Caminhada ecológica muratubense

25 de outubro de 2011 por Elis Lucien

Vizando a prevenção de várias doenças causadas pelo lixo, assim como a proteção do meio ambiente, os alunos e professores do ensino médio modular de Muratuba, realizaram nesta sexta-feira, dia 23 de setembro, um grande mutirão de limpeza nas praias, estradas e quintais das famílias muratubenses.

Segundo Inádia Almeida, aluna do 1º ano do ensino médio, os resultados obtidos com a caminhada foram vários, “Primeiramente os incentivos através dos professores e depois o desenvolvimento de atividades escolares relacionadas ao lixo, como a sua coleta, de acordo com o contexto dado em sala de aula. E o mais importante foi deixar a frente de nossa comunidade limpa, não somente a frente mas também estradas e praias onde alunos e professores passaram coletando o lixo. Esperamos que não seja somente essa caminhada, mas que ela sirva de incentivo para que possam vir muitas outras”.

Portanto amigo leitor, vamos ajudar a preservar o meio ambiente, começando pela nossa casa onde reside a maior parte do lixo e também nos meios públicos onde toda comunidade se reune, e que você procure entender melhor as consequências que o acúmulo de lixo nos traz. Além disso, ver a necessidade que se tem de preservar o meio ambiente e com isso termos o mais importante, a saúde.

Inaugurada nova Unidade Fluvial de Saúde da Família pelo Ministro Alexandre Padilha

20 de outubro de 2011 por Fábio Pena

No último dia 14/10, aconteceu no terminal turístico na Orla de Santarém, a inauguração da 2a Unidade Fluvial de Saúde da Família que funcionará à bordo do catamarã Abaré II, construído pelo Projeto Saúde & Alegria (PSA) com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES. O serviço vai atender 42 comunidades ribeirinhas do rio Arapiuns com a atenção básica de saúde.  A Unidade foi entregue à comunidade santarena em cerimônia que contou com a presença de representantes do PSA, das comunidades, da Prefeita de Santarém, Maria do Carmo, do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, entre outras autoridades.

O lançamento desta 2a Unidade Fluvial de Saúde da Família na região é resultado da iniciativa exitosa desenvolvida pelo Projeto Saúde & Alegria e as Prefeituras de Santarém e Belterra no atendimento à saúde das populações ribeirinhas do rio Tapajós por meio do Barco ABARÉ, com apoio da Fundação Terre des Hommes. Após alguns anos de experiência, se tornou a primeira Unidade beneficiada pela Portaria 2.191 de três de agosto de 2010, inspirada também no próprio Abaré,  que instituiu critérios diferenciados de implantação, financiamento e manutenção da Estratégia Saúde da Família Fluvial, visando beneficiar as populações ribeirinhas da Amazônia Legal e Mato Grosso do Sul.

Na cerimônia, a Prefeita Maria do Carmo, afirmou que foi graças à parceria com o PSA, que este modelo deu certo. “O Saúde e Alegria não é só um parceiro, foi o verdadeiro idealizador e entusiasta que construiu juntamente conosco esse projeto. Decidiram batalhar por um recurso para tornar realidade o Abaré I, que veio e mostrou ser possível levar saúde de qualidade aos ribeirinhos. É um exemplo de política comunitária. Não fomos nós que ousamos com esta proposta,  foi uma ONG que não tem ninguém do governo, mas que conseguiu com que o Governo Federal ouvisse, e transformasse essa experiência em politica pública. É uma política pública criada aqui no Tapajós, que agora o Brasil está vendo se transformar em política nacional”.

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acompanhou a trajetória da experiência ainda como médico na época em que trabalhava em Santarém. “Muita gente achava que o os irmãos Caetano e Eugênio Scannavino eram loucos quando saiam com um projeto debaixo do braço, com a idéia de que era possível e necessário um barco que levasse atendimento em saúde para as comunidades ribeirinhas, além da necessidade de ter implantação de pedras sanitárias, formação de agentes comunitários e lideranças, conselhos locais de saúde”, lembrou o Ministro.

A idéia deu certo e avançou com o funcionamento do Abaré desde 2006, atendendo 70 comunidades do rio Tapajós, beneficiando mais de 15 mil pessoas que hoje têm acesso regular aos serviços básicos de saúde. Porém, até 2010, o serviço era sustentado basicamente com recursos captados pelo Projeto Saúde & Alegria junto à cooperação internacional e não tinha garantias efetivas de continuidade.

