Oficina de Cestaria e Designer
6 de março de 2009 por Adriane Gama“Pega, pega pega palha. Pega, pega, pega vem tecer…”, diz o refrão da música Artesanato, de Antônio Ferreira, da comunidade de Aninduba, rio Amazonas. E seguindo esse ritmo musical, o grupo de artesãos do Arapiuns e Amazonas, na maioria mulheres, de nove comunidades, resgataram uma cultura tradicional de tecer palha na oficina de Cestaria e Designer, promovida pelo Núcleo da Economia da Floresta, do Projeto Saúde e Alegria, realizada no Centro de Formação Chico Roque. Foram duas semanas de intensas habilidades manuais e produções que reuniram várias trocas de experiências e novos conhecimentos.
A oficina de Cestaria aconteceu desde o dia 26 de fevereiro e termina hoje, 6 de março. Esse evento, foi dividido em duas partes, onde os participantes puderam aproveitar melhor o tempo para produzir as peças e melhorar a qualidade dos seus artesanatos. As comunidades que participaram na primeira semana foram: Vila Gorete, Urucureá, Vila Amazonas, Pedreira, Coroca e na segunda: Vila Brasil, Arapiuns, São Miguel e Vista Alegre. Estiveram presentes na oficina como consultor, o designer Vladimir Iglesias, e os organizadores Ândrea Colares e Silvanei Rodrigues, do PSA.
A finalidade principal dessa oficina, foi valorizar a cultura de tecer palha e através dela, conseguir uma geração de renda alternativa e auto-sustentável, utilizando recursos das florestas sem agredir o meio ambiente. O resultado foi a produção de novos modelos para reinventar novas peças e assim, serem comercializadas justamente. Esse grupo de artesãos saíram de suas comunidades dos rios Arapiuns e Amazonas, em busca de novas formas e técnicas de cestaria, sem perder sua originalidade, cuja a matéria-prima principal de trabalho foi a palha de tucumã, buriti e cipó de jacitara.
Gran Circo Mocorongo
No dia dois de março, segunda-feira, quando a primeira turma se preparava para voltar para suas comunidades, enquanto a outra chegava, um intervalo da oficina para todos comemorarem com uma alegre noite cultural. Nesse momento especial, a turma do Gran Circo Mocorongo fez uma festa com os participantes das comunidades e oficineiros, deixando o lúdico contagiar e falar mais alto, para inspirar seus sonhos e suas palhas.