Vencedores do II Concurso Mocorongo
26 de agosto de 2009 por Fabienne SimenelEm resposta à convocação para participar do Concurso Mocorongo – TEMA ARTESANATO, recebemos várias entrevistas gravadas, matérias escritas, fotos e peças de artesanato dos nossos repórteres comunitários. Obrigado pela participação! Os vencedores do concurso são:
Mauro Artur da comunidade de Capixauã que fez uma entrevista com três pessoas que fazem uma grande variedade de artesanato na comunidade.
“Conversamos com o sr. Antônio Rodrigues que tece tala e palha fazendo paneiro, tipiti, esteira, peneira, esteira e abanos, e as artesãs a senhora Marilene e a senhora Maria Gorete que tecem em palha de buruti e tucumã fazendo cesta, balaios, porta-garrafa, porta- jóias, porta- guardanapo e algumas roupas que tecido de palha para danças indígenas que acontecem nas comunidades.”
Gorete Zulair da comunidade de Urucureá entrevistou duas idosas da comunidade sobre o artesanato de palha de tucumã. A dona Zeneide Tapajós e a dona Alvina Ferreira fazem parte do grupo TucumArte. Gorete também colocou a “Música do paneiro”, cantada por Zeneide Tapajós e Alvina Ferreira:
Paneiro é coisa comum,
que em todo barraco tem
Não custa muito dinheiro,
nem custa fazer também
Mas quero levar comigo,
pra sempre no coração
A lição que o paneiro ensina,
como é bela a união
As talas estavam no mato ,
a ufa sem serventia
As agora de mãos dadas todas tem força e valia
Wanderson Souza da comunidade de Pedreira falou com o jovem Elinei Souza, de 22 anos, sobre o artesanato que ele faz de madeira:
“Deus me deu esse ensinamento desde pequeno, comecei a fazer esculturas de pássaros, peixes, botos, golfinhos, etc… Hoje em dia essa prática deu certo. Faço esse tipo de artesanato somente para mostrar, devido eu ainda não ter materiais necessários, para a confecção dos mesmos, e além disso faço somente artesanato do tamanho pequeno.”
Edinor da comunidade de Samaúma entrevistou o Sr. Iracildo, quem é especialisado na fabricação dos tipití. Além das informações sobre o processo de fabricação, Edinor pediu para seu Iracildo contar a história pessoal dele em relação ao tipiti. Confire aqui:
“Para mim aprender a fazer o tipiti, foi o seguinte. A minha mãe levava tala para meu tio chamado Gonçalo, e quando ela ia para lá e ele não estava ela voltava chateada e brigava com os filhos. Eu, pensando nisso, comecei a ir tirar tala e experimentar fazer. Desmanchava a cabeça de um tipiti velho e tentava refazer, e quando
eu conseguia era uma felicidade enorme. Minha mãe dizia que nunca mas ela iria atrás de outras pessoas para fazer o tipiti, por que eu já estava aprendendo a fazer. A minha curiosidade foi maior até que um dia deu certo e eu consegui fazer o meu primeiro tipiti! Do mesmo modo foi a peneira, desmanchei
uma peneira velha e tentei refazer. Digo com sinceridade que até hoje, tenho 56 anos, eu faço para o povo da minha comunidade Falo com muita alegria e não ponho dificuldade para fazer esse tipo de artesanato. Quem chega comigo para pedir para fazer o artesanato eu faço, pois o que eu aprendi eu tenho que levar isso em frente.”
Parabéns aos repórteres da Rede Mocoronga resgatando a cultura e valorizando o talentos comunitários!
maio 21st, 2025 at 12:56 am
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