O Ministro Alexandre Padilha, afirmou que “lá atrás, no inicio, comentava que o projeto só seria sustentável se pudéssemos convencer os governantes locais, os gestores, comprometendo o conjunto do SUS para que se tornasse uma política pública de verdade”.

É o mesmo pensamento que tem o coordenador do Projeto Saúde & Alegria, Caetano Scannavino. “O papel de uma organização não-governamental como nós não é substituir a função do governo, mas sim somar esforços para construir soluções que melhorarem a vida das pessoas mais necessitadas e sejam ao mesmo tempo referências replicáveis como políticas públicas, o que dá uma nova escala ao trabalho. Com a Portaria, o que se semeou no Tapajós poderá gerar benefícios para toda  Amazônia e Pantanal. E o primeiro exemplo disso já é Abaré II na região do Arapiuns”. A outra diferença é que a politica pública é perene, e os projetos de ONGs tem inicio, meio e fim, dependem de recursos, nem sempre assegurados”.

Por meio da Portaria da Saúde Fluvial, desde janeiro de 2011, a Prefeitura de Santarém passou a receber diretamente os recursos do Governo Federal para sustentar a logística e pagar as equipes que atuam à bordo do Abaré I, assumindo a responsabilidade plena do serviço de atendimento da população. O Projeto Saúde e Alegria continuou como parceiro no desenvolvimento das ações educativas e no controle social. É o que vai acontecer com a nova unidade, o catamarã Abaré II.

“O que estamos fazendo hoje, não é apenas inaugurando mais um barco, mas escolhemos Santarém, para reforçar o Programa Nacional de Unidades Básicas de Saúde Fluviais lançado ano passado. Entendemos que todos brasileiros que moram nas comunidades ribeirinhas da Amazônia e Pantanal, merecem ter o mesmo tratamento de qualquer outro brasileiro. Experiências como a do Abaré nos influenciam numa decisão muito clara do Governo da Presidenta Dilma, de escolher a atenção básica, a partir da comunidade, perto de onde as pessoas vivem, numa grande prioridade da saúde em nosso país. Por isso, lançamos o programa com 40 unidades, e já temos mais 60 propostas recebidas, e vamos chegar a 100 unidades fluviais até 2014”, explicou Alexandre Padilha.

O lançamento do programa é uma resposta importante à uma das maiores maiores reivindicações das populações que vivem em regiões de floresta e ribeirinhas, onde doenças simples, de origem primária, tornam-se graves devido à falta de intervenção efetiva e adequada. Na região Norte, apesar dos avanços, a implementação do Sistema Único de Saúde – SUS ainda é um grande desafio, sobretudo nas zonas rurais. Com municípios do tamanho de países, longas distancias, populações dispersas de difícil acesso, baixo investimento em saneamento, dificuldades de transporte e de comunicação, a rede pública tem alcance insuficiente, agravado também pelos altos custos logísticos para interiorização das equipes de saúde sem que houvesse mecanismos de financiamento público compensatórios e apropriados ao contexto amazônico. “Trata-se de um importante aprimoramento do SUS que ainda tem muitos desafios, principalmente pelas desigualdades sociais e geográficas do país. Mas o desenvolvimento de uma experiência como essa comprova que é possível aprimorar o sistema para que ele chegue efetivamente na ponta, para quem mais precisa”, comenta o médico Fábio Tozzi, um dos coordenadores do projeto.

A 2a Unidade Fluvial de Saúde de Santarém possui estrutura física com pronto atendimento, farmácia, consultório médico, sala de Coleta de PCCU/sala de enfermagem, gabinete odontológico, laboratório, sala de vacina, área de espera, banheiros para usuários e servidores, camarotes masculino e feminino, refeitório, espaço para redes, copa e depósito de materiais.

Após a inauguração, uma equipe composta por 15 servidores da SEMSA (médico, enfermeiros, odontólogo, TSB, técnicos de Enfermagem, técnico de laboratório, Agentes Comunitários de Saúde, Agentes de Endemias e tripulação), já partiu para para a região da RESEX/Arapiuns, para realizar assistência em 42 comunidades até o dia 21 de outubro, ofertados os serviços de consulta médica, consulta de enfermagem, atendimentos odontológicos, imunização, coleta de PCCU, atendimento dos grupos de HIPERDIA, pré-natal, exames laboratoriais, educação em saúde e todos os programas preconizados pelo ministério da Saúde.

