Damo Day em Belém reunirá projetos de empreendedorismo sustentável

13 de dezembro de 2018 por Samela Bonfim

Apresentações do “Amazônia Up” serão realizadas no auditório do Jornal O Liberal nesta sexta (14) e contemplam Ideias empreendedoras para o desenvolvimento sustentável da Amazônia

O objetivo do evento é destacar iniciativas inovadoras com foco à floresta e biodiversidade. Entre as cadeias produtivas prioritárias destacam-se: Açai, Cacau, Turismo, Gastronomia, Biotecnologia, Pesca, Sistemas Agroflorestais,Produtos florestais não-madeireiros, Sócio-biodiversidade, Pecuária Verde, Agricultura Sustentável e Economia Criativa. 

O programa se propõe a atingir estudantes e concluintes de escola técnica/ensino médio, universitários, graduados e integrantes das comunidades abrangidas pela atuação da Rede Jirau de Agroecologia.

Durante o Demo Day (Dia de Apresentações) os modelos de negócio e seus protótipos serão apresentados para um público representativo do ecossistema de negócios sustentáveis da Amazônia em um evento dinâmico e participativo. Ao final do evento, serão escolhidos até 4 ideias/negócios de destaque para serem premiados com mentorias e recursos para desenvolver suas idéias.

Para a realização do evento, a comissão organizadora conta com a parceria de instituições, como o Projeto Saúde e Alegria, representado no Demo Day pelo coordenador do programa de empreendedorismo do PSA – Paulo Lima.

Serviço

Onde? Auditório do Jornal O Liberal, em Belém (Av. Rômulo Maiorana 2473, atrás do Bosque Rodrigues Alves)

Quando?  13 de dezembro – sexta feira

Pesca predatória e mineração são temas discutidos no terceiro Ciclo coletivo do Engaja Mundo

13 de dezembro de 2018 por Samela Bonfim

A partir deste terceiro encontro, os jovens estarão preparados para os próximos cinco ciclos que marcam as ações dos ativistas por uma sociedade mais justa e igualitária

Mais uma jornada inicia nesta sexta feira (14) para as lideranças comunitárias jovens que discutirão por três dias na Escola da Floresta – em Alter do Chão – a importância de uma comunicação adequada na luta pelos próprios direitos.

Nesta etapa 29 jovens Indígenas moradores de aldeias localizadas no Açaizal , Itaquara, São Francisco e Maró vão repensar as ações que serão implementadas para buscar melhorias da pesca predatória , resíduos sólidos, madeireiras e mineração.

O público participante é diretamente impactado por problemas ocasionados por grandes obras, extração de minério e madeira, além do agronegócio. Para o integrante da coordenação do Ciclo de Formação, Walter Oliveira o momento é de reorganizar as ações que buscam apresentar soluções: “e decidir como as  lideranças da comunidade buscarão melhorias sobre essas questões” – explica.

A formação é uma parceria do Projeto Saúde e Alegria com a organização de liderança jovem Engajamundo, sem fins lucrativos que promove formações, mobilização e ações de ativismo, com foco ao empoderamento da juventude para reivindicar melhorias em diversas esferas de poder.

Serviço

Quando? Dias 14, 15 e 16 de dezembro – de sexta a domingo

Onde? Escola da Floresta, rodovia Everaldo Martins – Alter do Chão em Santarém

Lucratividade na comunidade: jovens empreendedores apresentam modelo de negócios neste sábado (15)

13 de dezembro de 2018 por Samela Bonfim

Durante o encerramento das atividades do Beiradão de Oportunidades do Projeto Saúde e alegria vinte e quatro jovens apresentarão 12 projetos de empreendimentos nas regiões de origem. Se destacam negócios inovadores nas áreas da meliponicultura, artesanato e agricultura

Para os jovens moradores de comunidades ribeirinhas localizadas geograficamente distantes dos grandes centros urbanos, o momento é de alegria e ansiedade. Neste próximo sábado eles apresentarão à comunidade o fruto de meses de dedicação à elaboração do negócio.

