Rumo ao V Fórum Social Pan-Amazônico

24 de novembro de 2009 por Fabienne Simenel

Do dia 18 até dia 21 de novembro se realizou o encontro do Conselho Internacional do Fórum Social Pan-Amazônico em Santarém. O Conselho reuniu com a comissão local das entidades de Santarém para discutir as preparações para o V Fórum Social Pan-Amazônico, que se realizará em Santarém em novembro do ano 2010. O encontro contou com a presença de 60 pessoas, representando entidades de 7 países da Amazônia continental e outros estados da Amazônia legal do Brasil.

No dia 3 de dezembro haverá uma reunião na sede da OMT-BAM de Santarém para socializar os resultados do encontro com o Conselho Internacional Pan-Amazônico. Com o objetivo de fortalecer a articulação entre os movimentos sociais organizados da região no sentido de unificar as lutas em defesa da vida dos povos da Amazônia, a comissão local do Fórum Pan-Amazônico convida todos os movimentos e entidades regionais a participar dessa reunião.

Leia também a carta sobre o Fórum Social Pan-Amazônico:

RUMO AO V FÓRUM SOCIAL PAN-AMAZÔNICO

Por: Pedro Cesár Batista
Atendendo mais uma vez ao chamado da Mãe Terra, nós, povos das florestas, dos lavrados, dos rios, das cidades, dos quilombos, dos afros-descendentes, dos povos indígenas e camponeses, e das organizações e movimentos sociais panamazônicos, do Brasil, Peru, Estado Plurinacional de Equador, Estado Plurinacional de Bolívia, Colômbia, República Bolivariana da Venezuela, República Cooperativa da Guiana, Suriname e Guiana, estamos novamente reunidos para defendê-la, mostrando nossa força, coragem e determinação.

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MPF quer pressa para solução de conflito no rio Arapiuns

11 de novembro de 2009 por Fábio Pena

Fonte: MPF

Lideranças indígenas e ribeirinhas na praia de São Pedro durante a reunião com MPF

Ontem, após nova reunião para debater o assunto, comunidade incendiou duas balsas com madeira que estavam bloqueadas há mais de um mês. Moradores apontam atividade madeireira irregular e MPF pede intervenção mais eficaz de autoridades.

O conflito que se arrasta há quase um mês entre madeireiros e populações tradicionais do rio Arapiuns, em Santarém, oeste do Pará, teve mais um momento de tensão hoje. Os moradores incendiaram as duas balsas carregadas de madeira que estavam bloqueadas desde o dia 17 de outubro no rio.

O episódio aconteceu após reunião em que estiveram presentes representantes do Ministério Público Federal, do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará e da Prefeitura de Santarém. O MPF considera necessária uma intervenção mais eficaz dos órgãos públicos para mediar o conflito. Entre as medidas que já solicitou, recomendou à Funai que apresse a demarcação da Terra Indígena Maró e pediu a extensão da operação Arco do Fogo para o território que está em disputa.

O estudo de identificação e delimitação da Terra Maró foi concluído em julho, mas até agora não foi apreciado pela presidência da Funai. – A lei estabelece prazo de 15 dias para que a Fundação Nacional do Índio aprecie o relatório de identificação, diz a recomendação do MPF. O prazo já se esgotou, mas a recomendação concede outros 15 dias para que seja resolvido o problema.

Para a procuradora da República Nayana Fadul, que assina a recomendação, a demora potencializa a tensão na região. – Índios das etnias Borari e Arapium e empresários madereiros estão em conflito, gerado, entre outros fatores, pelas permutas realizadas pelo Estado do Pará, sendo que parte da Gleba Nova Olinda I, que é estadual, invade território ocupado tradicionalmente pelos indígenas.

Os moradores acusam a Secretaria de Meio Ambiente do Pará de permitir manejo irregular no território que reivindicam como posse das comunidades tradicionais. Para o MPF, há evidências de extração irregular e a fiscalização é necessária.