O drama da grande enchente de 2009: onde a ciência se encontra com o discurso popular

19 de outubro de 2011 por Fábio Pena

Eventos naturais extremos, como secas e cheias dos rios, são um dos principais reflexos das mudanças climáticas. Na Amazônia, a enchente de 2009, além de causar prejuízos para populações ribeirinhas, também abalou algumas certezas que tinham sobre o ciclo natural do rio.

Foto: Cabo Riler. Comunidade Taquara, Belterra

Por Fábio Pena

As populações tradicionais da Amazônia, especialmente das comunidades ribeirinhas, são consideradas como “povos das águas”, acostumadas à vivência cotidiana com o rio, que é ao mesmo tempo seu caminho, seu sustento e sua identidade. É assim, numa ilha rodeada pelo rio Amazonas, onde fica a comunidade Valha-me Deus, no Município de Juruti, Oeste do Pará. Lá, 35 famílias vivem relação diária com o grande rio. O Sr. Enéas Bruce da Silva, liderança da Associação Comunitária local, conta que “o rio significa muito na vida da comunidade. A gente vai ali no lago e pega um peixe pra alimentação. O nosso transporte é sempre pela água, a criançada já nasce aprendendo a nadar”.

Essa vida quase de uma liturgia diária com o rio, tem seus ciclos aos quais o povo já se acostumou e para os quais sempre teve explicações, a partir de seus conhecimentos populares. É o caso das enchentes e vazantes dos rios. Na comunidade do Sr. Enéas, assim como na grande maioria das localidades em regiões de várzea, as casas são construídas com um assoalho alto ou palafitas, prevendo o tempo que o rio vai subir.

E como saber o volume das enchentes e vazantes? “Meu avô Manuel Bruce contava uma história que dizia que todo dia 31de dezembro, eles colocavam a água do rio numa garrafa, e quando era dia 1o de janeiro, colocavam a água em outra garrafa e faziam uma pesagem. Se a água de janeiro pesasse mais, era certo que a enchente do novo ano seria maior”, conta o Sr. Enéas com um certo ar de ironia.

Entre mitos e verdades, saberes do senso comum, uma coisa podia ser considerada certeza. Havia sempre um equilíbrio esperado no volume das águas e da seca, o que, por exemplo, fazia com que  as construções das casas seguissem uma certa linha de altura acima do chão.

Mas, em setembro de 2009, quando gravamos esta entrevista, seu Enéas não estava sabendo explicar muito bem por que o rio havia enchido muito mais que o normal, inundando todas as casas da sua comunidade. “Não foi só porque a água de 2008 pesou menos!”, comenta com o mesmo bom humor. “A ilha do Valha-me Deus é uma das ilhas mais altas da região, mas nesse ano, todos os assoalhos foram para o fundo, o que fez com que muitas famílias ficassem desabrigadas. Tivemos muitos prejuízos com a perda de animais, das criações de gado, acabou nosso bananal, o canavial e até um açaizal que tínhamos, a água levou”, explica seu Enéas, agora com a seriedade da situação vivida.

Depois de uma grande seca em 2005, que deixou milhares de comunidades isoladas na região, veio a grande cheia de 2009 que atingiu a marca de 9 metros, o maior índice já documentado, ultrapassando a marcar histórica de 1953. Comunidades inteiras foram alagadas, famílias sem moradia, prejuízos financeiros, problemas de saúde, foram alguns exemplos dos efeitos dessa grande enchente.

Esta situação foi vivida nos diversos rios da nossa região, não apenas nas comunidades de várzea, que estariam mais acostumadas com as enchentes. Desta vez, até a frente da cidade de Santarém e cidades vizinhas ficaram inundadas. Atingiu também as comunidades do Rio Tapajós, onde as habitações em geral não são palafitas. Mesmo estando à margem do rio, sempre havia uma distância considerada inatingível pela água fluvial.

