos  tempos.

Semana da Agroecologia

7 de maio de 2012 por Elis Lucien

O Centro de Apoio a Projetos de Ação Comunitária – CEAPAC realiza a Semana da Agroecologia no período de 07 à 11 de Maio de 2012. Esta sétima edição traz o tema: Agroecologia versus Mudanças Climáticas.

Com a finalidade de destacar a agroecologia como diferencial para a produção e desenvolvimento local e disseminar as experiências desenvolvidas pelas comunidades com assessoria do CEAPAC.

Além do seminário temático a programação conta com: Feira de produtos agroecológicos, alimentos, artesanatos e várias oficinas;  dentre elas a  Extração e uso de óleos da floresta, a Meliponicultura urbana, o Artesanato em fibra do curauá fechando a parte das oficinas à apresentação das experiências com Sistema Agroflorestais das comunidades de Sumaúma e Lírio do Vale (PA Tapera Velha).

Maiores informações: Trav. Agripina de Matos, 203 – B. Laguinho

Telecentro Maria Braga em destaque

7 de maio de 2012 por Benezildo Costa

Já é neste dia treze de maio de dois mil e doze que o Telecentro da comunidade São Pedro promoverá uma promoção beneficiente ao mesmo já que está em fase de ampliação.

A programação iniciará as nove horas da manhã na quadra poliesportiva da comunidade

Programação torneio masculino inscrição três reais com direito dois jogos.

1° Colocado uma cx de cerveja

2° colocado uma cx de cerveja

Torneio de taco, inscrição um 1,00 real  revanche 50,00.

1° colocado uma torta

2° colocado 2lts de refrigerante

Torneio de dominó, inscrição 3,00 R$ com direito a 2 jogos

1° colocado 1 cx de cerveja

2° um frango

E ainda terá um bingo no valor de 1,00 R$ após o torneio

1° colocado 2lts de refrigerante

2° Um cordão de aço

3° Uma cesta básica

Venha! participar do domingo alegre do Telencentro Maria Braga vai ser legal! Vamos juntos de mãos dadas buscar novos horizontes.

Obs: A animação ficará por conta da Rádio comunitária São Pedro.

Exibição do Filme Toxic Amazônia e debate no PSA

4 de maio de 2012 por Paulo Lima
Foto Felipe Milanez (Vice Media)

Foto Felipe Milanez (Vice Media)

Exibição do Filme Toxic Amazônia e debate
Dia 07 de maio, 19 horas
Projeto Saúde & Alegria
Av. Mendonça Furtado, 3979
Liberdade, Santarém, Pará
93 3067 8000 / 93 9149 4801

Nesta segunda feira, 7 de maio, no Projeto Saúde & Alegria, o Jornalista Felipe Milanez, ex-editor da National Geographic Brasil, apresenta o seu último filme, Toxic Amazônia, um documentário sobre a investigação do assassinato no Pará dos ambientalistas José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo no Projeto de Assentamento Agro-extrativista (PAE) Praia Alta Piranheira, em Nova Ipixuna, no sul do Pará.

Zé Claudio e Maria do Espírito Santo foram reconhecidos internacionalmente pelo prêmio “Herói da Floresta” concedido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2012. O documentário trata da violência no campo no Pará e o tema do extrativismo. Apresenta a visão de mundo de José Claudio e Maria do Espírito Santo, sua luta pela preservação ambiental e por uma política fundiária adequada à realidade amazônica.

O documentário foi realizado pela Vice Media, uma produtora de conteúdos para a TV norte americana e dirigido por Felipe Milanez e Bernardo Loyola.

Após a exibição haverá um debate com o Diretor, Felipe Milanez e Caetano Scanavinno Filho, coordenador geral do Projeto Saúde & Alegria.

Mais informações sobre o filme em:
http://www.vice.com/pt_br/toxic/toxic-amazon-full-length