Chamado da Floresta traz governo para falar com extrativistas e tem protesto indígena

3 de novembro de 2015 por Patrícia Kalil

As reivindicações dos povos da floresta no Brasil e a importância do desenvolvimento sustentável na Amazônia

“No começo pensei que estivesse lutando para salvar seringueiras, depois pensei que estava lutando para salvar a Floresta Amazônica. Agora, percebo que estou lutando pela humanidade”. — Chico Mendes

Patrícia Kalil
— especial para Rede Mocoronga

fimdatarde1Embarcações que levaram participantes para o III Chamado da Floresta no pontão de areia da comunidade de São Pedro, na Resex Tapajós-Arapiuns.

“Como movimento extrativista, não queremos marchar até Brasília, queremos que Brasília marche até a floresta. O que os olhos veem, o coração sente” — Joaquim Belo, presidente CNS

A oito horas de barco de Santarém, o III CHAMADO DA FLORESTA reuniu cerca de 2 mil lideranças amazônicas, além da juventude ribeirinha, para debater reivindicações sobre as condições extrativistas e a importância do fortalecimento e resistência das famílias que vivem na floresta para a conservação do meio-ambiente.

O encontro organizado pelo Conselho Nacional de Populações Extrativistas (CNS) aconteceu dentro de uma das maiores unidades de conservação do país, a Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, na Amazônia paraense, representando o grito de 1 milhão de brasileiros e cerca de 150 mil famílias extrativistas que pedem pelo reconhecimento de assentamentos como áreas protegidas, com plano de manejo florestal comunitário e familiar, políticas de geração de renda com crédito para uso sustentável, processamento e distribuição de diversos produtos amazônicos, políticas de educação técnica-profissionalizante e superior voltada para a floresta, certificação especial, além das demandas básicas para infraestrutura de abastecimento, esgoto, coleta de lixo, energia e comunicação/internet.

Diversos políticos estavam presentes, entre eles prefeitos de municípios do oeste do Pará, além de secretários e técnicos de cinco ministérios e ministros.

ministraterezacampelloMinistra Tereza Campello do Ministério do Desenvolvimento Social na comunidade de São Pedro, da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, durante o evento

“Meu primeiro recado é que não aceitamos hidrelétricas no Tapajós. Nós queremos nossa floresta em pé e embaixo dessa floresta existe gente” — Auricelia Arapiun, líder do Movimento Indígena na mesa com ministros

Tapando os ouvidos ao recado dado pelas lideranças indígenas presentes no encontro, Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social (MDS), abriu seu discurso dizendo que os povos da floresta não podem ser tratados como invisíveis e que essa é uma luta histórica hoje reconhecida pelo governo. Como o mesmo governo que ignora consecutivos desastres socioambientais com a construção de hidrelétricas na Amazônia (um, dois, três, quatro…) se diz atento às demandas desses povos que nascem, crescem e vivem há séculos com a cultura da floresta? Como o mesmo governo que impulsiona e dá força à mineração, ao agronegócio e à agropecuária na Amazônia se diz ao lado do pequeno produtor, da biodiversidade e do desenvolvimento sustentável?

Sem dar luz a assuntos polêmicos ou falhas do governo na gestão e proteção dos recursos naturais e florestais, a ministra falou sobre a importância estratégica do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e de incentivo à agricultura familiar nas reservas extrativistas.

Na mesma mesa, a secretaria executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Maria Fernanda Coelho, falou sobre a Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) na Amazônia e recursos federais para agroindustrialização de negócios de geração de renda na região.

alexandrevonNo microfone, Alexandre Von (PSDB), prefeito de Santarém. À esquerda, o Secretário de Desenvolvimento Rural Sustentável e Extrativismo do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Guedes. À direita, o presidente da CNS, Joaquim Belo, a vice-presidente do CNS Edel Moraes e o presidente do ICMBio, Claudio Maretti.

plateiaPrefeita Dilma Serrão (PT) no Chamado da Floresta. Outros prefeitos também estavam no público.