A enchente de 2009 mudou essa certeza para os moradores da comunidade de Porto Novo, no Município de Belterra e para muitas outras às margens do rio Tapajós. Seu José Bento, tinha um mercadinho de frente para o rio. Era o ponto de encontro dos comunitários e turistas que chegavam à vila para apreciar a bela praia da comunidade. Em um vídeo caseiro gravado pelo jovem Ailton Pereira, Josebino mostra o prejuízo do mercadinho que foi destruído junto com sua casa, pela força da água. “A marca da água tá lá no pé daquela árvore. Foi muito grande, foi muito difícil pra quem convive aqui na beira desse rio. O pessoal mais antigo fala que em 53 teve enchente grande, mas não foi que nem essa. Essa foi a maior de todas”.

O Sr. Antônio Soares, da mesma comunidade, conta que no dia três de maio, foi o dia em que houve o maior temporal que assustou os moradores. “Veio uma onda que eu nunca tinha visto, com mais de dois metros de altura que chegava dentro das casas”.

Variações do clima

O que estaria acontecendo com o clima na Amazônia, provocando esses fenômenos extremos. Seu Soares arrisca uma resposta. “Isso é coisa da natureza. Mas a coisa não é mais como era antes, isso é efeito do homem também. A natureza tá dando resposta, que ninguém brinca com ela, que ela vem buscar resposta sim”, comenta o ribeirinho.

Aqui, o saber simples do homem ribeirinho, encontra pontos em comum com estudos científicos sobre o que vem ocorrendo com o clima no planeta. Há cada vez mais conexões, mesmo que ainda não conclusivas, entre estes fenômenos e as mudanças climáticas decorrentes do aquecimento global, no qual a amazônia tem papel destacado.

O relatório “Riscos das Mudanças Climáticas no Brasil, publicado pelo INPE em maio de 2011, aponta que “A Floresta Amazônica desempenha um papel crucial no sistema climático, ajudando a direcionar a circulação atmosférica nos trópicos ao absorver energia e reciclar aproximadamente metade das chuvas que caem nela”. Além disso, o relatório destaca que “a Amazônia pode ser classificada como uma região sob grande risco em virtude das variações e mudanças do clima. O risco não é somente por causa das mudanças climáticas projetadas, mas também pelas interações sinérgicas com outras ameaças existentes, tais como o desmatamento, a fragmentação da floresta e as queimadas…”.

O Relatório do INPE explica que “As enchentes(de 2009) foram o resultado de chuvas extraordinariamente fortes na Região Norte do Brasil e que estiveram, em geral, associadas às temperaturas mais altas que o normal na superfície do mar no Oceano Atlântico Sul tropical, condições quase opostas às observadas durante a seca de 2005”.

A Amazônia está periodicamente sujeita a enchentes e secas, mas estes exemplos demonstram a vulnerabilidade das populações  humanas e dos ecossistemas dos quais elas dependem aos atuais eventos climáticos extremos. Assim, podemos entender que ao mesmo tempo em que a Amazônia é importante para o equilibro climático, pode ser também a parte mais afetada por esse desequilibro.

Os cientistas afirmam que o aumento na intensidade e na frequência dos eventos extremos geram  preocupação.  “Uma grande seca em 2005, outra grande seca em 2010, pulando de um recorde de cheia antes em 2009. A pergunta é: o clima está ficando cada vez mais variável? Não podemos afirmar nada categoricamente, mas chama atenção. Quando a gente olha por registro histórico conhecido da amazônia, desde que existem medidas do Rio amazonas e Negro, não temos nenhuma sequência com tanta variabilidade. Mas isso ainda não nos permite dizer que o clima mudou na Amazônia, nós estamos prestando atenção, pra saber por que que o clima ficou tão variável nos últimos anos. Pode ser um acidente estatístico, ou não, pode ser uma manifestação precursora do tipo de variabilidade climática que a amazônia vai enfrentar no futuro”, disse o cientista Carlos Nobre, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, em palestra realizada  no dia 1o de julho de 2011 em Santarém.

Se para a ciência existem muitas dúvidas, elas também existem para as populações ribeirinhas. “Esperamos que essa seja uma das últimas enchentes, mas ninguém sabe o que vem por ai”, diz seu Antônio Soares. Dúvidas, mas também certezas de quem sofre as consequências das transformações do clima. “Com o tempo, houve uma mudança muito forte. Os verões estão ficando cada vez mais intensos. Com o pouco que água vaza, vai dificultando o transporte, e logo que o rio enche, a égua vem chegando cada vez mais forte. As casas precisam ser sempre mais altas”, comenta a professora Silvielane da Silva, moradora da comunidade de Carapanatuba, várzea de Santarém.

