A RESEX Tapajós-Arapiuns está sendo laboratório de invenções no período de 18 a 23 de março. Moradores de sete comunidades da região estão participando de oficina que possibilita a criação inédita de tecnologias para facilitar o dia a dia dos comunitários na região;
Criar soluções tecnológicas para auxiliar os comunitários na rotina é um desafio encarado por vinte e cinco moradores das comunidades São Pedro, São Miguel, Maripá, Samaúma, Aldeia Solimões, Anumã e Carão, na Resex em Santarém. Eles estão participando desde segunda-feira (18) da Oficina de Desenho e Co-criação de Tecnologias Apropriadas promovida pela World-Transforming Technologies com apoio do Projeto Saúde e Alegria.
Durante seis dias eles aprenderão técnicas e colocarão em prática as próprias ideias para solucionar alguma necessidade específica e replicar a criação. As oficinas estão sendo realizadas no Centro Experimental Floresta Ativa (CEFA) e objetivam ampliar a capacidade de inovação e de desenvolvimento tecnológico de baixo custo dos participantes para melhorar a vida de suas comunidades.
A intenção é aprender como criar tecnologias simples para resolver problemas do dia a dia, utilizando diversas ferramentas e trabalhando com metal, madeira e outros materiais disponíveis localmente. A oficina é totalmente prática, onde todos os participantes, independente de idade ou gênero, aprenderão novas habilidades e construirão máquinas e equipamentos para facilitar a vida, melhorar o aproveitamento dos recursos naturais e o rendimento no trabalho – seja na agricultura, pesca ou qualquer outra atividade.
Em cursos anteriores realizados em outras localidades, os participantes criaram prensas de óleos, descascadores de castanhas, máquinas de lavar roupas manuais, bici-máquinas e diversas outras invenções. Em cada local são os próprios participantes que definem os problemas a serem resolvidos, propõem idéias e constroem as soluções, com o apoio dos facilitadores.
Odair Scatolini facilitador do Instituto invento tecnologias destacou a proposta: “Essa oficina é uma metodologia executada em vários países do mundo, América Latina, África, Ásia… a nossa ideia é trabalhar, criar, desenhar e executar tecnologia com as comunidades, não para as comunidades. O que a gente está querendo é transformar as comunidade de consumidoras em criadoras de tecnologias” – explica.
Primeiro dia
A abertura da oficina foi marcada pela apresentação dos participantes e equipe realizadora, desafio de desenho: suspender espigas de milho 5cm do solo usando duas folhas de A4 e Ciclo de desenho: demonstração de diferentes prensas para produzir briquetes de carvão.
A WTT
World-Transforming Technologies é uma fundação latino-americana sem fins lucrativos dedicada a conectar inovadores a oportunidades de impacto social, ambiental e econômico.
Produtores rurais de comunidades e aldeias da Resex Tapajós Arapiuns, município de Santarém aprenderam técnicas de agricultura sem fogo. A oficina de capacitação foi realizada no Centro Experimental Floresta Ativa Tapajós na Comunidade Carão e promoveu o ensino de conhecimento teórico/prático
Flávio Rodrigues produtor na Aldeia São Francisco Parauá cultiva mandioca, milho e feijão. Para abertura dos roçados, a única técnica até então conhecida era a queima das matas. Um procedimento perigoso para a vida das populações tradicionais e preocupante relata o indígena: “A gente usava o fogo na comunidade e deixava a gente preocupado porque é uma responsabilidade grande deixar a natureza viva. Hoje nós descobrimos que precisamos até convidar o vizinho a deixar essa prática” – reforça.
A oficina roça sem fogo reuniu cerca de quarenta produtores, dentre eles Wanderley Carmo também da aldeia Parauá. Para o jovem conhecer novas formas de abrir uma roça na floresta foi surpreendente: “Uma boa estratégia do trabalho para não usar mais o fogo para destruir a natureza e poluir o ar”.
A agricultura de base ecológica consiste no preparo das áreas sem queima com corte da vegetação de capoeira. A roça sem o uso do fogo é uma estratégia de responsabilidade do Educador Agroflorestal Valdemar Guimarães que destacou a importância da oficina: “eles tem uma oportunidade com o curso agroflorestal, porque levamos informação, calculo de produção e geração de renda. Mostramos também que espécies como o Cumarú e Andiroba valem a pena investir porque grandes empresas como a Natura tem interesse e é preciso aproveitar as oportunidades” – finaliza.
