Zé Claudio denunciou que estava sendo ameaçado

24 de maio de 2011 por Fábio Pena

Veja no vídeo:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=XO2pwnrji8I[/youtube]

Índios isolados, um tema que o Brasil precisa entender

19 de abril de 2011 por Fábio Pena

No dia do índio, nossa homenagem reproduzindo um artigo escrito em 2008 por Paulo Lima, do Projeto Saúde e Alegria

Foto: Caetano Scannavino

Eu deixei de ser um homem isolado ou, para os antropólogos, pertencente à um povo isolado.  Isso, em parte porque, desde menino tenho quase fascinação por rádios, ondas curtas, radioamadorismo, propagação, antenas, etc. Com o tempo acumulei algum conhecimento sobre isso e, em razão dele e de estar no lugar certo na hora certa acabei recebendo o convite para avaliar a implementação de um sistema de comunicação via rádio junto aos Zo´é.

Não se trata uma viagem trivial. Pegar um avião mono motor e, depois de uma hora de bastante emoção, pousar num pista de pouso de chão batido, na Frente de Proteção Etnoambiental Cuminapanema.  Lá está a vida dos Zo´é, um grupo indígena de cerca de 250 pessoas que preservam em muito as suas tradições e modo de viver.

A reserva etnoambiental fica nos municípios de Óbidos e Alenquer  a 253 quilômetros de Santarém, Pará, em linha reta. Não existe acesso fluvial, só aéreo ou dias de pernada, como se diz entre os indigenistas.  Na reserva só se pode entrar com autorização da Funai e o que você faz lá dentro é acompanhado de perto pelo coordenador do posto e pelos cinco funcionários da Funai.  O coordenador do posto, João Lobato, é uma figura de grande importância na manutenção da cultura  Zo´é e no controle dos contatos deles com a cultura ocidental. Volto a falar dele mais adiante.

Os Zo´é tiveram contato “oficial” com os brancos em meados da década de 1980.  São caçadores, coletores e cultivam a mandioca. Tem uma cosmogonia complexa que, pela pouca compreensão do idioma, é cercada de suposições baseadas na observação.

No primeiro momento, quando você sai do apertado mono motor muito bem pilotado pelo experiente Comandante Walter, os Zo´é logo se aproximam, na curiosidade de saber quem são os visitantes e o que trazem.  Já nesse primeiro contato a sensação é de descoberta de uma estética e um forma de se relacionar entre seres humanos impactante.  Os Zo´é são grandes, porte físico bem definido e uma enorme facilidade em sorrir.  O adorno que usam abaixo do lábio inferior são a sua marca étnica e são gradualmente colocados como alargadores a partir da segunda dentição, crescendo de tamanho aos poucos. Chamam-se m’berpót e são feitos a partir de uma árvore nativa, o Poturú. Não usam vestimentas, apenas um laço no pênis e as mulheres uma tiara. Aparentam o que se pode imaginar um estado de constante felicidade.  A curiosidade é maior que tudo e as primeiras perguntas são acompanhadas do toque, do tato sobre o que é incomum para eles.  O tato sobre a minha farta calva é diversão na certa.

Os Zo´é tem uma especial curiosidade sobre a família ou sobre como nos organizamos como agrupamentos.  Os funcionários da Funai tem algum domínio do idioma, o coordenador do posto tem um conhecimento bastante aprimorado do idioma e a todo instante negocia com eles sobre temas dos mais comezinhos à questões complexas como o contato com os índios Wai-Wai que tentam levar a mensagem missionária evangélica para dentro da reserva.  As perguntas aos visitantes, ainda no caminho até a sede da Frente continuam.  Na língua deles querem primeiro saber seu nome.  Ao ouví-lo quase todos que estão por perto o repetem.  Como os orientais, têm dificuldades de pronunciar a letra L, daí que eu ouvi muito, “Pauro, Pauro, Pauro”, acompanhado por um abraço ou uma mão de criança sugerindo caminhar junto.  Depois vem o interesse sobre esposa e filhos.  Sempre riem quando a resposta é uma esposa ou um filho só.  Aplicada a pergunta a eles tanto homens como mulheres respondem muitas vezes três para maridos ou esposas e cinco, com muito orgulho na expressão, sobre filhos.  Os Zo´é quando contatados eram 133 em 1991.