O encontro encerra as capacitações em empreendedorismo com jovens ribeirinhos na Amazônia e propõe iniciativas criativas e empreendedoras a partir dos potenciais da própria região. “Eles construíram um modelo de negócio na comunidade deles, baseado na cultura, nos costumes do lugar. E agora eles vem mostrar o negócio completo aqui. Os cinco melhores avaliados vão receber um apoio financeiro e também de assessoria para dar continuidade aos seus negócios. É o que a gente chama de incubação. A partir de agora todos são empreendedores, donos dos seus negócios.” – explicou a Educadora do Projeto Juventude Floresta Ativa, Luana Silva.

Serão expostos projetos de meliponicultura, colheita de macaxeira, fabricação de roupas de crochê, pimenta do reino, artesanato. Na comunidade São Pedro região do Rio Arapiuns as jovens Daiana Pereira e Adria dos Santos, decidiram criar um instrumento que facilite a colheita dos moradores e gere renda. “Vamos fazer uma maquina, a Velomaq que vai ser instrumento para facilitar a vida do agricultor. Essa maquina vai extrair mais rápido a mandioca do que manualmente” – contou Daiana.

Em Maripá no Rio Tapajós o mais novo empreendimento é um restaurante montando por um trio: Jessica Cardoso, Tiago Assunção e Fernanda Lima. Eles resolveram inaugurar o Restaurante Peixe e Cia  a primeira experiência com a venda de comidas dos empreendedores: “Vendemos pra comunidade, carne e frango, assado de panela e verduras no cardápio. Para os turistas, pratos bem regionais, com os produtos de tempo como farofa de caju com Curuá” – relatou Jéssica.

Beiradão

É um processo de formação de jovens empreendedores que engloba conceitos de negócios sociais e tecnologias, auxiliando os jovens na geração de ideias inovadoras que surgem para solucionar problemas que estão inseridos em algum contexto social.

“Esta é a 10ª turma do curso, sendo que vários pequenos negócios já foram montados e estão em funcionamento nas comunidades, abrindo novas perspectivas de renda para o jovem do campo que não tem muitas oportunidades de emprego”, explica Paulo Lima, coordenador do programa de empreendedorismo do PSA.

O curso faz parte de uma estratégia maior do Saúde e Alegria, que visa contribuir para uma melhoria das condições de vida e para um desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens de comunidades da Amazônia. “Isso inclui além de estratégias de mobilização social, a criação de oportunidades de trabalho e renda para que os jovens das comunidades possam ter a oportunidade de fazer escolhas, sair ou ficar da comunidade, mas com clareza para construir seus projetos de vida plenamente”, conclui Fábio Pena, da coordenação de educação do PSA.

O projeto organizado pelo Projeto Saúde & Alegria (PSA) conta atualmente com o apoio da Fundação Cáritas Suíça e colaboração da Fundação Konrad Adenauer.

Serviço

Quando? Sábado (15) de dezembro, às 08h00

Local? Auditório do IESPES, localizado na Rua Coaracy Nunes, 3315 – Caranazal

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Aviso de Errata nº 01 da Chamada Pública n° 01/2018

10 de dezembro de 2018 por Paulo Lima
O Centro de Estudos Avançados de Promoção Social e Ambiental torna pública a ERRATA Nº 01 DO EDITAL DE CHAMADA PÚBLICA n° 01/2018 para a seleção e contratação de entidades privadas sem fins lucrativos, credenciadas pelo MDS, para a implantação de tecnologias sociais de acesso à água, no âmbito do Programa Cisternas, observadas as disposições legais do edital.

Baixe aqui: http://bit.ly/2EaIQvn

A errata da chamada encontra-se disponível também no SICONV.