Durante os quatro dias, os participantes refletiram sobre a maneira como estão produzindo, quais suas maiores dificuldades, desafios e como podem melhorar a produtividade sem afetar o meio ambiente.
Desmatamento
O desenvolvimento sem dúvida tem sido a palavra chave para quem atua no setor produtivo. Entretanto, muitos produtores já entenderam que para manter o recurso para as gerações futuras, é preciso aprender novas técnicas e métodos de uso sustentável.
Nos últimos anos, o desmatamento só cresceu. Segundo dados divulgados em 2015 pelo Ministério do Meio Ambiente, a Amazônia teria perdido 5.831 quilômetros quadrados de floresta em apenas um ano. O aumento na época de 16% estava relacionado, em sua maioria às queimadas. Somente no Pará, foram mais de 36 mil focos.
Repensar práticas atuais é fator indispensável para planejar o futuro e começar a frear esses dados alarmantes. Para isso o Projeto Saúde e Alegria está disseminando técnicas de agricultura sem fogo nessas regiões.
Novas etapas
Os participantes foram convidados a outras fases da Oficina para que sejam acompanhados e disseminem o conhecimento como forma de conservar o meio ambiente. A iniciativa que oferece auxilio na abertura de roçado sem uso de fogo e mostra possibilidades de geração de renda tem data para novos encontros: entre os dias 11 e 14 de Março.
A oficina Roça Sem Fogo é uma realização do Projeto Saúde e Alegria com apoio do BNDES e Fundação Konrad Adenauer.
Crianças, jovens e adultos participaram um natal mágico adaptado à realidade dos moradores das comunidades do entorno Centro Experimental Floresta Ativa
A proposta do natal do Projeto Saúde e Alegria foi levar o circo para a comunidade e disseminar o bem através da diversão. “Foi cheio de magia” – disse a educadora e comunicadora Elis Lucien.
O tradicional vermelho e branco do período natalino ganhou novas cores e os símbolos, novos formatos. A árvore de natal foi feita com uma tarrafa de pesca (rede usada na pescaria pelos moradores das comunidades tradicionais). Ela ganhou enfeites coloridos, fotos e pedidos. “Eu posso desejar coisas boas em qualquer momento, então as crianças desejaram o que querem para vida, para as pessoas, para o pai, mãe e amarraram os desejos na árvore de tarrafa. Dentro dela tinha o menino Jesus na manjedoura de palha” – contou Lucien.
A magia do circo, do colorido, do divertido, do mundo encantado da criança fez do natal um momento único para as crianças das comunidades Arapiranga, Pedra Branca, Anumã, Carão e Aldeia Solimões localizadas na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns.
No evento, além das brincadeiras, promoção à saúde e distribuição de brinquedos a todos os participantes, a coordenação desenvolveu um painel gigante onde os moradores marcaram as mãos pintadas de tinta a simbologia de ligar um natal ao outro, com a realização dos pedidos feitos ao Papai Noel na arvore de natal. A intenção é mandar boas vibrações para que no próximo período natalino, tenham seus desejos atendidos.
O natal para crianças da Amazônia é uma iniciativa que reúne as ações de todos os colaboradores do projeto Saúde e Alegria e parceiros que contribuem com doações de brinquedos, alimentos e transporte. Durante todo o ano atividades são desenvolvidas no Centro Experimental Floresta Ativa (CEFA) para melhorar as condições de vida das populações tradicionais.
Promover iniciativas promissoras de extração do óleo na floresta, aproximar os povos tradicionais que sobrevivem da atividade sustentável de empresários e disseminar o conhecimento cientifico para os extrativistas são objetivos da oficina realizada na comunidade Carão, em Santarém
As atividades aconteceram no Centro Experimental Floresta Ativa (Cefa) instalado na comunidade Carão, Oeste do Pará. No espaço representantes de dezoito comunidades da Resex, Floresta Nacional do Tapajós e Lago Grande participaram da oficina que visa incentivar e melhorar a geração de renda e desenvolvimento sustentável dos moradores, com ênfase no aproveitamento econômico dos produtos extrativistas produzidos pelos comunitários.