PEC215 e Hidrelétricas no Tapajós

coverCacique Emanoel Abraão da Aldeia Muratuba, durante III Encontro da Floresta

“Temos um sol maravilhoso, não precisamos de barragem. Chega de matança dos povos indígenas e lideranças dos povos da floresta. O governo não faz nada para amenizar a situação da gente” — Auricelia Arapiun, líder do Movimento Indígena

O encontro começou um dia depois da bancada ruralista conseguir a primeira aprovação da PEC215 na Câmara de Deputados para alterar a Constituição e dar ao Congresso a atribuição de definir Terras Indígenas, Unidades de Conservação e quilombos, além de permitir empreendimentos econômicos nessas áreas.

As lideranças indígenas presentes no encontro manifestaram-se para pedir reconhecimento e demarcação de terras, falar em nome dos Guarani-Kaiowá do Mato Grosso do Sul, dos Guajajara e Awá-Guajá do Maranhão, dos Araweté, Assurini, Kayapó, Kraô, Apinajés, Gavião, Munduruku, Arara, Xipaya, Xicrin, Juruna, Guarani, Tupinambá, Tembé, Ka’apor, Tupinambá, Tapajós, Arapyun, Maytapeí, Cumaruara e Karajas, representando populações indígenas que sofrem com a tragédia de Belo Monte e outras populações ameaçadas por projetos hidrelétricos na Amazônia.

Sem citar a questão indígena, Cláudio Maretti, presidente do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), defendeu a importância da criação das reservas extrativistas de uso sustentável no país, mas lembrou que a gestão delas só é possível com a participação das famílias que vivem em cada uma delas.

indigenas1Contra a PEC215 e a construção de hidrelétricas no Tapajós

indigenas

Contra a PEC215 e a construção de hidrelétricas no Tapajós

ONGs atendem ao chamado

Diversas ongs estavam presentes no evento, entre elas o Projeto Saúde e Alegria (PSA), que tem forte atuação na Resex Tapajós-Arapiuns. Além da presença da trupe do circo, jovens da rede de jornalismo comunitário da Rede Mocoronga fizeram a cobertura em vídeo e rádio do evento, que foi ao ar na Rádio Rural AM (http://www.radioruraldesantarem.com.br/). Na página do Facebook do projeto, também é possível acompanhar vídeos feitos pelos jovens da comunidade: https://www.facebook.com/saudeealegria/?fref=ts.

grancircoA equipe de arte educadores e circo do Projeto Saúde e Alegria, que tem mais de grande atuação na Reserva Tapajós-Arapiuns

Grupos de trabalho durante III Chamado


professoresOs professores do Sistema Modular de Ensino Médio Ilana Melo de Souza e Eder Clay Araújo no evento

Durante a primeira tarde do encontro, os participantes se dividiram em grupos de trabalho temáticos para levantar propostas que serão enviadas ao governo federal na próxima semana. Acompanhe abaixo um resumo das propostas debatidas em cada grupo de trabalho.

Políticas agrárias

Os participantes levantaram a necessidade de regularização fundiária imediata das unidades de conservação e reversas extrativistas para combater a violência no campo; o encaminhamento dos processos de criação de novas reservas que estão praticamente concluídas no ICMBio e INCRA; o reconhecimento de territórios tradicionalmente ocupados; a agilização de planos de manejos comunitários e elaboração dos planos de uso; a fiscalização para evitar invasão e proteção dos povos da floresta ameaçados por fazendeiros e madeireiros; a promoção de um programa de incentivo ao ecoturismo de base comunitária em unidades de conservação de uso sustentável.

Geração de Renda

Os participantes pediram a criação urgente de políticas públicas para a produção extrativista em vez de incluir a população extrativista dentro da políticas para a agricultura familiar. Também foi levantada a necessidade de uso de incentivo fiscal e possibilidade de um sistema de registro e monitoramento da produção pelas próprias populações extrativistas que possa servir como certificação.