A curiosidade e a liberdade com que vivem no contato com a natureza e com seus corpos é igualmente desafiadora para quem traz as culpas e as travas da religião.  As cores com que algumas vezes se pintam (como algumas mulheres completamente cobertas com um vermelho de urucum) impressionam pela beleza e graça.  Assim que você chega o João Lobato, coordenador da Frente há cerca de 12 anos, orienta o visitante sobre o comportamento que devemos ter  entre os Zo´é.  Entrega duas páginas impressas com um conjunto de “mandamentos” para a fruição, sem danos, da cultura, modo de viver e desenvolvimento daquela gente. Leia o resto desse post »

Grito das florestas

18 de abril de 2011 por Fábio Pena

Representantes da sociedade civil, lideranças de movimentos sociais, pesquisadores e estudantes, participaram do 1º Grito das Florestas, promovido durante o Grande Encontro da Rede GTA nos dias 15 e 16 de abril. Os participantes dirigiram-se ao Bumbódromo, local onde são realizadas as Festas do Boi de Parintins-AM, para selar um Grito em defesa do Código Florestal. Durante o ato o avião do Greenpeace tirou uma foto de todos ao redor de uma faixa de 300 m que trasmitia a mensagem “Congresso, desliga a moto-serra”.

O objetivo dessa mobilização foi chamar a atenção para as propostas de mudanças no Código Florestal brasileiro. De acordo com o texto redigido pelo Deputado Aldo Rebelo (PC do B) haverá redução da vegetação nativa, provocando o desmatamento e a redução drástica de áreas de proteção ambiental, entre outras discordâncias.

Ao final da ação várias organizações assinaram um manifesto reforçando que as alterações na lei representam uma grave ameaça ao ambiente e aos povos das florestas. O documento foi entregue à Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Segundo a Ministra o MMA e o Congresso estão trabalhando, de forma coletiva, em um documento com sugestões sobre o Código Florestal. “A intenção é propor alterações claras, objetivas e transparentes, com foco na agricultura familiar e conservação das florestas” – esclareceu a Ministra.

Conheça o Manifesto por um Código Florestal que proteja as florestas brasileiras
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V FSPA encerrou com manifestações

30 de novembro de 2010 por Elis Lucien

O V Fórum Social Pan Amazônico foi um encontro marcado por seguimentos de várias etnias e manifestações. Com objetivo de unir os povos da Pan Amazônia (Suriname, República Cooperativa da Guiana, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Brasil) nas discussões dos Eixos propostos nesse grande encontro: Em defesa da Mãe-Terra e dos Territórios; Poder para os povos-amazônicos; Direitos Humanos (Dhescas); Cultura, Comunicação e Educação Popular.

O Espaço Pérola do Tapajós situado no parque da cidade de Santarém, oeste do Pará reuniram-se em grande círculo em meio as manifestações das representações de: Abaetetuba;

Movimento Juruti em Ação; Quilombo Murumuru, Itaiutba, Alenquer, Parintins, Planalto Curua-Una;  Xingú Vivo para Sempre;  Quilombo da Guiana Francesa;  São Jorge;  Tupaiú; indía campesina e Movimento de Mulheres. Todos apresentando suas propostas discutidos durante os cinco dias do Fórum,  nos diversos espaços espalhados na cidade encerrando com a leitura da Carta do V Fórum Social Pan Amazônico://www.forumsocialpanamazonico.org/article310.html.

Devido ser um espaço democrático, ocorreu a Feira da Produção Familiar do Baixo Amazonas anexo ao Fórum contando com produtos diversos que vão desde artesanato à praça de alimentação.

Pastorais Sociais no V FSPA

26 de novembro de 2010 por Elis Lucien

A Comissão Pastoral da Terra (CPT), especialmente da Diocese de Santarém vem acompanhando de perto todo o impacto social trazido pelos conflitos gerado pelos grandes empreendimentos no Oeste do Pará. Além de denunciar a extinção de comunidades desde de 2005, acompanha de perto os processos judiciais de manutenção de posse e ameaças às terras indígenas. Então, as pastorais trouxeram para o V Fórum Social Pan Amazônico um número considerável de representantes da: CPT de Bélem, CPT Br 163 Itaituba, CEMI Norte 2, ULBRA/Santarém, Religiosos do Brasil,  Pastoral Carcerrária, Jacareacanga, Prelazia de Óbidos, STTR Alenque, JUPIC Amazõnia, GCEM, Irmãs Missionárias Imaculada Conceição, Pastoral de Santarém, Religiosos Comunidade de Boa Esperança para a Tenda das Pastorais Sociais, que ficou localizada no Centro Comunitário de São João Batista com as seguintes discursões: Direito de Resistência ministrado pela Dra. Merilúcia Xavier Cohen representada na Comissão Nacional dos Direitos Humanos da OAB do Conselho Federal e o Dr. Felício Pontes para