A primeira edição do seminário destacou o potencial econômico dos óleos e sementes na região e de que maneira os extrativistas podem melhorar a produtividade sem esquecer o respeito ao meio ambiente.
Participantes trocaram experiência com os convidados que contribuíram para que a atividade atinja os objetivos propostos: Professor da Universidade Federal do Oeste do Pará – Dr. Lauro Barata, Arimar Feitosa da Cooperativa Mista da Flona Tapajós e Jose Neto da Natura.
O responsável pela atividade e coordenador do CEFA Steve Mcqueen enfatizou a proposta do primeiro seminário que será realizado anualmente: “Mostrar as iniciativas promissoras do óleo na floresta, aproximar empresas, difundir as pesquisas da universidade para o desenvolvimento sócio ambiental das comunidades que desenvolvem a pratica da extração de óleo na medicina, parte alimentar e cosmético. Com a nossa experiência percebemos que é necessário aproximar as empresas, institutos de pesquisa para construir meios de melhorar produção, beneficiamento e venda desses produtos” – finaliza.
Evento organizado pelo Projeto Saúde & Alegria (PSA) com apoio da Fundação Konrad Adenauer (KAS) propõe capacitação continua aos moradores em técnicas e sistemas produtivos mais modernos e eficientes, que ao mesmo tempo preservem a floresta e garantam renda aos extrativistas.
Um grupo de dezenove (19) estudantes da Universidade Royal Melbourne Institute of Technology (RMIT) na Austrália esteve visitando o Centro Experimental Floresta Ativa (CEFA).
Foto: Daniel Gutierrez
O grupo coordenado pelas professoras Melissa Neave, australiana, e Mirela Gavidia, brasileira, veio para Amazônia vivenciar o dia-a-dia das famílias agroextrativistas, principalmente, comunidades tradicionais em desenvolvimento. A escolha de vir para o Oeste do Pará se deu por conta da cultura paraense e pela relação de proximidade com o Meio Ambiente.
No CEFA, eles puderam conhecer mais sobre as unidades demonstrativas, o funcionamento do Biodigestor, as unidade de energia fotovoltaica, a meliponicultura, a criação de galinhas caipiras. Visitaram também a Aldeia de Vista Alegre do Capixauã, onde puderam experienciar a passagem do Barco Hospital Abaré. Na comunidade Carão, estiveram na residência do Sr. Dilson, acompanhando a produção de farinha. Além dessas atividades, os estudantes australianos conheceram o Carimbó, as fogueiras tradicionais do mês junino e tomaram banho de igarapé. Para Mirela “é muito importante para os alunos conhecerem a realidade daqui, até para poder participar das iniciativas e trazer um pouco mais de justiça social e sustentabilidade.”
A Expedição MELBOURNE ficou na Amazônia por duas semanas e permaneceu no CEFA por três dias, acompanhados pelo técnico em agropecuária do Projeto Saúde e Alegria Alexandre Godinho.
Entre 6 e 8 de julho, o Festival reuniu jovens e lideranças locais para ampliarem seus conhecimentos sobre empreendedorismo e negócios sociais. Após o evento, os participantes poderão se inscrever em um curso para desenvolver seus próprios projetos que ajudem a melhorar o pé de meia sem precisar sair de onde moram. E também a comunidade onde vivem.
Um dos principais desafios da juventude é a construção de seus projetos de vida. Em um cenário com poucas oportunidades de inclusão produtiva no mercado formal, mas ao mesmo tempo com muitas possibilidades para inovar, criar novas formas de geração de renda, a região do Tapajós, município de Santarém — PA, é desafiadora.
Para contribuir com esse desafio, o Projeto Saúde e Alegria é executor de um projeto de formação de empreendedores que incentiva, capacita e empodera jovens para que gerem e implementem — inclusive com acesso às tecnologias — novas soluções e oportunidades para a transformação de suas vidas e do seu entorno comunitário. O projeto é realizado em parceria com a Fundação Telefônica Vivo desde 2014, através do Programa Pense Grande, uma metodologia criada de forma colaborativa com organizações de outras regiões do pais, adaptada a cada contexto.