Davide Pompermaier

Acesso a Água / Saneamento / Energias Renováveis

Turismo de Base Comunitária / Artesanato da Floresta

Centro de Estudos Avançados de Promoção Social e Ambiental
PROJETO SAÚDE & ALEGRIA – Santarém, Pará, Amazônia

Natal antecipado na floresta tem circo e árvore de tarrafa

8 de dezembro de 2018 por Samela Bonfim

Crianças, jovens e adultos participaram um natal mágico adaptado à realidade dos moradores das comunidades do entorno Centro Experimental Floresta Ativa

A proposta do natal do Projeto Saúde e Alegria foi levar o circo para a comunidade e disseminar o bem através da diversão. “Foi cheio de magia” – disse a educadora e comunicadora Elis Lucien. 

O tradicional vermelho e branco do período natalino ganhou novas cores e os símbolos, novos formatos. A árvore de natal foi feita com uma tarrafa de pesca (rede usada na pescaria pelos moradores das comunidades tradicionais). Ela ganhou enfeites coloridos, fotos e pedidos. “Eu posso desejar coisas boas em qualquer momento, então as crianças desejaram o que querem para vida, para as pessoas, para o pai, mãe e amarraram os desejos na árvore de tarrafa. Dentro dela tinha o menino Jesus na manjedoura de palha” – contou Lucien.

A magia do circo, do colorido, do divertido, do mundo encantado da criança fez do natal um momento único para as crianças das comunidades Arapiranga, Pedra Branca, Anumã, Carão e Aldeia Solimões localizadas na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns.

No evento, além das brincadeiras, promoção à saúde e distribuição de brinquedos a todos os participantes, a coordenação desenvolveu um painel gigante onde os moradores marcaram as mãos pintadas de tinta a simbologia de ligar um natal ao outro, com a realização dos pedidos feitos ao Papai Noel na arvore de natal. A intenção é mandar boas vibrações para que no próximo período natalino, tenham seus desejos atendidos.

O natal para crianças da Amazônia é uma iniciativa que reúne as ações de todos os colaboradores do projeto Saúde e Alegria e parceiros que contribuem com doações de brinquedos, alimentos e transporte. Durante todo o ano atividades são desenvolvidas no Centro Experimental Floresta Ativa (CEFA) para melhorar as condições de vida das populações tradicionais.

 

 

 

Jovens ribeirinhos e indígenas participam da I Conferência Municipal da Juventude

7 de dezembro de 2018 por Samela Bonfim

Protagonistas da transformação social os jovens de coletivos apoiados pelo PSA se uniram aos mais de duzentos participantes da primeira edição do evento realizada na última quinta-feira (06) no auditório do Instituto de Ensino Superior para construir um planejamento para melhorar políticas públicas.

“É muito legal saber que nós povos tradicionais temos voz. Nós mostramos isso na conferência. Estavamos lá ribeirinhos e indígenas buscando o mesmo objetivo: a implementação de políticas públicas para a reserva extrativista Tapajós arapiuns” – comentou o jovem Luiz Henrique Lopes Ferreira morador da comunidade Carão. 

Para um dos integrantes dos projetos desenvolvidos pelo Saúde e Alegria participar da primeira conferência foi uma experiência transformadora: “de alguma forma estamos marcando um ato histórico para Santarém. Pudemos trabalhar alguns eixos temáticos como saúde, educação, trabalho e renda onde pudemos dar a nossa visão jovem para isso tudo”.

Durante o evento foram discutidos cinco eixos: Educação; Saúde; Segurança Pública; Trabalho, Emprego e Renda;
Esporte, Cultura e Lazer. A discussão faz parte de uma iniciativa que lembra a lei de número 19.689 aprovada em 2015 que instituiu a criação do Conselho Municipal da Juventude. Parada desde a sanção é fundamental para lutar por políticas públicas da juventude. No evento uma comissão de reestruturação da lei Votação foi composta por sete representantes governamentais e sete não governamentais, dentre os quais, Walter Oliveira – educomunicador do projeto Saúde e Alegria. 

