Palhas, cestos e muitos trançados no V FSPA

26 de novembro de 2010 por Elis Lucien

Coletar, secar, trançar e tingir é uma das tradições mais antigas da Amazônia. Construir objetos com palha de tucumã e cipó é um artesanato que já faz parte da cultura dentro da nossa região. Os artesãos e artesãs das comunidades de: Urucureá, Vila Amazonas, Arimum, Vila Brasil e São Miguel estão com a exposição e vendas de  suas peças no V Fórum Social Pan-Amazônico em Santarém/PA.

O grupo no decorrer do ano de 2010, contou com oficinas locais que vão desde do manejo adequado das espécies utilizado nos trançados até o desenvolvimento de técnicas de utilização com diferentes fibras criando uma nova linha de produto, seguindo suas próprias características de cada comunidade. Transformando o trançar do dia-dia em lucro certo  nas várias exposições que o grupo já participou.

Ecoturismo comunitário

18 de agosto de 2010 por Elis Lucien

Por: Ândrea Colares e Davide  Pompermaier

Comunidade de São Miguel

O programa de Turismo de Base Comunitária desenvolvido pelo Projeto Saúde e Alegria atende hoje 04 comunidades ribeirinhas em Santarém. São elas, Anã (RESEX Tapajós-Arapiuns), Atodi e Arimum, ambas no rio Arapiuns, e Vila Amazonas, no Rio Amazonas, estas três últimas localizadas dentro do PAE Lago Grande. Por meio de um projeto aprovado junto ao Ministério do Turismo em 2008, essas quatro comunidades estão participando de um processo de construção de uma experiência de ecoturismo comunitário.

Leia o resto desse post »

Debaixo da floresta da gente tem gente

25 de março de 2010 por Elis Lucien

No dia 29 de março de 1010, segunda-feira, em São Paulo, acontecerá a exposição “Debaixo da floresta da gente tem gente”, organizada com base nas ações do Projeto Arapiuns em 2008 e 2009, coordenado pelo Núcleo de Economia da Floresta do Projeto Saúde e Alegria em Santarém, PA. Partindo do princípio de que a co-existência sustentável entre comunidades e florestas é possível, o projeto desenvolve ações nas áreas de Artesanato Sustentável, Ecoturismo de Base Comunitária, Agroecologia/Energias Renováveis, tendo a Organização Comunitária como pano de fundo para garantir a apropriação e a sustentabilidade destas iniciativas.

A mostra apresentará um vídeo retratando a realidade de comunidades ribeirinhas do Rio Arapiuns e sua interface com os diferentes componentes do projeto. O vídeo é um retrato do modo de vida de comunidades caboclas que lidam dia após dia com pressões decorrentes de um modelo de desenvolvimento predatório, que aponta para a concentração de benefícios e exaustão dos recursos naturais. Diante disso, grupos organizados procuram construir novos caminhos que utilizem, de maneira racional, estes mesmos recursos, visando o bem estar coletivo, oportunidades compartilhadas e que tenham na floresta sua fonte de vida e riqueza.  “Se a floresta acabar a nossa vida também acaba…”, afirma Maria Odila, da comunidade de Anã.

Diferentes olhares são apresentados, e temas de interesse global são abordados direta ou indiretamente tais como a questão fundiária na Amazônia e a visão de uma nova economia voltada à sustentabilidade socioambiental e a um novo conjunto de valores e princípios.

Serão apresentados artesanatos produzidos por grupos de artesãos das comunidades de Anã, Vila Amazonas, Arimum, São Miguel, Atodi e Urucureá.  Além de gerar renda complementar, a produção do artesanato valoriza práticas sustentáveis de uso dos recursos naturais, resgata saberes e habilidades tradicionais e valoriza a identidade cultural das comunidades envolvidas.

Os produtos estão à venda no site:  www.redetekoha.com.br

E no site: http://www.saudeealegria.org.br/artesanato

Data: 29 de março, segunda-feira

Local: Matilha Cultural – Rua Rego Freitas, 542 / Centro/ São Paulo

Horário: A partir das 19h: Coquetel, microfone aberto e exposição de artesanatos;

Das 20:00h às 21:00hs exposição de vídeo

Economia da floresta, retorna com suas atividades nas comunidades ribeirinhas

15 de janeiro de 2010 por Raquel Fernandes

Por: Ândrea Colares, Núcleo de Economia da Floresta

A equipe do Núcleo de Economia da Floresta, iniciará suas atividades de campo, entre os dias 17 a 20 de janeiro, com os trabalhos para o manejo da matéria-prima em duas comunidades, onde se desenvolve o Programa de “Artesanato Sustentável”. Trata-se das comunidades de Arimum e Vila Brasil, localizadas na margem esquerda do Rio Arapiuns, no Assentamento Agroextrativista Lago Grande.

Os técnicos ficarão dois dias em cada um desses lugares trabalhando nas áreas de manejo onde os Grupos de Artesanato irão manter sustentavelmente as espécies fontes de matéria-prima para os seus produtos. Em Arimum essa fonte é o tucumã (Astrocaryum vulgare) e em Vila Brasil é também o tucumã, além do arumã (Ischnosiphon sp.)

O manejo da matéria-prima é uma das etapas do “Artesanato Sustentável” e será desenvolvida nas demais comunidades componentes do Programa. Esse trabalho tem grande importância junto dos Grupos de Artesãos. A partir dela, definiremos em conjunto, formas sustentáveis da floresta oferecer o produto, respeitando a capacidade de regeneração natural , além de incentivar o manutenção da diversidade e dos ecossistemas que integram as áreas das comunidades.