“Vamos valorizar a sabedoria histórica dos povos da Amazônia, aliá-la ao conhecimento técnico do presente e, juntos, construir a ciência do futuro para o desenvolvimento pacífico, harmônico e alegre dos seres humanos uns com os outros e com o planeta” — Eugenio Scannavino.
Estabelecer no coração da Amazônia, dentro de uma das maiores reservas extrativistas do país, um pólo de referência para o desenvolvimento de projetos de tecnologias socioambientais replicáveis para toda a floresta. Com esse sonho, o Projeto Saúde e Alegria em parceria com a Tapajoara (organização concessionária que reúne lideranças de todas as associações das 74 comunidades da reserva) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiveridade — ICMBio inaugura o Centro Experimental Floresta Ativa (CEFA), a principal estratégia do programa Floresta Ativa.
Há quatro anos o PSA me convidou para trabalhar aqui na reserva e ajudar no desenvolvimento de um modelo de produção que mantenha a floresta em pé. Ao contrário do sistema industrial que é baseado na obsolescência programada, ou seja, no produção de ‘coisas’ que são feitas para não durar, nós estamos trabalhando com elementos que tenham permanência, na lógica da permacultura, da sustentabilidade. No CEFA, vamos juntos criar maneiras de produzir alimentos e gerar renda, num processo de co-evolução com a floresta. — João Rockett / IPEP
As instalações foram construídas usando técnicas de bioconstrução. Além de causar o menor impacto ambiental possível, todo o complexo foi concebido valorizando o conhecimento e savoir-vivre dos povos da floresta aqui há milhares de anos.
“Esse projeto é maravilhoso. Tudo aquilo que é bom para a Resex, nós indígenas vamos abraçar. — Raimundo Carvalho, representante do Conselho Indígena da Resex
A partir de um modelo sustentável de desenvolvimento da região, as construções tiveram como foco eficiência energética, tratamento adequado de resíduos, aproveitamento da luz do dia, da ventilação natural e reaproveitamento da água da chuva.
Na capacitação sobre reaproveitamento de água da chuva foi construída uma cisterna no centro como aula prática aos participantes e servir de modelo para ser replicado na reserva.
Sem depender de diesel, toda a eletricidade do complexo hoje é gerada com o uso de painéis fotovoltaicos que convertem a luz do sol em energia elétrica. O bombeamento de água do poço é mantido com energia solar também.
Para este ano, com o crescimento das atividades no pólo, já está prevista a criação de um parque eólico com hélices aerogeradoras para aproveitar o forte vento do local, além da recuperação de uma minihidrelétrica abandonada.
As águas cinzas da cozinha, dos chuveiros, dos tanques e das pias são direcionadas para círculos de bananeiras onde o saneamento ecológicoacontece dentro de um sistema vivo.
Para as águas negras dos resíduos sanitários, um outro tanque impermeabilizado preenchido com diferentes camadas de substrato foi adotado. Todo o efluente sanitário é direcionada para o sistema. Lá, ele passa por processos naturais de tratamento, com a degradação da matéria orgânica e a absorção e evapotranspiração da água pelas plantas.
A autonomia do espaço é a chave dentro de todo o centro, para que o local não dependa de recursos de fora para manter suas próprias necessidades e nem para lidar com seus resíduos.
Instalações vivas
Além das construções básicas e receptivas inauguradas esse mês, que contam também com redários e alojamentos com capacidade para receber mais de 200 pessoas, desde o início estão em andamento treinamentos e oficinas para todos das comunidades. As instalações demonstrativas possibilitam a vivência prática dos cursos:
✔ viveiro central;
✔ sistemas de hortaliças orgânicas;
✔ criação de abelhas;
✔ bosque agroflorestal com diversas espécies nativas frutíferas;
✔ piscicultura.
“É um espaço de troca e construção de conhecimentos, um polo difusor de boas práticas, não só entre comunidades, mas também um centro que ajude a traduzir a Amazônia e a realidade dos seus povos para outras regiões, com oficinas que estão sendo pensadas para visitantes externos tendo os comunitários como mestres” — Caetano Scannavino, Projeto Saúde e Alegria
Para esse ano, a meta é produzir 300 mil mudas de espécies nativas da Amazônia. No viveiro, já vemos mudas de caju, açaí, pupunha, cacau, madeiras nobres, entre outras.