“É importante que a juventude esteja nesses espaços que são delas, ainda mais quando se fala da juventude das comunidades ribeirinhas da qual faço parte, porque vamos estar discutindo juntos com outros seis o que é melhor todos, uma vez que só se lembram de políticas públicas para a juventude da cidade e acabam esquecendo dos jovens que estão em busca de melhorias dentro de suas comunidades” – explica Oliveira. 

Para o coordenador de educação e comunicação do PSA Fábio Pena, a conferência é um importante passo de consolidação das atividades realizadas pela entidade não governamental que promove o protagonismo juvenil: “No Projeto Rede de Juventude Floresta Ativa desenvolvido com o apoio do projeto Caritas Suíça a gente desenvolve diversas atividades para a formação e o engajamento de jovens nas comunidades. Faz parte desse trabalho a formação de lideranças jovens para que eles possam saber se expressar e negociar suas demandas nos espaços públicos, políticas públicas. A participação deles nessa conferência é um dos resultados porque eles participaram a entender os seus direitos naquilo que não está sendo garantido na prática” – ressalta.

Restaurante na comunidade e máquina de colher mandioca estão entre projetos desenvolvidos no Beiradão de Oportunidades

30 de novembro de 2018 por Samela Bonfim

Última fase do Beiradão 2018 aconteceu nos dias 29 e 30 de novembro. Capacitação em empreendedorismo com jovens ribeirinhos na Amazônia propõe iniciativas criativas e empreendedoras a partir dos potenciais da própria região. Neste ultimo ciclo os participantes construíram roteiro e planejaram a apresentação do modelo de negócios

Na comunidade São Pedro região do Rio Arapiuns grande parte dos moradores sobrevive da agricultura com atividade voltada ao plantio de mandioca. Devido ao intenso esforço da retirada da raiz, as jovens Daiana Pereira e Adria dos Santos, moradoras da comunidade decidiram criar um instrumento que facilite a colheita dos moradores e gere renda.

“Muitas pessoas sofriam com dores nas costas e percebemos que isso era por conta da maneira como retiraram a mandioca. Então vamos fazer uma maquina, a Velomaq que vai ser instrumento para facilitar a vida do agricultor. Essa maquina vai extrair mais rápido a mandioca do que manualmente e será adaptável a altura do agricultor, a produtividade será maior e sua renda aumentará” – contou Daiana animada sobre a implantação do projeto incentivado pelo Saúde e Alegria.

Em Maripá no Rio Tapajós um restaurante está movimentando a comunidade. A dedicação ao campo e respectiva falta de tempo para fazer o almoço foi observada pelo trio integrante do Beiradão de Oportunidades. Jessica Cardoso, Tiago Assunção e Fernanda Lima resolveram inaugurar o Restaurante Peixe e Cia. Em uma primeira experiência com a venda de comidas os empreendedores obtiveram um numero expressivo de clientes internos e externos, conta

Cardoso: “A gente atingiu o numero de 75 famílias que tem lá e vendeu para 36, fora os turistas que passam por lá. Vendemos pra comunidade, carne e frango, assado de panela e verduras no cardápio. Para os turistas, pratos bem regionais, com os produtos de tempo como farofa de caju com Curuá”.

O que é Beiradão?

Um processo de formação de jovens empreendedores que engloba conceitos de negócios sociais e tecnologias, auxiliando os jovens na geração de ideias inovadoras que surgem para solucionar problemas que estão inseridos em algum contexto social.

“Esta é a 10ª turma do curso, sendo que vários pequenos negócios já foram montados e estão em funcionamento nas comunidades, abrindo novas perspectivas de renda para o jovem do campo que não tem muitas oportunidades de emprego”, explica Paulo Lima, coordenador do programa de empreendedorismo do PSA.