Educação

Os professores do Sistema Modular de Ensino Médio fizeram severas críticas à infraestrutura pública para o ensino de jovens nas reservas, dizendo que falta a parceria das prefeituras para sala de aulas adequadas no ensino médio. Também foram pedidos a inclusão de educação ambiental como matéria obrigatória no ensino básico; um modelo de “pronatec extrativista” para as populações de reservas; a realização de vestibulares e exames nacionais adaptados para os conhecimentos da floresta de modo a valorizar e incluir a juventude ribeirinha no ensino superior; extensão de polós universitários em reservas evitando que o jovem deixe sua comunidade e vá para cidade e implantação de telecentros comunitários que funcionem e com banda larga em todas as comunidades.

Gestão de unidades de conservação

Além da reivindicação pela criação de conselhos deliberativos em todas as unidades, extrativistas pediram participação das comunidades na elaboração dos planos de manejo e gestão. Os participantes exigiram mais fiscalização do ICMbio para combater a ação de madeireiros, grilheiros e pistoleiros, principalmente frente às ameaças de morte sofridas por líderes extrativistas e indígenas. Listaram também a necessiadade de um canal de denúncias da exploração de madeira ilegal através de rádio-telefone-internet.


Salve São Pedroabre2

Acompanhar todas as atividades exigiu dos participantes coragem para enfrentar o sol e a distância das caminhadas de ponta a ponta do vilarejo para ir ao galpão de eventos à área com embarcações-dormitórios.

O corre-corre de milhares de pessoas chamava atenção. Os moradores de São Pedro receberam com alegria todos os visitantes e abriram as portas de suas casas para quem precisasse de ajuda.

O questão do lixo em Santarém

Para receber mais de 2 mil pessoas, a prefeitura de Santarém enviou uma equipe de coleta de lixo para a comunidade. Mesmo assim, faltou orientação sobre o local adequado para lavar as lixeiras longe dos banhistas participantes.

Questionado no fim do evento sobre o problema de coleta de lixo em áreas de proteção ambiental, o prefeito Alexandre Von disse que precisa de mais trabalho na área e que sabe do problema do lixo de todas os distritos e comunidades de Santarém.

lixeiros

escovandodentes

No fim da tarde, os lixeiros da prefeitura de Santarém deslocados para o evento lavavam as lixeiras no rio em que os visitantes se banhavam…

Por dentro do que aconteceu no III Chamado da Floresta

30 de outubro de 2015 por Gabriel Abreu

12118667_10203512075720805_1548607157877595800096_nNos dias 28 e 29 de Outubro as delegações de varias parte do Brasil estavam chegando ao porto da comunidade de São Pedro, na Resex Tapajós-Arapiuns, para o #‎ChamadodaFloresta‬. O evento reuniu cerca de 3 mil pessoas, principalmente populações extrativistas da Amazônia e de outros estados do país. Na pauta estavam demandas a serem apresentadas ao governo federal ligadas às políticas de reforma agrária, produção e geração de renda, infraestrrutura, saúde, educação e serviços ambientais para as comunidades extrativistas.

Uma das convidas do evento Edel Moraes (vice-presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas) explica os objetivos do III Encontro Chamado da Floresta em São Pedro, na Resex Tapajos-Arapiuns #‎ChamadodaFloresta‬

Enquanto aconteciam os grupos de debates para definir as pautas de reivindicações, um grupo do movimento indígena do baixo Tapajós e Arapiuns, protestavam por uma maior abertura para a pauta indígena no evento. Além disso, os indígenas, bem como outras lideranças extrativistas presentes, deram eco ao posicionamento contrário ao projeto do governo federal de construção de hidroelétricas do Tapajós, e projetos de crédito de carbono nas reservas extrativistas. Segundo Caetano Scannavino (Coordenado Geral do Projeto Saúde & Alegria) o protesto é super valido: “legítima a manifestação do Movimento Indígena do Baixo Tapajós e Arapiuns, que esquentou a agenda morna no diálogo com o Governo, reforçando a indignação em tempos de tantos retrocessos, PEC215, hidrelétricas, etc.” (Fonte Facebook)