A construção de um novo modelo de assistência está aqui e já está gerando frutos. Estar juntos nessa parceria é fundamental. — Ladilson Amaral, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santarém.
A horta orgânica já produz uma série de hortaliças para consumo local, entre eles couve, cenoura, tomate, quiabo, abóbora, pepino, cheiro verde, hortelã, manjericão. Entre um canteiro e outro, trepadeiras como maracujá já começam a dar frutos.
“Isso aqui é nosso! Durante esse período de construção do CEFA, já tivemos muitas oportunidades, foram muitas oficinas, muitas reuniões. É um privilégio ter uma estrutura dessa e muitas coisas que a gente não tinha antes. Vamos ver muita coisa boa ainda!” — Joelma Lopes, representante da comunidade de Carão
Durante a oficina para produção de mel com abelhas amazônicas, na parte prática, participantes construíram e instalaram caixas de abelha que ficam no centro e podem ser replicadas nas comunidades.
Próximos passos e avante!
“ Por que não implantar um pólo universitário aqui dentro? — Dinael Cardoso, presidente da Tapajoara
O CEFA tem como missão fortalecer as comunidades da reserva com o intercâmbio de conhecimentos, experimentações, melhoria das práticas produtivas e projetos de geração de renda das comunidades. A USP, Unicamp e universidades do Pará já desenvolvem trabalhos de pesquisa na reserva.
Hoje, já são mais de 200 estudantes, indígenas e não-indígenas, que deixam a reserva para estudar na Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA na cidade de Santarém. A proposta de estabelecer um pólo universitário nas instalações do CEFA é amenizar o êxodo da juventude e fortalecer as comunidades.
Também presente no evento, a reitora da UFOPA, Raimunda Monteiro, sinalizou o interesse da universidade do fortalecimento da cooperação com a criação do CEFA:
“As turmas da engenharia florestal já estiveram aqui e abriram para nós a possibilidade de pensar na cooperação entre a universidade e as organizações. Nós hoje podemos afirmar que o CEFA será discutido de uma forma mais orgânica dentro da UFOPA como um espaço para o ensino, a pesquisa e a extensão. — Raimunda Monteiro, reitora da UFOPA
A reitora também citou as ações afirmativas da universidade para aperfeiçoar a inclusão e permanência indígena, quilombola e das populações tradicionais na universidade.
Perspectivas em médio e longo prazo
“O CEFA aposta na restauração das áreas degradadas com a introdução de técnicas sustentáveis de produção” — Maurício Santamaria, ICMBio Resex Tapajós-Arapiuns
Ao promover alternativas produtivas e de geração de renda para os 23 mil moradores da reserva, o centro tem como meta nos próximos anos:
✔ Aumentar produção agroflorestal da reserva, com áreas recuperadas e roçados permanentes (evitando abertura de mais áreas de floresta);
✔ Melhorar oferta de alimentos, de renda familiar e qualidade de vida dos moradores da reserva;
✔ Alavancar cadeias produtivas com escala e empreendimentos sustentáveis.
Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns
Se hoje a Amazônia conta com 75 reservas extrativistas, o que representa menos de 3% da floresta, essa conquista dos povos da floresta pela democracia é ainda recente.
A luta para a criação dessa reserva durou muitos anos, remando contra interesses de empresários locais, madeireiros e até dos poderes municipais e estaduais.
Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns
Com interesse ecológico e social, a Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns foi decretada como Unidade de Conservação na Amazônia no fim de 1998. Seu objetivo é "garantir a exploração auto-sustentável e a conservação dos recursos naturais renováveis tradicionalmente utilizados" pelos 23 mil moradores distribuídos em 74 comunidades agroextrativistas originadas em aldeias indígenas e antigas vilas de missões religiosas.
PDF do Plano de Manejo Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns
Volume 1 - Diagnóstico
Volume 2 - Planejamento
Volume 3 - Anexos
Volume 4 - Madeiras
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