O curso faz parte de uma estratégia maior do Saúde e Alegria, que visa contribuir para uma melhoria das condições de vida e para um desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens de comunidades da Amazônia. “Isso inclui além de estratégias de mobilização social, a criação de oportunidades de trabalho e renda para que os jovens das comunidades possam ter a oportunidade de fazer escolhas, sair ou ficar da comunidade, mas com clareza para construir seus projetos de vida plenamente”, conclui Fábio Pena, da coordenação de educação do PSA.

O projeto organizado pelo Projeto Saúde & Alegria (PSA) conta atualmente com o apoio da Fundação Cáritas Suíça e colaboração da Fundação Konrad Adenauer.

Levantamento de sementes marca seminário em Aveiro na Floresta Nacional do Tapajós

29 de novembro de 2018 por Samela Bonfim

De 26 a 28 de novembro moradores da comunidade participaram do evento que incentiva a produção sustentável de diferentes plantas como forma de manter o ecossistema e extrair dele a renda familiar

Tipos de sementes de plantas aromáticas, plantas frutíferas, ervas medicinais e arvores lenhosas (capazes de produzir madeira dos seus caules) foram indicados pelos participantes do seminário que idealizam aumentar as produções com fim ao reflorestamento e aumentar o lucro a partir da produção das espécies.

Andiroba, copaíba, castanha, pupunha e Cumaru foram as sementes mais indicadas para a produção de plantas com alto potencial de fabricação de óleos. Açaí, cacau, tucumã e caju foram apontadas como plantas frutíferas importantes para a comercialização na região. Muiracatiara, louro e tauari se destacaram pela capacidade de uso na produção de móveis. Já na categoria das ervas medicinais são algumas das apostas dos moradores: unha de gato, cidreira, canela e mangarataia.

Entusiasmados com a perspectiva de melhorar a cadeia produtiva, os moradores da comunidade São Francisco das Chagas – Rio Cupari no município de Aveiro/Pá, localizada na Floresta Nacional do Tapajós – FLONA desenharam a estrutura que imaginam para as plantações dentro da comunidade e de que maneira irão organizar a divisão do plantio por espécies.

Os frutos de plantas típicas da região Amazônica como Andiroba e o Cumaru são visados pelas indústrias de cosméticos, setor culinário e artesanal. Porém apesar da grande apreciação do comercio nacional e internacional, é preciso incentivar a plantação das arvores dessas espécies e fomentar a produtividade sustentável.

Os moradores da comunidade conheceram técnicas de coleta para a venda das sementes e tiveram acesso a estratégias de conservação dos recursos da natureza como método de capacitação continua em técnicas e sistemas produtivos mais modernos e eficientes, que ao mesmo tempo preservem a floresta e garantam renda aos extrativistas.

O responsável pela atividade e coordenador do CEFA – Steve Mcqueen enfatizou a proposta do seminário: “Representa o fortalecimento da cadeia de sementes na região do Tapajós onde as comunidades que já desenvolvem o trabalho de extrativismo vão ter a oportunidade de avançar nessa cadeia das sementes. A gente espera poder junto com os parceiros, desenvolver um trabalho de coleta, capacitação, beneficiamento e mercado para chegar ao ponto da comercialização de mudas e óleos” – explica.

O seminário incentiva a cadeia produtiva sustentável e promove geração de renda por meio do manejo de óleos e sementes, através do Projeto Saúde e Alegria com o apoio do Fundo Amazônia na região. Os projetos já são realizados nas comunidades que precisam consolidar cada vez mais estratégias para aumentar a renda familiar de maneira organizada e sustentável.

As reservas são compostas principalmente por agricultores e extrativistas que desenvolvem ações dentro de cadeias produtivas não-madeireiras, que possuem enorme potencial para ampliar processos econômicos de desenvolvimento local.