Foto Facebook Caetano Scannavino

Foto Facebook Caetano Scannavino

12144885_10153712826324855_2588946977712975883_n

Foto Facebook Caetano Scanavino

Fotos Facebook Fabio Pena

Fotos Facebook Fabio Pena

A @RedeMocoronga de Comunicação Popular fez a cobertura da terceira #‎Chamadodafloresta na comunidade de São Pedro, tudo isso e muito mais você poderá ouvir no programa ao vivo da Radio Mocoronga que irá ao ar sábado as 10 horas da manha na Radio Rural AM (http://www.radioruraldesantarem.com.br/)

Foto Facebook Wos Oliveira

Foto Facebook Wos Oliveira

Começou o III Chamado da Floresta na Resex Tapajós Arapiuns

28 de outubro de 2015 por Gabriel Abreu

Começando agora o III Chamado da Floresta, evento organizado pelo Conselho Nacional das Populações Extrativistas na Comunidade de São Pedro, na Reserva Extrativista Tapajós Arapiuns. Cerca de três mil participantes debatendo os temas centrais para o desenvolvimento das atividades extrativistas em unidades de conservação. Quatro grupos de trabalho se reunirão para traçar estratégias de incidência política nas mesas de negociação com o Governo Federal no dia de amanhã.
#‎
chamadodafloresta‬

12096536_10153738183099292_8464243357885017015_n

Produção de vinhetas e radionovelas educativas da 15ª Teia Cabocla

20 de outubro de 2015 por Lilian Campelo

Durante o encontro que ocorreu na 15ª Teia Cabocla várias oficinas foram realizadas com os jovens participantes, dentre elas a de rádio.
Divididos por temas, comunicação, cultura, esporte, saúde e educação, os jovens, a partir da sua realidade local, escreveram histórias para compor as radionovelas e chamadas para as vinhetas com base nos direitos constitucionais regidos pelo Estatuto da Juventude. 
Após o processo de criação o resultado são esses áudios criativos, leves, divertidos e educativos feitos por eles, meninos e meninas das comunidades ribeirinhas da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns e Floresta Nacional do Tapajós.

III CHAMADO DA FLORESTA na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns/Santarém

6 de outubro de 2015 por Lilian Campelo

iiichamadodafloresta

As populações extrativistas brasileiras que, por dependerem dos recursos naturais para manter seus modos de vida, prestam ao país um serviço inestimável: protegem os ecossistemas e a biodiversidade, contribuem com o equilíbrio climático e promovem novas bases de governanças para o desenvolvimento sustentável do país.

Vivem hoje em 106 Reservas Extrativistas e Reservas de Desenvolvimento Sustentável nas florestas da Amazônia, da Mata Atlântica, no Cerrado, na Caatinga e nas Zonas costeiras e Marinha, protegendo mais de 25 milhões de hectares, que representam cerca de 6% do território brasileiro, com uma estimativa populacional de três milhões de famílias. São populações que nasceram e cresceram em florestas, lagos, beiras de rios, manguezais, campos e praias e que aprenderam com seus antepassados como usar estes recursos sem degradar e sem desmatar, muito antes da proteção ao meio ambiente se tornar uma preocupação da sociedade.

Apesar dos avanços nas ultimas décadas, ainda existe grandes dificuldade de evidenciar suas especificidades aos formuladores de políticas públicas. Assim, o movimento social dessas populações adotou a estratégia de convidar governos para dentro das comunidades, invertendo a lógica de ir para Brasília para pautar suas demandas por políticas para estes territórios – 0 CHAMADO DA FLORESTA.