E assim, o “povo das águas” vai levando a vida, esperando que a água, fonte de vida, não se torne sinal de desespero. Seja no Rio Tapajós, como na ilha isolada no meio do Rio Amazonas, enquanto se espera que a ciência possa explicar, resta o sentido que deu nome à comunidade do seu Enéas Bruce, do início da reportagem: Valha-me Deus!

Esta produção é parte da ação do curso de especialização em Jornalismo Científico da UFOPA, na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, promovida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, no período de 17 a 23 de outubro de 2011, com o tema “Mudanças climáticas, desastres naturais e prevenção de riscos”.

Campanha apresenta carta no I Fórum da Internet no Brasil

16 de outubro de 2011 por Paulo Lima

Várias entidades participantes da Campanha Banda Larga é um direito seu! participaram do I Fórum da Internet no Brasil, realizado nos dias 13 e 14 de outubro, em São Paulo, por iniciativa do Comitê Gestor da Internet no Brasil.

As organizações presentes escreveram uma carta com suas principais reivindicações no campo da conectividade. A carta foi lida na plenária final por Adriane Gama, do Coletivo Puraqué, e Renata Mielli, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa ‘Barão de Itararé’.

A urgência de tratar a banda larga como direito da cidadania

A iniciativa do Comitê Gestor da Internet de realizar este I Fórum da Internet no Brasil é um importante marco por ampliar o envolvimento direto dos cidadãos e cidadãs na reflexão dos temas críticos que afetam a expansão e dinâmica de funcionamento da Internet no país. Sua primeira edição conseguiu garantir a diversidade regional e a representação dos diversos setores envolvidos no tema, preservando uma das principais características do CGI.br – sua composição multisetorial –, que o torna referência mundial para a governança da Internet. Antes mesmo do encerramento do Fórum, já é possível manifestar a expectativa de que ele se torne um evento anual.

A realização deste I Fórum acontece em um momento político importante para a banda larga no país. Desde o início do ano, uma série de ações vêm sendo implementadas pelo Governo Federal, em especial pelo Ministério das Comunicações e Anatel, no sentido de ampliar o acesso à Internet. Neste momento, está em pauta a definição de parâmetros de qualidade para os serviços fixo e móvel, que devem ser aprovados até o final de outubro pela Anatel.

Todas essas ações são de fato um avanço em relação à crítica ausência de políticas públicas prevalente até 2010. Contudo, as entidades que fazem parte da Campanha Banda Larga é um direito seu! entendem que as medidas são absolutamente insuficientes para promover a universalização do acesso à banda larga no Brasil. Mais do que isso, veem com bastante preocupação o fato de a universalização não ser posta sequer como um objetivo nas medidas regulatórias e políticas públicas.

É importante lembrar que na I Conferência Nacional de Comunicação, realizada em 2009, os diversos segmentos presentes aprovaram por consenso que o acesso à Internet deveria ser definido como direito fundamental e que o serviço deveria ser prestado em regime público, o que garantiria metas de universalização e controle de tarifas. Nenhuma dessas duas perspectivas está contemplada nas atuais políticas públicas.

O diagnóstico da Internet no Brasil é dramático. O serviço hoje é caro, lento e para poucos, com penetração residencial de apenas 27%. São especialmente preocupantes as disparidades regionais. Na região Norte, especialmente, o acesso é totalmente restrito, com baixa velocidade e qualidade e com preços exorbitantes. Iniciativas estaduais que poderiam ajudar a mudar esse quadro, como o NavegaPará, retrocederam na qualidade e têm sido relegadas a segundo plano. A falta de competição cria monopólios locais e dificulta ainda mais o desenvolvimento do setor.