Tucumarte: Tradição, Cultura e Arte

20 de outubro de 2009 por Raquel Fernandes

A comunidade de Urucureá, no rio arapiuns é conhecida na região pela qualidade de seus artesanatos. O grupo formado atualmente por 32 pessoas é denominado Tucumarte, juntos trabalham na confecção de belíssimas peças artesanais. Os mesmos são encomendados para grandes centro urbanos, como Rio de Janeiro, São Paulo, Natal, Manaus, entre outros.

Leia o resto desse post »

Feira das ICAMIABAS

6 de outubro de 2009 por Elis Lucien

A Feira das Icamiabas teve como objetivo fortalecer a produção feminina oriundas da região do Oeste do Pará, através da socialização de experiências organizativas, de produtos, contribuindo com a construção de uma nova perspectiva de inclusão, diversidade, igualdade, solidariedade e valorização das iniciativas de mulheres produtoras do Território.

Leia o resto desse post »

Arte em mãos comunitárias

3 de setembro de 2009 por Elis Lucien

Tecer em cipó, palha, tala e tantos outros é uma arte para poucos. Trabalho bonito e árduo. Primeiro tem que tirar a palha, na maioria das vezes o local fica distante com mata fechada em algumas partes. Carregar palha é leve mas não é fácil não, algumas têm espinhos que precisam ser retirados antes de levar até o local de trabalho, precisam secar, cortar as tiras, tingir e esperar um tempo para poder começar a tecer a peça escolhida. É o lado do trabalho artesanal que fica escondido nos trançados feitos por mãos fortes e delicadas do artesanato local.

E para valorizar todo esse trabalho realizou-se um encontro de avaliação e planejamento das atividades desenvolvidas nos últimos dois anos de parceria entre as comunidades de Vila Amazonas, Urucureá, Arimum, Vila Brasil, São Miguel e Vila Gorethe e o núcleo de Economia da Floresta do Projeto Saúde e Alegria foi realizado no Centro de Treinamento Chico Roque no período de 30 de Agosto à 02 de  Setembro.


Vencedores do II Concurso Mocorongo

26 de agosto de 2009 por Fabienne Simenel

Em resposta à convocação para participar do Concurso Mocorongo – TEMA ARTESANATO, recebemos várias entrevistas gravadas, matérias escritas, fotos e peças de artesanato dos nossos repórteres comunitários. Obrigado pela participação! Os vencedores do concurso são:

Mauro Artur da comunidade de Capixauã que fez uma entrevista com três pessoas que fazem uma grande variedade de artesanato na comunidade.

“Conversamos com o sr. Antônio Rodrigues que tece tala e palha fazendo paneiro, tipiti, esteira, peneira, esteira e abanos,  e as artesãs a senhora Marilene e a senhora Maria Gorete que tecem em palha de buruti e tucumã fazendo cesta, balaios, porta-garrafa, porta- jóias, porta- guardanapo e algumas roupas que tecido de palha para danças indígenas que acontecem nas comunidades.”

Gorete Zulair da comunidade de Urucureá entrevistou duas idosas da comunidade sobre o artesanato de palha de tucumã. A dona Zeneide Tapajós e a dona Alvina Ferreira fazem parte do grupo TucumArte. Gorete também colocou a “Música do paneiro”, cantada por Zeneide Tapajós e Alvina Ferreira:

Paneiro é coisa comum,
que em todo barraco tem
Não custa muito dinheiro,
nem custa fazer também
Mas quero levar comigo,
pra sempre no coração
A lição que o paneiro ensina,
como é bela a união
As talas estavam no mato ,
a ufa  sem serventia
As agora de mãos dadas todas tem força e valia

Wanderson Souza da comunidade de Pedreira falou com o jovem Elinei Souza, de 22 anos, sobre o artesanato que ele faz de madeira:

Leia o resto desse post »

Turismo na comunidade

18 de agosto de 2009 por Elis Lucien

“A comunidade de Vista Alegre do Capixauã continua mobilizando-se para receber turista. Neste mês de Agosto irá receber três pessoas.

Com essas visitas os comunitários vendem seus artesanatos com isso gera renda familiar. Com a chegada dos mesmos, à noite apresentamos essas belíssimas danças tradicionais e pelo dia realizamos a trilha com canoas: do igarapé até a frente da comunidade”.

Jornal Floresta Nativa ed. julho

Repórter: Moacir Imbiriba

Terçumes

13 de agosto de 2009 por Elis Lucien

Jornal O Diário – ed.Agosto/09
Repórter: Dailce Sousa/Comunidade de Pedreira

“Em nossa comunidade existem vários comunitários que sabem trabalhar com os terçumes (artesanato), como as talas e palhas do curaua. Eles fabricam peneiras, abanos, japá, esteiras, camarueiras e outros.
As talas de arumã são feitos: abanos, peneiras, paneirinhos e quibanas. Os tipitis são feitos com a tala bacabeira e jacitara. Com os cipós açu e titica são feitos os paneiros, jamanchim, cadeiras e outros. Com a palhas do tucumã são feitos os chapéus, abanos e outros. E com o caroço do tucumã são fabricados os pingentes para colares e anéis.
Antigamente existiam pessoas em nossa comunidade que fabricavam panelas, aguidá e forros de barros para torrar farinha, mas não é só isso, existem pessoas que trabalham com artesanato de escultura em madeiras como: porta jóia, porta caneta, canoas e botes. Essas pessoas não são valorizadas.
Nós ribeirinhos não sabemos só pescar e nem só comer. Sabemos trabalhar com os terçumes”.