Foram organizados dois Chamados da Floresta (2011 e 2013) para apresentar proposta de desenvolvimento ao governo.

Temas centrais da plataforma de diálogo com governos são organizados em quatro eixos estruturantes da realidade desses territórios:

  • conquista e regularização dos territórios;
  • políticas econômicas para o desenvolvimento;
  • programas sociais para a qualidade de vida, e
  • gestão participativa dos recursos naturais e dos territórios.

O III CHAMADO DA FLORESTA será realizado este ano nos dias 28 e 29 de outubro dentro da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, no município de Santarém, Estado do Pará.

Participe!!

Texto enviado pelo Conselho Nacional das Populações Tradicionais – CNS

Vem aí o III Mocoroscar

6 de outubro de 2015 por Lilian Campelo

Concurso Multimídia Projeto Saúde & Alegria

Bitmap em FOLDER MOCOROSCA_sem fundoTema: “A vez e a voz das crianças e jovens da Amazônia”

O Projeto Saúde & Alegria promove a campanha e o concurso educativo de materiais de comunicação produzido pelas comunidades com os temas sobre os Direitos das Crianças, Adolescentes e Jovens da Amazônia (ECA e Estatuto da Juventude).

REGULAMENTO DO CONCURSO CULTURAL

1- Modalidades/linguagens:

As comunidades poderão participar nas seguintes categorias: fotonovela, música (composição própria), esquete circense (até 5min), melhor reportagem impressa/jornal, programa de rádio (vinheta, entrevista ou reportagem), vídeo de até 02 minutos.

2- Inscrições:

As inscrições são gratuitas e estão abertas a partir do dia do lançamento deste edital e vão até 30 de novembro.

3- Critérios de avaliação:

Um comitê de jurados independentes será construído para avaliar os melhores trabalhos inscritos, a partir de quatro critérios básicos:

Mensagem educativa

Roteiro

Criatividade

Desempenho dos atores

Qualidade

Ser Comunicativo

5- Premiação:

Serão selecionados e premiados os melhores trabalhos por categoria e os prêmios serão definidos em breve. A premiação ocorrerá durante o III Mocoroscar em local a ser definido.

Para mais informações:

Basta ligar para sede do Projeto Saúde & Alegria (93) 3067.8000 ou 91475104

Ou ir até o escritório do PSA que fica na Av. Mendonça Furtado, 3979, Bairro da Liberdade, Santarém-PA.

Veja o link: Mocoroscar (You Tube)

Semana de troca de saberes e capacitação no CEFA

2 de outubro de 2015 por Lilian Campelo

paraterceira208

Para melhorar ainda mais as ações realizadas nas comunidades pela equipe do ATER, no período de 5 a 9 de outubro, haverá uma capacitação para os técnicos no CEFA – Centro Experimental Floresta Ativa – que fica localizada na comunidade de Carão na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns.

Participarão dessa semana estagiários da UFOPA que contribuem nos trabalhos junto com a equipe do ATER e alunos da Casa Familiar Rural de Belterra.

Serão realizadas atividades na área de manutenção de viveiros florestais, Coleta de sementes e produção de mudas, manutenção de meliponários e horta.

Cada técnico que faz parte do PSA no Ater irá compartilhar de seus conhecimentos com os outros participantes, uma forma de socializar o saber e aprimorar as atividades realizadas em campo, que são nas comunidades onde o Projeto Saúde & Alergia atua prestando Assistência Técnica e Extensão Rural através do Programa Floresta Ativa.

Santarém e Belterra implantam rede piloto de monitoramento de qualidade da água

2 de outubro de 2015 por Adriane Gama
Desenvolvido pelo Rede InfoAmazonia. http://infoamazonia.org

Desenvolvido pelo Rede InfoAmazonia. http://infoamazonia.org

 

Entre os dias 16 e 31 de outubro, o Projeto Rede InfoAmazonia iniciará a implantação de uma rede piloto de monitoramento de qualidade da água para consumo humano na regiões paraenses de Santarém, Belterra, Floresta Nacional (FLONA) Tapajós e Reserva Extrativista (Resex) Tapajós-Arapiuns.