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Nova Unidade de Saúde da Família Fluvial será inaugurada em Santarém pelo Ministro Alexandre Padilha

14 de outubro de 2011 por Fábio Pena

Acontecerá hoje (14), às 15h, no Terminal Turístico na Orla de Santarém, a cerimônia de inauguração da 2a Unidade Básica de Saúde Fluvial que funcionará à bordo do catamarã Abaré II, construído pelo Projeto Saúde & Alegria (PSA) com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES. A Unidade será entregue pela prefeitura de Santarém, através da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), em parceria com o PSA, e contará com presença do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

A nova Unidade Básica de Saúde da Família Fluvial surge da iniciativa exitosa desenvolvida pelo Projeto Saúde & Alegria e o Município de Santarém e Belterra no atendimento à saúde das populações ribeirinhas do rio Tapajós por meio do Barco ABARÉ I, com apoio da Fundação Terre des Hommes. Após alguns anos de experiência, se tornou a primeira Unidade beneficiada pela portaria ministerial que, em 2009, instituiu critérios diferenciados de implantação, financiamento e manutenção da Estratégia Saúde da Família Fluvial, visando beneficiar as populações ribeirinhas da Amazônia Legal e Mato Grosso do Sul. Municípios destas regiões, já podem requerer ao Ministério da Saúde o financiamento de Unidades como a que será inaugurada hoje, além de recursos para as respectivas equipes de profissionais da saúde.

A nova Unidade de Santarém possui estrutura física com pronto de atendimento, farmácia, consultório médico, sala de Coleta de PCCU/sala de enfermagem, gabinete odontológico, laboratório, sala de Vacina, área de espera, banheiros para usuários e servidores, camarotes masculino e feminino, refeitório, espaço para redes, copa e depósito de materiais.

Após a inauguração, a equipe composta por 15 servidores da SEMSA (médico, enfermeiros, odontólogo, TSB, técnicos de Enfermagem, técnico de laboratório, Agentes Comunitários de Saúde, Agentes de Endemias e tripulação), será deslocada para a região da RESEX/Arapiuns, com o objetivo de realizar assistência em saúde para usuários de 42 comunidades no período de 15 a 22 de outubro, quando serão ofertados os serviços de: consulta médica, consulta de enfermagem, atendimentos odontológicos, imunização, coleta de PCCU, atendimento dos grupos de HIPERDIA, pré-natal, exames laboratoriais, educação em saúde e todos os programas preconizados pelo ministério da Saúde.

Maratona na Selva 2011

14 de outubro de 2011 por Gabriel Abreu

Artigo originalmente publicado no blog Maguari em 2011-10-13 16:01:11

A Maratona na Selva é uma competição de auto-suficiência, que ocorre na Floresta Nacional do Tapajós. Que se iniciou no dia 06 de Outubro na comunidade de Prainha, e a chegada será no dia 15 do mesmo mês na vila de Alter-do-chão. Centena de participantes dos mais diversos países, tentarão cobrir o percurso de 200 km, que é divido em seis etapas com postos de inspeção distribuídos a cada 6 km, onde os atletas são monitorados por uma equipe médica e reabastecidos com água. A etapa mais longa é de 80 km e parte dela deverá ser percorrida a noite. Na final de cada etapa eles dividirão uns acampamentos previamente construídos pelos comunitários e apoiados pelo Exército e Corpo de Bombeiros. Os competidores levarão em suas mentes, grandes paisagens e momentos que serão inesquecíveis!!

Carpeggeane Pantoja

Convite

11 de outubro de 2011 por Elis Lucien

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=RBNy-U5-KK4[/youtube]Com objetivo de levar alegria, diversão, cultura e informação a Maratona de Circo – Dia das Crianças, irá realizar no dia 12 de Outubro uma big programação. Com a presença de vários artistas circenses de renome nacional e internacional. Essa alegria estará completa debaixo da Lona Cultural UCLA A Tenda Cabucla, instalada na sede do Projeto Saúde & Alegria, com entrada pela travessa Bandeirantes.

Apresentação de palhaços, show de malabaristas, equilibristas, monociclo, contatac, perna de pau e muitas briancadeiras para o público presente. Esperamos por você! Não falte.

Entrada Franca!

MARATONA DE CIRCO – Dia das Crianças

Horário das apresentações de cada show.