Conferência Ethos discute soluções para desenvolvimento social e econômico da região amazônica

29 de novembro de 2018 por Samela Bonfim

Segunda edição do evento foi realizada na capital do estado do Pará e reuniu líderes, empreendedores e especialistas que destacaram possíveis caminhos para a construção democrática local

Mais de cinquenta palestrantes foram distribuídos em 20 painéis que dialogaram sobre desafios e as conquistas para o crescimento e desenvolvimento do Pará e da região amazônica. Questões como “Visão empresarial para a Amazônia: o engajamento para o desenvolvimento social e econômico” e “Pesca sustentável na costa e nos rios da amazônia” estiveram entre os temas discutidos entre os participantes que representam diferentes categorias da sociedade. 

Uma das maiores preocupações de estudiosos e pesquisadores esteve em evidência: “Águas da Amazônia: a poluição e o acesso a água potável” e foi amplamente discutido entre os componentes do painel: professor titular da Faculdade de Geologia do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Pará – Milton Matta, coordenadora de relacionamento com Associados do Instituto Ethos – Milene Almeida, professor do núcleo de Meio Ambiente da UFPA – Ronaldo Mendes e coordenador geral do Projeto Saúde & Alegria – ​ Caetano Scannavino que comentou sobre a necessidade do diálogo aberto: “É um evento que reúne várias pessoas, representantes de diversos setores, onde abre-se um debate plural, um ambiente para diálogos e conseguimos construir uma agenda positiva para manter a floresta em pé, com desenvolvimento para todos e não apenas para alguns”.

Scannavino destacou a necessidade de discutir assuntos de diferentes temáticas que promovem o bem estar coletivo. “Pensar em pólos industriais em Santarém, verticalizando a produção e fazendo com que o vale do Tapajós seja mais sustentável. Estamos liderando o futuro, criando novos paradigmas e aproveitando oportunidades com envolvimento do setor produtivo, social, acadêmico com pensamento em uma agenda mais focada no modelo de desenvolvimento rumo ao futuro” – finaliza.

Para o diretor presidente do Instituto Ethos – Caio Magri: “O desenvolvimento local é a temática central dos 20 painéis. Esperamos abrir caminho para a discussão sobre temas específicos da Amazônia como o combate à degradação ambiental e ao trabalho escravo e a problemática da morte de ativistas do meio ambiente, entre outros. Dessa forma, palestrantes e espectadores possuem espaço para discutir as alternativas para a construção democrática local”.

Assuntos em destaque

Além dos painéis citados, outros dezessete foram realizados na segunda Conferência Ethos: Comércios justos e os territórios de diversidade socioambiental; Oportunidades para alavancagem da Conservação da Biodiversidade em grandes projetos; Desafios da mineração na Amazônia: riscos ambientais e desenvolvimento sustentável; Violência e violação dos direitos humanos: lideranças e comunidades afugentadas; Rating Integra: governança e transparência no esporte brasileiro; Diálogos intersetoriais em Direitos Humanos: caminhos para o compromisso empresarial no norte e nordeste; Um recife improvável – conhecendo os corais da Amazônia; Alternativas de desenvolvimento econômico e social para municípios da Amazônia: cooperação entre governos, empresas e sociedade civil; As mulheres e a escravidão contemporânea;

A importância do compromisso da alta liderança para a efetividade dos programas de integridade e conformidade: operações na região amazônica; O papel do empreendedorismo de pequeno porte na promoção do desenvolvimento sustentável; Expansão da fronteira do agronegócio na Amazônia: a lógica de mercado global nas bordas da floresta; Diversidade e inclusão nas empresas: agenda estratégica, reflexos nas lideranças e nos resultados; Águas da Amazônia: a poluição e o acesso a água potável; Zona Franca – alternativas e sugestões para o combate eficaz à fraude em incentivo fiscal; Diálogo democrático, estratégias e trajetórias de desenvolvimento sustentável; Mulheres indígenas em defesa de seus povos e da Amazônia; Como conciliar conservação ambiental e produção agropecuária para o desenvolvimento sustentável do Brasil?; Movimento Empresarial pela Integridade e Transparência: ressignificação do papel das empresas na sociedade em prol de uma cultura de integridade.