O sistema de monitoramento será implementado em articulação com o Projeto Saúde e Alegria, e as Secretarias de Meio Ambiente de Belterra e Santarém e as comunidades. Os resultados das análises serão apresentados em tempo real na plataforma InfoAmazonia. Além das informações publicadas no site, serão enviados alertas à autoridades, organizações e população através de mensagens SMS.

A definição dos vinte pontos onde serão instalados os dispositivos para o monitoramento será feita em um ciclo de oficinas com a população local, onde também serão formadas as equipes locais e haverá treinamentos e discussões sobre a relação entre meio ambiente, cidadania, comunicação e tecnologia. O ciclo de oficinas é destinado às pessoas que participaram do primeiro ciclo de oficinas do projeto em março de 2015.

Sobre o sistema de monitoramento

O sistema irá utilizar como ferramenta de monitoramento um hardware batizado como “Mãe d’Água”, que pode detectar possíveis alterações de características da água como acidez, temperatura, condutividade elétrica, potencial de redução da oxidação e pressão barométrica. A modificação destes atributos podem ser provenientes do despejo inadequado de resíduos domésticos, industriais e metais pesados, e com o “Mãe d’Água” é possível distinguir a água potável da água contaminada. O dispositivo usado pelo Rede InfoAmazonia pode ser instalado em águas superficiais de mananciais menores, em caixas d´água e cisternas.

O desenvolvimento dos sensores é realizado em parceria com a rede norte-americana de ciência cidadã Public Lab e a start-up Dev Tecnologia, empresa incubada na Universidade de São Paulo.

Atividade aberta ao público

Como parte do ciclo de atividades, acontecerá a oficina de Jornalismo Cidadão focado na área ambiental, realizada pelo jornalista Gustavo Faleiros. A atividade é aberta ao público, e acontecerá na UFOPA nos dias 23 de outubro (14 às 17h30) e 24 de outubro (8h30 às 12h). As inscrições serão realizadas com o Projeto Saúde e Alegria. A oficina e visa discutir a produção de conteúdo informativo a partir de questões das próprias comunidades, a construção da pauta, coberturas e levantamento de informação com dispositivos móveis, alimentação jornalística de redes sociais, produção e edição de conteúdo multimídia (vídeos, áudios, fotos, mapas e transmissões ao vivo) e publicação para web.

Mais informações sobre o projeto Rede InfoAmazonia:

http://infoamazonia.org/pt/projects/infoamazonia-network/

Prestação de serviços InfoAmazônia em Santarém:

16 de outubro – Oficina Mãe d´Água (Flona, Belterra e Santarém). Ufopa (Boulevard)

23 de outubro – Oficina de Jornalismo Cidadão (14 às 17h30) e 24 de outubro (8h30 às 12h). Local: Ufopa (Boulevard)

Gina Leite

Assessora executiva

Projeto Infoamazonia

gina@memelab.com.br

Skype: Geijineana

(71) 8836 5112 (Vivo / Whatsapp)

Vamos rever a primeira edição do Mocoroscar

1 de outubro de 2015 por Lilian Campelo

O Mocoroscar vem com a ideia de incentivar os jovens ribeirinhos a produzirem produtos de comunicação a partir de um tema. São os jovens contando a realidade onde moram sem intermediários, fazendo comunicação popular e comunitária com o jeito deles.

Vamos relembrar a primeira edição do Mocoroscar que ocorreu na comunidade de Suruacá, localizada na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, durante a X Teia Cabocla.

Em sua terceira edição

1 de outubro de 2015 por Lilian Campelo

folder1_web