melhor entendimento da situação e a Comissão de Justiça e Paz contemplando a Justiça Social num povo desigual realizado pelo Pe. Edilberto Sena. Fechando o encontro com o lançamento da Cartilha Povos da Floresta, resistência contra o grande capital do Baixo Amazonas.

Aleitamento Materno

14 de outubro de 2010 por Elis Lucien


Aleitamento Materno é um direito de todo recém nascido. Pois é a primeira vacina que o bebê vai tomar nas primeiras horas, ingerindo o colostro (leite amarelado que a mãe tem nos primeiros dias). Com aleitamento exclusivo nos primeiros seis meses de vida estará protegida contra várias doenças.
Depois dos seis meses de vida é necessário a inclusão de outros alimentos que são dos três grupos: Protetores encontrados em frutas, verduras e legumes; os Energéticos encontrados em óleo, arroz, macarrão, etc; e os Construtores ricos em proteínas carnes, ovos, peixes, sementes de jerimum, etc; Cuidado! Não exagere nas porções, afinal o aleitamento materno é seguro, está pronto e na medida perfeita.

V Fórum Social Pan Amazônico será em Santarém

8 de outubro de 2010 por Paulo Lima

Fórum Social Pan Amazônico, Santarém, Amazônia, Pará

V Fórum Social Pan-amazônico
Construindo a Amazônia de todos os povos!

25 a 29 de Novembro de 2010
Santarém/Pará/Pan-amazônia/Brasil

Inscrições Abertas

O Comitê Organizador do V Fórum Social Pan-Amazônico – FSPA comunica que estão abertas as inscrições individuais, de grupos/organizações/entidades e para atividades que serão realizadas durante o evento. Além disso, estão disponíveis as fichas para cadastro de imprensa livre e imprensa comercial interessados em fazer a cobertura do Fórum.

As inscrições estão sendo realizadas apenas pela internet, através do site www.forumsocialpanamazonico.org. O interessado em se inscrever deve preencher a ficha de pré-inscrição disponível no site e, após receber a confirmação dos dados e as fichas para preenchimento no email indicado na pré-inscrição, deve preencher a ficha de seu interesse (inscrição individual, de organização, atividades ou cadastro de imprensa) e reenviá-la para a coordenação do evento para que possa então receber o seu boleto, efetuar o pagamento da taxa correspondente e efetivar a sua inscrição.
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Uma aula diferente

1 de outubro de 2010 por Elis Lucien

Jornal Zum, Zum, Zum/V Ed.

Comunidade de São Francisco/rio Arapiuns

Dia 20 de Agosto, os alunos do pré ao 5º ano, tiveram uma  aula diferente.  Foi uma mistura de higiene com recreação os professores levaram os alunos para praticar a higiene corporal e em  meio as brincadeiras acabaram demostrando como é possível cuidar bem do nosso corpo,  sem ter tanto recurso. Se tiver sabão, escova, pente e água podemos tomar um ótimo banho.

Na mesma aula houve o corte de cabelo e unha, além, da prática de atividade esportiva e limpeza do meio ambiente. O resultado foi muito possitivo, tanto que os alunos já estão querendo bis.

20 anos de Estatuto da Criança e do Adolescente

16 de agosto de 2010 por Elis Lucien

Segundo a Lei N° 8.069, de 13 de Julho de 1990 que  dispõe sobre a proteção integral à criança e o adolescente em seu primeiro artigo do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), vem ultrapassando as barreiras das prateleiras das bibliotecas e das mesas dos órgãos públicos e passando à ser reconhecido como um instrumento de leitura nas escolas, nas mídias e o mais importante nas famílias.

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Por dentro do ECA

12 de julho de 2010 por Elis Lucien

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA),  contém um conjunto de normas. Em 14 de Julho de 1990 virou a lei 8.069/90, que foi aprovado pelo Congresso Nacional. Há um trabalho muito árduo no Brasil, pois é preciso ainda uma luta diária para a implementação de política voltada para este público infanto/juvenil.

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