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Indignada com omissão do governo, comunidade de Santarém recorre ao MPF

9 de novembro de 2009 por Fabienne Simenel

Famílias que bloquearam balsas pedem ajuda para cobrar respostas por parte de instituições como Sema e Funai

Fonte: Procuradoria da República no Pará

Revoltadas pela ausência de representantes do governo em reunião que havia sido agendada para a última quarta-feira, comunidades ribeirinhas e indígenas que vivem na gleba Nova Olinda I, em Santarém, oeste do Pará, querem ajuda para exigir respostas às suas reivindicações. Em atendimento a esse pedido, o Ministério Público Federal (MPF), juntamente com o Ministério Público do Estado, estão informando instituições governamentais que uma nova reunião foi marcada para a próxima terça-feira, 10 de novembro.

Em protesto contra o desmatamento de seus territórios e a falta de regularização fundiária, desde 14 de outubro as comunidades vêm impedindo a circulação de balsas carregadas de madeira no rio Arapiuns.

“As famílias estão indignadas com a omissão do governo”, relata o procurador da República Cláudio Henrique Machado Dias, que foi à área na quarta-feira. “Os ânimos estão bastante exaltados porque os problemas continuam sem solução”, complementa.

Comunicados com a data da nova reunião foram enviados por Dias a órgãos como as secretarias de Meio Ambiente do Estado e de Santarém, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará (Ideflor) e Fundação Nacional do Índio (Funai).

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Comunitários do Arapiuns manifestam contra a exploração madeireira na Gleba Nova Olinda

24 de outubro de 2009 por Fabienne Simenel

Manifestantes prenderam balsas de madeira exigindo maior fiscalização e regularização da terra

Fotos: Timo Santala

Manifestantes marchando na praia em frente de São Pedro

Dia 22 de outubro, nove horas da manhã. Depois de uma viagem de voadeira de quatro horas chegamos na ponta de areia em frente à comunidade de São Pedro, no rio Arapiuns. A praia, decorada com bandeiras brancas, hospeda cerca de 300 pessoas vindas de 27 comunidades da Reserva Extrativista Tapajós/Arapiuns, do PEAEX Lago Grande e da Gleba Nova Olinda. Os ribeirinhos entram no décimo-primeiro dia de manifestação. Vieram de canoa, rabeta e barco comunitário para protestar contra a exploração ilegal de madeira na área e para exigir do Governo Estadual do Pará uma maior fiscalização da madeira e a regularização fundiária da Gleba Nova Olinda. Os manifestantes contam com o apoio de entidades como o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santarém (STTR), a Federação das Associações do Lago Grande (FEAGLE) e a Tapajoara-RESEX. Atrás da ponta de praia, estão duas balsas com madeira e duas balsas vazias, prendidas pelos próprios comunitários. Depois de muitos anos de negociação pelos direitos à terra, e de ver de cinco até dez balsas de madeira saírem da região por semana, chegou o limite para o povo do Arapiuns. Danilson, liderança do povo Borari da Aldeia Novo Lugar, resume o sentido da manifestação: “O governo atual é que nem mocotó. Só vai sob pressão”.
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Debate sobre a Conferência Nacional de Comunicação

23 de setembro de 2009 por Fabienne Simenel

IESPES – Santarém – 29 de setembro de 2009 – 19hs

O Pontão de Cultura Digital do Tapajós, com apoio do IESPES, convida você para um debate sobre a I Conferência Nacional de Comunicação.


Por quê participar?
Você está satisfeito e satisfeita com a programação da sua TV? Sabia que as concessões de rádio e TV são públicas e que você poderia participar e opinar sobre o conteúdo que elas veiculam? Acha justo e democrático que a liberdade de expressão seja um direito de oito famílias e que o povo brasileiro tenha como única opção desligar a TV ou trocar de canal? Quase 60% das verbas publicitárias são destinadas a uma única emissora de televisão! Como ficam as emissoras públicas, educativas e comunitárias? Você sabia que estão querendo acabar com a liberdade na Internet? E o que tudo isso tem a ver com você?

A comunicação, assim como a educação, a saúde, a moradia, é um direito humano que deve ser exercido por todos e todas. Historicamente, no entanto, as políticas de comunicação no Brasil têm sido definidas sem a participação democrática da sociedade. Como resultado, temos um cenário de grande concentração dos meios de comunicação e poucos espaços de participação pública nas discussões sobre o setor.
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Biblioteca Comunitária

11 de setembro de 2009 por Elis Lucien

A Biblioteca do Telecentro Cultural de Vila de Boim é um espaço bastante visitado pelas pessoas da comunidade e também pelos alunos e professores da Escola Dom Frederico Costa para pesquisa e entretenimento. Os livros de ficção e os infantis são os mais procurados tanto por crianças quanto por adultos. Algumas crianças que não sabem ler apenas olham os desenhos, figuras, mas na grande maioria são auxiliadas. Os professores principalmente das séries iniciais vem fazendo um importante trabalho. De vez em quando somos surpreendidos pela visita de seus alunos, onde fazem roda de leitura e depois compartilham histórias e fazem desenhos das histórias narradas.

