Geração Digital
16 de fevereiro de 2009 por Fábio PenaNa beira do rio, o presente. E a canoa do futuro está pronta para navegar
Quem anda em algumas comunidades do Rio Tapajós e Arapiuns pode encontrar cenas e cenários peculiares às diversas regiões da Amazônia. A floresta, o rio, a praia, as casas típicas, o jeito de ser e viver do povo ribeirinho. Por vezes, esse cenário, na visão de alguns, pode parecer a imagem do atraso. Para outros, como para a maioria dos moradores dessas comunidades, é o lugar onde ainda é possível viver em paz, apesar das dificuldades. Longe dos problemas da cidade e também de seus prováveis benefícios, o povo ribeirinho encontra seu jeito de viver a vida ao ritmo da natureza.
Mas seria possível uma vida melhor, onde o acesso a alguns bens gerados pela modernidade, garantissem um contato com o mundo lá fora e alguns de seus benefícios, sem ter que deixar a vida de tranqüilidade de uma comunidade?
A resposta pode estar nas cenas que já podemos presenciar em várias comunidades dos rios Tapajós e Arapiuns. Com a implantação do programa de inclusão digital do Projeto Saúde & Alegria, podemos ver crescer uma nova geração de ribeirinhos que tem ao mesmo tempo um pé na cultura tradicional, nos valores comunitários, e ao mesmo tempo, a conexão com o resto do mundo através das tecnologias digitais.
O computador e a internet tem o poder de trazer o mundo até essas comunidades, mas também tem o mesmo poder de levar a voz e a mensagem dessas populações para o mundo, já que elas fazem parte dele, mas nem sempre são vistas. Inclusão Digital. É o esforço constante que vem sendo feito pela equipe do PSA, que muito mais do que levar a tecnologia, promove a formação dos comunitários, especialmente dos jovens, para que possam manejar as tecnologias em favor da melhoria da qualidade de vida da comunidade e da valorização de sua identidade. Assim, essas comunidades que a princípio estariam na periferia do mundo, agora passam a estar em pé de igualdade com os demais, fazendo do seu local, quem sabe ,o próprio centro do mundo. Por quê não?
O que presenciei em mais uma visita a algumas das comunidades (Suruacá, Muratuba e Boim) onde estamos implantando os telecentros culturais da Rede Mocoronga, foram cenas que mostram ser possível desenvolver sem perder sua origem, como a tecnologia pode ser fator de auto afirmação, enfim, de inclusão social.
Jovens de Suruacá publicam Blog da comunidade. Em Boim (foto abaixo), jovens reunidos em frente ao telecentro em implantação
maio 21st, 2025 at 12:25 am
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