Conferência

O Instituto Ethos se dedica à agenda dos Direitos Humanos e sua transversalidade em outras agendas, como por exemplo o meio ambiente há 20 anos. A primeira Conferência foi realizada em São Paulo, mas também aconteceu no Rio de Janeiro, onde já realizou três edições e este ano promoveu a segunda realização em Belém.

Última fase do Beiradão de Oportunidades 2018 será nos dias 29 e 30 de novembro

28 de novembro de 2018 por Samela Bonfim

Capacitação de empreendedorismo de jovens ribeirinhos na Amazônia propõe iniciativas criativas e empreendedoras a partir dos potenciais da própria região. Neste ultimo ciclo os participantes irão construir roteiro e planejar a apresentação do modelo de negócios

Os jovens empreendedores estão mais perto de ter o próprio negócio gerando renda e oferecendo algo útil à comunidade. Por meses eles investiram tempo à pesquisa e ao planejamento do empreendimento orientado por técnicos do Curso de Empreendedorismo Beiradão de Oportunidades promovido pelo Projeto Saúde e Alegria (PSA) com apoio da Fundação Cáritas Suíça e colaboração da Fundação Konrad Adenauer. 

Os participantes entre 18 e 21 anos buscaram novos conhecimentos para aplicar em ideias de negócios que possam ser bem sucedidos. São projetos como da Louriely Pereira da comunidade São Pedro da região do Rio Arapiuns que pretende solucionar o problema da falta de hortaliça nas comunidades através do Projeto Hortagro – Horta Agrícola/Mão de obra. “Eu tinha o começo mas não tinha como continuar nem os recursos. Hoje já tenho os recursos de materiais e de como mobilizar no meu psicológico para ver como analisar e ter lucro”.

Ou o do José Solano Guimarães da comunidade Mentae – Rio Arapiuns que inaugurará uma granja: “O nosso problema é a falta de ovos de galhinha caipira dentro da comunidade e nas redondezas. A demanda é grande, porém a gente não tem quantidade na comunidade. A gente precisa vir a Santarém e esperar um dois dias para chegar a mercadoria lá. Quem sofre são os comunitários”.

Nesta ultima fase realizada na sede do Projeto Saúde e Alegria, os jovens finalizarão o projeto com a preparação para o encerramento do curso de empreendedorismo a ser realizado no dia 15 de novembro.

O que é Beiradão?

Um processo de formação de jovens empreendedores que engloba conceitos de negócios sociais e tecnologias, auxiliando os jovens na geração de ideias inovadoras que surgem para solucionar problemas que estão inseridos em algum contexto social. Esta é a 10ª turma do curso, sendo que vários pequenos negócios já foram montados e estão em funcionamento nas comunidades, abrindo novas perspectivas de renda para o jovem do campo que não tem muitas oportunidades de emprego”, explica Paulo Lima, coordenador do programa de empreendedorismo do PSA.

O curso faz parte de uma estratégia maior do Saúde e Alegria, que visa contribuir para uma melhoria das condições de vida e para um desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens de comunidades da Amazônia. “Isso inclui além de estratégias de mobilização social, a criação de oportunidades de trabalho e renda para que os jovens das comunidades possam ter a oportunidade de fazer escolhas, sair ou ficar da comunidade, mas com clareza para construir seus projetos de vida plenamente”, conclui Fábio Pena, da coordenação de educação do PSA.

O projeto organizado pelo Projeto Saúde & Alegria (PSA) conta atualmente com o apoio da Fundação Cáritas Suíça e colaboração da Fundação Konrad Adenauer.

Serviço

Quando? Quinta e sexta 29 e 30 de novembro, das 8h às 18h

Onde? Projeto Saúde e Alegria, Av. Mendonça Furtado, n° 3979, Bairro: Liberdade

| Ascom Saúde e Alegria