Além dos livros doados pelo Projeto Saúde & Alegria dispomos de outros conseguidos através de doações, resultado de uma campanha do Grupo de Jovens de Boim. O livro Sexo: Prazeres e Riscos vem tendo bastante repercussão entre os jovens boinenses principalmente naqueles que estão entrando na puberdade. Os jovens tiram suas dúvidas e quebram alguns mitos e tabus que são herança de família. Está sendo agendado com a direção e professores da Escola Dom Frederico Costa para esse mês de setembro a realização de um Concurso de Redação com alunos de 5ª a 8ª séries.

Algumas pessoas realizam leituras na própria biblioteca mas algumas preferem lê-los em casa. Felizmente até hoje todos os livros emprestados, tiveram retorno.

Quando vemos que as crianças estão deixando de freqüentar a biblioteca, vamos até elas na sala de aula, onde brincamos, contamos histórias com fantoches, desenhamos e fazemos rodas de leitura. Os professores têm nos ajudado muito quanto divulgação e nessa luta para tornar a leitura um hábito dos comunitários.

Vila de Boim, setembro de 2009.

Falta de energia, falta de responsabilidade

28 de agosto de 2009 por Fabienne Simenel

A Energia Transtapajós que chega às comunidades de Genipapo à Piquiatuba não oferece condições de consumo, mas oferece lucro para a empresa. Todo mês chega o talão de luz e somos obrigados a pagar, se não a energia será cortada.

A população ribeirinha reclama com razão da empresa. Por quê falta energia quase todos os dias? Uma hora ela vai, e custa voltar. Os moradores ficam prejudicados. Na verdade, os mais prejudicados são os alunos que estudam na Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio N. Sra. do Perpétuo Socorro na comunidade de Maguary. A escola mau inicia as aulas e às vezes passa de dois a três dias sem aula. São os alunos que perdem com isso.

Pedimos à empresa que tome providências em respeito à falta de energia. Estamos no direito de querer melhorias para o povo que consome a energia.

Editorial
Jornal O Seringueiro
São Domingos – FLONA Tapajós

Brincar, correr, pular e sorrir

25 de agosto de 2009 por Elis Lucien

Comunidade de Prainha - rio Tapajós

São palavras que fazem parte do dia-dia da criança e praticam com perfeição. É tanta energia nessa fase, que mal conseguimos dizer: É hora de parar, amanhã vocês brincam de novo. É tanta brincadeiras, que quanto mais brincam mais querem brincar. São inúmeras de todos as formas e jeito. Que mesmo sentada no banco, no colo da mamãe ou no meio das menores já estão brincando,  que mecanismo maravilhoso de participação infantil. Brincar é Direito, tá na Lei. Aos interessados conheçam o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente.

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Por dentro do ECA

17 de junho de 2009 por Elis Lucien

Jornal A Notícia/MAIO-09

Comunidade Vila de Boim

Aprender e repassar as informações recebidas é a melhor forma de divulgação de nossa aprendizagem. A turma de multiplicadores do Estatuto da Criança e do Adolescente da comunidade de Vila de Boim, rio Tapajós estão com toda força e garra trabalhando o ECA na comunidade e seu entorno. Os representantes dos multiplicadores foram até a comunidade de Tucumatuba para uma palestra que o Centro de Defesa da Criança e Adolescente ministrou. O tema discutido na comunidade foi:

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Erradicação ao trabalho infantil

12 de junho de 2009 por Elis Lucien

Hoje dia 12 de junho é o Dia Mundial e Nacional de Combate ao trabalho infantil. O Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação ao Trabalho Infantil em parceria com o governo lançou no dia 03 de junho a campanha ” Com Educação Nossas Crianças Aprendem a Escrever um Novo Presente sem Trabalho Infantil”, com o slogam “Toda Criança e Adolescente tem o direito de estudar”.

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