Atividade educativa em Maripá e aldeia Solimões leva conhecimento sobre direitos e diversão

29 de janeiro de 2019 por Samela Bonfim

Oficina despertou interesse dos moradores sobre os cinco direitos fundamentais da criança e adolescente e impulsionou a participação deles nas ações comunitárias por uma sociedade melhor

A turma ficou super animada com o conteúdo das oficinas socioeducativas promovidas na sexta-feira (25). De forma descontraída, um assunto sério para o conhecimento de todos: o acesso aos direitos preconizados no Estatuto da Criança e Adolescente, um deles em especial – o direito a convivência familiar e comunitária.

Baseado nessa premissa os participantes foram instigados a participar de uma roda de conversa para refletir sobre as atividades que desenvolvem nas comunidades de origem e de que forma isso pode ajudar na construção de um cidadão participativo e de uma sociedade melhor.

A arte educadora Elis Lucien destacou a dinâmica realizada nas duas comunidades: “eles mapearam problemas encontrados, como a falta de envolvimento de jovens nos movimentos, falta de formação para ju

ventude e lideranças, e que precisam correr atrás dessa formação. Estudamos o ECA e escolhemos para trabalhar nessas regiões com dinâmicas da roda de conversa, com elaboração de perguntas que nortearam o diálogo: O que é o movimento comunitário? Quais os movimentos que existem na sua comunidade? Você gostaria de participar de algum?” – explicou.

Ao fim da dinâmica, eles participaram de uma animada apresentação de circo e reforçaram o compromisso de atuar nas próprias comunidades para o bem coletivo.

A atividade “é parte das ações do projeto Rede Juventude Floresta Ativa que tem por objetivo contribuir para uma melhoria das condições de vida e para um desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens de comunidades da Amazônia” disse Fábio Pena, da coordenação de educação do PSA.

 

 

Conferência Ethos discute soluções para desenvolvimento social e econômico da região amazônica

29 de novembro de 2018 por Samela Bonfim

Segunda edição do evento foi realizada na capital do estado do Pará e reuniu líderes, empreendedores e especialistas que destacaram possíveis caminhos para a construção democrática local

Mais de cinquenta palestrantes foram distribuídos em 20 painéis que dialogaram sobre desafios e as conquistas para o crescimento e desenvolvimento do Pará e da região amazônica. Questões como “Visão empresarial para a Amazônia: o engajamento para o desenvolvimento social e econômico” e “Pesca sustentável na costa e nos rios da amazônia” estiveram entre os temas discutidos entre os participantes que representam diferentes categorias da sociedade. 

Uma das maiores preocupações de estudiosos e pesquisadores esteve em evidência: “Águas da Amazônia: a poluição e o acesso a água potável” e foi amplamente discutido entre os componentes do painel: professor titular da Faculdade de Geologia do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Pará – Milton Matta, coordenadora de relacionamento com Associados do Instituto Ethos – Milene Almeida, professor do núcleo de Meio Ambiente da UFPA – Ronaldo Mendes e coordenador geral do Projeto Saúde & Alegria – ​ Caetano Scannavino que comentou sobre a necessidade do diálogo aberto: “É um evento que reúne várias pessoas, representantes de diversos setores, onde abre-se um debate plural, um ambiente para diálogos e conseguimos construir uma agenda positiva para manter a floresta em pé, com desenvolvimento para todos e não apenas para alguns”.

Scannavino destacou a necessidade de discutir assuntos de diferentes temáticas que promovem o bem estar coletivo. “Pensar em pólos industriais em Santarém, verticalizando a produção e fazendo com que o vale do Tapajós seja mais sustentável. Estamos liderando o futuro, criando novos paradigmas e aproveitando oportunidades com envolvimento do setor produtivo, social, acadêmico com pensamento em uma agenda mais focada no modelo de desenvolvimento rumo ao futuro” – finaliza.

Para o diretor presidente do Instituto Ethos – Caio Magri: “O desenvolvimento local é a temática central dos 20 painéis. Esperamos abrir caminho para a discussão sobre temas específicos da Amazônia como o combate à degradação ambiental e ao trabalho escravo e a problemática da morte de ativistas do meio ambiente, entre outros. Dessa forma, palestrantes e espectadores possuem espaço para discutir as alternativas para a construção democrática local”.

Assuntos em destaque

Além dos painéis citados, outros dezessete foram realizados na segunda Conferência Ethos: Comércios justos e os territórios de diversidade socioambiental; Oportunidades para alavancagem da Conservação da Biodiversidade em grandes projetos; Desafios da mineração na Amazônia: riscos ambientais e desenvolvimento sustentável; Violência e violação dos direitos humanos: lideranças e comunidades afugentadas; Rating Integra: governança e transparência no esporte brasileiro; Diálogos intersetoriais em Direitos Humanos: caminhos para o compromisso empresarial no norte e nordeste; Um recife improvável – conhecendo os corais da Amazônia; Alternativas de desenvolvimento econômico e social para municípios da Amazônia: cooperação entre governos, empresas e sociedade civil; As mulheres e a escravidão contemporânea;

A importância do compromisso da alta liderança para a efetividade dos programas de integridade e conformidade: operações na região amazônica; O papel do empreendedorismo de pequeno porte na promoção do desenvolvimento sustentável; Expansão da fronteira do agronegócio na Amazônia: a lógica de mercado global nas bordas da floresta; Diversidade e inclusão nas empresas: agenda estratégica, reflexos nas lideranças e nos resultados; Águas da Amazônia: a poluição e o acesso a água potável; Zona Franca – alternativas e sugestões para o combate eficaz à fraude em incentivo fiscal; Diálogo democrático, estratégias e trajetórias de desenvolvimento sustentável; Mulheres indígenas em defesa de seus povos e da Amazônia; Como conciliar conservação ambiental e produção agropecuária para o desenvolvimento sustentável do Brasil?; Movimento Empresarial pela Integridade e Transparência: ressignificação do papel das empresas na sociedade em prol de uma cultura de integridade.

Conferência

O Instituto Ethos se dedica à agenda dos Direitos Humanos e sua transversalidade em outras agendas, como por exemplo o meio ambiente há 20 anos. A primeira Conferência foi realizada em São Paulo, mas também aconteceu no Rio de Janeiro, onde já realizou três edições e este ano promoveu a segunda realização em Belém.