No dia 14 de maio perdemos mais uma das poucas esperanças no governo em colocar a agenda ambiental do país e em especial a amazônia, num patamar devido em importância nas políticas públicas. O pedido de demissão da Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em resumo, significa que o governo cedeu às pressões daqueles que vêem a floresta, o meio ambiente como inimigos do desenvolvimento.

Na Conferência Nacional de Juventude que aconteceu no mês passado em Brasília, onde alguns repórteres da Rede Mocoronga se fizeram presentes, lá estava Marina de viva voz contando os avanços que teve a política ambiental do Brasil (e não podemos negar que foram importantes avanços), mas perceptivelmente fragilizada com as pressões que vinha sofrendo por diversos setores do governo.

Lá, Marina disse que a juventude brasileira é hoje a principal aliada das questões ambientais do país, naturalmente o setor mais sensibilizado pela importância da sustentabilidade ambiental. Os jovens participantes da conferência deram um caloroso reconhecimento à nossa ministra, que foi a mais aplaudida e abraçada do evento.

Dias depois a saída de Ministra anunciava que as esperanças daqueles jovens não tinham mais uma de suas principais lideranças.

Fábio Pena / Coordenador do Núcleo Educomunicação  – PSA
 

Leia também: Movimentos sociais lamentam saída da Ministra do Meio Ambiente Marina Silva