Manhã: 09:00 às 10:00 horas  –  10:30 às 11:30 horas

Tarde: 16:00 às 17:00 horas   –  17:30 às 18:30 horas

Produção do evento:

Valdemar G. Paz (Palhaço Com ECA), Luis Evandro Rodrigues Barabosa (Palhaço Pimenta), Hermes Caldeira (Palhaço Tucupi)

UCLA – União da Cultra Livre da Amazônia

Magnética Vitae – Consultoria, Assessoria e Treinamento

Realização:

Projeto Saúde & Alegria

 

Festival da Mandioca

29 de setembro de 2011 por Elis Lucien

Jornal Folha de Samaúma, ed. 12

Repórter: Pedro Nunes

O Festival da Mandioca já é tradicional na comunidade de Samaúma e está em sua 4ª edicção e nesse ano aconteceu no dia 25 de Setembro. Foram oferecidos todos os produtos feitos da mandioca, como: tarubá, tapioca crua e torrada, beiju mole, beju amarelo, beju branco, farinha, carimã entre outros.

Receita de Paçoca de Castanha de Cajú

Ingredientes:

250 g de castanha de caju assada

250 g de farinha de mandioca

2 colheres de acuçar

1 pitada de sal.

 

Modo de fazer:

Em um recipiente misture a castanha assada, a farinha de mandioca, o acuçar e o sal. Leve ao pilão e soque até todos os ingredientes se misturarem e ficarem bem finos. Após isso, tire do pilão e estará pronto para ser servido.

Alimentar-se bem é ter Saúde e Alegria!

Nova Aliança E.C. tem nova Diretoria !

27 de setembro de 2011 por Rowdinely Oliveira

O Clube Nova Aliança, da comunidade de Nuquini, com 79 anos de fundação, no ultimo domingo dia 25 de Setembro do decorrente ano, trocou ou seja, renovou, a Coordenação Organizadora que coordenava o Clube.

Senhor Celino Rodrigues e Marilene Rodrigues !

Com a presença de sócios, simpatizantes, Lideranças Comunitárias e outros convidados, iniciou-se as 10:00 horas, com uma cerimônia de abertura, presidida pelo sr. Celino Rodrigues – Presidente Interino da mesa ( Sócio com mais de 50 anos do clube), e pela secretaria da mesa sra. Marilene Rodrigues.

O ex-presidente do Clube – Elielson Xavier, agradeceu a todos os sócios que o apoiaram durante o seu período de mandato, que foram três anos. E apresentou a nova chapa concorrente a coordenar o Clube Nova Aliança, sendo que havia apenas uma chapa, logo por unanimidade, seria eleita.

Depois de agradecimentos, e incentivos dos sócios, palavra da Presidenta da Comunidade, foi feita a contagem dos votos, para eleger a nova coordenação do Clube.

 

 

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Arranjos Educativos Locais em Solimões

23 de setembro de 2011 por Gabriel Abreu


Nos dias  21, 22 e 23 de setembro uma equipe do Projeto Saúde & Alegria esteve na comunidade de Solimões, Rio Tapajós, Município de Santarém, onde foi realizado uma oficina de produção e edição de vídeos.  A oficina foi divida em quatro etapas, a primeira é foi a realização do CineMocorongo em que os comunitários assistem à vídeos produzidos nas comunidade vizinhas.  O público atingiu mais de 50 pessoas.

A segunda etapa é o debate para decidir qual o assunto a comunidade quer apresentar como o tema do vídeo da oficina. Os mais experientes e a lideranças dão seus argumentos e direcionam o melhor assunto. Com o tema definido parimos para a terceira etapa a gravação. Esta é realizada em diversos lugares da comunidade dependendo do assunto que foi definido. Depois de tudo gravado chega a quarta e ultima etapa que é a edição dos vídeos gravados. A oficina tratou de assuntos bem reais nas vida das comunidades tal como a economia sustentável, a devastação da floresta e o lazer na comunidade.

A seringueira, à arvore que “chora leite”, é muito importante para a comunidade de solimões, pois ela produz a matéria prima necessária para a produção da borracha. Durante as decas de 70 e 80 a principais atividades econômica da comunidade de Solimões era extração da borracha que aos poucos foi se perdendo devido a  desvalorização do produto.

Nos últimos anos a devastação da floresta provocada pelo ação do homem vem sendo um problema alarmante. Pensando nos problemas ambientais a comunidade de Solimões desenvolve um projeto de viveiro escola de produçao de madeira de lei para a recuperação das áreas devastadas. E a comunidade de Solimões não é só trabalho os comunitários também tem sua hora de lazer, com grupos de danças do xote e o carimbó e o tradicional futebol. As atividades do Projeto têm apoio da Vivo / Fundação Telefônica